Variações climáticas contemporâneas e os fluxos de carbono na Amazônia e Cerrados Humberto Ribeiro da Rocha Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
ÍNDICE
1. Pesquisas na Amazônia e no Cerrado 2. Medidas com Torres de fluxo: o que são ? 3. Observações do ciclo do C e água em - Cerrado restrito - Florestas tropicais
4. Relações de clima e fluxos de
Experimento L B A Experimento de Interação Biosfera-Atmosfera de Grande Escala na Amazônia
Coordenação: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) 232 instituições 973 pesquisadores
50 brasileiras 182 estrangeiras (EUA, UE) 380 brasileiros 593 estrangeiros
Projeto Temático do Programa Biota Fapesp (coordenação Iag/Usp)
Interação Biosfera-Atmosfera sobre Cerrados e Mudanças de Uso da Terra 1. comparar Fluxos de água e C sobre Cerrado, Cana-deaçúcar e eucalipto 2. investigar controle dos ecossistemas no clima regional
Sta Rita Passa Quatro
Cerrado
Cana-de-
Eucalipt
ÍNDICE
1. Pesquisas na Amazônia e no Cerrado 2. Medidas com Torres de fluxo: o que são ? 3. Observações do ciclo do C e água em - Cerrado restrito - Florestas tropicais
4. Relações de clima e fluxos de
Objetivo das Torres de Fluxo - medir Fluxos superfície-atmosfera de CO2, água e calor - onde o fluxo F esteja distribuido sobre uma superfície transportado pelo vento com medições na altura h
Qual a % de F que vem de uma determinada distância x ? h = 21 m
30 h= 6m
Cerrado Cana-de-açúcar
20 10 0
F ra ç ã o d e F (% )
40
Fluxos : método de eddy covariance - única estimativa direta
calor
' ′ H = ρc p w T
vapor d’água CO2
(Wm-2) (Wm-2)
Fc =
w ′ρ c '
(µmol m-2s-1)
Analisador H2O,CO2 Anemômetro sônico Radiômetros PAR, solar, net
Instrumentação Torre em Santarém, PA, Flona Tapajós km83
Rede mundial de torres de fluxo
Fluxos em cana-de-açúcar (Sertãozinho, SP) Rocha (1998)
- resolução do ciclo diurno
Fluxo CO2 (µmol CO2/m2 /s)
+ PERDAS
F lu x o d e C O
2
(m ic r o m o l C O m
-2
2
s
-1
Jul
M ai
)
Out
Jan
10
10
0
- GANHOS
0
-1 0
-1 0
-2 0
-2 0
30 cm
Pós-colheita
-3 0
(MAI)
-4 0 0
6
12
18
H o ra L o c a l
(JUL) 0
6
12
18
0
2m
4m
(OUT)
(JAN)
6
12
18
0
-3 0
6
-4 0 12
18
24
ÍNDICE
1. Pesquisas na Amazônia e no Cerrado 2. Medidas com Torres de fluxo: o que são ? 3. Observações do ciclo do C e água em - Cerrado restrito - Florestas tropicais
4. Relações de clima e fluxos de
Torre de fluxos com coordenação da USP
1. Floresta tropical (Santarém,PA) 3. Cerrado Restrito
2. Ecótono(Ilha do Bananal)
4. Cana-de-açúcar 5. Eucalipto (Santa Rita do Passa Quatro,SP)
Floresta tropical
Cerrado restrito
Goulden et al (2004) Rocha et al (2004) Saleska et al (2003) Araujo et al (2001) Von Randow et al (2004)
Negrón-Juarez (2004) Rocha et al (2002) Miranda et al (1996) Vourlitis et al (2001, 2004)
Estação chuvosa Santar ém km83
Torre 67m
Estação seca
Cerrado restrito
Sazonalidade da evapotranspiracão e fluxo de CO2 (Rocha et al 2002)
Estacão umida
alta fotossíntese
alta evapotranspiração baixa fotossíntese
baixa evapotranspiração Cerrado Restrito: fluxos CO2 e água são fortemente controlados Estacão seca
pela sazonalidade (Rocha 2002)
Cerrados restrito : forte sazonalidade do fluxo total CO2 - Senescência das folhas, dormência das gramíneas
perde C na estação seca ganha C na estação chuvosa
CO2 flux (NEE) daily mean (kg C ha-1 day-1), over Cerrado s.s (Gleba Pé de Gigante, from October 2000 to November 2001. Source: Rocha et al. (2002).
Floresta tropical (Santarém) Saleska et al. 2003 (Science), Goulden et al. 2004 (Ecol App)
Sazonalidade (fotossíntese) wood increment (respiração do solo) Soil Resp
est. chuvosa
est. seca
: :
aumenta na est. chuvosa aumenta na est. chuvosa
Fluxo total CO2 ecossistema – tem padrão oposto da fotossíntese:
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1. Pesquisas na Amazônia e no Cerrado 2. Medidas com Torres de fluxo: o que são ? 3. Observações do ciclo do C e água em - Cerrado restrito - Florestas tropicais
4. Relações de clima e fluxos de
O movimento do índice de seca (no meses secos abaixo de um limiar)
1. O padrão distingue a floresta, o Cerrado, a caatinga biomas do Sul 2. Amazônia: setores extremos à leste, nordeste e Sul com estação seca mais pronunciada (1 a 2 meses < 50 mm)
Joly (1999)
Variabilidade de precipitação na Amazônia associado com Variabilidade do índice de vegetação EVI - proporcional capacidade fotossintética superfície Huete et al. (2005, submetido Nature)
O padrão da estação seca (duração, intensidade) controla a produtividade do ecossistema florestal F lu x o C O 2 m é d io d iu r n o (µ m o l C O 2 / m 2 / s )
0 -2 0 -2 -4 0
-6
-2
-8
-4
-1 0
-6
-1 2
-4 -6 -8
2 0 -2 -4 -6 -8 -1 0 -1 2
C e r r a d o S ã o P a u lo
F lo r e s ta R o n d o n ia
-1 0 -1 2
F lo r e s ta S a n ta r é m
-8 -1 0
F lo r e s ta M a n a u s
-1 2
Jan Feb M ar A pr M ay Jun Jul A ug Sep O ct N ov D ec
(Rocha 2004)
Conclusões
Cerrado restrito Forte sazonalidade: evapotranspiração fluxos de C
Fotossíntese, Respiração heterotrófica: aumento na estação chuvosa Entrada líquida de C no ecossistema: aumento na estação chuvosa
Amazônia Não há floresta homogênea Pequenas variações na estação seca (como a intensidade, duração) defasam os máximos anuais Fotossíntese, Respiração de produtividade heterotrófica: aumento na estação chuvosa Entrada líquida de C no ecossistema: aumento na estação seca
FIM