Homens-livros_amostra

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Vale dos Sonhos – MT Foto de Helena Schaffner Outubro 2008

Os Homens-Livros E o Portal do Pequi Helena Schaffner Jarinu - SP - 10 de Junho de 2008

Segue amostra Do delicioso mix de Ficção + Fantasia + Realidade! Com cremosa cobertura sabor sabedoria!

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Resumo do conteúdo Parte I: Aventurar-se no mundo etéreo, sem perder o contato com a realidade é uma façanha não só deste livro, como na vida real. Parte II: Num congresso realizado no centro da galáxia, avaliam-se os resultados obtidos com os diversos métodos para elevação da consciência humana. Depois disto surge uma 3ª parte, não prevista e nem imaginada: uma fantasia com rasgos de realidade ou uma futura realidade com rasgos de fantasia? Segue amostra de leitura da página 01 a 50!

Índice provisório Parte I O PORTAL DO PEQUI Sob o céu de Araés

03

O cochilo interdimensional

07

A cidade templo

20

De volta à realidade física

26

O estranho arbusto

32

Parte II OS HOMENS-LIVROS A reunião na plataforma de cristal

34

O encontro com o futuro

56

O encontro com Lyohan

60

A 2ª parte do Congresso Cósmico

70

Escultora de almas

83

O inesperado retorno e a Pahiti dos sonhos

89

O retorno ao Vale do Araguaia

98

Sob o céu de Araés

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Foto de Helena Schaffner Barra do Garças – MT Outubro 2008

- Não, vamos por lá! Insistiu Thera! - Não vejo nada daquele lado! Disse Dayka! - Mas eu sei que é lá e você sabe que eu conheço esta região e esta vibração como a palma da minha mão. - Sim, eu sei disso, mas não há nada aqui de diferente que poderia parecer um portal. - Esta é a chave, disse Thera. É bem por isso que poucos, ou melhor, ninguém o encontra. - Ah! Isto sim faz sentido. Aliás, muito sentido disse Dayka. - Então agora nós vamos acampar neste precioso espaço e esperar por um sinal, uma intuição, enfim, algo que nos dê uma pista de como devemos prosseguir. - Concordo! Disse Dayka cansada, não pela jornada, mas pela expectativa.

Naquele lugar, o céu formava aquelas cores mágicas que se imagina ver só na Índia ou nos Andes, mas ali, no centro deste Gigante Adormecido, havia uma

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região que não continha majestosos templos ou majestosas montanhas, mas tinha algo que muitos sentiam, outros intuíam. Algo igualmente majestoso que um explorador inglês (Fawcett) também tinha sentido, e uma vez impregnado deste mistério, são poucos que resistem a ele sem reagir de algum modo. Alguns acabam morando na região, outros morrendo, outros a visitam ano após ano, outros se embrenham em suas estranhas selvas feitas de árvores em estado de petrificação. Thera e o marido já falecido, tinham andado pelos Andes e vivido em regiões pouco exploradas pelo comum, e afinal tinham se estabelecido naquele lugar indicado por alguém também não comum. Dayka foi seguindo seus faros e um dia aportou naquela região sem imaginar que ela seria igualmente contagiada com o vírus do mistério da Serra do Roncador, que naquela região se chama Serra Azul. Os mistérios são flores que florescem em jardins secretos, tendo por céu o infinito e por alimento o desconhecido. Às vezes, uma flor destas, por descuido, floresce num espaço entre duas dimensões paralelas, e então algo do mistério se revela ao homem e ele embriagado tenta encontrar o jardim desta flor misteriosa, jamais vista antes, e inicia sua peregrinação. E muitas vezes uma peregrinação que se inicia por um fato misterioso, acaba levando o ser humano às portas de seu próprio coração. E quando isto acontece o mistério cumpriu com sua função de ser o ardil para algo não previsto ou imaginado. Outros que já acessam a porta secreta existente em seu coração, buscam pelo portal do coração da Terra! E estes, por vezes, têm vislumbres, ou intuições ou então revelações a respeito. Há os que buscam pelo portal físico: uma caverna, um lago, uma montanha!

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Mas há os que sabem que estes portais não são para os mortais que ainda não acessaram o portal de seu coração. Há portais que permitem um acesso a regiões que parecem acessar o coração da Terra, mas são passagens para outras regiões. Trata-se de um labirinto para quem ainda não acessou as portas de seu coração, mas um mapa claro para quem já transita com facilidade nas alamedas de sua própria alma.

Dayka acordou no meio da noite vendo um clarão justo desaparecer no espaço. Julgou ser um raio e verificou se o ar tinha cheiro de chuva. Mas o céu estava intensamente enfeitado com estrelas. Chuva? Não. Então novamente um clarão veio do lado norte da montanha iluminando parte de sua fronte. Thera acordou ainda vendo o resto do clarão e perguntou se eu ia chover. - Não, era o que eu tinha imaginado ao ver o primeiro clarão... - Ah, então este era o segundo? Perguntou Thera bem desperta! - Então, do primeiro só vi um rasgo e também pensei logo em chuva, mas olha este céu! - De fato, disse Thera olhando o céu e se perdendo em meio às estrelas de prata. Alguns minutos se passaram, quando um intenso trovão latejou de algum ponto do céu. Dayka levou um susto que quase derramou todo o mate da cuia que estava tomando. Thera riu-se e por pouco não esbarra na cuia com a mão. - Que foi isso? Trovão? Sem nuvens? - Bem, isso não foi um trovão terrestre! - Como assim não terrestre? Perguntou Dayka agora bem curiosa. - De fato, tenho acampado muito sob o olhar cuidadoso desta montanha e nem tudo que aqui ocorre, vem daqui. - Como assim? Conte-me algo, disse Dayka fascinada.

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- Bem, muitas vezes chove intensamente a volta da montanha, e na minha tenda não cai uma gota de água. - E eu devo acreditar nisso? Assim, sem mais nem menos? - Eu sei que soa como um conto de madrugada inventado para tornar o momento mais mágico do que ele já é, mas te asseguro que nas montanhas de Araés há mais segredos do que pode supor a mente humana comum. Dayka sentiu tanta certeza naquele tom, que não ousou perguntar mais nada. - Vamos dormir novamente. Já tivemos nossa quota de mistérios. Isto foi apenas para instigar nosso propósito e também para nos dizer: - Continuem! Estão no caminho certo! E o que parece longe é muito perto e o que parece perto é muito longe! Até Thera se impressionou com as palavras que disse num fôlego só, como que inspirada pelo momento mágico. E foram dormir. No dia seguinte Dayka acordou mais cedo que Thera e isto não era normal, visto que Thera era uma excelente madrugadora. Mas tem dias que o normal não tem espaço para se expressar. Este era um dia daqueles. Pegou a água de uma fonte secreta no meio da montanha e esquentou para beber seu sagrado mate, como o apelidou. Nem na Suíça deixou de comprar a sacra erva a preço de ouro, por isto tomava somente três colheres de chá por dia, quer dizer, sempre bem cedo. E aqui, na tierra del mate, (pelo menos o Sul do Brasil), não usava a habitual erva em pó vendida nos mercados brasileiros, mas sim uma especial, tipo folha, mas verde, que era muito consumida no Uruguay e depois importada no Brasil, embora a erva provenha daqui. Estes são aqueles mistérios do mundo comercial que nem sempre se entende. Esquentou a água e enquanto a Vênus estava por desaparecer naquela manhã - de nossa visão física, claro, Dayka pressentiu algo. Ao terminar de beber o mate e de realizar seus momentos de silêncio, decidiu dar um passeio com o sol agora já nascendo. Foi caminhando, olhando as árvores que tanto amava, sim, estas árvores retorcidas, esquecidas pelo

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tempo, lhe inspiravam tal amor que não entendia, muito menos quem via naquelas árvores somente um passado pétreo. Mas tinha sido paixão a primeira vista e nem aconteceu neste cerrado e sim a 500 km mais central do estado de Mato Grosso, precisamente em Chapada dos Guimarães, onde teve a pretensão de querer se estabelecer com 19 anos então. Mal sabia que ainda viveria na Alemanha e Suíça e por outros recantos deste imenso país. Tudo isto lhe vinha à memória enquanto caminhava sem destino, apenas sentindo aquele chão que lhe era tão caro. Parou de súbito para apreciar o vôo espetacular, mais que isso, o vôo mágico de um casal de araras azuis. Cena que sempre lhe impressionou a ponto de produzir uma espécie de de jà vu (lê-se dejávi, um i fechado - sensação de já ter visto, derivado do francês). Nesta manhã esta sensação foi mais forte ainda, quase concreta, pois por um momento tinha certeza que naquele dia teria uma experiência singular. Mal terminou de pensar isto quando viu uma bela árvore de pequi em pleno florescimento. O sabor do pequi é algo impossível de descrever, pois é peculiar e fortemente aromático. É tal como o cerrado: ou se ama ou não. E ela amou aquele sabor exótico desde o primeiro beijo, sim, porque o pequi se come de maneira quase sensual, como que mordiscando suavemente os lábios dourados e macios da fruta, pois é somente uma espécie de pasta que encobre uma semente dura e espinhosa que não se pode comer. Decidiu deitar-se sob o pé de pequi para olhar aquele céu cor celeste do qual tanta saudade sentiu nos vinte anos ausentes. Sim, vinte anos haviam se passado, mas destes, nos últimos cinco anos vinha regularmente visitar o cerrado para ela sagrado.

O cochilo interdimensional Estirou uma mantinha que carregou consigo e deitou e quase adormeceu, não fosse um barulho que a fez dar um sobressalto, pensando poder ser uma

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cobra. Mas pelo jeito não era, aliás, ela não sentia afinidade alguma com cobras, porém não tinha medo de andar na mata do cerrado; por algum motivo se sentia protegida. Decidiu levantar e fazendo-o tocou no tronco de pedra do pequi e sentiu a seiva correndo. Não pode ser, pensou. E para ter certeza se aconchegou a árvore e aproveitou para abraçá-la docemente. Neste instante um arrepio correu da nuca até o cóccix. E de repente tudo ficou estranho. Ainda via a árvore, mas a paisagem havia mudado completamente. Viu uma estrada beirando a montanha, parecia asfalto branco ou... sim, era mármore branco. Esfregou os olhos, beliscou-se, mas parecia estar ali em carne e osso, sentia tudo igual. De repente um zumbido lhe chamou a atenção e olhando para o céu viu uma mini nave de cristal ou de algum material transparente, pois podia ver o piloto de onde se encontrava. Ela desceu ao seu lado, suavemente, sem barulho e sem alarde. Olhou de novo à volta e definitivamente tinha havido qualquer deslocamento dimensional, foi o máximo que conseguiu pensar antes de se deparar com alguém que não lhe parecia tão estranho. - Olá Dayka! Disse o estranho conhecido sem a menor cerimônia! Há tempo que lhe esperamos. Dayka olhou aqueles olhos escuros, não sabia se eram azuis ou negros ou que cor era aquela e os cabelos semiprateados, curtos, e o sorriso franco e jovial. Definitivamente ele lhe lembrava o homem do sonho com a nave de cristal... tido há mais de...tinha que fazer as contas...aprox. 26 anos, em Brasília onde se passou o sonho, pois o sonho mesmo, tinha ocorrido em Santo André, numa visita a uma tia, após seu retorno da Alemanha e isto um dia antes de seu aniversário. - Acho que lhe conheço também! Disse Dayka depois de se recuperar do primeiro susto e impacto. Por algum motivo não ficou com medo, nem nervosa.

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- Veja Você, disse o estranho conhecido, este encontro planejado há tanto tempo em termos terrenos, na verdade é parte de um programa não tão antigo assim Dayka. - Oras, Você fala como se eu tivesse que saber ou lembrar de algo, mas não sei e não lembro. - Saber você sabe, lembrar é que Você não lembra, respondeu ele prontamente. - Saber do quê? Perguntou Dayka um pouco irritada! - Você sabe que veio até aqui porque dentro de você existia a informação, e ela existe desde que você viveu neste Vale do Araguaia e isto faz 20 anos precisamente. - Ah! Entendo! Você se refere ao fato que eu sempre senti que havia uma cidade por aqui? - Exatamente! Lembra do quanto você suplicava para poder ver a cidade? Para alguém lhe tirar o véu? Você achava que aqui existia uma antiga cidade Atlante ainda em estado etérico. - Ah sim. Agora entendo tudo. Quer dizer que eu tinha razão? - Sim e não. Existe uma cidade, mas não é exatamente a antiga cidade atlante que algum dia num passado mais distante existiu, ou existiram de fato neste solo. Mas de uma cidade neste plano. - Que plano exatamente? - No plano etéreo ou menos denso que o material no qual você vive como Dayka. - Entendi direito que você deu a entender que eu também vivo aqui?? - Sim... e não só você, mas também não a maioria. - Um momento, disse Dayka, isto está tudo muito bem e razoável para uma pesquisadora do meu gênero, mas nem tanto... afinal, não é todos os dias que dou uma volta por uma cidade... de outro plano!! Aliás, para continuar esta conversa no mínimo curiosa, eu poderia satisfazer a curiosidade de saber seu nome?

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- Posso dar um nome que você vai entender, mas não que seja exatamente assim, certo? A vibração dele emite sons que você terá que interpretar na sua linguagem terrena material. - Consigo deduzir que aqui os sons não têm estruturas gramaticais, mas o que entendemos na nossa linguagem como mântricas, estou certa? - Correto. Portanto o som aproximado é Athlan. - Prazer Athlan... soa quase como atlan...te?? - Sim e tem um motivo também. Mas não posso falar tudo aqui e agora. Sugiro irmos a um local mais adequado. Venha comigo e realize seu sonho de forma mais real, embora não tão material ainda como deseja.

Embarcamos sem cerimônia. Sabia que conhecia aquele aparelho, não só do sonho com Athlan tido há 26 anos. Voamos e eu vi uma grande cidade cintilante. Parecia mesmo uma cidade espacial. No centro uma praça ou algo parecido e a volta ruas que lembravam os raios do sol, todas partindo da praça central. Era linda! Sempre havia um dos raios que era uma alameda de árvores floridas, outras de uma espécie de palmeira e outras ainda tinham estranhas esculturas. - Athlan, como se chama esta cidade? - Nadhureva! - Que nome mais mântrico, soa doce. - Exato. Significa: a poesia do mel! - Poesia do mel? Qual a lógica deste sentido? - Não tem lógica, mas só sentido. É uma homenagem ao mel que é nosso alimento central. - Ah! Oras, veja isso, eu adoro mel desde menina e sempre comi muito mel, tanto que cheguei a pedir perdão às abelhas por lhes dar tanto trabalho só para meu paladar. Athlan riu sonoramente da minha declaração espontânea.

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- Oras Dayka, as abelhas têm o maior prazer em trabalhar, em servir, e por isto, não se preocupe. Elas com certeza acharam graça de sua preocupação. Ri também, imaginando as abelhas achando graça de mim. Mas espera. Como as abelhas podem achar graça de algo. - Não são elas, mas o Ser-grupo que as mantêm coesas. Este ser tem um nome e uma posição no reino dos insetos, posição, aliás, muito alta, pois as abelhas são insetos classificados como altamente evoluídos. De sua classe, os mais evoluídos, pois servem aos outros reinos, entende? - E se entendo! Bem por isto minha gratidão e preocupação. - Claro que eu entendi sua preocupação, mas de fato o servir é sua grande chance de ganharem o passaporte para um outro reino, como no das aves, por exemplo. - Ah! Entendo melhor ainda. Que maravilha! Assim vou comer mais mel, para ajudar a “tirar o passaporte” delas! Disse eu rindo e Athlan também! - Chegamos! Disse de repente. E na minha frente eu vi algo similar a um templo ou casa... - Moro aqui parte do tempo, pode considerar minha casa, embora a idéia de propriedade aqui seja estranha, afinal, projetamos nossas casas com a mente e reprojetamos onde for necessário ter uma. - Oh! Que incrível! Pudera eu projetar uma em meio ao cerrado amado com esta facilidade. - Não com esta facilidade, mas nem por isto menos trabalhosa, existe uma maneira que alguns já estão descobrindo no plano denso. - Eu sei, mas ainda não acessei a chave final da teoria de que nossos desejos e idéias podem virar realidade num espaço de tempo até considerado mágico. - De fato é possível, mas existem mesmo algumas chaves que dependem de um nível de amadurecimento do ser como um todo, não basta conhecer a teoria, entende? - Era o que eu supunha. Isto eles não dizem, os que acessaram a chave. Sei que com isto eles não querem desanimar os que ainda são imaturos demais, por outro lado, poderiam aproveitar para repassar alguns elementos que ajudam a acelerar esta maturação.

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- Bem, então podemos fazer isso agora. - Agora? Nós? Quer dizer, você? - Você também. No seu íntimo conhece estas chaves, mas não fez questão de acessá-las por motivos diversos, inclusive o de acessá-las neste plano. - Creio que isto é por demais simples. Não penso que vim a este plano para acessar estas chaves. - De fato não, mas porque não? - Ah! Bom. Isto sim faz sentido. De repente lembrei de Thera e preocupada perguntei se ela já não devia estar me procurando. - Fique tranqüila. Thera vai dormir hoje mais do que o habitual, além do que, o tempo transcorre aqui numa outra seqüência, digo, mais rapidamente. Cada minuto na Terra é aqui quase equivalente a um dia! - Nossa, quer dizer que posso ficar aqui vários dias e Thera nem notaria? - Exatamente isso. Digo isso nos dois sentidos: que confere e que é isso que vai acontecer. Planejamos uma estadia de três meses. - Três meses? Mas isto não é muito? Athlan riu novamente da ingenuidade da pergunta e respondeu sorrindo: - Não, como disse, Thera nem notará sua ausência. Fique certa e relaxe sem receio. - Bem, já li tantas histórias a respeito que ou estão todos loucos ou estão todos certos. Isto me faz lembrar em especial da história do rei bretão Herlan senão me engano, que seguiu o misterioso homem ou rei também a uma caverna para conhecer o reino dele e quando voltou, tinham se passados 200 anos. - Não vamos fazer isto contigo, disse Athlan sorrindo. Com certeza houve um descuido na história de Herlan, ou então aquela experiência fez parte do seu plano evolutivo. - Bem, de qualquer modo não me importo tanto assim sendo bem sincera. Afinal, a vida na Terra não é das mais divertidas, a não ser que a gente ignore o grande sofrimento que impera em mais da metade da população. E é claro

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que somos obrigados a fazer isto para continuar a nossa vida, mas que só isto já é algo no mínimo irônico, isto é. - De fato Dayka. É muito triste constatar a grande disparidade e a falta de solidariedade entre os seres humanos. Não falo a nível social, pois são muitos que praticam a verdadeira caridade, mas no nível diário, entre casais, entre pais e filhos, entre colegas. É justo neste contexto que se mede a grandeza da alma, ou melhor: que se pode amadurecê-la, mas, o que ocorre? Uma grande maioria ainda prefere ver o outro como sua posse, como alguém que tem que pensar e ser como ele próprio, ignorando completamente a beleza da individualidade humana! - Você falou palavras que me tocam muito e seria surpresa para mim, e não das boas, se tal assunto não fosse parte desta estadia ou deste encontro, porque quero supor que neste plano pode-se ver com mais segurança medidas que podem ser implantadas e resultar em algo mais proveitoso do que o mero ato de tentar resolver de forma empírica uma questão tão complexa, que é a disparidade de estados de consciência na Terra ou sobre a Terra. - Exato Dayka. Existe uma grande rede de apoio para resolver esta questão em várias etapas, e isto de muitos séculos. Aliás, planos de evolução e de aceleração da consciência são sempre traçados séculos antes, pois envolve toda uma estratégia e elementos que no tempo terreno requerem sempre muito tempo. Este é o agravante e o grande dilema inclusive para nós. Estamos justo diante de um impasse, melhor, de uma grande finale! - Como assim? - Precisamos efetuar um balanço do último plano traçado e de seus resultados para depois serem aplicados no outro planeta para o qual vão a grande maioria que não conseguiu ser aprovada no exame final, digamos, do ginásio da Terra. - Ah! Entendo. A separação do joio do trigo. - Não exatamente. Não é uma separação tão simples e baseada em morais humanas. A moral divina tem bem outros parâmetros. Entenda a palavra: para-metros! Para sugere além, assim como em parapsicologia (além da

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psicologia). Mede-se uma alma com medidas totalmente inimagináveis na Terra. Não é uma questão de bonzinhos e mauzinhos! E riu da própria invenção da palavra, que de fato, nem eu ainda havia ouvida. - Trata-se, continuou, de uma avaliação muito complexa, onde vários elementos contam como pontos positivos e negativos, e disto resulta algo inusitado muitas vezes. Por exemplo: às vezes uma pessoa classificada como má na Terra, baseado em tais parâmetros alcançou grandes níveis de destreza em alguma área e a esta alma será oferecida a chance de usar tal destreza de forma positiva em outra existência corpórea e então ela poderá saldar o mal que de fato cometeu. Isto é apenas um exemplo muito simples, mas existem casos assim onde ocorreu uma vida altamente singular. - Intuitivamente entendi o mecanismo e nem me atrevo a imaginar casos mais complexos, disse eu encerrando o assunto. - Agora vamos fazer uma pausa de alguns minutos contados no nosso tempo, claro, enquanto lhe busco algo para beber e se adaptar a freqüência daqui. Aliás, Você acha que foi à toa que de repente começou a comer certas frutas e castanhas? Foi sua preparação. - Bem, acho que daqui pra frente não vou achar mais nada estranho ou muito pouco. Espera, por um momento me ocorreu o nome Pahiti. - Bem, vamos falar então sobre Pahiti, disse Athlan me olhando quase surpreso. Surpreso de ter dito um nome que pelo visto tem algo a ver comigo. - Pahiti... momento, disse, vamos primeiro relaxar. Vou buscar a bebida. Voltou e me ofereceu um líquido azul altamente refrescante e delicioso. Como hortelã e algo picante. Bebi e era como se cada gota refrescasse cada célula. Foi uma sensação de banho de células. Dá para imaginar isso? Mas a sensação foi exatamente esta. Respirei fundo e olhei a sala de sua curiosa casa: não tinha móveis exatamente, mas algo como sofás altamente aconchegantes, brancos, e algo como um monitor. Perguntei: - Isto é uma televisão? Aqui? Rindo Athlan foi explicando.

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- Não Dayka. Isto é nossa home-biblioteca, ou algo similar. Aqui temos acesso a inúmeros registros nossos e de outras pessoas, bem como de outras épocas... enfim. - Hmm, isto parece fascinante demais. Como num sonho. Aliás, é isto que estou vivendo: literalmente um sonho! - É, pode-ser dizer assim e não está de todo errado para os conceitos humanos, aliás, até para eles entenderem. Mas veja, não são todos que tem acesso a tudo. As restrições existem em todos os planos de existência, sempre de acordo com o nível evolutivo e das tarefas de cada pessoa. Assim, tenho acesso a determinados registros porque trabalho numa área muito complexa onde necessito de vários dados para compor um programa de trabalho. Entende? - Bem, isto entendo sem problemas e diante do que já falamos, suponho que sua área esteja ligada a processos evolutivos da consciência humana, correto? - Exatamente. Especializei-me nesta área, quer dizer, estou em fase final de uma grande pesquisa e de um grande experimento. - Você está me deixando curiosa, aliás, me expressei mal: você está provocando níveis de curiosidade meus altamente complexos. - Sei disso, e também isto é apenas parte natural de sua estadia neste plano. Afinal, Você é parte do meu projeto. - Por incrível que pareça, isto não me soa tão estranho, pois você sabe que tenho tentado escrever a respeito, puxando arquivos que não sabia se eram apenas imaginações minhas, ou acessos a campos ou planos como este. Aliás, você poderia me dizer algo sobre isto? - Sempre há uma mescla, por mais intuitivo que seja um ser humano quando ele tenta acessar outros planos, mas de um modo geral, você acessou corretamente a teoria dos Homens Livros! - Nossa! Que emoção senti ao ouvir este termo. Exatamente este que usei no livro que escrevi. Aliás, agora eu estou entendendo algo... espera, quer dizer que esta vivência é parte inicial do livro que sempre achei que estava faltando?

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- Exatamente Dayka. Mais claro do que isso, só dizer o mesmo de novo. Por isso você sentiu que o livro não estava pronto. Você escreveu o tema central, a essência, mas não havia começo e nem fim na sua história em termos humanos, correto? - Verdade! Nem o final... oras, está tão claro agora. - É e justo agora podemos retomar o fio da meada do seu livro, quer dizer, dos Homens Livros! Aliás, falando em agora, você sempre achou que seu amor por mármores brancos fosse da sua suposta vida na Grécia antiga... nem sempre se explica algum gosto curioso por meio das inúmeras vidas que uma alma teve sobre um planeta... - ...mas também de vidas que ela teve em outros planos?? Complementei sorrindo! - Certo, mas... e aqui vai a primeira revelação razão deste encontro: você vive aqui neste plano agora! Não em outra vida. - Espera... então a história da sueca que aparecia... que Thera me contou poderia ser real?? Não, acho que isto é demais mesmo para quem já leu tanta coisa estranha como eu. - É e não é Dayka. É verdade que você tem uma parte de você que vive aqui. Esta é sua pátria da alma, vamos definir assim para não complicar. O resto vai se revelando aos poucos. Então, seu gosto e amor por esta região do Planeta, seu amor pelo Cerrado, pelo mármore branco, tudo vem daqui... pois exatamente nesta região e em outras também, existe um portal dimensional. Acho que agora já podemos falar claramente usando os termos mais exatos possíveis, concorda? - Claro. Aliás, é um alívio começar a falar sobre isto de forma clara, sem misticismos, sem rodeios. É quase como um banho de chuva de verão... aliás, falando nisso, porque as vezes não chove quando Thera vem acampar aqui e em volta quase ocorre um dilúvio? - Primeiro porque Thera não deixar de ser uma das guardiãs deste local e, portanto, tem certas proteções. Segundo porque perto de um portal dimensional mesmo a natureza funciona de forma diferente e escapa às leis terrenas.

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- Vamos retomar o assunto do projeto Homens Livros Dayka. É este o nosso tema central, todo o mais é parte dele, mas não é o motivo de sua estadia. Está claro isto? - Claro, digo, sim. Muito claro, e, além disto, estou curiosa sobre sua versão ou sua parte neste projeto. - E é disto que vamos falar. Aqui neste plano as intuições são tão naturais como pensar na Terra, por isto você comenta de antemão algo do qual vamos tratar entende? Embora nem tudo possa ser registrado por tua mente, afinal, ela não está acostumada a estar consciente neste plano. Ainda não. O projeto Homens Livros surgiu de algumas coletas que fizemos de pessoas como você que sem aparentar nada de extraordinário em termos de estudos e experiências de vida, no entanto, são como minilaboratórios mentais. Já lhe foi dito por um astrólogo que você tem a peculiaridade de transformar conhecimento em sabedoria, aliás, por duas vezes, de forma diferente (leio isto em seu registro neste momento): uma vez na Suíça e outra vez no Brasil, certo? - Confere. - Então, de suas conclusões e altos questionamentos, aliás, alguns feitos em voz bem alta, eu diria... disse Athlan quase sorrindo. (De fato, justo quando vivi aqui no Cerrado em 1987, questionei por meses a fio a quem chamamos de Deus, porque havia criado a dor como forma de aprendizado. Sim, porque cheguei a elaborar a teoria de que a dor só era necessária porque a personalidade sempre queria fazer tudo de seu jeito e não dava espaço para Deus – a divindade no interior do ser humano - de dar sua sugestão. Pois bem, então decidi ficar aberta, atenta, vigilante... mas na prática isto funcionava em alguns casos, porém não em todos, por isto cheguei a falar em voz alta com Deus, aliás, revoltada, afirmando que raio de método é este? Senão tinha nada melhor? Que enfim, achava um absurdo isto para uma Divindade que é para ser sinônimo de Amor! Melhor não contar tudo que me atrevi a dizer na época, porque hoje entendo que tal revolta e questionamento fazem parte do processo de amadurecimento da alma. Toda alma quando chega num xis momento, efetua de forma menos ou mais

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profunda – e menos ou mais revoltada!! - um questionamento específico ou geral ou ambos). - Exato Dayka. Seu parêntesis (literalmente) foi bem oportuno. Aliás, os parêntesis no seu vocabulário, simbolizam os parêntesis que a Vida embute no plano evolutivo de uma pessoa. Percebe que são raros? Pois bem: são raros os momentos em que é permitida uma explicação, uma revelação para o plano de vida de uma alma encarnada na Terra, pois faz parte do processo não saber, não ter consciência completa e sim apenas pressentir. - Aha! Eureca, diria melhor! Então é isto? Esta estadia é um mega de um parêntesis interdimensional? - Muito bem captado Dayka. Que parêntesis! E sabe por quê? Por que ele será um parêntesis na vida de muitas pessoas que lerão o seu livro. Nem todos os livros têm o poder de fornecer um parêntesis. Esperamos que o seu possa ser um destes. Este é um dos propósitos. - Não sei mais o que dizer. Faltam-me palavras para expressar meu deslumbramento diante de afirmações assim. Isto me deslumbra tanto quanto estar aqui. - E deve ser assim Dayka. As revelações são incríveis chances para a alma e para as almas que podem se servir delas via um livro ou uma palestra, enfim, o meio não importa. E antes que você pergunte, vou explicar que o motivo pelo qual as revelações são sempre exceções e nunca são dadas sem terem sido solicitadas, é por que a vida na Terra é totalmente baseada no livre arbítrio. Ou seja: ninguém, nem Deus, nem nós, nem os ditos anjos, podem dar qualquer coisa a alguém sem que este alguém peça por aquilo e de forma bem sincera e clara. E isto, porque o Planeta Terra tem sido palco de um dos mais ousados experimentos em termos de evolução de consciência ou da alma se preferir. Além de existirem no planeta todas as faixas de consciência, do estado primitivo ao mais alto nível de espiritualidade possível neste denso planeta, coexistem ainda seres de ordem invisível, que participam de forma ativa em todo o processo, interferindo nele, parcialmente de forma “livre”, para serem canais de provas, de lições e de aprendizados extremamente sutis.

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Imagine a riqueza desta experiência. É algo não possível de ser avaliado por um terráqueo de consciência mediana, ou seja, que já não tenha questionado profundamente o sentido da dor, da diversidade de níveis evolutivos e de elementos equivalentes. E agora vamos fazer uma pausa maior disse Athlan repentinamente, talvez sentindo ou vendo meu cansaço, mesmo que mínimo. - Vamos dar uma volta, sem veículo, para você sentir este plano de forma mais concreta. - Que maravilha, disse eu, de fato bem animada e curiosa. Queria ver as construções, algumas em especial, que pareciam ser iguais e sempre no final de um destes raios que saiam do sol central, digo, da praça.

A cidade templo Quando nos deslocamos comecei a perceber espaços, algo como ruas entre as fatias de um raio que, pela lógica se alargava no final, formando uma quadra de aprox. 500 metros de largura diria. Estávamos próximos a uma e no final havia aquela construção da qual comentei. - Dayka, estas construções que sei chamaram sua atenção já lá do alto, são nossos templos por assim dizer, ou para encontrar uma palavra equivalente terrena. - Imaginei algo assim, mas o que não entendi, por que tantos? Em cada final de raio existe um deles? - Sim, é porque não são templos comuns, ou como na Terra. São 12 raios e cada templo simboliza um aspecto do raio da alma, um espectro. Este, por exemplo, é o templo da sabedoria. Aqui são realizadas algo como cerimônias diárias para agilizar a sabedoria na Terra. - Espera Athlan, porque só na Terra?

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- Porque esta cidade não é bem uma cidade. É uma espécie de monastério ou cidade santa, como vocês também a definiriam. Ela tem como propósito servir e ajudar o planeta Terra em todas as áreas da vida. Portanto, neste plano onde nos encontramos, vibra dentro de uma faixa que permite realizar um trabalho livre de interferências mentais ou sutis em geral vindos da Terra, principalmente porque esta região é pouco habitada. No passado totalmente inabitada. Somente agora começamos a ter alguns problemas visto que o movimento tem aumentado não só em termos de tráfego, mas de visitas ao cerrado, com os grandes desmatamentos com fins agrícolas e agora de criação de gado, enfim, precisamos nos proteger, coisa que no passado não era necessário. É provável até que o Cerrado venha a perder sua condição de sagrado em função de tanto desmatamento, dos venenos usados nas plantações e do sangue e dor vertido pelos matadouros. Poucas áreas vão poder preservar sua pureza e claro, sua beleza, concluiu Athlan com uma profunda tristeza no olhar. E eu suspirei e não pude deixar de verter umas lágrimas, pois por alguma razão que desconheço, sinto muito facilmente a dor em todos os reinos. Um dia na Suíça, ao tentar fazer um desenho simbólico da Alma do Planeta Terra – de Gaia – não suportei a dor que senti. Tive que interromper o desenho. Mas, voltando ao tema, disse Athlan, como não querendo se aprofundar nesta questão neste momento: Cada templo simboliza um aspecto que tem uma certa semelhança com as palavras chaves de cada um dos signos. Mas, como atuamos a nível de alma, as qualidades tem outra freqüência aqui e não tem valia para a personalidade, a não ser no sentido de amadurecê-la para ser melhor canal para a Alma e o Espírito como vocês chamariam a Mônada, a Centelha Divina, o Lótus Sagrado, a Rosa Mística, enfim. Portanto, temos templos para aprimorar a ação, a vontade, a comunicação, o zelo, a beleza, a prestabilidade, a harmonia, a profundidade, a sabedoria, o poder, a fraternidade e o sentido do sacrifício, sempre no sentido suprahumano, ou da alma, como já disse. Portanto, vejamos o 12: o sentido do sacrifício não tem nada a ver com suportar dores físicas ou morais para uma

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personalidade envolvida em algum dilema, mas para uma alma que necessita acessar o sentido do sacrifício em uma escala bem mais sutil ou subjetiva. - Entendo claramente sua linguagem, mas e o sol central? Perguntei curiosa. - Vamos até lá. Caminhamos e pude ver que a harmonia era um elemento central deste monastério. Ela exalava em cada planta, em cada estátua... sim, agora pude ver, que cada raio possuía uma estátua-símbolo do que ele expressa. Dignas do melhor escultor grego, que conseguiram expressar o máximo da simetria da beleza supra-humana. Chegamos na praça central rapidamente. Em meio a cada espécie de rua havia uma harmonia de plantas exóticas, mais pareciam coleções de vários planetas, tal exoticidade. - De fato, seu pensamento está correto, Dayka. Aqui trouxemos várias sementes e as adaptamos inclusive como forma de honrar a natureza em suas diversas expressões. Não pense que foi por acaso que o pé de pequi lhe serviu de portal. - Ah é mesmo! Como foi possível isto? Digo, como um pé de pequi pode servir de portal? - Não é exatamente a pergunta certa. O correto seria perguntar: qual a função do pé de pequi? Esclarecendo: existem passagens interdimensionais em vários locais do Planeta, alguns ultra-secretos, outros conhecidos, porque são ou foram portais coletivos, tal como cavernas, lagos, rios, quedas de água. - Isto me faz lembrar a Lagoa Sagrada existente neste Cerrado, na qual tive a singular oportunidade de nadar um dia antes de completar 27 anos. Curioso Athlan... você me levou para passear naquele estranho sonho “acordado” um dia antes de eu completar 21 anos. Why? Warum? Por quê? – disse eu em três idiomas sem pensar, acho que para sensibilizar Athlan de me revelar mais algo, afinal, ele havia dito e eu sabia desta lei, que somente pedindo que podemos receber...então, pedido feito! - Mas... o que eu não disse e você sabe e eu vou apenas verbalizar, é que não se pude “usar” ou abusar de uma lei só porque se tomou consciência dela

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minha cara, disse Athlan rindo da minha ingênua forma de querer “alçar os céus com a força”... - Tudo bem, você venceu esta, mas por que eu não poderia saber que tive duas experiências curiosas um dia antes de dois aniversários? - Experiências assim são como que ritos ou consagrações para haver uma espécie de salto quântico na vida da pessoa. Na época você não freqüentava nada, então o “universo” servia de templo e se valia de elementos oportunos para dar-lhe uma consagração. Respondo agora já a outra pergunta sua: por isso você não teve mais experiências assim tão singulares, digo, perto de seu aniversário, onde se comemora a encarnação de uma alma na Terra e com ela, sua, por vezes, complexa meta, porque você, logo depois, adentrou a uma escola espiritual e então ela automaticamente fez este papel. E lá não preciso lhe relembrar suas consagrações e suas igualmente importantes experiências equivalentes, certo? - Aha! Faz sentido... enfim, nada como perguntar...aliás, esta pergunta e sua resposta, mais uma vez comprovaram o que captei intuitivamente um dia vivendo ainda na Suíça: Perguntas são chaves para abrir Portas! Aliás, isto me faz lembrar do tema do qual me desviei, sobre o Portal do Pequi! - De fato Dayka, vamos concluir a questão de um pé de pequi poder servir de portal interdimensional. O pé de pequi está por acaso numa área de passagem interdimensional. Ou não; talvez não esteja por acaso, afinal não existem acasos. Mas fato é que não é ele que gera a passagem, mas a favorece e por ser uma árvore de relativo porte acaba fazendo o papel de portal. Facilita a passagem, pois árvores também tem seu lado etérico e rudimentos de sentimentos ou do famoso corpo astral, sideral, sentimental. Os cientistas de vocês já provaram que plantas reagem à música e a sentimentos. Fora as experiências que quase todos já tiveram com relação a ameaçar alguma árvore ou flor que não quer dar frutos ou florescer. Basta ameaçar de verdade e elas frutificam em tempo e quantidade recorde geralmente. Registramos vários casos destes.

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Portanto, o pé de pequi vive com facilidade como planta no plano etérico básico e isto favorece a passagem. Por isso nós também temos certo carinho especial por esta espécie e esta árvore. Em função dela, a sua espécie acabará evoluindo mais rapidamente, porque está prestando um serviço muito peculiar. - É impressionante como sempre de novo ouço o serviço relacionado à aceleração da evolução: das abelhas ao pé de pequi, sem falar nas inúmeras fontes religiosas do mundo todo. - De fato Dayka. Mesmo o grande avatar Jesus, enfatizou o serviço como fator acelerador, pois quem presta serviço, esquece de si, e diminui assim, sem o perceber, e sem se esforçar, o entrave da evolução da alma a partir de um determinado momento da espiral dela: a personalidade ou apenas o eu egoísta. Os métodos orientais visam muito diretamente e, acabam às vezes, sutilmente reforçando o ego ou o eu, ao invés de vencê-lo. Todos os métodos, aliás, sejam orientais ou ocidentais que atacam o eu ou o ego de frente, acabam tendo como efeito colateral inesperado, o reforço dele. Antevendo isto, visto que Jesus se preparou não só no Egito, mas na Grécia e Índia, ele percebeu que o serviço seria a maneira mais simples de resolver esta questão, além de ajudar tantos irmãos em necessidade, seja esta de qual tipo for. E já que estamos falando nele, mas não como líder do cristianismo enquanto religião formal – no qual alguns elementos da sociedade antiga o transformaram sem pedir por sua autorização pessoal e direta, mas garantem que o representam legitimamente e acusam outros de não terem este direito!! - mas sim como líder de um novo método e de uma nova etapa da humanidade, vamos ao templo central. Chegando próximo senti que algo diferente pairava neste lugar. Algo realmente sagrado ou muito especial. Não religioso. Nem tampouco místico. Uma atmosfera plena de paz, mais ainda do que o próprio plano oferecia naturalmente se comparado com a vida na Terra, mesmo em meio a nossa gentil natureza, no caso, do cerrado.

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O templo era circular, imaculadamente branco. Em volta colunas e um amplo pátio com lugares para sentar e apreciar as águas que envolviam o templo, reforçando o sentimento de paz e serenidade. Ao entrar contive a respiração ou seja lá o que me mantinha viva naquele plano: - De um imenso coração de uma pedra vermelha jorrava água de todos os lados. Sim, o coração parecia quadridimensional. De todos os lados se via a forma do coração. Dentro do salão não havia cadeiras, mas três degraus e num deles, no central, podia-se se sentar, no inferior apoiar os pés e no superior a cabeça. Destacavam-se do ambiente, porque pareciam forrados com um veludo vermelho quente, profundo e intenso. A parte que ficava o coração com a fonte, era mais profunda, e a volta, colunas, acho que eram doze; não senti vontade contá-las, parecia algo tão banal diante do que via e sentia. Eu tinha a impressão de respirar o amor dentro deste templo, mas um amor diferente, algo que ultrapassa todas as barreiras. Por um momento silenciei. Não consegui mais pensar. Sentei-me sem pensar e Athlan fez o mesmo para me acompanhar penso eu. De repente ouvi um som, algo como uma voz, mais parecia de dentro de mim, tocando dentro do meu cérebro. Acho que jamais esquecerei aquelas frases. Parece que foram gravadas a fogo em meu coração. Quando terminou a citação, olhei para Athlan que mantinha o olhar fixo na fonte, mas parou e me olhou de modo a confirmar que eu ouvira corretamente. Segundos bastaram para que entendesse uma série de fatos da vida. E o valor e o mistério da misericórdia! Sim, ela era a chave. O verdadeiro e sagrado Portal para a Alma conectar-se com sua Mônada, representação microcósmica de Deus depois de sua singular ancoragem na Terra por meio do avatar Krestos Jhesu! Cada novo avatar fornece uma nova chave!

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Não mais exercícios, nem respirações, nem mantrans, nem rituais... sem o aval da misericórdia agora como grande mestra final e afinal. Ela simboliza desde então a grande prova final, o último guardião do umbral do Portal para acessar a Divindade no Centro de cada Ser. E se tivésseis asas de anjo e voz de profeta... mas não tivésseis o amor, de nada serviria. Algo assim diz na Bíblia,

que embora extremamente

adulterada, contém trechos originais e este creio ser um deles. - Dayka! Vamos sair agora, disse-me Athlan pela primeira vez mentalmente. Até então tinha a impressão que ouvia sua voz. Agora eu o ouvia sem voz... eu já tinha tido experiências com a Voz do Silêncio e era similar, por isto não estranhei. Saímos em silêncio e sentamos de frente ao lago sereno sobre o qual se erguia o Templo Branco. Se algo modificaria minha vida para sempre, seria a visita a este Templo. Seus três anéis circundando a fonte com o coração de rubi vermelho como a jorrar eterna misericórdia! O amor pleno de graça. O amor em sua plenitude máxima. Sim, a misericórdia é a coroação plena do amor divino! Lá dentro eu havia compreendido num segundo que o amor tem vários níveis de expressão e este era de uma nota singular. Compreendi que a misericórdia é o amor em estado sublimado, em estado de fogo, que queima sem doer, que lava todas as culpas, os medos, todos os anseios sem razão de ser. Lava com fogo que não queima. E quando a Alma floresce tendo por água a misericórdia, só então ela é digna de receber os raios do Amor Divino do Espírito Divino, nosso mini e particular Sol Central e assim transfigurar-lhe e torná-la uma Flor Celeste, pois que de tanto viver na Terra, havia adquirido a densidade terrena. Quanto aroma tem esta áurea flor! Quanta doçura! Seu perfume impregna as sete grandes regiões cósmicas e chega às portas da Eternidade, lar do Espírito Divino.

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Vi toda a sutileza da evolução da alma. A princípio ela apenas entende que precisa se conectar a algo e inicia uma longa jornada enquanto Alma pelo planeta Terra, no caso. Desde a prática do mais puro humanismo, a se perder em magias que são apenas degenerações de práticas – o que lhe rouba precioso tempo na escada da evolução, pois magias prendem a alma no seu nível, como que por correntes. Já o humanismo, bem do contrário, desata nós cármicos e permite à alma um dia perceber a diferença de um caminho horizontal de um caminho vertical, de caminhos diretos de indiretos, já explicados pelo avatar Krishna a seu discípulo Arjuna na Bhavagad-Gita. Ele também disse, tal qual Jhesu Krestos: ninguém vem ao Pai senão por mim... pelo caminho direto mostrado por eles. Não com esta frase, mas com este exato sentido. Sendo que Krishna entrou em detalhes a respeito, visto que Arjuna, simbolizando a Alma Buscadora, lhe fazia um monte de perguntas. E, já sabemos, que quem pergunta, a este é respondido, porque uma pergunta é uma chave que abre uma porta até então fechada! “Batei e abrir-se-vos-á”. Não sei quanto tempo ficamos sentados olhando o lago sereno e aves exóticas voando no céu, naquele céu que parecia feito de brisa etérea. Sei que jamais vou esquecer este dia. Por toda a eternidade que há de viver minha mônada ou espírito. Por um momento senti a grandeza deste ser que na Terra chamamos de Jesus e entendi o que ele trouxe de tão diferente dos outros, sendo que todos os grandes mestres e profetas tiveram um enorme peso para a evolução das almas na Terra, mas agora entendi porque de fato posso aclamá-lo como o último grande e o maior de todos. Ninguém expressou o amor nestas alturas e de forma tão plena: por meio da misericórdia! Não apenas do perdão e da compaixão. Isto foi possível por vários motivos: a grande desolação na Terra, em que valia apenas o “olho por olho” aqui no ocidente, e no oriente, de que tudo é carma (lei da ação e reação), e, portanto, ninguém pode mudar seu destino... salvo desatando cada nó cármico... enquanto que Jhesu trouxe a misericórdia que lava todas as culpas, os carmas... por vezes, num segundo! Tal sua magnitude, tal seu poder, se conferido por alguém em quem o Pai atua

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através do Filho. O Espírito por meio da Alma-Personalidade! Christus por meio de Jhesu! O outro motivo é algo ainda pouco revelado às massas, mas trata-se do grande mistério que foi a expressão de um ser da altura de um Cristo Cósmico, num planeta denso como a Terra, por meio de uma personalidade humana chamada de Jesus! Portanto, Cristo é ao mesmo tempo símbolo do espírito, e também uma consciência altamente singular que pôde se expressar parcialmente na Terra e assim derramar graças celestes para libertar a Terra do grande jugo e jogo de forças involutivas que a mantinha cativa, para uma aceleração espiritual. - Dayka! Vamos agora? Disse Athlan com muita suavidade, depois de sentir que eu havia feito a devida assimilação de grandes insights que a presença no templo havia despertado em minha alma. Como códigos que foram acessados e revelados. Sim, era isto. Muitos conhecimentos foram liberados instantaneamente dentro daquele ambiente magnânimo, também graças às variadas experiências e leituras desta alma peregrina. Sempre é assim: façamos nossa parte na Terra, que os Céus, a seu tempo e a sua maneira, farão a sua parte. Mas a nossa parte é a base, é o Vaso, onde então pode jorrar a Água Pura. Precisamos nos tornar um Vaso Vazio para que o alento Divino possa preenchê-lo com a Água da Vida, que é Fogo Divino! Andamos em silêncio até a sua moradia. Não havia mais o que dizer. Era como se o silêncio pudesse conter toda a importância do momento e só ele o pudesse registrar fielmente. Qualquer palavra iria causar uma desarmonia. A experiência era para ser assimilada pela alma, mesmo que compreendida pelo intelecto humano, meu no caso, mas sem dissecá-la demais, nem comigo, nem com Athlan. Só decodificá-la para uma assimilação digna de um ser que não ganhou por acaso inteligência, mente e autoconsciência!

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Entendi o amor dos que amam em silêncio. Dos que não ofendem e não se defendem. Da mansidão plena. Este amor cura almas. Ele parece ingênuo visto de fora. Mas visto por dentro ele é pleno de graça. São estes que não deixam rastros de suas pegadas, como diz no Tao Te King de Lao Tse.

De volta a realidade física - Dayka...ouvi de longe uma voz familiar. Onde você se meteu mulher? - Acordei meio que a contragosto, ouvindo Thera me chamar? Sim. - Aqui, debaixo do pé de pequi, gritei finalmente, quando consegui articular um som. A garganta parecia entravada. - Que aconteceu contigo? Dormiu esta noite aqui, perguntou Thera preocupada? - Não, vim ver o sol nascer. Aliás, que horas são? - Oras, o sol acabou de nascer. Você deve ter deitado e adormecido feito princesa do cerrado sem se incomodar com pedras, insetos e cobras, muito menos com uma ervilha, disse Thera rindo. - Estranho. Parece que dormi séculos. E tenho certeza que vim aqui pouco antes do sol nascer. - Bem, se tem um lugar onde ocorrem coisas estranhas, é aqui, disse Thera tentando me ajudar a entender o que nem eu sabia. Tinha apenas comigo um sentimento vago de ter dormido muito tempo e vivido neste tempo intensamente, mas não lembrava de sonho algum. - Sabe, vamos andar um pouco? Disse Thera.

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- Boa idéia, preciso digerir... bem, não sei o quê, mas parece que andar vai fazer bem. - Comeu muito pequi no teu sonho, foi isso? Disse Thera de novo achando graça de meu estado estranho. Andamos e encontramos uma caverna que mesmo Thera nunca havia visto até então. A entrada era bem discreta e imperceptível de qualquer ângulo. Por acaso esbarramos nela. Entramos e constatamos que era aconchegante, cabendo duas pessoas com bastante folga. Decidimos buscar as coisas e ficar deste lado, mesmo porque daqui se via o sol nascer com mais clareza, a mata era menor, havia quase mesmo uma clareira. Fizemos um chá preto em troca do café e comemos uns bolinhos de milho que eu havia feito. Depois alçamos nossas redes em árvores à esquerda da caverna e ficamos apenas relaxando e sentindo o ambiente de paz e serenidade que o lugar parecia emanar em abundância. - Sabe Dayka, acho que este é o lugar certo para te contar algo que sei há muito tempo, mas como nossos encontros sempre foram bem rápidos, nunca lembrei de contar. - Hmm, mistérios, adoro-os! Pena que não se vendem prontos ou feito bolo para comer... desculpe, pode contar Thera! - Contou-me um motorista antigo da viação Xavante, esta que você tanto gosta pelos seus ônibus confortáveis e modernos, que no passado, acho que há uns 40 anos, no tempo das jardineiras, uma moça muito loira, a quem ele apelidou de Sueca, às vezes embarcava em algum ponto da estrada e sempre descia neste lugar. Imagine: se agora tem apenas umas casinhas espalhadas, na época não havia nada a não ser cerrado.

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O curioso é que ela nunca embarcava daqui. Um dia o motorista criou coragem e na hora de descer, perguntou: - Dona, não é perigoso a senhora descer num lugar onde não tem nada e ninguém? Ao que a Sueca respondeu: - É o senhor que não está vendo, mas aqui existe uma grande cidade! Quase pulei da rede. Algo acordou em mim. Como uma lembrança que logo perdeu a força. Thera riu da minha reação e disse: - Sim, imaginei que você teria alguma reação similar, pois, sempre relaciono esta moça a você, quando penso nesta história. - A mim? Como assim? Perguntei mais curiosa do que nunca. - Porque hoje nós sabemos que cada um dos nossos corpos vive na sua dimensão ou plano. E será que aquela moça não era você em outro plano? De repente lembrei. Lembrei de ter estado na cidade sagrada. E emudeci. Comecei a lembrar dos detalhes e do templo central. Da misericórdia. E imaginei ver Athlan, isto mesmo, até o nome me veio claramente à mente, ao meu lado. Sim, na imaginação, porque não tenho vidência. - Dayka, que foi? Ficou chocada com minha hipótese, perguntou Thera. - Não, pelo contrário, algo me diz que pode ser real... e novamente me perdi em meus pensamentos. Thera ficou quieta imaginando que eu queria digerir o assunto. Sim, ela só não imaginava o quanto!! Não sabia se devia contar agora, ou depois ou nunca. Simplesmente não sabia. E por não sentir o impulso e contar, me calei. Olhei de longe o pé de pequi e sorri. Sim, eu haveria de voltar a deitar-me sob suas asas, e convidaria Thera, pois caso ela devesse ter sua experiência, ela teria que ter a chance. Acabamos adormecendo e acordamos com o barulho de um casal de araras azuis. Acordei feliz, lembrando do casal que vira voar.

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Thera saiu animada atrás de lenha e para o almoço fizemos um angu de milho com óleo de pequi e uns ovos cozidos. Ficou muito bom. Mas eu me sentia estranha, sem saber se devia contar ou não, quando Thera saiu em direção do pé de pequi. Achei aquele ato curioso, afinal, estávamos com a rede ainda montada. Era como se ela estivesse pressentindo algo. Parou embaixo dele e olhou para mim dizendo: - Por um momento tive a clara impressão de ter visto alguém parado aqui. Aliás, desde que você acordou, algo aconteceu por aqui. Eu senti. E sinto. E decidi ver o que teria este lugar. Seria este o portal? - Sim, disse eu caminhando na direção dela. Lembrei-me o que aconteceu quando você contou o caso da Sueca, mas eu fiquei confusa em te contar. Poderia soar pretensioso. Ou afinal porque eu pude ter a experiência e você não, mas agora eu quero te dizer, inclusive para ver se você consegue acessar o portal. - Dayka. Acho que cumpri com minha função de lhe trazer aqui. Eu pressenti que você poderia ter acesso ao portal e saberia identificá-lo, justo pela história da Sueca. Um dia senti que se te trouxesse aqui com tempo, você acharia o portal. Quando você acordou hoje cedo de um estranho sono, eu deduzi que você havia tido um contato e o que pé de pequi poderia ser o portal. Você sabe que eu não considero nada estranho. Também entendo tua dúvida, pois muitas vezes estive em situação semelhante. Mas não pretendo por isto forçar algo. Se eu tiver que ter minha experiência eu a terei, seja hoje ou daqui a um ano. - Que alívio em ouvir estas tuas palavras, disse eu. Agora eu sei que posso contar contigo, caso ocorra algo estranho, ou mais estranho. Digo, contar em termos de poder trocar, pois quem mais me compreenderia? E dizendo isto uma brisa do nada soprou e acariciou nossas frontes fazendo os cabelos arrepiarem. - Uui, disse eu. Que foi isso? - Uma brisa etérea, disse Thera. Um aviso que estamos bem protegidos e aceitos. Esta linguagem eu aprendi. A linguagem da brisa.

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- Ah! Esta eu também conheço, desde os 19 anos! Que interessante, disse eu, mais algo que temos em comum. - Diga uma coisa: você acha que precisa voltar para o plano? - Sim. Sinto que terei mais uma etapa, ou apenas terei que relembrá-la, pois não sei se lembrei tudo. Enquanto isto do lado etéreo Athlan observava Dayka, tornando-a receptiva a sua presença. Ela precisava aprender a se deslocar de qualquer parte e não apenas de um portal dimensional. Dayka pressentiu a proximidade de Athlan, como um cego pressente a presença de alguém. Ficou quieta, buscando por algum sinal ou imagem que pudesse comprovar sua intuição, quando uma nova brisa soprou suave em seu rosto. Instintivamente Dayka sorriu deste lado e Athlan do outro lado. Foi um progresso. - Vamos buscar mais lenha, falou Thera tirando Dayka de seu estado. - Sim, disse alegre Dayka, sentindo que aquela experiência fazia parte de seu futuro preparo. A noite chegou rapidamente. O céu estrelado estava novamente tão próximo, que parecia poder se tocá-lo com as mãos. Este céu do cerrado sempre me encantara. Adormeci olhando para o céu, e Thera também. Acordamos no meio da madrugada por um vento qualquer. Fomos até a caverna onde já havíamos preparado nossas “camas” improvisadas. Estava mesmo ficando fresco lá fora, embora não frio. Coisa rara naquele Cerrado.

O estranho arbusto Acordamos e repetimos o ritual do dia anterior. Inclusive fui deitar-me sob a sombra do pequi após tomar meu mate e percebi um arbusto do lado, que no dia anterior não havia despertado minha atenção. Era um arbusto muito bonito. Parecia uma roseira silvestre ou algo similar. Sentada sob o pé de

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pequi fiquei observando fascinada o arbusto, foi quando me vi do outro lado... admirando o arbusto exótico. - Ah! Então desta vez o truque foi o arbusto, disse eu em pensamento. - Exato Dayka, disse Athlan que surgiu do nada. Era preciso te distrair da idéia de ter que fazer a passagem. Foi uma maneira. - Muito boa por sinal. Afinal, é muito agradável não perceber como acontece. Aliás, eu entendo que acontece assim como quando busco ouvir a voz do silêncio: de repente “eu” desapareço da tela mental e entra em cena alguém que não é este eu que conheço como Dayka. - Muito bem ilustrado. Desta forma, no futuro, você poderá acessar este plano. Exatamente desta maneira. Hoje vamos aprofundar a etapa iniciada, disse Athlan desta vez bem prontamente. - E isto implica em? Perguntei. - Em você acessar a plataforma de cristal! - Descrita no livro sobre Homens Livros? - Exatamente esta. - Então ela existe? - Sim. Mas o acesso a ela é feita por um corredor e eu preciso te levar em segurança para Você não sofrer nenhuma disfunção em teu corpo etérico, entende? - Claro. Aquela vez, no sonho, você já me alertou, lembra? - Sim, mas agora é bem mais delicado. Porém, isto é necessário e faz parte o plano. Não temos escolha desta vez como aquela. Temos a escolha de fazer bem feito. - Bem, como posso cooperar neste processo? - Relaxando completamente, sem ansiedade e sem curiosidade. Deixe acontecer. - Acho que isto eu consigo, disse decidida. - Sim, sei que sim Dayka. Tanto assim te conheço.

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Entramos no mesmo aparelho, mas desta vez Athlan acionou um comando que fez um zunido a princípio. Depois se criou algo como um campo vibratório intenso. Relaxei totalmente tanto quanto pude. Senti que teríamos uma alteração de freqüência. Uma viagem interdimensional mais sutil. - Lembre-se Dayka! Lá não serei Atlhan e nem Você Dayka. Vamos vivenciar um nível mais sutil ainda. Não sei como você será e como se chamará.. - E como voltaremos? - Teremos ajuda competente. Quanto a isto, não se preocupe. Pode confiar. Nada nestes planos é deixado ao acaso. Tudo é minuciosamente planejado e preparado. - Então, vois lá, disse eu para relaxar! (Voalá, em francês! Significa algo como, que assim seja penso eu, mas neste caso, em português, dá para interpretar dupla e literalmente: voa lá!!).

II PARTE

Os Homens-Livros A reunião na plataforma de cristal Numa sala imensa muitas pessoas conversavam calmamente. A impressão, porém, era falsa, pois por dentro a ansiedade crescia de segundo a segundo no imenso relógio de quartzo que pairava sobre a cúpula daquele espaço oval, feito do mais puro cristal. Algumas estavam quietas e contemplavam a aurora cósmica: via-se daquele ponto do espaço vários sóis nascendo e isso era algo fantástico, quase inconcebível para seres mais acostumados com sistemas solares de um sol, como alguns do planeta Terra.

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A hora aguardada estava se aproximando e alguns seres vindos de lugares distantes, estavam aproveitando o salão dourado para se recompor. Distante, porém não fisicamente, se encontrava uma alma solitária, que divagava sobre os mistérios da existência. Tinha sido uma grande batalha estar ali presente e sentia que um grande momento de sua vida havia se aproximado. Olhou em volta como para medir o espaço, o tempo e a profundidade. No fundo de sua alma mesclada de várias experiências terrestres e em outros planetas, se amalgamava uma substância nova, estranha, e ela era uma estranha para si e para os outros. Sem o perceber, alguém se aproximava dela, lentamente, mas de forma clara e precisa. - Syahne, ouviu dentro de sua mente! Olhou e viu alguém familiar, mas desconhecido. - Sou eu, sua tutora e futura editora. - Iuhanna, exclamou! Que bom te conhecer. - Sim, algum dia dentro do tempo cósmico isto teria que acontecer e hoje é o dia X, o dia X do grande ano cósmico que nasceu do ventre do tempo. A Grande Mensagem está se aproximando e precisamos todos cooperar para terminar de compor seu conteúdo. Venha comigo, por favor, alguns instantes antes do início da consagração dos Livros. Syahne seguiu rapidamente aquele Ser que de tão distinto lhe causava uma espécie de lucidez mental jamais alcançado na Terra, em meio à matéria densa e mesclada a tantas energias sutis diferentes. Neste sentido único o Planeta Terra era visto de uma maneira absolutamente diferente e superior: por representar um verdadeiro laboratório para diferentes experimentos existenciais. De fato, dentro da grande Teia da Vida, ele representava um caso singular: um planeta onde tudo era possível ao mesmo tempo para diferentes estágios de consciência humana, solar, galáctica.

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Entraram num imenso salão. Syahnne teve um momento de pleno êxtase: o salão era oval e continha no centro uma espécie de mesa igualmente oval, representando em miniatura as proporções da sala; isto ela intuiu e teve tanta certeza que nem foi preciso perguntar para sua tutora se era de fato isto. - Syahne, contemple este espaço dentro de outro gigante espaço no qual nos encontramos em estado veicular não físico, como outra miniatura, mas desta vez de uma matrix maior: deste universo onde vivemos. Sim, ela entendeu, porque a plataforma espacial onde se encontravam, estava estacionada no centro galáctico do universo de onde provinham todos os seres ali presentes e também tinha uma belíssima forma oval. Foi incrivelmente fácil deduzir que aquela mesa oval, solitária, no centro daquela sala de cristal, representava o micro no macro e vice-versa. Em volta da sala oval se encontravam espécies de poltronas com o fim de proporcionar momentos de reflexão sobre a soberania e sabedoria do Arquiteto da Vida. E no centro do que parecia ser uma mesa, pousava sereno, uma espécie de vaso oval. A volta da mesa havia cadeiras que se expressas numa linguagem terrestre, tinham um formato futurista, de formas ovais, leves e delicadas. Pareciam tronos estilizados. - Sua presença aqui é para estimular sua função cerebral terrestre, tornandoa mais abstrata. Sabemos da dificuldade de abstrair dentro de um plano tão denso, por isso, aguarde aqui alguns instantes enquanto não se inicia a grande cerimônia da coroação dos livros vivos. Syahne sentiu-se em casa naquele ambiente altamente sofisticado e simples ao mesmo tempo. Os paradoxos sempre foram sinônimos de verdades universais, por isso continham em si os elementos conflitantes, a dualidade, para expressar o que não é dual.

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Sentiu vontade de andar a volta daquela mesa que lembrava na Terra a Távola de Arthur, o grande homem mito da atualidade terrena. Não fossem alguns registros esparsos e muitos o teriam como mero mito. Mal sabem os homens da Terra que mitos são frutos de uma árvore que já não existe, mas que existiu. Sem notar incursou em profundas reflexões sobre o mistério da criação, da razão de tantos porquês sem respostas, da razão de tantos mistérios... sim ela sabia que a mente humana não tinha capacidade de abarcar nem um décimo de uma realidade cósmica abstrata, e que era preciso explorar o espaço interno da mente subjetiva para entender alguns conceitos universais. Mas, além da fronteira do espaço, havia a fronteira do tempo, muito mais sutil e difícil de ser transcendida. O tempo, ela haveria de entender um dia, não era um elemento material, mas a alma do espaço. - Syahne, venha, vamos iniciar a cerimônia da consagração. Todos estavam se sentando nas poltronas macias e líquidas daquele imenso salão oval, que ficava abaixo da cúpula onde ela se encontrava. A estação tinha 7 plataformas ou andares. Na 1ª plataforma havia a recepção geral, inclusive espaço para pousos; na 2ª. uma ala para serviços e na 3ª. o espaço para a cerimônia. O ambiente exalava um perfume delicado e se tivesse que encontrar palavras, o mais próximo que vinha à mente de Syahne, era algo como aroma das estrelas. Em cada poltrona havia de fato uma estrela impressa em forma transparente e dentro havia uma espécie de numeração. Ao sentar-se, a numeração, ou o símbolo, transformava-se em um halo de luz sobre a pessoa para identificá-la de longe.

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Em números, talvez estivessem ali presentes três mil seres, vindos de todas as partes do universo. Uma curiosa mistura de genes e formas e conteúdos. Era difícil encontrar um denominador comum, a não ser a forma humana básica como molde de vida. Assim como uma cadeira pode ter infinitas formas, mas em todas elas se reconhece a cadeira como forma básica, assim aqueles seres tinham todos formas humanas básicas. Ou seja: humanos baseado no conceito terreno, pois também o homem da Terra possui a forma humana como forma básica, mas sua forma humana de longe é a mais perfeita, nem, tampouco a menos perfeita. Uma etapa mediana se tivesse que definir. Portanto, distinguiam-se ali formas quase que supremas. De uma simetria que faria inveja aos gregos, que, com certeza, tentaram encontrar a simetria perfeita da forma humana. Sim, a simetria grega foi criada para inspirar a alma por meio da Beleza. O Bom viria a ser vivido em carne e sangues humanos, por aquele ser que chamamos de Jesus, não por ter sido mais tarde vinculado a conceitos cristãos, mas pela magnitude de sua missão bem independente dos dogmas que foram criados em torno de sua pessoa e profissão (no sentido do que acreditava e viveu). Já a Verdade (da trilogia grega: o bom, o belo e o verdadeiro), tinha sido a alma de todos os grandes seres que passaram por esta Terra, ora encarnando num povo, ora em outro, com diferentes nomes (Krishna, Buddha, Lao-Tsé, Platão, Maomé, Hércules, Hermes, Wiracocha, Quetzacoal, etc.), mas com a mesma têmpera, lembrando que cada um deles revelou um aspecto mais profundo da grande Verdade. Assim, o Mestre dos Mestres revelou um aspecto que até então ninguém tinha podido revelar sobre a Terra, pois a alma dos homens não estava preparada para tal potência: a Sabedoria do Amor. Num futuro a semente de outra Verdade será revelada pela humanidade terrestre: a Beleza da Vontade Divina. O ser chamado na Terra de Jesus Cristo,

viveu plenamente o Amor e o ancorou no Planeta

a Semente da

Vontade para ser germinada mais tarde, em outro ciclo, de forma plena. Somente grandes Almas Amorosas podem expressar a Vontade do Pai sem ferir

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Leis Cósmicas, por isso, individualmente existem e sempre existiram Seres que souberam Fazer a Vontade do Pai! Mas o Mestre dos Mestres a expressou num nível jamais possível até então. Algo incompreensível para uma mente concreta, normal.

E com a Semente implantada na Terra pelo Mestre dos

Mestres, o Cristo Cósmico, a Vontade tem sido objeto de muitos problemas, pois a plantinha está começando a crescer dentro de um solo pouco amoroso. O Amor que deveria ter florescido plenamente sobre a Terra, foi envenenado pelo poder dos que não querem ver a Terra transformada num belo Jardim Cósmico. As três grandes Artes sempre se fundem uma na outra: A Beleza da Verdade e do Bom. A Verdade do Bom e da Beleza. E o Bom da Beleza e da Verdade. São atributos abstratos que contém a essência da Criação. São como matrizes que possuem em si todo o Mistério da Criação. A Beleza deve revelar o aspecto Material, seja denso ou sutil. A Bondade deve revelar o aspecto abstrato, é a Alma de tudo. A Verdade deve revelar o aspecto divino, o Espírito que a tudo anima. Algo somente é perfeito quando encerra os Três em Um. A Trindade existe em todo o Cosmo com diferentes nomes, sinônimos e graduações, mas também existem outros módulos, a Trindade é um módulo ou uma matriz, para determinadas ondas de vida, da qual a humana faz parte. Depois desta exposição foi feito uma pausa e todos receberam um líquido delicioso, de sabor delicadamente adocicado, em química terrena. Talvez para outros fosse diferente. A palestra tinha sido proferida pelo que presidia aquela reunião singular.

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- Talvez alguns de Vocês já tenham intuído o motivo deste evento e mais do que isso: o motivo que representa a vida de cada um no planeta que se encontra. Porém, estamos aqui tanto para confirmar algumas intuições de fato corretas e desmistificar outras. O projeto Livros-Vivos foi fruto de um longo processo de observação, análise e reflexão. A evolução, seja em que nível for, todos Vocês, sim, principalmente Vocês, já perceberam e sabem, que não se trata de algo simples, que basta obedecer a certas leis e com isso se garante o sucesso. Não. Existem sim as leis cósmicas objetivas e subjetivas, como as do Livre Arbítrio, a grande Lei Síntese da Evolução Dinâmica, pois sem elas não existiria uma evolução dinâmica no exato sentido da palavra e sim, simplesmente uma evolução óbvia, previsível, e sem espaço para experimentos. O grande problema dos grandes projetos baseados ou implantados em mundos sujeitos ao livre arbítrio, é sua igualmente grande margem a erros, principalmente

em

planetas

mais

densos.

Constatamos

que

elevar

consciências nestes mundos, não é uma tarefa fácil, talvez a mais complexa de todas e, no entanto, dela depende todo o fio da evolução. Portanto, tivemos que reformular inúmeras vezes os projetos, mas, imaginem uma situação destas numa escala planetária: - Leva-se um tempo para implantar um projeto e um Xis tempo para constatar se vale ou não à pena, e mais um Xis tempo para criar outro quando o resultado não foi esperado, mas o mais difícil é implantar nas consciências que o tal projeto teve falhas e que, não seria conveniente continuar a prática dele. Repito, principalmente em planetas mais densos, os seres se apegam imediatamente a tudo e não querem alterar rotas conhecidas e insistem em usar métodos que já se revelaram no decorrer de anos ou séculos, como desastres ou pouco frutíferos. Nestes casos, o que nos têm restado fazer, é tentar vivificar tais projetos, tentar consertá-los, tentar fazer o melhor com eles, mas, todos vão compreender que esta é uma solução emergencial, mas não efetiva. Tais árvores nunca mais vão gerar frutos sadios. E isto meus caros, se aplica a todos os aspectos da vida: ao religioso, científico, moral,

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psicológico e filosófico. Ou como quer que cada um se denomine em seu planeta de origem atual! O projeto Livros-Vivos foi uma idéia que surgiu da observação de experiências voluntárias e se mostrou altamente competente para detectar as pequenas falhas invisíveis a partir de um Xis estado de consciência. Imaginem se de uma determinada distância qualquer, seriam capazes de ver detalhes de uma pessoa! O Conselho Evolutivo Intergaláctico constatou que dificilmente existirão projetos realmente eficazes, sem se levar em conta as reais dificuldades que todos os seres enfrentam em seu dia-a-dia, com suas variadas nuances que não são mais perceptíveis a partir de um estado de consciência muito elevado. Outro exemplo: quanto mais adulto um ser se torna, mais difícil de entender a infância ou a adolescência. Para um recém adolescente, fica fácil de lembrar a infância com suas ingênuas alegrias e fantasias, assim também é mais fácil para um ser humano comum repassar o que ele sofre, onde estão suas fraquezas ou seus obstáculos. Porém, sabemos também, que todos os modelos têm pontos fracos, pois a matéria densa possibilita e facilita o erro e não o acerto. Mesmo assim, existem modelos que tem mais brechas para erros e outros menos. Tivemos casos isolados que foram parcialmente infrutíferos, pois os seres em questão se envolveram demais na trama da vida e isto impediu que o registro de suas experiências se repassasse de forma clara. O sucesso deste projeto singular é a capacidade que os envolvidos devem ter em inconscientemente nunca se envolverem totalmente nas tramas de sua vida familiar, profissional, conjugal e mesmo a dita vida espiritual. Devem sempre manter uma distância mínima, para que o material obtido, não se cole aos seus tecidos sutis, impedindo uma observação objetiva. Vamos explicar melhor: - Ao se colar uma folha na outra, podem ainda ler um livro? Certamente que não. Assim não podemos ler os registros do ser. Uma pequeníssima mínima

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folga é a única exigência para o progresso desta experiência. Por outro lado, houve casos isolados, que devido a densidade do planeta em questão, não captaram o valor de viverem suas vidas. Abdicaram da existência comum tentando viver algo elevado, impossibilitando com isto o registro de experiências valiosas para nossa avaliação, pois, de fato, esta seria a outra ponta do ponto fraco deste projeto: um envolvimento total ou parcial demais! Porém, os que hoje estão aqui nesta reunião de avaliação geral, é porque conseguiram manter um status quo mínimo, proporcionando material para uma análise ainda que não completa, no entanto suficiente para poder-se deduzir o restante. Contentamo-nos com tais experiências, pois, o que está claro há milênios para o Conselho Evolutivo Intergaláctico, é que nunca houve um projeto que realmente fosse um sucesso total, sem falhas, ou sem grandes falhas. Claro que houve alguns que nos surpreenderam, porque apesar de tomarem rumos diferentes, acabaram revelando uma nova gama; isto também aconteceu com alguns de Vocês aqui, ao nível individual. Depois desta exposição houve uma pausa e a segunda etapa da reunião teve início em tempos galácticos dali à uma hora, em tempo terrestre, dali a 100 horas! Neste período pudemos passear pela bela plataforma, toda revestida de cristal transparente, de onde

pudemos apreciar as cores em um espectro

jamais imaginado pela visão humana, sim, porque o relato aqui retrata a visão de um ser humano objeto de tal experiência. Syahne viu que alguém se aproximava dela, parecia um gênero masculino, ou positivo da criação. A passos largos ele se aproximou e num sorriso franco e direto disse: - Já nos conhecemos, mas não desta forma! Meu nome é Jahnion e venho de um planeta bem distante da Terra.

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- Prazer em conhecê-lo Jahnion. De fato, de algum modo algo me soa familiar algo em Você, mas não saberia dizer o quê. Meu nome é Syahne traduzido em linguagem intergaláctica. - Percebi que Você já intuiu a resposta, mas não se atreve a formulá-la. É isto? - Sim, disse Syahne sorrindo... de fato, logo me ocorreu um planeta distante, que visitou a Terra recentemente, claro que contados em anos terrestres. - Está correto. Nossa visita se deu devido ao incidente e se transformou num projeto de ajuda e de coleta de dados ao mesmo tempo, pois, a Terra proporciona experiências incríveis em todos os sentidos: tanto belos quanto aberrantes. - Venha comigo um instante: vou lhe mostrar algo de outro ângulo! disse Jahnion de repente. Quase correndo fomos a outro extremo mais longo da elipse e chegando na ponta, subimos vários degraus que terminavam numa espécie de varanda de inverno. Várias poltronas confortáveis estimulavam a idéia de sentar e apreciar a beleza da natureza de um andar inteiro cheio de plantas exóticas. - Que fantástico Jahnion! Eu nem imaginava algo assim... aqui, neste fim do universo, eu disse meio rindo! - De fato, imaginei que não conhecia este jardim dos deuses. Na verdade são plantas de todos os planetas envolvidos neste projeto. Foi uma maneira simbólica e real de homenagear estes planetas e também de sentir a vibração de suas formas e cores. - Achei a idéia realmente genial, porque além de enfeitar, fornece a cada algo familiar. - Mas vamos voltar ao assunto sobre minha origem. Eu percebi que você não me estranhou, tampouco se importou em vir comigo, como se me conhecesse e eu sei que você sabe de onde venho, portanto, imagino que você queira saber de sua ligação comigo ou do meu planeta de origem. - Bem, resumindo, sua conclusão está correta. De minha parte imagino que em meus átomos cósmicos esteja registrada a experiência no seu planeta, por

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isso tive aquela singular intuição que se mostrou correta anos depois, ao me ocorrer a idéia de verificá-la com mais detalhes. - Sim Syahne, mas o mais importante na época não ficou claro! - E isto seria? - Que sua estadia na Terra não apenas recolhe informações para a Biblioteca Central do Conselho Intergaláctico, mas também para nós! - Ah é? Respondi surpresa e um pouco confusa! - Sim, e não só isso, muitos daqui fazem papel duplo, pela... - ...lei da economia! Completou Syahne. - Exatamente! Sabe como na Terra se escreve um e-mail com cópia? É mais ou menos isso num sentido cósmico e de caráter evolutivo. Sua estadia é para nós fonte de grandes conclusões e avaliações. Este é um dos motivos de sua insaciável curiosidade acerca de tudo que ocorre no planeta e que tantas vezes a incomodou por achar que não deveria ser tão curiosa em função de seu caminho espiritual escolhido na época. - Bem, isso me conforta de certo modo, mas como eu me sinto compelida a viver a vida na Terra de forma tão... - ...terrena, completou Jahnion... - ...é, eu acabei me conformando com quase tudo e agora sinto amor pela Terra e já não consigo me imaginar viver em outro lugar, porque além de ter aprendido muito, quero ensinar! - Sim, notamos isto em teus registros e ficamos surpresos como a Terra cria algo de enigmático nos seres. - Como assim? Quis Syahne saber. - Só posso explicar isto lendo seus registros, digo, tentando interpretá-los, pois ler nos registros terráqueos é como querer decifrar uma complicada fórmula que inclui física, química, matemática, e também elementos filosóficos. - Ora, que coisa louca, respondeu Syahne! - De fato, mas vou tentar explicar, pois esta tentativa vai me ajudar a encontrar o significado mais próximo dentro de minhas possibilidades e assim

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amadurecer minha capacidade de interpretar realidades altamente complexas de outros planetas. - Isto soa tudo muito interessante, aliás, acabei de ter uma imagem: eu vi Você se especializando nesta área, como um doutorado na Terra, você me entende? - Claro, graças a sua vida na Terra! E é isso mesmo. Estou me especializando em traduzir em linguagens cósmicas, experiências de vidas em diversos planetas, mas meu doutorado vai se basear totalmente na Terra e por isso você é minha grande fonte de consulta e de material. - Wow! Sou literalmente sua tese, ao vivo e em cores! Disse Syahne quase achando graça. - De fato Syahne, preciso muito da sua colaboração, mas não por mim e sim pela aproximação da Grande Mensagem. - O que é isto? É a segunda vez que ouço este nome, disse Syahne um tanto perplexa. - A Grande Mensagem é um acontecimento de caráter macrocósmico. Trata-se de um evento em linguagem terrena e humana, mas no caso de um evento singular. Ele é uma espécie de conclusão de todos os experimentos que foram feitos em todos os planetas de um universo, sobre a melhor forma de instigar a consciência dos seres que vivem em planetas com direito a livre arbítrio, vamos definir assim, ou seja, aonde a evolução não ocorre por decorrência de se seguir um sistema previsível! - Que interessante, ponderou Syahne, imaginando que prazer teria em um dia, melhor, em um momento dentro do tempo cósmico, participar de um evento deste tipo. - Isto não é impossível para todos os que se propuseram a servir de laboratórios viventes Syahne, disse Jahnion, lendo seus pensamentos, algo que era normal naquele estado veicular. Na verdade, este congresso é uma parte do outro, no qual participarão todos os universos, neste apenas o nosso, entende? Trata-se de uma semifinal em certo sentido. - Sim e já que você me respondeu a esta pergunta, volto a perguntar: o que preciso fazer para me aperfeiçoar ou para seguir esta via?

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- Antes de tudo concluir seu atual trabalho de pesquisar ao máximo, principalmente constatando, como você vem fazendo instintivamente, aonde ocorrem os maiores entraves de um sistema de ampliação da consciência absoluta. A consciência relativa, ou de que tudo é relativo foi um marco recém conquistado, mas esta consciência é apenas uma antecâmara da consciência absoluta, entende? - Sim, isto é o que mais me tem perturbado: constatar que pelo menos na Terra, todos os sistemas sofrem com entraves. E eles se dividem em alguns aspectos bem claros. - Cite alguns, por favor Syahne, pois por mais que eu possa ler seus registros, suas citações são para mim e para nosso planeta, como um tradutor automático, visto que seu cérebro possui um diferencial que permite com que acessemos seu conteúdo e o recebamos traduzido para nossa linguagem, entende? - Sim, consigo entender tudo isto sem dificuldade e isto me faz supor que seja verdade. Bem, o maior entrave é a tendência de querer eternizar o relativo! Poucos seres humanos conseguem atualmente compreender que algo eterno não existe nem na eternidade. A própria eternidade tem seus ciclos de renovação! É como a semente da planta que germina em outra árvore. Já o absoluto é diferente. Ele é a semente. - Bravo Syahne! Agora senti sua parte Hummo se revelar. - Bravo Jahnion! Você ousou citar o nome de nosso planeta de origem! - Mas, continue por favor Syahne. Eu fico altamente curioso e ansioso pelas suas experiências na Terra, pois este planeta tem de fato uma característica quase única em todo o universo. - Sim, também constatei isto com surpresa, confesso, pois até então só queria voltar ao meu planeta de origem, mesmo sem saber qual era, pois imaginava a Terra como o “fim do mundo” onde ninguém quer morar ou imaginar fazer algo de útil por lá.

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Mas os anos passaram e percebi que o louco e o precioso daqui, é conviver diariamente com inúmeras pessoas, cada uma tendo sua verdade, sua forma de ver o mundo e, no entanto, conseguir conviver. Isto beira ao miraculoso, quer dizer, de não ser pior o resultado, pelo contrário, ele tem sido cada vez melhor.

Mas também longe da Terra as horas passam... e assim foi preciso retornarem ao grande salão. Jahnion tentou sentar ao lado de Syahne, mas alguém o chamou e acabou perdendo a oportunidade. Syahne até preferiu, pois precisava elaborar um pouco este encontro tão inesperado e direto. Tudo que no passado lhe pareceu misterioso e que ela foi desatando em etapas longas e frutos de muitos acontecimentos, Jahnion, como contrapeso, pareceu querer finalizar com um golpe só. A velha teoria do equilíbrio. Yin e Yang. E onde estaria o fator neutro, o fator que faz com que possamos nos libertar da grande dualidade, no sentido de não sermos joguetes inconscientes nas mãos dela? - Atenção, vamos dar prosseguimento ao nosso congresso, avisou em voz forte e segura, o superior do conselho reunido à mesa ovalar. Syahne sentiu que deste encontro ela teria condições de avaliar melhor sua estadia na Terra, bem como em fazer um trabalho mais objetivo, ou, quem sabe, outro trabalho. Ela estava curiosa. Aliás, palavra que ela mais associaria a sua vida na Terra. - Tivemos que dividir os grupos em dez grandes temas, e isto foi algo que facilitou não apenas as nossas conclusões, mas também as nossas futuras ações nestes planetas e em outros. Cada grupo, portanto, trouxe um material precioso em relação a um aspecto da vida do planeta no qual o ser está integrado. Vamos aos resultados:

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Grupo 2: vida a dois - As polaridades homem e mulher como são chamadas em alguns planetas, apresentaram a maior complexidade nesta temática. No entanto, por mais primitivo que seja o povo ou o planeta, constatamos que a vida a dois é um laboratório sem precedentes, porém, em alguns planetas as raízes culturais são o mal maior e não a relação em si, bem como as religiões ultrapassadas e os sistemas sociais altamente hierarquizados. As relações do elemento feminino e masculino são algo belo por si, apenas é preciso que elas não paguem pelos erros da sociedade e é isto que principalmente no planeta Terra vem ocorrendo. Ambos são confrontados com limites e problemas que não são seus originariamente. De fato, uma grande ferramenta evolutiva e tão mal aproveitada devido aos muitos limites. Grupo 3: vida familiar - A novidade deste grupo, foi constatar que a célula familiar tem seu valor positivo e negativo, pois em planetas aonde não existe uma estrutura familiar tradicional, os seres igualmente se desenvolvem, e de forma mais livre e plena, sem vínculos de sangue ou de raça. Notamos que uma estrutura tradicional impede a formação de uma individualidade no sentido pleno da palavra, pois são incutidos muito cedo todos os vícios e problemas daquela teia familiar. Geralmente o filho ou a filha levam anos apenas para superar as raízes da família, alguns nunca superam e nunca se tornam indivíduos plenos. Não estamos propondo uma anarquia como ocorre em alguns planetas, mas repensar o vínculo tradicional familiar também em planetas inferiores. Grupo 4: vida grupal - Notamos que o problema dos grupos é sua incapacidade de preservar o direito pessoal e a autonomia! Todos querem se sentir iguais e acabam perdendo a noção de individualidade. Acabam se igualando em excesso, com o agravante que um controla o outro para ninguém ser diferente, um indivíduo. Muitos planetas que optaram por esta forma de evolução e convívio perderam

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totalmente a beleza da individualidade. Com receio de fomentar o egoísmo, fomentaram o generalismo; ambos extremos de uma mesma moeda. Grupo 5: raças - O sistema por raças tem suas belezas, aliás, é um panorama colorido, como um tapete social altamente complexo. No entanto, como fator evolutivo se mostrou mais um empecilho do que uma ferramenta, visto que todos querem apenas valorizar e prestigiar a sua raça, ao invés de cada um ter notado o óbvio:

cada uma tem suas fraquezas e seus pontos fortes e eram para

aprender um do outro, mas, devido a baixa vibração da mente, a maioria combate o outro. E por quê? Porque ambos usam as fraquezas do outro para sua avaliação. O que se julga melhor, vê o pior no outro e o outro vice-versa. Conclusão: não há cooperação e sim apenas confronto. Claro que isto se repete em todos os outros grupos, mas de forma bem evidente neste. O plano original era cada raça simbolizar um estado de consciência, portanto, quanto mais atual a raça, mais elevada seu estado de consciência. Isto

de fato

ocorre, mas não o intercâmbio que havia se planejado e sim prevalece o orgulho, que acaba depreciando a própria superioridade da dita raça superior! Grupo 6: sistemas sociais e políticos - Refletem imediatamente o estado de consciência da raça e da alma dela, e, portanto, estão diretamente vinculados a ela. Mas o pior desastre foi constatar que ao tentar importar, melhor dizer impor um modelo social de uma raça X numa raça Y, o resultado foi dramático, pois ninguém aprende por imposição, mas por respeito. Ou seja: se respeito seus costumes e vocês os meus, posso, sem me sentir coagido, perceber em liberdade o que da sua cultura me agrada e me parece melhor do que na minha, mas se ocorre imposição, deve necessariamente ocorrer a defesa! Porém, mesclado a isso se soma o fator religioso, e torna a questão social e moral algo altamente complexo e difícil de unificar. Grupo 7: filosofia, psicologia

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- A filosofia foi uma espécie de mãe solteira da psicologia em alguns planetas e, por isto, durante muito tempo, ambas foram vistas com ceticismo, com preconceito e com menosprezo quanto a sua contribuição para planetas cujo objetivo maior de vida é apenas o consumo e os prazeres materiais. No momento a psicologia ganhou novos aliados e até a ciência tem sido sua amiga confidente atrás de portas de difícil acesso. De qualquer forma, mãe e filhas, a filosofia e a psicologia, são as que ainda tem a maior chance de serem usadas sempre mais dentro do modelo básico de elevação de consciências. São ferramentas neutras, sem um pai que reclame de sua paternidade e, portanto livres! Se alguma delas se permite ser aprisionada, então apenas por indivíduos e nunca pelas idéias que são capazes de expressar de forma tão independente e sem vínculos. Grupo 8: religiões - Tem sido um desastre em grande parte o uso de religiões como fator motivador de formar consciências! A maioria foi usada por seres de pouca elevação e se tornaram modelos perfeitos para praticar a escravidão mental e emocional. As que foram projetadas como

ferramentas modelos,

converteram-se no contrário. Constatar isto foi um choque para muitos membros deste conselho e quanto mais para os planetas que praticam tais modelos. Fato é que as religiões têm sido ajudadas por todos os demais conselhos em salvar o que há de bom, dado ao grande poder que conquistaram, poder este óbvio, visto que foram projetadas para serem as estrelas da elevação das consciências. Porém, repetimos que vamos repensar o futuro delas como fonte de elevação de consciência, dado ao fanatismo que fomentam, a escravidão de idéias fixas por não admitirem que tudo evolui, inclusive o próprio modelo religioso! Este fanatismo impediu que pudessem avaliar de forma sóbria e soberana os resultados de suas façanhas desumanas, a maioria, fruto de barganhas políticas, sociais ou materiais! O lado bom foi constatarmos de outro lado, a fé ingênua e simples de muitos seres humanos que as usaram para se elevar.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Grupo 9: escolas iniciáticas - Para alguns presentes este nome não diz muito, por isto vamos definir este grupo por meio de um conceito resumido: uma escola iniciática é onde inicia o estágio de um ser que ingressa no caminho evolutivo consciente e por livre e espontânea vontade. Todos os demais estágios foram altamente necessários e importantes, mas é neste que ele se consagra autoconsciente. Ela representa o pico ou o topo da pirâmide da evolução em alguns planetas. O símbolo da pirâmide é uma matriz cósmica e por isso podemos usá-lo para exemplificar este grupo. E, mesmo assim, este grupo igualmente constatou grandes dificuldades em cumprir com seu papel de mestre das artes da evolução. A maioria deixou se corromper pelo poder de sua missão, outros pelo próprio perigo de lidarem com forças e modelos mais sutis, subjetivos e complexos. Escolas iniciáticas equivalem a mestrados e doutorados da consciência de um indivíduo, sendo que religiões existem de todas as classes: do pré-primário ao nível universitário. Não confundir uma escola deste gênero com algum grupo ocultista para desenvolver poderes psíquicos. São arcas de luz, onde a Alma pode tecer sua imortalidade e a Mônada garantir sua soberania sobre Alma e Ego, num processo tríplice. Uma verdadeira escola iniciática sempre adapta seus métodos ao corpo racial do momento, mesmo porque, ela trabalha com os egos mais maduros de cada grupo social e religioso. Ela, portanto, não pode ficar parada no tempo e ... .... até aqui a Amostra de Leitura. O livro completo tem aprox. 103 páginas. Agradeço pela leitura e será ótimo receber um comentário. Helena Schaffner

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