Histeria-nasio

  • Uploaded by: José Hiroshi Taniguti
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RESUMO DO TEXTO DE NASIO – A HISTERIA. COMO NOS TORNAMOS HISTÉRICOS? QUAL É O MECANISMO DE FORMAÇÃO DE UM SINTOMA HISTÉRICO? 1. TÓPICA – SISTEMA INC- PCS/CS NEUROSE – É provocada pela ação patogênica de uma representação psíquica, de uma idéia parasita não consciente e intensamente carregada de afeto. Essa idéia é geradora do sintoma histérico – Idéia de conteúdo sexual. Freud se pergunta Como uma idéia inconsciente e sexual é capaz de provocar bulimia, frigidez , etc.... Freud acreditava inicialmente que o doente histérico havia sofrido durante sua infância, uma experiência traumática. – uma sedução sexual. – essa sedução geraria uma emoção sexual excessiva, e a inundava e ela não tinha nenhuma consciência. O ser imatura ficaria petrificado e sem voz, não compreendia o que estava acontecendo e nem experimentava a angústia que sentiria se tomasse consciência de uma emoção de tal tamanho. Trauma – emoção intensa do afeto sexual não sentido na consciência, mas inconscientemente recebido – Excesso de afeto inconsciente na ausência da angústia necessária que no momento do incidente teria permitido ao eu da criança amortecer-se e suportar a tensão excessiva. A angustia que deveria ter surgido – faltou. Essa tensão inassimilável e errante que não consegue descarregar-se sob a forma de um grito de socorro ou de uma ação motora instala-se no inconsciente. O excedente de afeto fica como um núcleo mórbido que é gerador dos futuros sintomas histéricos, logo o trauma é uma imagem superativada por esse excesso de energia sexual acumulada cuja representação é intolerável. COMO SURGE A IMAGEM ? O eu infantil é uma superfície psíquica feita de diferentes imagens corporais, recortes do corpo anatômico – no momento do trauma o impacto da sedução destaca um desses losangos - que irá corresponder a parte corporal que entrou em jogo por ocasião do acidente traumático. O excedente de afeto concentra-se nesta imagem recortada e essa acaba por dissociar-se das outras imagens do corpo imaginário – torna-se uma representação inconsciente, logo a histeria é uma doença por representação - EX. o odor, uma luz, um ruído, um braço, todas essas formas podem constituir o conteúdo imaginário da representação inscrita no inconsciente no qual irá fixar o excesso de afeto sexual. O trauma que a criança sofre não é a agressão externa mas a marca que resulta dele, impressa na superfície . Essa imagem altamente investida de afeto, isolada, penosa para o Eu é a fonte do sintoma histérico. REPRESENTAÇÃO PSÍQUICA. QUAL O DESTINO DA SOBRECARGA QUE INVESTE A REPRESENTAÇÃO ERRANTE.? A histeria é provocada pela inabilidade com que o eu pretende neutralizar o parasita interno que é a representação sexual intolerável. A representação intoleravel adquire seu valor patogênico ao ser atacada por um eu que se debate. A sobrecarga isola a idéia e o eu passa a acentuar seu isolamento até levar a tensão. Quanto mais o eu ataca a representação mais a isola. – Essa força defensiva Freud chama de recalcamentol. – Recalcar é isolar. Enquanto a

representação dolorosa é mantida a distrância permanece reclacada o eu conserva em si um trauma psíquico interno e latente.

VESTÍGIO PSÍQUICO DO TRAUMA – SOB A PRESSÃO DO RECALCAMENTO ESSA REPRESENTAÇÃO é CONSTANTEMENTE SOBRECARREGADA E ESSA ENERGIA NÃO TEM COMO ESCOAR. Neste sentido o eu se enfraquece e se esgota num combate inútil que produz o efeito inverso da meta buscada. O recalcamento é uma defesa tão inadequada que é tão patogênico quanto aquilo que ele pretende neutralizar. Freud chama então a histeria de histeria de defesa, ou histeria de recalcamento e mais tarde de histeria de conversão. CONFLITO – REPRESENTAÇÃO SOBRECARREGADA DE ENERGIA QUE PROCURA LIBERTAR-SE E DE OUTRO LADO A PRESSÃO CONSTANTE DO RECALCAMENTO QUE A IMPEDE DE ESCOAR. COMO SE RESOLVE ESTE CONFLITO? Como não há escoamento total, faz-se algumas soluções de compromisso ou seja investimos em outras representações menos perigosas do que a representação intolerável ou seja, deslocamos a energia a fim de desarticular o recalcamento, deslocamos a sobrecarga de uma representação intolerável para outra tolerável. A carga se transforma mas continua tendo um excesso de energia de efeitos negativos. O conflito entre a sobrecarga e o recalcamento é a base de todas as neuroses o que muda é a especificidade de cada tipo de neurose : obsessiva, fóbica ou histérica, dependendo das modalidades do resultado final do conflito Teremos então uma neurose diferente conforme o tipo de representação que a sobrecarga investe depois de abandonar a representação intolerável. A conversão histérica é o equivalente a uma orgasmo obtido através da masturbação pois a sexualidade do histérico permanece essencialmente uma sexualidade infantil. Na neurose obsessiva há um deslocamento da sobrecarga para um representação ou para uma idéia, caso o fracasso do recalcamento se dê por projeção, a sobrecarga é dirigica para o mundo externo - neurose fóbica.

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