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  • April 2020
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Administração, Sistemas de Informação e o valor da Informação Administração e Sistemas de Informação As organizações têm buscado um uso cada vez mais intenso e amplo da Tecnologia de Informação (TI), utilizandoa como uma poderosa ferramenta, que altera as bases de competitividade, estratégicas e operacionais das empresas. As organizações passaram a realizar seu planejamento e criar suas estratégias voltadas para o futuro, tendo como uma de suas principais bases a TI, em virtude de seus impactos sociais e empresariais (Albertin, 1999). O ambiente empresarial, em nível mundial e nacional, tem passado por profundas mudanças nos últimos anos, as quais têm sido consideradas diretamente relacionadas com a TI. Essa relação engloba desde o surgimento de novas tecnologias, ou novas aplicações, para atender às necessidades do novo ambiente, até o aparecimento de oportunidades criadas pelas novas tecnologias ou novas formas de sua aplicação. Nesse novo ambiente, empresas de vários setores têm considerado imprescindível realizar significativos investimentos em TI, passando a ter seus produtos, serviços e processos fundamentalmente apoiados nessa tecnologia. Os administradores têm procurado mais conhecimento do valor estratégico de TI e dos aspectos dos projetos dessa tecnologia, considerando suas particularidades e as melhores práticas de seu gerenciamento, constatando que esse conhecimento é essencial, pelo investimento que representa e pela dependência cada vez mais significativa que as organizações têm de TI. O desenvolvimento e a implementação de aplicações de TI em uma organização apresentam suas próprias características as quais devem ser estudadas e planejadas de acordo com o ambiente. Não é possível agir da mesma maneira e executar as mesmas atividades, de forma exatamente igual, de um projeto para outro. Isso negaria o princípio de projeto referente à não-repetitividade e à unicidade de seu produto. É possível, porém, descrever as variáveis e os fatores críticos de sucesso que devem ser considerados e estudados no processo de desenvolvimento e implementação de aplicações de TI ou ainda na elaboração de cenários alternativos no processo de planejamento de TI. Todo projeto deve considerar o seu valor perante a companhia para a qual está sendo executado para o seu planejamento, aprovação e execução, o que torna a determinação efetiva do valor estratégico de TI imprescindível. Este artigo apresenta as principais conclusões do projeto de pesquisa “Tecnologia de informação: valor estratégico e projetos”, desenvolvido no segundo semestre de 1999, com o

apoio do Núcleo de Pesquisas e Publicações (NPP) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Teve como principal objetivo o estabelecimento de valor estratégico de TI e a identificação das variáveis dos projetos de TI e dos fatores críticos de sucesso dos projetos de TI. TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO A TI é considerada fundamental para os vários setores, tanto em nível operacional como estratégico. Conforme definido por Crane e Bodie (1996), as organizações estão se transformando de uma maneira imprevisível e, às vezes, contraditória. Algumas das forças que têm acelerado essas mudanças estão relacionadas com o crescimento da competição de instituições não tradicionais; com as novas tecnologias de informação e declínio dos custos de processamento; com a erosão das fronteiras de produtos e geográficas e com as menores restrições da regulamentação governamental. Valor da Informação A constante evolução dos negócios, mercados e economia que temos vivido acarreta uma turbulência acentuada. Como argumentado por Drucker (1980, p. 33), “nesses tempos uma empresa deve manter-se ágil, forte e sem gordura, capaz de suportar esforços e tensões e capaz também de se movimentar rapidamente para aproveitar as oportunidades”. Portanto, a TI pode ser decisiva para o sucesso ou fracasso de uma empresa, contribuindo para que a organização seja ágil, flexível e forte, em vez de ficar à espera de suas realizações ou insegura quanto a seu apoio. Nesse aspecto, a TI pode ser incluída como uma tecnologia que altera as operações da empresa, seus produtos e serviços, seus relacionamentos com parceiros, mercados, concorrentes, etc. Cabe salientar que essa observação deve ser aplicada também à área de TI. Morton (1991, p. 11-18) apresenta o estudo sobre TI e a administração, no qual considera duas premissas básicas: “(1) o ambiente de negócio é e continuará turbulento; e (2) a TI continuará sua rápida evolução pelo menos durante as próximas décadas.” Madnick (1991, p. 27-30), no capítulo sobre Plataforma de TI, argumenta que as oportunidades de TI e as forças de negócios levarão a uma elevada conectividade, possibilitando novas formas de relacionamentos entre organizações e aumentando a produtividade dos grupos. A tendência é de que a TI não irá simplesmente

automatizar o que existe hoje. De acordo com as predições de Malone, Yates e Benjamin (1987), não podemos esperar que o mundo interconectado eletronicamente de amanhã seja simplesmente uma versão mais rápida e mais eficiente daquele que conhecemos hoje. Ao contrário, podemos esperar mudanças fundamentais, com empresas e mercados organizando o fluxo de bens e serviços na mesma economia.

http://www.rae.com.br/artigos/977.pdf

• Importância do alinhamento entre TI (Tecnologia da Informação) com o Negócio

TI pode ser o catalisador de modelos de negócios de alta-tecnologia e tornar as empresas flexíveis para enfrentar rápidas mudanças de cenários de mercado. Por outro lado, pode ser um inibidor se as estratégias de TI falharem. Por quê? Tecnologia e informação têm se tornado tão importante para as operações das empresas que, às vezes, pequenas mudanças nos sistemas de aplicação podem afetar dramaticamente muitas áreas de negócios. Apesar da importância de TI para as organizações, as áreas de negócios ainda citam o baixo alinhamento de TI com os objetivos empresariais. Esses cenários que foram descritos por Richard L. Nolan em 1979 no seu livro Managing the Crises in Data Processing, ainda são válidos nos dias de hoje. Segundo Nolan, o crescimento do processamento de dados traz uma série de problemas em todos os aspectos organizacionais de TI: sistemas de informação, usuários, tecnologia, ferramentas de gestão de especialistas em TI etc. Durante meus 25 anos na área TI, venho observando que esses problemas são decorrentes dos diferentes níveis de maturidade tanto das áreas de negócios das empresas como das organizações de TI. Em alguns casos, situações de desalinhamento entre TI e as áreas de negócios são cíclicos, dependendo dos lideres. Refletindo sobre o assunto, encontro uma correlação entre a formação acadêmica dos profissionais da área de TI e o desalinhamento de TI com os negócios. O problema já começa no entendimento correto dos propósitos dos cursos universitários de bacharelado em informática disponíveis no Brasil: Ciência da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas de Informação. Na leitura leiga dos propósitos dos cursos é difícil distinguir as diferenças marcantes de

atuação dos profissionais de Ciência da Computação e Sistemas de Informação. A diferença do campo de atuação fica na Engenharia da Computação, onde os profissionais têm uma vocação maior para equipamentos, porém com habilidades para análise de sistemas. Veja a descrição dos propósitos dos cursos publicados por uma edição especial do jornal Zero Hora de Porto Alegre em 5 de setembro de 2007: Ciência da Computação: cria e desenvolve software e aplicativos para computadores. Gerencia equipes e instala sistemas de computação, desde um simples programa de controle de estoque até sofisticados sistemas de processamento de informações. Sistemas de Informação: planeja o uso adequado da informática para empresas. Desenvolve programas para a geração, o processamento, o armazenamento e a recuperação de informações em redes de computadores. Engenharia da Computação: atua na supervisão e orientação técnica de construção, operação e assistência de equipamentos elétricos e eletrônicos e sistemas de comunicação e telecomunicações. Realiza estudos, projetos e operação de equipamentos. Também atua na análise de sistemas computacionais. Entretanto, o mercado de trabalho faz uma equalização dos profissionais, denominando-os simplesmente como Analistas de Sistemas. Para regulamentar a profissão de Analista de Sistema existe uma definição das atividades e atribuições dos profissionais para efeito de lei: I - planejamento, coordenação e execução de projetos de sistemas de informação, como tais entendidos os que envolvam o processamento de dados ou utilização de recursos de informática e automação; II – elaboração de orçamentos e definições operacionais e funcionais de projetos e sistemas para processamento de dados, informática e automação; III – definição, estruturação, teste e simulação de programas e sistemas de informação; IV – elaboração e codificação de programas; V – estudos de viabilidade técnica e financeira para implantação de projetos e sistemas de informação, assim como máquinas e aparelhos de informática e automação; VI – fiscalização, controle e operação de sistemas de processamento de dados que demandem acompanhamento especializado; VII – suporte técnico e consultoria especializada em informática e automação; VIII – estudos, análises avaliações, vistorias, pareceres, perícias e auditorias de projetos e sistemas de informação; IX - ensino, pesquisa, experimentação e divulgação tecnológica; X - qualquer outra atividade que, por sua natureza, se insira no âmbito de suas profissões. A partir da redação da lei, a análise de sistemas é uma profissão, cujas responsabilidades concentram-se na análise do sistema e na administração de sistemas computacionais. Cabe a este profissional parte da organização,

implantação e manutenção de aplicativos e redes de computadores, ou seja, o analista de sistemas é o responsável pelo levantamento de informações sobre uma empresa a fim de utilizá-las no desenvolvimento de um sistema para a mesma ou para o levantamento de uma necessidade específica do cliente para desenvolver este programa especifico com base nas informações colhidas. (Dados da enciclopédia Wikipedia, consultada em 24-set-2007). Observamos que em nenhum momento é enfatizado os aspectos de negócios. A descrição das atividades do analista de sistema coloca-o numa posição de passividade frente aos desafios empresariais, remetendo-o ao nível estritamente operacional. Com esse perfil de atuação, dificilmente a organização enxergará a TI com potencial para liderar inovações tecnológicas na transformação de negócios na busca de diferencial competitivo. O segundo problema é a visão dos coordenadores dos cursos universitários de informática sobre as necessidades do mercado. Em muitos casos, por terem uma forte cultura acadêmica e pouca experiência na gestão de organizações de TI, tendem a privilegiar as disciplinar de tecnologia dentro de um purismo acadêmico. O lado positivo dessa orientação é passar os fundamentos teóricos da informática. O lado negativo é o distanciamento das reais necessidades das empresas de buscarem profissionais empreendedores com habilidades de usar as inovações tecnológicas para modelar novos negócios. No final, esses cursos acabam formando mão-de-obra de programação barata. Entretanto, o lado mais perverso desse cenário é o tempo e dinheiro desperdiçado pelos alunos. Eu sustento que a formação de um bom programador é possível num curso de tecnologia de 5 semestres (ou 2,5 anos) com um currículo fortemente direcionado as questões técnicas de programação, banco de dados, redes, segurança e metodologias de desenvolvimento de sistemas. O custo total de um curso com esse perfil pode ser de R$18.000, contra um curso de 8 semestres (4 anos) que pode atingir R$60.000 numa instituição tradicional de ensino. (para a determinação dos custos foi levado em consideração apenas as matriculas e mensalidades). Os cursos de 5 semestres são adequados para a formação de programadores, abrindo a oportunidade de assumir cargos que exijam formação universitária e, conseqüentemente, maior remuneração. Isso cria oportunidades aos formandos buscarem cursos específicos de negócios em escolas de ótima reputação. Onde, certamente, terão maior peso no currículo. Dentro de um cenário empresarial dominado por sistemas integrados de gestão (SAP, Oracle Enterprise, Microsiga, Datasul e outros) a ação de programadores nas empresas está ficando cada vez mais restrito, abrindo espaço para os especialistas no negócio. Profissionais que atuam nessa área estão obtendo ótima remuneração. Para as empresas pode ser mais eficaz contratar profissionais especialistas nos negócios e oferecer um curso de pós-graduação em informática, externamente ou internamente através da sua Universidade Corporativa. Essa é uma proposta que deve aproximar mais a TI das áreas de negócios uma vez que esse profissional “fala” a linguagem do negócio.

Sumarizando: apesar da importância da área de TI para as empresas, ainda existe um distanciamento entre a expectativa das áreas de negócios e as entregas de TI. Uma das causas desse desentrosamento é a formação dos profissionais de TI. As faculdades de informática estão muito orientadas a tecnologia e existem poucas iniciativas de formação de empreendedores. O tempo e investimento dos alunos de informática poderia ser otimizado reduzindo a duração dos cursos de informática de oito para cinco semestres. Isso daria oportunidade para os alunos se aperfeiçoarem em cursos específicos de negócios em escolas de ótima reputação, já que teriam uma melhor remuneração pelo fato que já ter um diploma universitário. http://www.efagundes.com/artigos/alinhamento_de_ti_e_negocios.htm

• Panorama atual do mercado de trabalho Setor de tecnologia da informação vê oportunidade com a crise Joana Duarte*, Jornal do Brasil RECIFE - No atual panorama econômico global, onde empresas de tecnologia precisam gerar caixa e adiar gastos, economistas e especialistas em Tecnologia da Informação (TI) recomendam aos executivos de informática, os Chief Information Officers (CIOs) que evitem, a todo custo, adotar o comportamento de avestruz. Em vez de enterrar a cabeça, o conceito da vez é a colaboração corporativa para sobreviver à crise e garantir os negócios. Essa foi a mensagem do CIO Brasil, evento encerrado ontem em Porto de Galinhas, Pernambuco, que reuniu mais de 100 CIOs de empresas com faturamento acima de US$ 1 bilhão no Brasil, e que investem cerca de 1,8% de seu faturamento na área de TI. – Em escala internacional, vamos levar dois anos para sair dessa crise, que acredito ser pior do que a de 1929 – avaliou Luiz Nassif, superintendente da Agência Dinheiro Vivo e um dos principais palestrantes do CIO Brasil. – E isso só será possível por meio de uma maior integração de CIOs. Relacionamento, reconhecimento coletivo e democratização da informação são pilares dessa nova era que está começando. Segundo os palestrantes do evento, uma das novas tendências em evolução no mercado de TI, é a utilização de sites de relacionamento profissional como ferramenta para a troca diária de informações entre CIOs. Ferramenta A IT4CIO Networking Tecnologies, empresa especializada no aprofundamento das relações entre os executivos de TI, por exemplo, acaba de anunciar a criação de um portal baseado em software livre e voltado exclusivamente para os CIOs. Segundo Anelore Rafael, gerente do portal IT4CIO, a ideia é criar um espaço virtual em que os profissionais do ramo possam trocar conhecimento, referências e encontrar serviços específicos para a indústria, sem precisar sair do escritório. A ferramenta estará no ar no fim do mês que vem.

– Pesquisamos os principais portais de relacionamento profissional e pessoal, sites de informação e eventos, e observamos que existem produtos de ótima qualidade, mas que estão excessivamente pulverizados. Se os serviços estiverem centralizados e disponíveis em um só endereço, será possível obter uma economia de tempo substancial dos CIOS. Claro, com garantia de sigilo e privacidade para os profissionais – explica Anelore. Tony Ferreira, diretor para América Latina da ClikView, empresa fornecedora de Business Inteligence (BI), também vê oportunidades na crise através da consolidação das indústrias. Para ele, é necessário criar maior visibilidade e transparência nas empresas para que futuros clientes possam avaliar seu status econômico, trocar informações com outras empresas que já utilizaram o serviço, e buscar o fornecedor que melhor se adeque a uma redução de custos sem o comprometimento a logística. – Quando falamos em reduzir custos é preciso fazê-lo estrategicamente. Se eu quisesse perder peso, eu poderia cortar meu braço e atingiria essa meta, mas não seria muito conveniente para mim – brinca. – Hoje, o setor administrativo das empresas avalia com muita cautela os gastos, buscando sempre reduzir o orçamento. O suíço Mãs Holtman, presidente do conselho de direção da ClikView, acrescenta que fornecedores de TI devem também aprimorar seus profissionais, disponibilizando ferramentas necessárias para que possam tomar um número cada vez maior de decisões importantes dentro da empresa. – Hoje, o que vemos são empresas escolhendo os melhores profissionais do ramo, mas assim que os contratam é como se removessem dois terços do seu cérebro para que passem apenas a receber ordens de superiores. Fazendo os ajustes necessários, a crise pode acabar servindo para impulsionar a melhoria da produtividade da equipe e dos processos que possuem, garante Holtman. Afinal, o movimento pendular das crises econômicas esconde oportunidades valiosas demais para serem desperdiçadas. http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/03/22/e220325698.asp

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