Hepatite

  • November 2019
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HEPATITE Definição Hepatite é toda inflamação no fígado. Com a inflamação, são destruídas células do fígado, com diversas conseqüências ao organismo. As hepatites virais são todas diferentes em sintomas, gravidade e tratamento. A hepatite também pode ser causada por infecções generalizadas, por substâncias tóxicas como o álcool, por doenças auto-imune. A hepatite pode ser aguda, com sintomas mais intensos ou pode ser crônica, menos sintomática. A hepatite A costuma causar apenas a hepatite aguda. Já a hepatite B, pode apresentar um quadro agudo e depois manter uma inflamação menor por um longo período, tornando-se crônica. A hepatite C costuma causar apenas hepatite crônica. A hepatite aguda pode ser assintomática ou surgir um quadro parecido a de uma gripe, com mal estar, fraqueza, febre, dores e náuseas. Quadros mais intenso pode vir com icterícia. Casos mais graves podem se tornar em uma encefalopatia hepática na qual notamos alterações de comportamento, sonolência e confusão. Na hepatite crônica, ocorre uma destruição lenta das células do fígado, que aos poucos vão se regenerando ou formando cicatrizes. No momento em que a regeneração não é mais possível e o fígado não é capaz de funcionar normalmente temos a cirrose. Tipos de hepatite Hepatite A O vírus da hepatite A (VHA) causa uma infecção aguda que se cura espontaneamente com o passar do tempo. Geralmente é de evolução benigna e por isso dificilmente leva o indivíduo a estados graves, já que a doença não cronifica. A transmissão do vírus ocorre principalmente por via fecal-oral. O vírus

tem uma sobrevida de 12 dias a 10 meses na água. Tem como prevenir a hepatite A através de vacina, em duas doses. Por ser uma doença benigna é permitida a doação de sangue e órgãos Hepatite B A infecção causada pelo vírus da hepatite B (VHB) pode estar associada com a doença aguda clássica, onde o indivíduo apresenta sintomas característicos da hepatite (síndrome gripal, fadiga, dores de cabeça, náuseas e icterícia). A gravidade da doença é variável. Alguns pacientes desenvolvem doença crônica que, se não for tratada, após alguns anos pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. A transmissão do vírus da hepatite B (VHB) ocorre principalmente através do contato com sangue contaminado, do contato sexual e pela transmissão vertical.

O grupo de risco seria: politransfundidos; renais

crônicos em hemodiálise; pessoas com múltiplos parceiros sexuais; e usuários de drogas injetáveis. O vírus tem uma sobrevida de sete dias na água. Tem como prevenir a hepatite A através de vacina gratuita, em três doses. Hepatite C A hepatite causada pelo vírus C (VHC) é uma doença silenciosa que infectos milhões de brasileiros. Os sintomas agudos dessa infecção são geralmente leves ou ausentes, por isso passam despercebidos. Freqüentemente os pacientes descobrem que são portadores somente após 20 a 30 anos da infecção, quando o quadro pode ser mais grave, podendo também chegar à cirrose e ao câncer de fígado, a cronificação ocorre em 85% dos casos. A principal via de transmissão é a sanguínea. O grupo de risco seria: quem recebeu transfusão de sangue e derivados ou órgãos antes de 1992; usuários de drogas injetáveis; renais crônicos em hemodiálise; e portadores de HIV. O vírus tem uma sobrevida de três dias na água.

Hepatite E, D e G A hepatite causada pelo vírus E (VHE) é transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica. A infecção causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo VHB. Em pacientes cronicamente infectados pelo VHB, a infecção concomitante com o VHD acelera a progressão da doença crônica. Aproximadamente 5% dos pacientes com VHB são também infectados por VHD. O vírus da hepatite G (VHG), também conhecido como GBV-C é transmitido através do sangue, sendo comum entre usuários de drogas endovenosas e receptores de transfusões. O vírus G também pode ser transmitido durante a gravidez e por via sexual. Aproximadamente 10% a 20% dos portadores de hepatite C são contaminados com o vírus G. Hepatite Auto-Imune Esta inflamação crônica do fígado pode ser causada por um descontrole no sistema imunológico que passam a reagir contra células e tecidos normais, causando inflamação, destruição e perda da função do órgão atingido. Ainda não se conhecem os mecanismos que levam ao aparecimento dessa doença. Acredita-se que exista uma predisposição genética para desenvolvimento da doença, e que vírus e bactérias poderiam ser fatores desencadeantes do processo auto-imune. É tipicamente uma doença de mulheres jovens, mas pode atingir crianças e adultos de qualquer sexo. Os sintomas desta doença são: fraqueza, cansaço fácil, perda de apetite, perda de peso, febre, dores no corpo e nas articulações, icterícia, fezes claras, urina escura. Os casos sem sintomas são raros e descobertos em exames de rotina, assim como aqueles de forma fulminante com evolução rápida para o coma hepático. Excesso de pêlos, espinhas e alterações menstruais são comuns em mulheres jovens. Até metade dos pacientes tem outras doenças

concomitantes como diabetes da criança e adolescente, algumas doenças da tireóide, artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico. Não há um exame que confirme exatamente o diagnóstico. A partir de suspeita pelas queixas do paciente e pelo exame clínico, o médico solicita exames de sangue que visam excluir outras causas mais comuns de hepatite, como, por exemplo, as causadas por vírus. Dentre os exames que induzem fortemente o diagnóstico estão os que detectam anticorpos sanguíneos anormais. Ecografia e biópsia hepática são usadas para elaboração do diagnóstico, podendo demonstrar desde inflamação leve e diferente da hepatite por vírus até cirrose. A maioria dos casos de hepatite auto-imune é tratada com corticóides associados ou não a outros medicamentos, como a azatioprina. A função disso é diminuir a formação e a ação de anticorpos que estão "desreguladas", causando lesões em áreas sadias do próprio organismo. O tratamento controla a inflamação em 80 a 90% dos casos, porém a doença volta quando este é suspenso. Por isso, na maioria das vezes, o tratamento é permanente. Encefalopatia hepática A encefalopatia hepática ou porto-sistêmica acomete de 50% a 70% dos cirróticos no curso da sua doença. Tem curso flutuante e caráter progressivo se não identificada e tratada adequadamente. É caracterizada por sinais e sintomas neurológicos em portadores de insuficiência hepática ou "shunt" porto-sistêmico e que não podem ser atribuídos a outra causa. Tem graus variáveis de gravidade, desde manifestações subclínicas até o estupor e coma profundo. As manifestações não são específicas; alteração de nível de consciência, asterix, hálito hepático e outros sintomas neuropsiquiátricos podem estar presentes em uma série de outras patologias que devem ser excluídas, como eventos vasculares cerebrais ou infecção no sistema nervoso central. Portanto, o diagnóstico de encefalopatia hepática é geralmente de exclusão, devendo-se atentar para a presença de sinais e sintomas que sugiram outra etiologia para alteração no nível de consciência, como déficits focais, alteração em pares cranianos ou irritação meníngea. Fatores predisponentes também auxiliam na suspeita diagnóstica e incluem: o aumento da produção de amônia ou da difusão de amônia pela barreira hemato-encefálica (por uremia,

hemorragia digestiva, infecção, entre outras), o comprometimento da perfusão hepática (por hipovolemia, paracentese), drogas depressoras do sistema nervoso (benzodiazepínicos, opióides), "shunt" porto-sistêmico (TIPS, cirúrgico) e diminuição da reserva funcional hepática (progressão da hepatopatia, hepatocarcinoma). Na maioria das vezes, existem fatores precipitantes que obrigatoriamente devem ser identificados e tratados para que a encefalopatia seja revertida de forma rápida e efetiva. A utilidade da dosagem sérica de amônia é bastante controversa na literatura. Geralmente não é útil, pois entre 20% e 30% dos pacientes com encefalopatia hepática podem apresentar amoninemia normal enquanto níveis séricos elevados não garantem que a etiologia da alteração da consciência tenha relação apenas com a encefalopatia hepática.

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