geley, gustavegeley, gustave 1865 - 1924 geley nasceu em nancy, na fran�a. formado em medicina pela faculdade de lyon, clinicou at� 1918 em annecy, onde alcan�ou grande reputa��o. interessando-se pelos fen�menos paranormais, realizou muitos estudos que ficaram registrados em anais cient�ficos da �poca. realizou not�veis investiga��es em 1916 com a m�dium eva carri�re. em 1919 assumiu a dire��o do instituto metaps�quico internacional, onde obteve fen�menos extraordin�rios com o m�dium polon�s de materializa��es franck kluski. em 1922 e 1923 promoveu outra s�rie not�vel de sess�es de ectoplasmia, com o m�dium jean guzik, do que resultou o hist�rico "manifesto dos 34", assinado por eminentes homens de ci�ncia, m�dicos, escritores e peritos da pol�cia. de 1921 a 1923 realizou, quer em vars�via, quer em paris, experi�ncias com o m�dium polon�s stephan ossoviecki. publicou v�rias obras, destacando-se: ensaio, 1897; o ser subconsciente, 1899; monismo idealista e palingenesia, 1912; a chamada fisiologia supranormal e os fen�menos de ideopalastia, 1918; do inconsciente ao consciente, 1919; a ectoplasmia e a clarivid�ncia, 1924. nesta �ltima obra o autor anuncia um volume complementar intitulado "g�nese e significado dos fen�menos metaps�quicos", que n�o chegou a ser publicado em virtude do acidente em que faleceu aos 49 anos. o seu primeiro trabalho, em ordem cronol�gica, � um resumo da doutrina esp�rita, que ele organizou para seu pr�prio uso, ou, como disse, para fixar suas pr�prias id�ias a respeito do espiritismo. t�o bom ficou, que alguns amigos convenceram-no a public�-lo sob a forma de um ensaio. a boa ordena��o das id�ias ele adquirira anteriormente quando foi atra�do pelo positivismo de augusto comte, que exerceu profunda influ�ncia na sua forma��o intelectual. no livro "o ser subconsciente", cujo t�tulo n�o � outra coisa sen�o o perisp�rito, o dr. geley talvez desejasse emprestar uma terminologia mais neutra, que pudesse interessar o homem de ci�ncia de seu tempo. a subst�ncia que comp�e o ser subconsciente � "homog�nea, inacess�vel aos sentidos normais, imponder�vel, capaz de atravessar obst�culos materiais, suscet�vel de ser projetada parcialmente, bem longe da pessoa". por outro lado "� vis�vel aos sensitivos em estado de hipnose"."o ser subconsciente exterioriz�vel - diz ele - � o produto sint�tico duma s�rie de consci�ncias sucessivas que se fundem nele e que pouco a pouco o constituem". e assim, com essa terminologia, o livro faz uma s�ntese explicativa dos fen�menos obscuros da psicologia normal e anormal. na obra "do inconsciente ao consciente" o autor desenvolve com profundidade o problema da evolu��o, analisando, atrav�s de um estudo cr�tico, as teorias cl�ssicas da evolu��o atrav�s dos pensamentos de darwin, de lamarck e de bergson. em linguagem sempre simples, precisa e inequ�voca, encontram-se conclus�es como: "tudo se passa em biologia como se o ser f�sico fosse essencialmente constitu�do por uma subst�ncia primordial �nica da qual as forma��es org�nicas n�o s�o mais que simples representa��es." a leitura integral ajuda a compreens�o, numa s�ntese mais completa e mais vasta, da evolu��o coletiva e individual. nos dois livros acima descritos, o dr. geley limitou-se praticamente � derrubada das doutrinas evolucionistas e psicol�gicas de seu tempo e � meticulosa montagem de seu sistema de concep��es. suas conclus�es, sendo as mesmas da doutrina esp�rita, deram lugar ao aparecimento de cr�ticos de sua obra para declarar que o grande m�dico, respeit�vel por todos os t�tulos, tinha concebido uma teoria muito complexa, de muito largo alcance, at� mesmo revolucion�ria, por�m baseada em "fatos insuficientemente estudados e estabelecidos". da� a raz�o de "ectoplasma e clarivid�ncia". querem fatos? pois a� os t�m. e foram t�o abundantes e t�o bem documentados que as conclus�es filos�ficas tiveram de ser transferidas
para um outro livro. assim foi a vida desse luminar da ci�ncia que, antes de ser racional era l�cido o bastante para n�o cultivar supersti��es. foi um g�nio que fez bom uso do seu tempo, dedicando-o na aquisi��o de valores para o seu esp�rito e no enriquecimento da ci�ncia. desencarnou num acidente de avi�o, quando regressava a paris, ap�s haver assistido, em vars�via, a v�rias sess�es com franck kluski. retirado dos destro�os, ainda segurava a valise que continha fragmentos de moldes em parafina obtidos nas sess�es. o avi�o era especial e fora fretado por geley, por que o piloto da linha vars�via-paris se negara a transportar a valise por conter objetos "diab�licos e mal�ficos".