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Giardia lamblia   

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principalmente o jejuno, se disseminando até partes altas do duodeno. Ao formar um atapetamento na parede do intestino, esse protozoário impede a absorção de nutrientes, fazendo com que o individuo apresente perda dos mesmos.

Causa a giárdias ou giardose Provavelmente o primeiro protozoário intestinal humano a ser conhecido. Protozoários- unicelulares; existem protozoários intestinais e sanguíneos. Espécies: G. agilis (sapos e girinos) G. muris (roedores e aves) G. duodenalis/lamblia (vários mamíferos) Características: Eucarioto primitivo Ausência de nucléolo e mitocôndria Metabolismo anaeróbico aerotolerante Utiliza glicose e armazena glicogênio Desloca-se rapidamente por flagelos Reproduzem-se por divisão binária É o flagelado mais comum do trato gastrointestinal humano. É considerado uma zoonose (passada dos animais para o homem) pela OMS; Distribuição mundial; Grave problema de saúde pública; É um dos agentes patogênicos de veiculação hídrica; Incidência maior em crianças de 8 meses aos 12 anos. Resistem por 2 meses no meio exterior (cloração da água, resiste de 4 ºC até 60 ºC). Podem ocorrer surtos epidêmicos em ambientes fechados (creches, asilos e abrigos). Os seres humanos, animais selvagens e domésticos são considerados reservatórios. Morfologia Se apresenta de duas formas distintas Trofozoíto: forma ativa; formato de pêra; face dorsal é lisa e convexa, enquanto a ventral é côncava e apresenta uma estrutura chamada de disco ventral ou adesivo, semelhante a uma ventosa. Abaixo desse disco há duas formações que parecem vírgulas, os corpos medianos. Tem 2 núcleos, 4 pares de flagelos; Multiplica-se intensamente por divisão binária, e coloniza o intestino delgado,



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Cisto: infectante, resistência, forma inativa; oval com delicada membrana; no seu interior há 2 ou 4 núcleos, algumas fibrilas (axonemas de flagelos) e os corpos escuros em forma de meia lua no lado oposto ao dos núcleos; Habitat Intestino delgado (duodeno e jejuno) Raramente pode ser encontrado na vesícula biliar e nos condutos biliares O período de incubação vai de 1 a 4 semanas Ciclo Biológico Monoxeno O ciclo acontece com a ingestão de cistos através da água ou alimentos contaminados; ao chegar ao estômago, pela ação do suco gástrico, pH intestinal e ácidos biliares, ocorre o desencistamento (processo no qual o cisto inicia a liberação dos flagelos e se diferencia em trofozoíta), completando a sua morfologia no intestino delgado. No ID, multiplica-se intensamente por divisão binária, realizando a sua colonização; o trofozoíta forma um atapetamento no ID, jejuno e íleo. Por motivos desconhecidos (pH da mucosa intestinal ou sais biliares), o trofozoíta recolhe os flagelos e se encista novamente e é eliminado para o meio exterior. Transmissão Ingestão de cistos maduros em água e alimentos contaminados Pessoa-pessoa – por meio das mãos contaminadas Animais contaminados Sexo anal-oral



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Patogenia Fatores relacionados à patogenia: Número de cistos (abaixo de 6 cistos, um indivíduo com o sistema imunológico eficiente não apresenta a giárdia; acima de 6 cistos a doença se manifesta); Microbiota intestinal; Sistema imunológico (indivíduos com deficiência de IgA apresentam prédisposição a desenvolver a giardíase); Estado nutricional. Provoca atrofia nas vilosidades intestinais devido à ação de toxinas (proteases e lecitinas), podendo alterar a permeabilidade das células, o que provoca uma má absorção de nutrientes (principalmente de vitaminas lipossolúveis – K,E, D, A); Reação inflamatória; Atapetamento da mucosa, impedindo a absorção de alimentos; Aumento da motilidade intestinal (diarréia). Imunopatologia Na mucosa: Resposta imune mais precoce: IgM Em fases mais tardias: IgA e IgG O número de linfócitos intra-epiteliais aumenta Destruição dos trofozoítos: por macrófagos, monócitos e granulócitos Sintomatologia Existem pessoas assintomáticas ; em casos sintomáticos de primeira infecção , os indivíduos apresentam: Diarréia aquosa explosiva, persistente e intermitente; Fezes com odor fétido, esverdeadas, gases, cólica, dores abdominais, vômitos, náuseas, perda de peso, azia emagrecimento, anorexia, dor epigástrica e sensação de plenitude pós-prandial. Quadro crônico (30 a 50%): Perda de gordura nas fezes (esteatorréia), perda de peso e problemas de má-absorção de nutrientes, como vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), vitamina B12, ferro xilose e lactose.

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Diagnóstico laboratorial Parasitológico: EPF ou EPF conservante. Nas fezes formadas: são pesquisados cistos, visualizados com salina ou lugol pelo método de Faust. Nas fezes diarréicas: são pesquisados trofozoítos (H. férrica ou tricrômio) ou cistos (lugol). Pode ser difícil porque os exames de fezes apresentam baixa positividade devido ao fato de que os pacientes infectados não eliminam cistos continuadamente, denominando-se ‘’período negativo’’ à ausência periódica de cistos nas fezes, que pode durar em média 10 dias. Para contornar isso faz-se o exame de 3 amostras fecais em dias alternados. Imunológico: pesquisa de antígenos nas fezes por ELISA (85 a 95% de sensibilidade e 90 a 100% de especificidade). Molecular: PCR. Profilaxia Educação sanitária; Higienização dos alimentos e fervura da água; Tratamentos dos indivíduos contaminados e seus animais domésticos; Manipuladores de alimentos. Tratamento Realizado por nitroimidazólicos: Metronidazol: 15 a 20 mg/kg/dia durante 7 a 10 dias consecutivos para crianças; para adultos 250 mg/kg, duas vezes ao dia. Tinidazol: 1g/dia, dose única vira oral para crianças; 2g/dia para adultos. nos casos de giardíase deve haver suplementação com vitaminas lipossolúveis e ferro. Controle de cura Devido ao ciclo evolutivo da Giardia lamblia, o controle deve ser feito no sétimo, décimo quarto e vigésimo primeiro dias após o termino do tratamento, através de exame laboratorial.

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