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Freud   

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A teoria da personalidade foi mais influenciada por Sigmund Freud do que por qualquer outra pessoa. Seu sistema de psicanálise foi a primeira teoria formal sobre a personalidade e continua sendo a mais conhecida. Sua influência foi tão profunda que, mais de um século depois da proposição da sua teoria, ela continua sendo a estrutura para o estudo da personalidade. Casou um enorme impacto na nossa maneira de encarar a natureza humana. As teorias das personalidades propostas depois dele são derivações ou elaborações da sua obra básica. Outras à oposição feita à psicanálise de Freud. O pai de Freud era severo e autoritário. Ele recordava-se de sua infância com hostilidade, ódio e ira contra seu pai. Ele sentia-se superior ao seu pai desde os dois anos. Sua mãe era magra e atraente, ela tinha uma conduta de proteção e carinho. Freud sentiu uma ligação apaixonada e sexual por sua mãe. Sua teoria é de natureza autobiográfica. Freud tinha alto grau de autoconfiança, uma grande ambição de vencer e sonhos de glória e fama. Em 1896, depois de vários anos de prática clínica, Freud convenceu-se de que os conflitos sexuais eram a causa básica de todas as neuroses; afirmou que a maioria de suas pacientes trazia experiências sexuais traumáticas da infância. Cerca de um ano depois de ter publicado a sua teoria, ele mudou de ideia. Compreendeu que na maior parte dos casos o abuso sexual que suas pacientes relatavam não havia realmente ocorrido. Como os traumas sexuais da infância podiam ser a causa do comportamento neurótico se eles nunca haviam ocorrido? Ele concluiu que: as fantasias descritas por suas pacientes eram verdadeiras para elas, que realmente acreditavam que os fatos sexuais chocantes haviam ocorrido. Ele viveu muitos conflitos sexuais Para ele o ato sexual era degradante, porque contaminava a mente e o corpo.











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Ele abandonou sua vida sexual aos 41 anos de idade. Ele ficou impotente durante o casamento e às vezes optou por abster-se do sexo porque não gostava de preservativos e coitus interruptus, os métodos de controle de natalidade da época. Freud culpava sua mulher, Martha, pelo término da sua vida sexual e por muitos anos teve sonhos envolvendo o seu ressentimento em relação a ela por força-lo a abandonar o sexo. “Ele se ressentia por ela engravidar tão facilmente, ficar doente durante a gravidez e por se recusar a se envolver em qualquer tipo de atividade sexual além dos atos de procriação.” Apesar dos seus conflitos pessoais em relação ao sexo (ou talvez por causa deles), era fascinado por mulheres bonitas. Durante três anos ele autopsicanalisou-se por meio do estudo dos seus sonhos. Por meio da exploração dos seus sonhos, percebeu, pela primeira vez, quanta hostilidade ele sentia em relação ao pai. Formulou grande parte de sua teoria em torno dos seus próprios conflitos neuróticos e experiências na infância filtradas através da interpretação de seus sonhos. “O paciente mais importante para mim foi a minha própria pessoa.” A teoria de Freud foi, portanto, inicialmente formulada intuitivamente, tirada de suas experiências e lembranças. Ele a construiu em linhas mais racionais e empíricas por meio do seu trabalho com os pacientes, examinando suas experiências e lembranças de infância mediante estudos de caso e análise de sonhos. À medida que seu trabalho foi se tornando conhecido por meio dos seus artigos e livros publicados, bem como de trabalhos apresentados em encontros científicos, Freud atraiu um grupo de discípulos que se reunia com ele semanalmente para aprender o seu novo sistema. O tópico da sua primeira reunião foi a psicologia da produção do charuto. Entre os discípulos estavam Carl Jung e Alfred Adler, que depois romperam com Freud e desenvolveram suas próprias teorias. Freud os considerava traidores de sua causa e nunca os perdoou por questionar o seu enfoque da psicanálise.

















O seu sistema psicanalítico foi calorosamente bem recebido nos Estados Unidos. Dois anos após a sua visita, seguidores norte-americanos fundaram a Associação Americana da Psicanálise e a Sociedade Psicanalítica de Nova York. Nos anos seguintes, as sociedades psicanalíticas estabeleceram-se em Boston, Chicago e Washington, D.C. Durante as décadas de 1920 e 1930, Freud atingiu o auge do seu sucesso, mas ao mesmo tempo a sua saúde começou a decair seriamente. Os instintos ou pulsões são os elementos básicos da personalidade, as forças motivadoras que impulsionam o comportamento e determinam o seu rumo. Os instintos são uma forma de energia fisiológica transformada que liga as necessidades do corpo com os desejos da mente. Os estímulos (fome ou sede, por exemplo) dos instintos são internos. Quando uma necessidade como a fome é despertada no corpo, ela gera uma situação de excitação fisiológica ou energia. A mente transforma essa energia corporal em um desejo. Desejo, então, é para Freud a representação mental da necessidade fisiológica, que é o instinto ou a força impulsora que motiva a pessoa a se comportar de uma forma que satisfaça a necessidade. Uma pessoa com fome, por exemplo, agirá para satisfazer a sua necessidade procurando comida. O instinto não é o estado corporal, mas a necessidade corporal transformada em um estado mental, um desejo. Quando o corpo está em um estado de necessidade, a pessoa tem a sensação de tensão ou pressão. A meta do instinto é satisfazer a necessidade e, assim, reduzir a tensão. A teoria de Freud pode ser chamada de abordagem homeostática, visto que ela sugere que somos motivados a recuperar e manter uma situação de equilíbrio fisiológico para manter o corpo livre de tensão. Segundo Freud os instintos estão sempre influenciando o nosso comportamento, num ciclo de necessidade levando à redução da necessidade. As pessoas podem percorrer trilhas diferentes para satisfazer as suas necessidades. Por exemplo, o impulso sexual pode ser satisfeito pelo comportamento heterossexual, homossexual ou autossexual ou ser canalizado para outra forma de atividade.





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Freud acreditava que a energia psíquica podia ser deslocada para objetos substitutos e esse deslocamento era de extrema importância para determinar a personalidade de uma pessoa. Embora os instintos sejam a fonte exclusiva de energia para o comportamento humano, a energia resultante pode ser aplicada em uma série de atividades. Freud agrupou os instintos em duas categorias: instinto de vida e de morte. Instinto de vida: impulso de assegurar a sobrevivência do individuo e da espécie satisfazendo a necessidade de comida, água, ar e sexo. Esses instintos são orientados para o crescimento e desenvolvimento. A energia psíquica manifestada pelo instinto de vida sexual é a libido, que pode ser anexada ou investida na representação de objetos, um conceito que Freud chamou de catexia. Se você gosta do seu parceiro de quarto, por exemplo, Freud diria que a sua libido está catexizada nele. O instinto de vida considerado mais importante por ele para a personalidade é o sexo, que ele definia em termos amplos; não se referia somente ao erótico, mas incluía quase todos os comportamentos e pensamentos prazerosos. Freud considerava o sexo a nossa motivação básica. Os desejos eróticos originam-se das zonas erógenas do corpo: a boca, o ânus e os órgãos sexuais. Ele sugeriu que as pessoas são seres que buscam predominantemente o prazer e grande parte da sua teoria da personalidade gira em torno da necessidade de inibir ou reprimir os nossos desejos sexuais. Em oposição aos instintos de vida, Freud postulou os instintos destrutivos ou de morte. Partindo da biologia, afirmou um fato óbvio: que todas as coisas se degeneram e morrem, voltando ao seu estado inanimado original, e que as pessoas têm um desejo inconsciente de morrer. Um dos componentes dos instintos de morte é o impulso agressivo, descrito como o desejo de morrer voltado para objetos que não são o self. O impulso agressivo nos compele a destruir,subjugar e matar.

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