ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável Definição de Função Uma função ou aplicação f, de um conjunto A para um conjunto B é uma correspondência unívoca que a cada elemento x de A associa um único elemento y de B, isto é x A, 1 y B : y f(x)
Simbolicamente escreve-se: f : AB x y f ( x)
Domínio de uma função Definição: Domínio (ou campo de existência) de uma função é o conjunto de valores de x para os quais a função é definida ou existe, isto é, possui valor finito e real. 1. Se a função for do tipo y P(x) , polinómio, para que ela exista, é suficiente que x seja real, então a condição é x R . 2. Se a função for do tipo f (x) P(x) Q(x) , ambos polinómios, para que ela exista, não deve haver zero no denominador, então a condição é x R : Q( x) 0 . 3. Se a função for do tipo f ( x) P( x) , para que ela exista, o valor interno à raiz deve ser positivo ou nulo, isto é, a condição é x R : P( x) 0 . 4. Se a raiz for de índice impar? Nota: Existem funções de outro tipo que não as operações entre funções polinomiais e que exigem outras condições de existência. Serão estudadas mais tarde. Ex: f(x) = ln(g(x)). Mas todas ou quase todas vão exigir resoluções de equações/inequações. Tópicos sobre funções reais de variável real Zeros de uma função São pontos do grafico da função que interceptam o eixo dos XX. Analiticamente estaremos a resolver a equação f(x) = 0. Sinal de uma função Da mesma forma, a analise grafica de uma função permite-nos concluir sobre os intervalos em que a função é positiva (grafico da função situa-se a cima do eixo XX), ou em que a função é negativa (grafico da função situa-se abaixo do eixo XX). Analiticamente estas conclusões correspondem à resolução das inequações f(x) > 0 e f(x) < 0, respectivamente. Monotonia de uma função O estudo da Monotonia da função permite concluir sobre o intervalo do dominio da função onde ela é crescente, decrescente ou constante, ou seja: Uma função é crescente sse x1 , x 2 Df , se x 2 x1 f(x2 ) f(x1 ) Uma função é decrescente sse x1 , x 2 Df , se x 2 x1 f(x2 ) f(x1 ) Uma função é constante sse x1 , x 2 Df , f(x2 ) f(x1 )
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável
Função Injectiva A função f(x) é injectiva se
x1 , x 2 Df , se x 2 x1 f(x2 ) f(x1 ) Ou pela propriedade do contra-reciproco equivale a afirmar que:
x1 , x 2 Df , f(x2 ) f(x1 ) x 2 x1 Nota: Graficamente, verifica-se que uma função é injectiva, se, ao percorrer o contradominio da função por rectas paralelas ao eixo do XX, estas cortam o grafico da função num só ponto. Caso contrario a função é não injectiva.
Função Par Uma função f(x), com dominio Df diz-se Par se: x, - x Df , f(-x) f(x) Nota: Graficamente, se uma função é par, o seu grafico é simetrico em relação ao eixo YY. Faça o grafico de uma função par. Consegue enunciar uma expressão de uma funçao par? Função Impar Uma função f(x), com dominio Df diz-se Impar se: x,-x Df , f(-x) f(x) Nota: Graficamente, se uma função é Impar, o seu grafico é simetrico em relação à origem. De exemplo grafico de uma função impar. Enuncie uma expressão analitica para uma função impar.
Função Periódica Uma função f(x), com dominio Df diz-se Periodica se:
x Df , P R \ 0 se tem f(x P) f(x)
Ao numero P, designa-se por periodo da função. De exemplo de uma função periodica. Enuncie uma expressão de uma função periodica.
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável Operações com Funções Entre funções podem realizar-se diversas operações que originam outras funções. Dadas duas funções reais de variável real f e g, com dominios Df e Dg, respectivamente. As expressões
f(x) g(x); f(x) - g(x); f(x).g(x);
f(x) g(x)
representam novas funções de x, que se chamam, respectivamente, soma de f com g, diferença entre f e g, produto de f por g e quociente de f por g Os domínios destas novas funções podem ser mais restritos que os domínios originais de Df e Dg. Assim, a soma, a diferença e o produto têm por domínio o conjunto Df ∩Dg. Quanto ao quociente, só está definido nos pontos de Df ∩ Dg que não anulam g, isto é:
D f x D f Dg g( x) 0} g
Composição de funções: Dadas duas f(x) e g(x), com domínios Df e Dg, respectivamente, a função dada por fog(x) f[g(x)] denomina-se por função composta de f com g (ou f após g). O domínio de fog(x) f[g(x)] é constituído pelos valores x ∈ Dg tais que g(x) ∈ Df , isto é,
Dfog(x) x R : x Dg g(x) Df (x)}
Inversa de Funções Seja y = f(x) uma aplicação injectiva de um conjunto Df para um conjunto CDf Chama-se função inversa de f , à correspondência unívoca de CDf para Df e representa-se f -1, isto é esquematicamente: f: Df x
CDf y
f -1 CDf y
Df x
De notar que só as funções injectivas têm inversas, e nesse caso o contradomínio de uma função é o domínio da sua inversa e vice-versa. De notar ainda que se duas funções f (x) e g (x) são inversas uma da outra, a composta das duas é igual ao próprio argumento, ou seja: f[g(x) ] x e g[f(x)] x . Graficos de funções elementares
f(x) k; f(x) ax b; f(x) ax 2 bx c; h(x) | f(x) | Ex: Represente os gráficos de f(x) e h(x) = |f(x)|. Resolva h(x) > 1.
x 1 se x -1 f(x) 2 x - x - 2 se x -1
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável Limite de uma função num ponto Seja f(x) uma função com domínio Df ou seja f : Df R R e a um ponto aderente ao domínio Df . Diz-se que b é o limite de f(x) no ponto a (ou quando x tende para a), e escreve-se
lim f (x) b x a
se,
: x Df \ a x a
f ( x) b
0 0
Em termos de vizinhança:
A interpretação geometrica de
lim f (x) b , é sugerida pelo gráfico x a
Limite laterias de uma função real Seja f uma função real com domínio Df e seja a um ponto aderente a Df , sejam Le e Ld números reais. Diz-se que: 1. O limite à direita de f no ponto a é igual a Ld, se os valores da função se aproximam de Ld, quando x se aproxima de a por valores (à direita de a) maiores do que a. Em símbolos:
lim f (x) Ld x a
2. O limite à esquerda de f no ponto a é igual a Le, se os valores da função se aproximam de Le, quando x se aproxima de a por valores (à esquerda de a) menores que a. Em símbolos:
lim f (x) Le x a
3. Quando o limite lateral à esquerda Le coincide com o limite lateral à direita Ld, diz-se que existe o limite da função no ponto a e o seu valor é Ld = Le = L. Com notações simbólicas, escrevemos:
lim f (x) L x a
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável 4. No caso em que um dos limites laterais não existe ou no caso de ambos existirem porém com valores diferentes, diremos que a função não tem limite no ponto em questão. Teorema de unicidade do Limite: O limite de função num ponto, quando existe, é único. Ou seja:
lim f (x) A
e
x a
lim f (x) B , então A = B. x a
Limites Infinitos e existencia de assimptotas verticais Se os valores dos limites laterais Le e Ld, não forem finitos, estaremos perante as assimptotas verticais. Definição de Assimptotas Verticais: Dizemos que a recta x = a é uma assímptota vertical do gráfico de f(x), se:
lim f (x) ou lim f (x) x a
x a
Nota: os pontos candidatos a serem assimptotas verticais são os que não pertencem ao domínio de f (x).
Limites no Infinito. Assimptotas horizontais Seja f uma função com domínio Df não majorado, (ou seja definida para todos os valores do intervalo do tipo [a, [. Dizemos que se no ramo
lim f (x) L , então a recta y = L é uma assímptota horizontal de f(x) x
Da mesma forma concluímos que a recta y = K é assimptota horizontal de f(x) no ramo , se
lim f (x) K x
Propriedades dos limites: Sejam as funções f (x) e g (x), duas funções que tem limites finitos no ponto x = a, então: 1.
lim( f (x) g(x)) lim f (x) limg(x) x a
2.
x a
x a
lim(kf (x)) k lim f (x) x a
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x a
lim( f (x)g(x)) lim f (x) * limg(x) x a
3.
x a
x a
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f ( x) f ( x) lim x a 4. lim x a g ( x) limg( x) x a
5.
lim
n
x a
f ( x) n lim f ( x) x a
Teorema do enquadramento (regra do sanduíche): Sejam três funções f (x), g (x) e h (x) que obedecem à desigualdades f ( x) g ( x) h( x) Se
lim f (x) limh(x) L então limg(x) L x a
x a
x a
Indeterminações mais conhecidas
0 ; ; 0* ; ; 0
Equivalencias importantes para o calculo de limites Polinómios: Seja P( x) a n xn an1xn1 ..... a1x a0 um polinómio de grau n em R. Então
limP( x) lim a x x
x
n
n
Ou seja o limite de P (x) em -∞ e +∞ é igual ao limite do seu termo de maior grau.
Assimptota oblíqua (AO) Suponhamos que
lim f (x) ou lim f (x) , x
dizemos neste caso que a
x
função não tem assímptotas horizontais nem no ramo -∞ nem no ramo +∞. Torna-se necessário analisarmos o comportamento de f(x) nesses dois ramos. Este estudo conduznos a duas situações: Ou f(x) admite uma assimptota obliqua ou f(x) admite ramos parabólicos. Definição de Assimptotas Obliquas Dizemos que a recta y = mx+b é uma assímptota obliqua do gráfico de f no ramo infinito se
lim( f (x) (mx b)) 0 , nesse ramo ( ou ) x
Regra geral esse estudo deve ser feito nos dois ramos. Existem contudo casos particulares de funções que admitem a mesma AO obliqua em -∞ e +∞. Uma AO é uma recta de equação y = mx + b, então deve-se calcular m, nos dois ramos:
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m lim x
f ( x) x
m lim x
f ( x) x
Se m ≠ 0 ou m ≠ ±∞, calcular b:
Se m ≠ 0 ou m ≠ ±∞, calcular b:
b lim( f ( x) mx)
b lim( f ( x) mx)
x
x
Se b for finito então f(x) admite AO nesse(s) ramo(s) Se m = 0 diz-se que f(x) tem um ramo parabólico OX Se m = ±∞ diz-se que f(x) tem um ramo parabólico OY Se b = ±∞ diz-se que f(x) tem uma direcção paralela à equação y = mx
Nota: Existem casos em que o uso do seguinte teorema facilita-nos o cálculo da AO: Teorema: Se uma função f (x) poder ser escrito da seguinte forma:
f ( x) (mx b) g( x) em que
limg(x) 0 então f(x) admite uma AO de equação
y
x
= mx + b nesses ramos ±∞
Exemplo: Calcular a AO da função f(x) =
x2 x 1
Estudo no ramo -∞
x2 limx - porquê? Verificação da existência de AH: lim f ( x) lim x x x 1 x Então não existe AH em -∞. Calculo de possível AO em -∞, de equação y = mx + b
x2 f ( x) x2 m lim lim x 1 lim ..... 1 porquê? x x x x x x( x 1) x2 x b lim( f ( x) mx) lim( x) lim .... 1 porquê? x x x 1 x x 1 Então no ramo -∞. f(x) tem AO de equação y = x+1 Faz os cálculos para o ramo +∞, qual a conclusão?
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2º Método (só para casos de funções racionais em que grau do polinomio do numerador é uma vez maior do que o grau do polinomio do denominador)
x2 1 f(x) = , esta função pode ser escrita na forma f(x) = x 1 porquê? x 1 x 1 1 Mas lim 0 , então f(x) terá como AO a recta y = x+1 (Relembre a teoria acima) x x 1 Tire a conclusão para o ramo +∞. Represente f(x) na proximidade da AO
Funções transcendentes 1. Função Exponencial de base a: f(x) = a x Uma função exponencial é toda a função da forma f(x) = a x , em que a é a base que só pode tomar valores positivos mas diferente de 1, ou seja 1 f(x) = a x , com a R \
Df = R CDf = R ou seja uma função exponencial, do tipo f(x) = a x é sempre positiva e nunca se anula Zeros da função => f (x) = 0 => a x = 0 é impossível, ou seja nunca se anula (nunca corta o eixo XX) O gráfico da função f(x) = a x (depende do valor da base)
Exemplos gráficos de algumas funções exponenciais:
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Propriedades das funções exponenciais: 1. a x y a x .a y , x, y R
ax , x, y R ay 3. (a x ) y a xy , x, y R 1 4. a -x x , x R a 2. a xy
Nota: de entre as funções exponenciais de base a, a mais importante é a função exponencial de base e, sendo e o numero de Nepper ( e 2,7) , ou seja f(x) = e x Sugestão: Desenhe o grafico da função f(x) = e x e escreva todas as suas propriedades
Propriedades importantes de f(x) = e x :
lime
x
0 e
x
lime
x
x
Que conclusão se pode tirar sobre assimptota horizontal? 2. Função Logarítmica de base a: f(x) = log a ( x)
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável Uma função logarítmica de base a, é toda a função da forma f(x) = log a ( x) , em que a é a base que só pode tomar valores positivos mas diferente de 1, ou seja f(x) = log a ( x) , com a R \ 1 Df = R , ou seja a função logarítmica só existe se o seu argumento for positivo. [Nota: Esta é mais uma condição para a determinação de domínios de funções logarítmicas. Por exemplo se for dada uma função qualquer f(x)= log a (u(x)) , então para calcularmos o domínio de f(x) teríamos que resolver a condição u(x) > 0]. CDf = R Zeros da função => f (x) = 0 => log a ( x) = 0 => x = 1, ou seja este é o ponto que a função corta o eixo de XX. O gráfico da função f (x) = log a ( x) (depende do valor da base)
Exemplos de gráficos de funções logarítmicas
Propriedades das funções logarítmicas: 1. log a (xy) log a (x) log a (y) , x 0, y 0
x y 3. loga (x p ) ploga (x) , x 0 log a (x) , x 0 Esta propriedade é chamada de mudança de base. 4. log b (x) log a (b) Quando a base do logaritmo for o numero de Nepper ( a e 2,7), a função logarítmica escreve-se da seguinte forma f(x) = ln( x) 2. log a ( ) log a (x) log a (y) , x 0, y 0
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável Sugestão: Desenhe o grafico da função f(x) = ln( x) e escreva todas as suas propriedades.
Propriedades importantes de f(x) = ln(x) :
limln(x) e limln(x) x 0
x
Que conclusão se pode tirar sobre a existência de assimptotas AV e AH?
Relação entre função exponencial e função logarítmica: Seja y loga (x) x a y , significa que as duas funções são inversas umas à outra. Por isso log a (a x ) x ; e a loga ( x ) x . Da mesma forma e aplicando às funções exponenciais e logarítmicas de base e, teremos:
ln(e x ) x ln(x) e x Estas propriedades permitem resolver equações e inequações exponenciais e logarítmicas, como veremos de seguida: Equação Exponencial: e u(x) k , com k > 0 Esta equação resolve-se transformando k = eln(k) …. Porquê? Então a equação passará a ser escrita da forma: e u(x) eln(k)=> u(x) ln(k) e resolvendo a equação obtém-se os valores de x. Exemplo: Resolva a equação e x-1 2
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Tendo em conta que 2 = eln(2)(porquê? ….) A equação será escrita da forma e x-1 eln(2) x 1 ln(2) x 1 ln(2)
Inequação Exponencial: e u(x) k (ou e u(x) k ) Faz a mesma transformação ao k = eln(k) e resolve-se a respectiva inequação
e u(x) eln(k) (ou e u(x) eln(k)) Equação Logarítmica: ln(u(x)) k , com domínio (DV) u(x) > 0. Neste caso a transformação a fazer ao k é: k = ln(e k ) A equação passará a ser escrita como: ln(u(x)) ln(ek ) => u(x) e k e resolvendo a equação obtém-se os valores de x. Não esquecer que estas soluções têm que pertencer ao domínio calculado. Exemplo: Resolva a equação ln(x 1)) 1 O domínio de validade (DV) desta expressão é x+1> 0 => x > -1. Transformando -1 = ln(e-1) A equação será ln(x 1)) ln(e-1) => x 1 e -1 => x e -1 1 que pertence ao domínio de validade calculado anteriormente. Inequação Logarítmica: ln(u(x)) k , (ou ln(u(x)) k ), com domínio u(x) > 0. Faz-se a transformação: k = ln(e k ) e resolve-se a respectiva inequação, obtendo a solução S. Mas a solução final terá que estar no domínio de validade, ou seja SF S DV . Exercícios: Determine o domínio e os zeros da função hx
ln1 ln( x) ln x
Resolução Seja Dh o dominio de hx
ln1 ln( x) . Então ln x
Dh = x R : x 0 1 ln(x) 0 ln(x) 0
x > 0 solução conhecida
1 ln( x) 0 ln( x) 1 ln( x) ln(e1 ) x e (porquê?)
ln( x) 0 x 1 (porquê?)
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável Então interceptando as condições Dh = 0, e \ 1 Zeros da função: {x Df: h(x) = 0} => ln1 ln( x) = 0 => 1 ln( x) 1 ln( x) 0 x 1 Mas como x = 1 Dh , então h(x) não tem zeros. 3. Funções Trigonometricas
Relações Trigonométricas Teorema de Pitágoras: x 2 y 2 h 2 sen( )
catetooposto y hipotenusa h
cos( )
catetoadjacente x hipotenusa h
tan( )
catetooposto y/h y h y catetoadjacente x / h h x x
cotan( )
1 x catetoadjacente tan( ) y catetooposto cos( ) sen( )
tan( )
sen( ) cos( )
sec( )
1 h 1 h e cosec( ) sen( ) y cos( ) x
e
cotg( )
Circulo Trigonométrico Medida dos ângulos: Existe sistemas diferentes de medição dos angulos, por exemplo sistema sexagesimal que mede os angulos e graus e sistema circular que mede os angulos em radianos. Seguiremos o sistema circular existindo contudo a seguinte relação: Graus e Radianos 180º rad .
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Circulo de raio R = 1
sen( )
y y R
cos( )
x x R
Fórmula fundamental da trigonometria:
sen2 ( ) cos2 ( ) 1
Formulas trigonométricas importantes: tan2 ( ) 1
1 1 e cotan2 ( ) 1 2 cos2 ( ) sen ( )
Valores trigonométricos no 1º quadrante
sen(x) cos(x) tan(x) cotg(x)
0 0 1 0 ∞ 0º
Valores do argumento x (radianos) π/6 π/4 π/3 1/2 2 /2 3/2 1/2 2 /2 3/2 1 3 /3 3 1 3 3 /3 30º 45º 60º Valores do argumento em (graus)
π/2 1 0 ∞ 0 90º
Redução ao primeiro quadrante Equações e inequações trigonométricas Funções Trigonométricas f(x) = sen(x)
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável Propriedades:
Df: x R CDf: y [-1,1] Período P = 2π f(x) = sen(x) é uma função impar (ver no circulo trigonométrico)
f(x) = cos(x)
Propriedades:
Df: x R CDf: y [-1,1] Período P = 2π f(x) = cos(x) é uma função par (ver no circulo trigonométrico)
f(x) = tg(x)
Propriedades: Df: x R\{ π/2+k π} CDf: y R Período P = π f(x) = tg(x) é uma função impar (ver no circulo trigonométrico)
Equivalência de outras funções
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável 1. sen(u) 2. tg(u)
u
u
4. e
u0
u
1 u
u0
5. ln(u 1)
u0
u
u0
u2 3. cos(u) 1 2 u0 Funções Trigonométricas Inversas Função Arco seno Da analise do grafico da função f(x) = sen(x), concluimos que ela não é injectiva, mas existe restrições ao dominio dessa função onde ela passa a ser injectiva, logo adimite inversa. Varias restrições ao dominio podem ser feitos de modo a se obter uma função inversa de sen(x), mas o grafico de y = sen(x), definida em , 1,1, tem o
2 2
seguinte aspecto:
Como se pode ver, nesse intervalo f(x) = sem(x) é injectiva, logo tem inversa. À inversa da função sen(x), chama-se arco seno(x) e normalmente é designada por y = arcsen(x) e é definida de 1,1 , (porquê ?). O seu grafico é (não esqueça que o grafico
2 2
de duas funções inversas são simetricas em relação à recta y = x). y = arcsen(x)
Função Arco coseno Da mesma forma, a função y = cos(x), definida na restrição principal 0, 1,1, tem o seguinte grafico:
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Como essa função é injectiva nessa restrição, tem inversa designada arco cosen (x) e representada por y = arccos(x). Esta função é definida no intervalo 1,1 0, . O seu grafico é:
Função Arco tangente Igualmente a função y = tg(x), restringida ao dominio definida no intervalo R
, 2 2
, 2 2
R. A sua inversa é
e representada por y = arctg(x), Os graficos são:
Notas importantes: 1. Se duas funções, f(x) e g(x), são inversas uma da outra, a composta de uma à outra é igual ao proprio argumento, ou seja:
f(g(x)) x g(f(x)) x
Por isso: sen(arcsen(x)) = x e arcsen(sen(x)) = x cos(arccos(x)) = x e arccos(cos(x)) = x tg(arctg(x)) = x e arctg(tg(x)) = x 2. De notar também que se:
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável y = arcsen(x) => x = sen(y) y = arccos(x) => x = cos(y) y = arctg(x) => x = tg(y)
Relações importantes de funções trigonométricas Fórmulas de adição
Fórmulas de subtracção
sen( + ) = cos · cos + sen · cos
sen( – ) = cos · sen – sen · cos
cos( + ) = cos · cos – sen · sen
cos( – ) = cos · cos – sen · sen
tg( )
tg tg 1 tg tg
tg( )
Fórmulas de duplicação
tg tg 1 tg tg
Fórmulas de bissecção
sen(2) = 2 . sen . cos
sen( / 2)
1 cos 2
cos(2) = cos2 – sen2
cos( / 2)
1 cos 2
tg ( / 2)
1 cos 1 cos
tg (2 )
2 tg 1 tg 2
Fórmulas de transformação sen sen 2 sen cos 2 2 cos cos 2 cos cos 2 2 tan tan
sen sen 2 sen cos 2 2
cos cos 2 sen sen 2 2
sen( ) cos cos
tan tan
sen( ) cos cos
Exercícios: Funções Elementares
1. Determine o domínio das seguintes funções: a) f x d) ix 3
18
2 b) gx 1 1 x 2 x x
5 x 1
e) y
c) hx x 2 1 1 x 2
1 x2 x 3 4x
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável 2. Esboce o gráfico das funções abaixo, especificando o domínio, a imagem e a paridade. a) ax 2 x3 x
b) bx x 2 x 2
d) d x 3 x x 1
c) cx
4 x x4
2 1 x se x ] - 1,1[ 2 x 1 , se x ] - ,-1] [1,[
e) ex
Exercícios Funções transcendentes 1. Determine o domínio e calcule os zeros das seguintes funções:
lnx 1 a) f x x2
b) gx e
ln1 ln( x) c) hx ln x
ln(e x 2) d) ix ln(x) 2
e) jx
x 1 ln x
x1 x
1
x2 4 2 1 x
f) k x ln
2. Determine o dominio de cada uma das funções a) f x ln | x 2 2x 1 | ln | x 5 |
b) gx ln(ln(x))
c) hx
d) ix
1 1 1 ln | x | 2 ln | x |
e) f x ln | e x 5 6e x | g) f x
ex x
x ln | 1 x | x4 e 2 x 2e x 3 f) gx ln( ) 5 ex ln( x) h) f x x
3. Determine x sabendo que 1 ln( x) 2 | 4. Determine as soluções da equação
e x 4e x 5 5. Resolva as seguintes equações : a) 6sen( x) 2
19
x 2
b) 12cos( ) 13
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável
c) 2sen( x ) 1
d) 3sen( x ) 0
2
4
e) sen2 ( x ) 0
f) cos(x)(1 cos(x)) 0
6
6. Determine as soluções da equação 1 2 cos(x) 0 e que pertencem ao intervalo [ , ]. 7. Resolva, em R a inequação
2 cosx 3 0 8. No intervalo 0,2 , resolva as inequações: a) senx cosx 0
b) senx 1
2
e senx cosx
9. Aplicando as formulas : sen( + ) = cos · cos + sen · cos e cos( + ) = cos · cos – sen · sen, mostre que:
6 2 4
a) cos( )
12
c) cos(2x) 2 cos2 ( x) 1
b) cos( x) sen( x)
2
d) 3sen( x ) 0
4
10. Calcule a) arcsen( c)
3
3 ) 2
arctg(
12 ) 13 1 4 d) sen( arcctg( ) 2 3
b) cot g(arcsen(
3 ) 3
Equivalência de outras funções 4. sen(u) 5. tg(u)
u
u0
u
u0
u
4. e
1 u
u0
5. ln(u 1)
u
u0
u2 6. cos(u) 1 2 u0
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável Definição de função contínua Seja uma função f : [a, b] R e seja a c b <. Diz-se que a função f é contínua no ponto c [a, b] , se existir limite nesse ponto e f ( x) f (c) .
lim xc
Prolongamento de função por continuidade Se f (x) é uma função que não está definida em c, mas existe limite da função nesse ponto. Neste caso dizemos que f(x) é prolongável por continuidade no ponto x = c. A função prolongada será então definida por:
f ( x) se x c prolong. de f ( x) f (c) se x c Continuidade de funções num intervalo Definição: Uma função f definida num intervalo [a, b] é contínua neste intervalo se f é contínua em todos os pontos interiores deste intervalo. Assim, para todo c em ]a,b[ se tem:
lim f (x) f (c) xc
e nas extremidades x = a e x = b do intervalo, se tem:
lim f (x) f (a) x a
lim f (x) f (b) x b
Teorema de Bolzano Se f é contínua em [a, b] e se f(a) e f (b) tem sinais contrários, então existe pelo menos um número real c entre a e b tal que f (c) = 0.
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável Exercícios de Limites 1.
Determine os seguintes limites (determine o domínio de cada função):
a) lim( x 2 5x 6)
b) lim (3x 2 x 1)
d ) lim (x x 1)
e) lim ( x x 1)
x2
3
2
3
x
2.
c) lim (3x 2 x 1)
x
x
2
x
Calcule os seguintes limites (Calcule sempre o domínio de cada função):
(1 x) 2 1 x 1 b) lim x0 x1 x 1 x 5 x 1 x 5 e) lim 2 f ) lim 2 x 1 x 5 x 5 x 1 x 1 1 j) lim i) lim 2 x2 (2 x) 2 x2 x 4 8 l ) lim 2 x6 x 7 x 6 x2 x 1 x2 7 m) lim n) lim x x 2x 2 1 2x 3 4 a) lim
3.
x 5 3x d ) lim 2 x 5 x 5 x5 5 x 3 2 x 3x 3x 1 1 g) lim h) lim 2 2 x1 x2 x 4 x 2x 1 8 k ) lim 2 x1 x 7 x 6 c) lim
Calcule os seguintes limites (funções irracionais):
2 x 3
a) lim x3
b) lim x0
x2 x x 1 e) lim d) lim x2 x1 x 1 1 x 1 x 2 2x
x 2 2x 3 x 1 f) lim x x x 8 3
lim x1
g) lim
1 x 2 2x 3 1 lim i) lim x2 x 2 x x x2
lim
x
e)
1 x xb) h)
x
1 1 k) 2 x3 x 3 x 9
j) lim
x 2 2x 3 x
4. Calcule os seguintes limites (use as equivalências):
1 cos(x) x0 x
a) lim
e x 1 sen(4x) x0 x
c) lim
22
sen(2x) x0 sen( x / 3)
b) lim
c) lim
x
tg(1/ x) sen(2 / x) 1/ x
ln(1 1 x 2 ) cos(1/ x) 1 x 1 x2
e) lim
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável
5. Calcule os seguintes limites (use teorema de funções enquadradas) b) lim x 2 cos(1/ x)
b) lim
x
x0
sen( x) x
6. Defina analiticamente as assímptotas verticais dos gráficos das funções e estude o comportamento gráfico em relação às assímptotas correspondentes a) f ( x)
3 ( x 1) 2
b) f ( x)
2 x 2 5x 3 d) f ( x) 2 3x 10x 3
1 ( x 2) 3
c) f ( x)
x2 5x 4 x 5
x3 e) f ( x) 2 x 1
7. Defina analiticamente as assímptotas horizontais, caso houver, das funções: a) f ( x)
3 ( x 1) 2
d) f ( x)
( x 1)(x 3) x 1
b) f ( x)
x x2
e) f ( x)
c) f ( x)
x2 1 x
x3 x 2 1
8. Estude a continuidade das seguintes funções nos pontos indicados:
1 x 2 a) f ( x) x 1 , x 1 , no ponto x = 1 2, x 1
4 x , x 3 b) f ( x) 5 , x 3 , no ponto x = 3 x 2 , x 3 x 2 2 , x 1 , x 1, no ponto x = -1 c) f ( x) 0 1 ( x 2) , x 1 9. Determine a para que a função f seja contínua em todo o seu domínio:
x 1, x 1 f ( x) 2 3 ax , x 1 Com o valor de o calculado verifique se pode aplicar o teorema de Bolzano no intervalo [0,2].
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ISCEE - Pólo da Praia – 2012/2013 Ficha Nº 1 – Funções e Limites e Continuidade de funções de uma variável 10. Determine a e b de modo a que a função f seja contínua em todo o seu domínio:
x2 , x 0 f ( x) ax b, 0 x 1 2, x 1 11. Dadas as funções f e g, reais de variável real,
x2 g ( x) x 1 , x 1 2, x 1
1 f ( x) 1 x , x 1 , 0, x 1 Verifique que:
a) f e g são descontínuas para x = 1 b) f+g é uma função contínua
12. Considere a função f, real de variável real, definida por:
x 2, x 1 f ( x) 1 3x x 1 , x 1 a) Averigúe se existe
lim f ( x) x 1
b) Caracterize o prolongamento de f
13. Estude, no respectivo domínio, a continuidade das funções reais de variável real, e calcule as assimptotas:
a) f ( x)
x
3
x 1 2
x2 ,x 2 2 x 2x c) f ( x) 2 x , x 2
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1 2 2 (2x 3), x 1 b) f ( x) 5x 6, 1 x 3 x 3, x3
d) f ( x)
2x 3 2x 3
e) f ( x)
x2 5x 4 x 5
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