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NOSSA SENHORA DAS ANGÚSTIAS A imagem de Nossa Senhora das Angústias da Basílica de Tremembé, semelhante à imagem comumente venerada com o título de Nossa Senhora da Piedade, representa a Virgem Maria sentada, com o corpo sem vida de seu Filho no colo. O corpo de Cristo, corpo nascido de Maria, volta depois da cruz, ao regaço da Mãe que, segundo a tradição, foi quem tirou a coroa de espinhos e fechou seus olhos. A Virgem Maria tem uma expressão angustiada e segura um lenço nas mãos. Como as
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imagens mais antigas desta invocação, (final do séc. XIII, de inspiração alemã) traz vestes escuras e véu preto, que vai da cabeça aos pés. O título é bastante comum
em Portugal e na Espanha, sendo devido à expressão de sua fisionomia.Os santos místicos contemplaram com amor esta cena dolorosa, colocando nos lábios da Virgem a expressão de sua dor: “eu o tomarei em meus braços e, descido da cruz, beijarei meu Filho, meu Deus e Senhor” (São Bernardo); “eu o recebi sobre os meus joelhos como um leproso. Seu corpo estava sem cor e ensangüentado, seus olhos fechados e escurecidos, sua boca fria como neve e sua barba rígida como corda” (Santa Brígida).
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As muitas representações do Senhor Bom Jesus palavras de Pilatos apresentando Jesus) ou “Senhor da Cana verde” foi chamada de “Bom Jesus”, e a representação se difundiu rapidamente, tornando-se a mais conhecida. Existem, porém, outras variantes, como o Bom Jesus da Coluna (atado à coluna da flagelação), o Bom Jesus da Pedra fria (ou da Paciência), que é representado sentado. Muito conhecida e presente na maioria das Paróquias é a imagem do Bom Jesus dos
representarem o Bom Jesus nos diversos momentos de seus sofrimentos e paixão, o Existem diferentes invocações e representações do “Senhor Bom Jesus”, nas 202 paróquias a Ele dedicadas no Brasil. Devido à influência portuguesa, o título parece que se aplicava originalmente à imagem de Jesus Crucificado. O Santuário do Bom Jesus da Lapa (Bahia), construído por um português numa gruta (lapa) representa-o crucificado. Também o famoso “Bom Jesus de Matosinhos”, de Portugal, que tem muitas igrejas no Brasil, representa o Bom Jesus na cruz. Em Congonhas, na Basílica do Bom Jesus de Matosinhos (que conserva as esculturas do Aleijadinho) a imagem do Bom Jesus corresponde àquela que conhecemos como “Senhor Morto”. Em Iguape, a imagem conhecida na Europa como “Divino Ecce homo” (= “eis o homem”,
que tornou-se a tradição mais comum. Fogem dessa regra apenas algumas igrejas, como a do Bom Jesus de Nazaré, que representa o Bom Jesus pregando o Evangelho; o Bom Jesus Eucarístico Aparecido (em Souza, na Paraíba), onde não há imagem, cultuando-se a própria Hóstia consagrada (que havia sido roubada e milagrosamente recuperada). A Basílica de Tremembé alegra-se de possuir a maior parte destas representações e nas diversas imagens que expõe á veneração dos fiéis, quer homenagear todas as igrejas, que de um modo ou de outro, celebram o Bom Jesus.
Passos, levando a cruz. E há outras menos conhecidas como o Bom Jesus do Horto, Bom Jesus dos Aflitos (ou dos Pobres aflitos, com uma pequena variação no manto, que cai de um ombro), Bom Jesus da Boa Morte, da Boa Sentença, etc. todas estas imagens tem em comum o fato de
Tremembé se prepara para a maior festa religiosa do Vale do Paraíba Tremembé se prepara para a maior festa religiosa do Vale do Paraíba Considerada uma das mais tradicionais festas religiosas do Estado de São Paulo, a Festa do Bom Jesus de Tremembé tem início neste dia 24 de julho e se estende até o dia 09 de agosto. Ainda que as atrações externas sejam uma grande motivação para levar milhares de pessoas até Tremembé, a devoção ao Senhor Bom Jesus ainda é o eixo das festividades de agosto. No texto a seguir o Cônego Manoel Azeredo Brito traça um panorama histórico e chama a atenção de nossos leitores para a programação religiosa da festa. O Templo Em 1672, Manoel da Costa
Cabral, com a devida autorização eclesiástica, construiu uma capela (onde hoje está a basílica do Senhor Bom Jesus), e levou a imagem do Bom Jesus para esta nova igreja. Vitorino Coelho de Carvalho, no seu livro “Tremembé” (pág. 61) escreveu: “Inaugurada a igreja, a fama dos milagres do Senhor Bom Jesus começou a divulgar-se, os fiéis acorreram em grande número e o lugar começou a prosperar”. No livro do Tombo no I, da Paróquia do Senhor Bom Jesus, está registrado o seguinte: “Pelo que consta das tradições orais e escritas, o primitivo edifício foi uma simples ermida com a frente para o lado do Rio (Paraíba). Com o tempo a igreja foi aumentada. Em 1907, Dom Duarte
Leopoldo e Silva, na ocasião Bispo de São Paulo, qual Diocese pertencia Taubaté, concedeu o título de Episcopal Santuário ao templo de Tremembé. Aos 23 de novembro de 1974, o Papa Paulo VI, a pedido de Dom Francisco Borja do Amaral, Bispo de Taubaté e considerando a devoção do povo ao Bom Jesus, outorgou o título de Basílica menor ao mesmo templo. A Imagem A imagem do Senhor Bom Jesus venerada na sua Basílica em Tremembé, representa Cristo na sua paixão, conforme ele nos é apresentado no Evangelho de São Mateus: “E despindo-o, colocaramlhe um manto escarlate, e tecendo uma coroa de espinhos puseram-
na sobre sua cabeça e uma vara na mão direita”. (Mt. 27, 27) A imagem do Senhor Bom Jesus pertencia ao fundador de Tremembé, capitão Manoel da Costa Cabral, que tinha colocado num altar lateral da igreja Nossa Senhora da Conceição, em 1663. Esta igreja estava localizada em sua propriedade. Foi a primeira capela construída em Tremembé. A Festa Em muitos lugares a Festa do Senhor Bom Jesus é celebrada no dia 06 de agosto, inclusive em Tremembé. Esta festa é popular, não litúrgica, pois a Liturgia celebra neste dia a Festa da Transfiguração do Senhor. Parece um paradoxo: quando a liturgia celebra a
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exaltação de Cristo no Monte, o povo festeja o Cristo humilhado, preso, coroado de espinhos, todo ensangüentado, com as mãos amarradas. Mas o Cristo transfigurado é o mesmo Cristo desfigurado. Devoção Mensal ao Senhor Bom Jesus Há 49 anos, desde o dia 6 de julho de 1960, há devoção mensal ao Senhor Bom Jesus em todos os dias 6 de agosto. Missa festiva as 7h, muitas confissões e comunhões, visitas à Venerada Imagem e Hora Santa às 19h. Após tantos anos, continua grande o número de devotos que vão à Basílica nos dias 6, para louvar Jesus em sua bondade, para pedir e para agradecer.
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Aparecimento da Imagem do Bom Jesus Lenda Um certo dia veio morar em Tremembé, um velhinho desconhecido de hábitos estranhos, que edificou uma pequena cabana e nela se instalou, pouco saindo e com ninguém mantendo relações. Um dia o velhindo desapareceu, tão enigmaticamente como aparecera, sem que do seu destino alguém soubesse. Os moradores curiosos foram a sua cabana e ali encontraram estupefatos, a imagem do Bom Jesus. o caso foi dado como grande milagre, pois o povo acreditava que o velhinho fosse um enviado de Deus que viera trazer aquela dádiva do céu. Trataram então de construir uma capela onde o santo fosse venerado, porém, um dia quando o santo foi removido, brotou de seus pés uma fonte cristalina, atual Fonte da Água Santa, cujas águas possuiam a virtude divina de curar todas as enfermidades. Hipótese Provável A família Costa Cabral, descendente dos Cabrais de Portugal, era numerosa e alguns de seus membros residiam naquela época, em Iguape, Sorocaba e Taubaté. Fervorosos devotos do Senhor
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Bom Jesus, e talvez saudosos da imagem que deixaram na igreja da sua aldeia em Portugal, e sendo homens de fortuna, é possível que tivessem mandado esculpir em madeira, simultaneamente as imagens que ainda hoje se veneram em Pirapora, Iguape e Tremembé, das quais as primeiras notícias são de épocas aproximadas (fins do século XVIII). Um exame cuidadoso denuncia nas três imagens a mão do mesmo artista, que as teria concluído em 1645. Hipótese Possivel As imagens do Senhor Bom Jesus, vindas do reino de Portugal, embarcadas para Pernambuco, encontraram-se com o navio inimigo, e os fiéis, do navio Português, lançaram as imagens ao mar, para não serem tomadas, juntamente com cera e azeite, a após o percurso foram encontradas em rui de acesso às três cidades, que possuem as imagens de hoje, no caso de Tremembé, temos o rio Paraíba do Sul, cujas margens se encontram próximas da Fonte da Água Santa e da Basílica Menor. www.tremembeonline.com.br
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A Imagem do Bom Jesus de Tremembé Embora a história lendária da imagem do Bom Jesus de Tremembé registre que sua descoberta se deu ao acaso, acredita-se também que a Santa Imagem foi trazida por instâncias da Família Costa Cabral, à qual se deve também a fundação de Tremembé e da Igreja. Seja qual for a razão ou a forma, o que se sabe é que a imagem milagrosa do Bom Jesus de Tremembé tem um sem-número de fiéis devotos. Vale, no entanto, saber a história da imagem do Bom Jesus, como é ela conhecida pelo povo, é coberta de misticismo e lendas. Eis algumas delas: “Certa vez aportou a Tremembé um velhinho des-
conhecido, que edificou uma pequena cabana nas margens do rio Paraíba e nela se encerrou, pouco saindo e com ninguém mantendo relacionamento. Sua vida cheia de mistérios chamava a atenção de toda a gente, porque ninguém conseguia, então, conhecê-la. Um dia o velhinho desapareceu, quase tão misteriosamente como surgira. Ninguém teve notícia de seu destino. Indo à choupana, os curiosos ali encontraram a imagem do Bom Jesus. O caso foi tido então como miraculoso e que Deus, na pessoa do velhinho, para ali trouxera a pequeno fio de água bro- da bica da água santa”. imagem. Quando fizeram tara aos pés da imagem, “Um indivíduo, criminoso a remoção da imagem, um dando origem à conheci- de práticas hediondas, re-
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fugiara-se naquele recanto onde se entregou a penitência e a uns trabalhos de torêutica rudimentar. Foi então que tomou de uma tora de madeira e ao lhe vibrar um golpe de enxó ouviu demorado lamento em que pôde distinguir esta expressão: “Ai... Jesus!...”. Aos ouvidos do canhestro e eventual escultor, o gemido soou como advertência sobrenatural, e daí a idéia de aparelhar o cepo segundo a imagem do Senhor Bom Jesus. Concluída a piedosa tarefa, o estranho artista tomou rumo ignorado, ficando a imagem à beira do rio na choupana entregue aos cuidados e devoção de populares. Reza a
tradição que, certa vez, pretendendo as autoridades competentes oferecer melhor abrigo à imagem do Senhor Bom Jesus levaram-na em procissão para a vila de Taubaté. Mas, com espanto e edificação do povo, no dia seguinte ela apareceu de manhã no modesto sitio de sua origem. Tinha a cabeça umede-cida pelo sereno da madrugada e os pés cobertos de poeira dos caminhos. O episódio maravilhou a população, que lhe edificou uma capela”. Desde então, na mesma época, a 6 de agosto, realizam-se os festejos do Bom Jesus.Onde toda a cidade se alegra.
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OS Desde o início do Cristianismo existiram pessoas que seguindo um chamado de Cristo, afastaram-se do mundo para dedicar-se mais intensamente à vida de oração e leitura da Palavra de Deus. Surgiram assim os chamados “Padres” e as “Madres” do deserto (“homens e mulheres embriagados de Deus”), que dos séc. III e V, deixando as cidades, retiram-se para os desertos da Síria e do Egito e constituíram-se nos pais da vida monástica (cf. o excelente site: www.padresdodeserto.net). Com São Bento e sua famosa Regra (www.osb.org.br/ regra.html) a vida monástica ganhou nova organização. Ao longo dos séculos, diversas reformas ocorridas nas ordens monásticas buscaram um seguimento
mais perfeito do ideal proposto pela Regra de São Bento. Assim no ano 1098, vinte e um monges provenientes do mosteiro beneditino de Molesme, fundaram o “Novo Mosteiro” de Cister (Borgonha,França), que,
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tendo se espalhado por toda a Europa, desenvolveu uma própria espiritualidade mística, expressa principalmente na obra de São Bernardo de Claraval. No século XVII o abade cirtesciense francês Dom Jean Armand de Rancé,
realizou uma nova reforma na comunidade de La Trappe (Normandia), na qual, inspirando-se na vida dos padres do deserto, enfatizava os valores de separação do mundo, silêncio, trabalho manual, renúncia e obediência. Tendo outros mosteiros juntado-se à forma da vida de La Trappe, passaram a constituir “congregações” distintas dentro da Ordem Cisterciense, até que no ano de no ano 1892, três destas congregações “trapistas” (Sept-Fons, Melleray e Westmalle) agregaram-se para formar uma nova Ordem, a Ordem Cisterciense da Estrita Observância, conhecida como “Trapistas”. Em 1904, a Comunidade de Sept-Fons, sob a presidência do abade Dom Jean-Baptiste Chautard, fugindo das
perseguições políticas na França, fundou em Tremembé o Mosteiro de Maristela, primeiro mosteiro trapista do Brasil. Esta fundação trouxe enorme desenvolvimento econômico e cultural, bem como auxílio religioso, a toda a região do Vale do Paraíba.Em 17 de outubro de 1907, um monge trapista, Pe. Antoine Giguelay, tornou-se o primeiro pároco e reitor da Paróquia e Santuário do Senhor Bom Jesus. Os monges permaneceram em Maristela até 1934, quando retornaram para a Europa. Em 1977, quatro monges da Abadia Trapista Nossa Senhora de Genesee (Nova York, EUA) fundaram em Campo do Tenente PR, o Mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo, para onde foram, posteriormente,
transladados os restos mortais dos monges de T r e m e m b é . Para conhecer o novo mosteiro trapista visite o site.www.mosteirotrapista.org.br. Em outubro de 2004, comemorando o centenário da chegada dos trapistas a Tremembé, os monges do Mosteiro Nossa Senhora do Novo Mundo visitaram em peregrinação a Basílica do Bom Jesus, ficando hospedados no prédio onde se encontrava o antigo Mosteiro de Maristela. O prior Dom Bernardo presidiu a Santa Missa na Basílica, após a qual foi oferecido um coquetel aos monges e paroquianos. A comunidade da Paróquia do Bom Jesus, que considera os trapistas como seus pais espirituais, muito se alegrou com essa visita.
A BASÍLICA DE TREMEMBÉ E A IGREJA BIZANTINA A Basílica de Tremembé vem mantendo estreitos laços de amizade com a Comunidade Católica melquita de Taubaté. Por diversas vezes, o sacerdote responsável, Pe. Dimitri, celebrou a Divina Liturgia (= Santa Missa) na Basílica. Em razão disso, a capela do Senhor Morto foi decorada com ícones bizantinos. O que é uma igreja Melquitas?A Igreja Melquita (católica) é uma das mais antigas igrejas do mundo! Ela tem suas raízes nos primeiros centros da cristandade, localizados em Antioquia, Alexandria e Jerusalém. Os fiéis grecomelquitas são, em geral, habitantes do Oriente Médio, que por causa das constantes crises provocadas pelas guerras e outros problemas, migraram
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para o Brasil a partir da segunda metade do século XIX. Devido ao crescimento da imigração, a Igreja Greco-Melquita Católica passou a se preocupar com os seus fiéis na diáspora e, a pedido do Patriarca, a Santa Sé procurou apoiar a criação da Eparquia Greco-Melquita Católica no Brasil, que conta hoje com diversas comunidades espalhadas pelo país, sendo uma delas em Taubaté. Por ser guardiã da tradição bizantina, a Igreja Greco-Melquita tem o papel de mediadora das relações entre a Santa Sé e os patriarcados Ortodoxos, constituindo um importante instrumento de Deus e da Igreja Católica para a concretização da unidade entre os cristãos. A celebração da Festa de
Sant’Ana, padroeira da igreja dos melquitas em Taubaté, tem sido um momento fecundo de diálogo entre as duas maiores tradições litúrgicas da Igreja: a Romana e a Bizantina, ampliando o conhecimento mútuo entre os filhos de uma única e mesma Igreja. A Igreja de Sant’Ana ... fica à Praça Eusébio Câmara Leal, próxima ao mercado Municipal da cidade. Mais informações pelos telefones: (11) 9116-8226 (Pe. Dimitri) ou (12) 9117-4097 (Fábio). Pe. Dimitri tem celebrado a Divina Liturgia (=Santa Missa em rito melquita) todo domingo às 19h na Igreja de São Sebastião, Praça Geraldo Costa, em Tremembé.
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A d e v o ç ã o dos fiéis a o S e n h o r B o m J e s u s d e Tr e m e m b é .
O amor e a devoção a nosso Senhor Jesus Cristo, invocado como “Bom Jesus” são bastante antigos. O título aplicavase, originariamente, às imagens do Senhor crucificado, como o célebre “Bom Jesus de Matozinhos”, em Portugal.
Em 1647, a imagem de Jesus flagelado e coroado de espinhos, encontrada na praia do Una, em Iguape, sul do estado de São Paulo, recebeu também essa bela denominação. Iniciou-se, assim, grande culto ao Bom Jesus, retratado na cena em que Pilatos o
apresentou ao povo coberto com o manto de púrpura, amarrado, coroado de espinhos e ferido pelos golpes de chicote: “Eis o homem!” (Jo 19, 5). De Iguape o culto espalhou-se, seguindo a rota dos bandeirantes, dando origens a outros santuários famosos, como o de Tremembé (1663), de Bom Jesus dos Perdões (1705) e de Pirapora do Bom Jesus (1725), além de inúmeras paróquias e comunidades que representam o Bom Jesus de mesma maneira. A devoção ao Bom Jesus nos aponta para o núcleo de nossa fé cristã, a Paixão do Senhor. Ela traz presente aos nossos
corações o quanto nossa salvação foi custosa ao Filho de Deus: “fostes resgatados... não por coisas perecíveis, como a prata ou o ouro, mas pelo precioso sangue de Cristo, cordeiro sem defeito e sem mancha” (1Pd 1, 18-19). Somente esta consciência de que o Filho de Deus “me amou e se entregou por mim” (Gl 2, 20) é capaz de suscitar nos corações o amor agradecido, que leva à autêntica vida cristã, às vezes até a radicalidade do martírio. A devoção ao Bom Jesus destaca o realismo da encarnação, mostrando as conseqüências do “esvaziamento” do Filho de Deus, que, tendo-se feito
homem, humilhou-se até a morte de cruz e morte de cruz (cf. Fl 2, 7-8). Assim nos revelou o quanto Deus amou o mundo, “a tal ponto que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não morra, mas tenha vida eterna” (Jo 3,16). A devoção ao Bom Jesus nos faz reconhecer na paixão e morte de Cristo, o maior gesto de bondade e de amor jamais demonstrados (cf. Jo 14, 13), pelo qual Jesus Cristo merece, com toda justiça, o título de “Bom”! A devoção ao Bom Jesus protege, ainda, os fiéis de um “cristianismo triunfalista”, inimigo da cruz de Cristo (cf. Gl 3, 18), apresentando aos
nossos olhos a figura humilde do Servo de Javé (cf. Is 50, 6), que ensinou a lavarmos os pés uns aos outros (cf. Jo 13, 14). Mesmo naqueles santuários honrados com o título de Basílica (= casa real), o Rei que ali se venera apresenta-se ferido, coroado de espinhos, fraco. Longe de cultuar o ídolo do sucesso e do poder, os devotos do Bom Jesus reconhecem seu Deus e Salvador, representado na figura de um homem sofredor (Mt 25, 40). Quatro antigos Santuários, incontáveis paróquias e comunidades, uma mesma fé e devoção ao um mesmo, bendito e amado, Senhor Bom Jesus!
FESTA DO SENHOR BOM JESUS DE TREMEMBÉ A principal festa popular do Vale do Paraíba, a Festa do Senhor Bom Jesus de Tremembé, acontece agora, no período de 24 de julho a 09 de agosto. O evento oferece diversos shows, parque de diversão, barracas de artesanato e de produtos industrializados, tudo para proporcionar alegria e lazer para crianças, jovens e adultos. A festa conta também com novenas, missas e como não pode deixar de acontecer todos os anos,
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a Procissão do Senhor Bom Jesus, que finaliza com a missa no palco, que ocorre no dia 06 de agosto (dia do padroeiro), motivando a fé e emocionando a todos. No último dia do evento, a meia noite, acontece a tradicional queima de fogos. A festa totaliza em seus 17 dias, a rotatividade média de 400.000 pessoas, lembrando que já comemorou seu recorde de público em 2006, chegando a receber 40.000 pessoas, entre
jovens e famílias no dia 06/08 (dia do Padroeiro). O evento toma grande parte do centro da cidade, situado entre a Antiga Estação de Ferro e Palco de Eventos Maestro Quintino, sem contar a opção em estacionamentos liberados para dar um suporte aos visitantes.
NOSSA SENHORA DA COMPAIXÃO A Igreja recorda as dores da Virgem Maria, invocando-a sob diversos títulos, sendo os mais antigos os de “Nossa Senhora da Compaixão” e “Nossa Senhora da Piedade”. O título “Nossa Senhora das Dores” ganhou destaque no séc. XVIII, quando o Papa Bento XIII determinou que a festa de 15 de setembro fosse celebrada com esse nome.A devoção às dores de Maria está intimamente unida a devoção ao Senhor Bom Jesus. Em todos os seus santuários há imagens alusivas aos sofrimentos que a Santíssima Virgem padeceu em união com
O evento costuma acontecer de 2ª a 6ª feira a partir da 19h00 e nos finais de semana a partir das 14h00, com entrada gratuita !! www.tremembeonline.com.br
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seu Filho. Nos Santuários de Bom Jesus dos Perdões e Pirapora do Bom Jesus, celebrase a memória de Nossa Senhora das Dores no dia 05 de agosto. A Basílica de Iguape mantém junto à imagem do Bom Jesus uma imagem de Nossa Senhora das Dores. No Santuário do Bom Jesus da Lapa, junto à gruta do Bom Jesus, está a gruta de Nossa Senhora da Soledade. A Basílica de Tremembé, conservando o título mais antigo, venera a SSma. Virgem com o título de “Nossa Senhora da Compaixão” (como o faz também
o Santuário do Bom Jesus na Ilha do Pico, Açores, Portugal). A imagem da Senhora da Compaixão encontra-se na Basílica junto ao Bom Jesus dos Passos. A Ssma. Virgem é representada com vestes escuras, com um lenço na mão e profunda expressão de dor. É venerada principalmente no tempo da Quaresma e Semana Santa, nas Procissões do Encontro e do Sepultamento do Senhor. Na Festa de agosto, Nossa Senhora da Compaixão acompanha a imagem do Bom Jesus em sua procissão.
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A devoção ao Preciosíssimo Sangue do Bom Jesus “Quereis conhecer o poder do sangue de Cristo? /.../ Repara de onde começou a correr e de que fonte brotou”. Estas palavras de São João Crisóstomo (Cat. 3,13-19; Ofício de Leituras, 6ª. feira santa), pronunciadas no séc. IV, atestam a antiguidade da devoção ao Sangue do Senhor, que é o tema principal de nossa Novena do Bom Jesus neste ano de 2007: o Preciosíssimo Sangue do Bom Jesus. Incentivada no séc. XIX pelo apostolado do sacerdote italiano São Gaspar del Bufalo, a devoção ao Preciosíssimo Sangue foi sucessivamente aprovada e recomendada pelos Papas, particularmente Bento XIV (que aprovou a Missa e o Ofício divino do Preciosíssimo Sangue), Pio IX e João XXIII, que lhe dedicou uma Carta Apostólica: Inde a primis, Sobre o culto do Preciosíssimo Sangue de Cristo. Nela o Papa chamava atenção para “o nexo indissolúvel que deve unir as duas devoções, já t ão difundidas no seio do povo cristão, isto é, o SS. Nome de Jesus e o seu sacratíssimo Coração, àquela que pretende honrar
o Sangue Preciosíssimo do Verbo encarnado, ‘derramado por muitos em remissão dos pecados’ (cf. Mt 26,28)” (IP 3). Assim como o culto ao Santíssimo Nome de Jesus ou ao seu Sagrado Coração volta-se, na verdade, à própria Pessoa de Jesus, assim também o culto ao Seu Preciosíssimo Sangue é o culto ao próprio Senhor Jesus Cristo, contemplado no mistério da sua Paixão. “A vida de todo ser vivo está no sangue” (Lv 17, 13). A expressão do Antigo Testamento manifestava a opinião comum no tempo de Jesus, que continua bem atual. Ainda hoje, como no tempo de Cristo, “derramar o sangue” significa “tirar a vida”; “dar o sangue” equivale a “dar a vida”. Na devoção ao Preciosíssimo Sangue de
Cristo, nós contemplamos o mistério da entrega amorosa que o Senhor realizou de si mesmo, derramando seu sangue, ou, melhor ainda, o próprio Senhor Jesus que se entregou à morte por amor a nós. Na devoção ao Sangue de Cristo faz-se memória da Paixão do Senhor. Essa memória da Paixão de Jesus está indissoluvelmente unida à Santíssima Eucaristia, ao Sangue eucarístico do Senhor. Na noite em que ia ser entregue, celebrando com os apóstolos a última Ceia, o Bom Jesus manifestou o sentido daquilo que iria acontecer no dia seguinte: “pegou o cálice, deu graças, passouo a eles, e todos beberam. E disse-lhes: “Este é o meu sangue da nova Aliança, que é derramado por muitos” (Mc 14, 23-24). No sinal do vinho, Jesus entregou seu Sangue, isto é, sua vida, entregou-se a si mesmo, antecipando o sacrifício da Cruz. Nas Missas que celebramos, obedecendo a palavra do Senhor (“fazei isso em memória de mim”), também tomamos o cálice recordando a morte e a ressurreição de Jesus, e no vinho consagrado nos é
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oferecido, como foi aos apóstolos naquela Ceia, a própria vida de Jesus. Ele mesmo, oculto no sinal do sacramento. Estas duas dimensões estarão presentes nas reflexões da novena e Festa do Senhor Bom Jesus nesse ano de 2007. A imagem do Bom Jesus apresenta-nos uma cena de sua Paixão. Vendo-o coberto de seu Sangue Precioso vamos refletir sobre as graças que nos são dadas por esse Sangue, derramado para nossa salvação. Em todos os dias da novena poderemos participar da Santa Missa, onde o Corpo e o Sangue de Cristo nos serão dados na Santíssima Comunhão. Na oração da Novena, junto com a oração de cada Santuário, rezaremos um hino pascal, da Liturgia das Horas (vol. II, p. 1987), ao “Senhor, único vencedor dos inimigos” (Is 63,1-5), que contempla a glória do Bom Jesus, com as vestes tingidas elo próprio sangue. A Ele, que por seu Sangue, tornou-se o vencedor do pecado e da morte, pedimos que os faça participar t a m b é m de sua vitória. Assim seja.
NOSSA SENHORA DA GLÓRIA O título refere-se á glória de Maria Ssma., elevada aos céus em corpo e alma e cuja festa é celebrada aos 15 de agosto (ou no domingo seguinte). A imagem, de madeira policromada, data do séc. XVIII, fazndo parte do acervo mais antigo da Basílica. Representa a Virgem Maria com seu Filho ao
EXPEDIENTE Edição especial para a Festa do Bom Jesus de Tremembé Publicação: Editora Flor do Vale Jornalismo Com. Prom. Ltda. Rua dos Lírios, 171 - Flor do Vale - Tremembé - SP Tel: (12) 3672.2257 - Fax: (12) 3672.4831 - CEP 120120-000 Diretor Responsável pela Publicação: Daniel Domingues Ribeiro PRT 004860 Diretora Comercial: Dolores Russo Editoração Eletronica e Artes Gráficas: Felipe Aruan Sistema de distribuição dirigida Também publica-se: A Gazeta dos Municípios e A Gazeta de Tremembé Agradecimento: Aos patrocinadores, colaboradores e participantes Data de impressão: 24 de julho de 2009
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colo, levando na outra mão um cetro de rainha; Mãe e Filho apresentamse coroados. Aos pés da Virgem aparecem diversos anjinhos, com expressão de grande felicidade. O conjunto todo impressiona pela sua harmonia e leveza (particularmente das vestes), bem como pela riqueza de detalhes.
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www.tremembeonline.com.br A propaganda da Valéria Variedades foi Invertida propositamente
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Festa do Bom Jesus de Tremembé - 2009
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Bom Jesus Presente Este poema, foi feito prá lembrar, Que o Bom Jesus, é bom em todo lugar, No céu na terra, entre os homens ou no mar* Bom Jesus Presente, Ontem hoje e para sempre, Más! E no coração da gente, Onde Ele quer morar* O Bom Jesus, nos ensina a amar, Em qualquer dia, qualquer hora e lugar, Na manjedoura, ou numa cruz pra nos salvar* Bom Jesus Presente, Ontem hoje e para sempre, Más! E no coração da gente, Onde Ele quer morar* O BOM JESUS, nos ensina a perdoar, Em qualquer dia, qualquer hora e lugar, Entre os doutores, ou numa cruz a agonizar* Bom Jesus Presente, Ontem hoje e para sempre, Más! E no coração da gente, Onde Ele quer morar* O BOM JESUS, perdoa e ama por amar, Ama de graça, e nao se limita a amar, Na cruz no Horto ou no Sacramento do Altar* Bom Jesus Presente, Ontem hoje e para sempre, Más! E no coração da gente, Onde Ele quer morar* Waldir Aparecido Marcondes WAM
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