Exercicios Historia

  • June 2020
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Pré-Vestibular Comunitário Vetor Calendário das aulas de ‘Exercícios de História’ na turma Vetor 2, 2005: Primeira parte: Enfoque sobre História do Brasil Aula no 0 – 19/03 – Apresentação da turma e do professor e debate sobre educação 26/03 – Paixão de Cristo Aula no 1 – 09/04 – Aula abordando ‘Crise do feudalismo e formação dos estados nacionais europeus’, ‘Monarquia portuguesa e expansão portuguesa’, ‘Pacto colonial’ e ‘Brasil holandês’ 23/04 – São Judas Tadeu ? Aula no 2 – 30/04 – Aula abordando ‘Renascimento, absolutismo e mercantilismo’, ‘Bandeirismo’ e ‘Minas Gerais’ Aula no 3 – 14/05 – Aula abordando ‘América pré-colombiana e colonização da América’, ‘Rebeliões nativistas’ e ‘Inconfidências’ 28/05 – Corpus Christi Aula no 4 – 11/06 – Aula abordando ‘Reformas religiosas e revoluções inglesas’, ‘Época Joanina’, ‘Primeiro Reinado’ e ‘Regência’ Aula no 5 – 25/06 – Aula abordando ‘Iluminismo e despotismo esclarecido’ e ‘Segundo Reinado’ Aula no 6 – 09/07 – Aula abordando ‘Independência dos EUA’, ‘Proclamação da República’ e ‘República da Espada’ Aula no 7 – 23/07 – Aula abordando ‘Revolução Industrial’ Aula no 8 – 06/08 – Aula abordando ‘Revolução Francesa’ Segunda parte: enfoque sobre História Geral Aula no 9 – 20/08 – Aula abordando ‘Império napoleônico’, ‘Revoltas, rebeliões, idéias e ideologias do século XIX’ e ‘Primeira República brasileira’ Aula no 10 – 10/09 – Aula abordando ‘Industrialização da Europa continental’, ‘Unificação italiana e alemã’, ‘Guerra de Secessão norte-americana’ e ‘Primeira República brasileira’ Aula no 11 – 24/09 – Aula abordando ‘Imperialismo’, ‘América Latina no século XIX’, ‘Revolução Mexicana’ e ‘Revolução de 1930’ Aula no 12 – 08/10 – Aula abordando ‘Primeira Guerra Mundial’, ‘Revolução Russa’ e ‘Ditadura Vargas’ Aula no 13 – 22/10 – Aula abordando ‘Crise de 29’, ‘Fascismos’ e República democrático-populista (194564)’ Aula no 14 – 05/11 – Aula abordando ‘Guerra Fria’, ‘Segunda Guerra Mundial’ e ‘Golpe de 64’ Aula no 15 – 19/11 – Aula abordando ‘Revolução Chinesa’, ‘Descolonização da África e da Ásia’ e ‘Ditadura brasileira’ Aula no 16 – 03/12 – Aula abordando ‘Fim da Guerra Fria e mundo atual’ e m da ditadura e Brasil atual’ Total: 16 horas-aula Obs: Em aula serão feitas coletivamente questões de múltipla escolha de vestibulares passados. Serão enviadas para casa por volta de três questões discursivas também de vestibulares oficiais da UFF, UFRJ, UERJ e PUC-Rio (a Uni-Rio pode ser incluída nas aulas ao longo do curso) realizados nos anos de 2000 a 2005. É muito importante que o aluno façam essas questões – que serão corrigidas pelo professor e entregues de volta para o aluno –, visto que assim será monitorada e desenvolvida a forma como são escritas as respostas discursivas.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 1 – Temas: ‘Crise do feudalismo e formação dos estados nacionais europeus’, ‘Expansão marítima portuguesa’, ‘Descobrimento do Brasil’ e ‘Colonialismo português’ Objetivas: Uff 2000 1ª fase. A Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita em 1500, é considerada como um dos documentos fundadores da Terra Brasilis e reflete, em seu texto, valores gerais da cultura renascentista, dentre os quais destaca-se: (A) a visão do índio como pertencente ao universo não religioso, tendo em conta sua antropofagia; (B) a informação sobre os preconceitos desenvolvidos pelo renascimento no que tange à impossibilidade de se formar nos trópicos uma civilização católica e moderna; (C) a identificação do Novo Mundo como uma área de insucesso devido à elevada temperatura que nada deixaria produzir; (D) a observação da natureza e do homem do Novo Mundo como resultado da experiência da nova visão de homem, característica do século XV; (E) a consideração da natureza e do homem como inferiores ao que foi projetado por Deus na Gênese. Puc-Rio 2005 1ª fase. A aventura da colonização empreendida pela Coroa de Portugal, nas terras da América, entre os séculos XVI e XVIII, expressou-se na constituição de diversas regiões coloniais. Sobre essas regiões coloniais, estão corretas as seguintes afirmativas COM EXCEÇÃO DE: (A) No vale do Rio Amazonas, a partir do século XVII, ordens missionárias exploraram as "drogas do sertão", utilizando o trabalho de indígenas locais. (B) No vale do Rio São Francisco, a partir do final do século XVI, ocorreu a expansão de fazendas de criação de gado, voltadas para o abastecimento dos engenhos de açúcar do litoral. (C) Na Capitania de São Vicente, em especial por iniciativa dos habitantes da vila de São Paulo, organizaramse expedições bandeirantes que, no decorrer do século XVII, abasteceram propriedades locais com a mão-deobra escrava dos índios apresados. (D) Nas Minas, durante o século XVIII, a extração do ouro e de diamantes, empreendida por aventureiros e homens livres e pobres, propiciou o surgimento de cidades, onde o enriquecimento fácil estimulava a mobilidade social. (E) No litoral de Pernambuco, durante a segunda metade do século XVI, a lavoura de cana e a produção de açúcar expandiram-se rapidamente, o que foi acompanhado pela gradual substituição do uso da mão-de-obra escrava do nativo americano pelo negro africano. Uff 2003 1ª fase. Segundo o historiador Sérgio Buarque de Holanda, vários aspectos estabeleceram a diferença entre a colonização portuguesa – dos “semeadores” – e a colonização espanhola – dos “ladrilhadores”. Identifique a opção que revela uma diferença observada no tocante à construção das cidades no Novo Mundo. (A) As formas distintas de construção das cidades no Novo Mundo derivaram do modo como a Espanha concebeu a idéia renascentista de homem, o que fez seus navegadores, ao contrário dos portugueses, considerarem os indígenas americanos como seus pares. (B) As cidades portuguesas na Costa da América tornaram-se feitorias por um acordo de não concorrência firmado entre Espanha e Portugal, expresso no Tratado de Tordesilhas, pelo qual a Espanha ficou encarregada das áreas de mineração. (C) As experiências comerciais na Ásia e na África acentuaram o papel da circulação nas práticas mercantilistas de Portugal; por isso, as cidades portuguesas da América eram feitorias, diferentemente das espanholas que combinavam comércio e produção. (D) As cidades portuguesas na América – feitorias – constituíram-se centros comerciais por influência direta do modelo de Veneza e Florença. As cidades espanholas, por outro lado, tiveram como modelo a experiência urbana manufatureira francesa.

(E) As cidades portuguesas especializaram-se em organizar a entrada de produtos agrícolas no território colonizado, enquanto as espanholas atuaram como núcleos mercantis voltados para a criação de mercados consumidores de produtos manufaturados da metrópole. Uerj 2000 1ª fase. Navegar é preciso, viver não é preciso. Este era o lema dos antigos navegadores, pois embarcar nos navios da rota das Índias ou do Brasil, entre os séculos XV e XVI, era realmente uma aventura. Uma das explicações para o pioneirismo português nessa aventura marítima é: (A) o espírito de Cruzada, resultante da presença de uma burguesia mercantil à procura de terras (B) o processo de reconquista do território português, em decorrência da Guerra dos Cem Anos contra a França (C) a constituição da primeira monarquia absolutista dos tempos modernos, em virtude da aliança entre a nobreza e a Coroa portuguesas (D) a integração do país ao circuito do grande comércio europeu, com a criação de novas rotas entre as cidades italianas e o norte da Europa Uerj 2000 1ª fase. “(...)Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. (...) Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente de frutos, que a terra e as árvores de si lançam (...).”

(CORTESÃO, Jaime. A Carta de Pero Vaz de Caminha. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1943.)

No Brasil, durante o período colonial, as mudanças transcorridas na organização política, econômica e social dos indígenas estão relacionadas com: (A) o rompimento de sua unidade política, levando ao fracionamento das federações tribais (B) a expropriação das terras, provocando a interiorização de muitas comunidades nativas (C) a imposição gradativa do trabalho sedentário, levando a sua utilização como mão-de-obra assalariada (D) o seu largo emprego em trabalhos compulsórios na pecuária e na mineração, provocando a sedentarização das comunidades do litoral Discursivas: Ufrj 2000 2ª fase. “(...) Assim, antes de partir de França, Villegagnon prometeu a alguns honrados personagens que o acompanharam, fundar um puro serviço de Deus no lugar em que se estabelecesse. E depois de aliciar os marinheiros e artesães necessários, partiu em maio de 1555, chegando ao Brasil em novembro, após muitas tormentas e toda a espécie de dificuldades. Aí aportando, desembarcou e tratou imediatamente de alojar-se em um rochedo na embocadura de um braço de mar ou rio de água salgada a que os indígenas chamavam Guanabara e que (como descreverei oportunamente) fica a 23º abaixo do equador, quase à altura do Trópico de Capricórnio. Mas o mar daí o expulsou. Constrangido a retirar-se avançou quase uma légua em busca de terra e acabou por acomodar-se numa ilha antes deserta, onde, depois de desembarcar sua artilharia e demais bagagens, iniciou a construção de um forte, a fim de garantir-se tanto contra os selvagens como contra os portugueses que viajavam para o Brasil e aí já possuem inúmeras fortalezas.”

(IN: LÉRY, Jean. De Viagem à Terra do Brasil. Rio de Janeiro, Bibliex, 1961, pp. 51)

“(...) Por esse tempo, agitava-se importante controvérsia entre os dirigentes da Companhia (Cia. Das Índias Ocidentais), a qual se travou principalmente entre as câmaras da Holanda e da Zelândia. Versava sobre se seria proveitoso à Companhia franquear o Brasil ao comércio privado, ou se devia competir a ela tudo o que se referisse ao comércio e às necessidades dos habitantes daquela região. Cada um dos dois partidos sustentava o seu parecer. Os propugnadores do monopólio escudavam-se com o exemplo da Cia. Oriental, usando o argumento de que se esperariam maiores lucros, se apenas a Cia. comerciasse, porque, com o tráfico livre, dispersar-se-ia o ganho entre muitos, barateando as mercadorias pela concorrência.” (IN: BARLÉU, Gaspar. História dos Feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil. SP: Itatiaia, 1974, p.90)

Ao longo dos séculos XVI, XVII e início do XVIII, várias potências européias invadiram a América Portuguesa. Houve breves invasões e atos de pirataria ao longo do litoral no início do século XVI.

Posteriormente outras invasões iriam adquirir características diferenciadas. As formas de invasão e ocupação, assim como estratégias e interesses econômicos seriam diversos. a) Aponte duas razões para a invasão e o estabelecimento colonial de franceses (a França Antártica) no litoral do Rio de Janeiro entre 1555 e 1567. b) Identifique o principal interesse da Cia. das Índias Ocidentais na invasão de Pernambuco, em 1634. Ufrj 2003 1ª fase. “À frente do projeto de expansão do lusocristianismo estavam os monarcas portugueses, aos quais, desde meados do século XV, os papas haviam concedido o direito do padroado (...) Quando se iniciou o ciclo das grandes navegações, Roma decidiu confiar aos monarcas da Península Ibérica o padroado sobre as novas terras descobertas”. (AZZI, Riolando. A Cristandade Colonial: Mito e Ideologia. Petrópolis: Vozes, 1987, p. 64)

As relações entre os Estados nascentes e a Igreja Católica constituíram-se em um dos mais importantes eixos de conflito ao longo da etapa final da Idade Média. Ao contrário de outras regiões, na Península Ibérica a resolução do problema implicou o estreitamento das interações entre uma e outra instituição. a) Cite duas das atribuições das Coroas Ibéricas contidas na delegação papal do Padroado, cujo fim último era a expansão do catolicismo nas terras recém-descobertas da América. b) Indique a principal fonte de arregimentação de recursos para a realização das tarefas que, por meio do Padroado, estavam a cargo das Coroas Ibéricas na América nos séculos XVI e XVII. Gabarito: Uff 2000 1ª fase - D Puc-Rio 2005 1ª fase - D Uff 2003 1ª fase - C Uerj 2000 1ª fase - D Uerj 2000 1ª fase - B Ufrj 2000 2ª fase - a) Entre as razões para as invasões francesas e a tentativa de estabelecer uma colonização no Rio de Janeiro, em meados do século XVI, destacam-se a disputa pelo comércio colonial – basicamente o tráfico do pau-brasil – e o controle sobre áreas de produção de gêneros tropicais. A idéia de um estabelecimento colonial – nos moldes da FRANÇA ANTÁRTICA – também vinculava-se a perspectiva da criação de um espaço geográfico, político e social de refúgio para huguenotes e outros perseguidos religiosos. b) As invasões holandesas no Brasil do século XVII estavam inseridas nas disputas relativas ao controle sobre o comércio do açúcar. Existiam interesses comerciais diversos em jogo (investimentos nas montagens dos engenhos, controle quanto ao transporte do açúcar, tráfico negreiro, etc), articulando a Cia. das Índias Ocidentais, lutas e guerras na Europa e a ocupação de áreas coloniais sob o controle de Portugal. Ufrj 2003 1ª fase – a) O candidato poderá citar, dentre outras, que os reis da Espanha e de Portugal deviam enviar missionários para as suas conquistas, construir igrejas e conventos, fundar paróquias e dioceses, subvencionar o culto, bem como remunerar o clero diocesano, escolher bispos, párocos e missionários, financiar expedições evangelizadoras, preencher cargos e, em circunstâncias especiais, fornecer ajuda aos religiosos, como no caso dos aldeamentos indígenas. b) O candidato deverá indicar o dízimo como a principal fonte de arregimentação de recursos. A Coroa, mediante o padroado, passava a recolher e administrar o equivalente à décima parte da riqueza social.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 2 – Temas: ‘Renascimento, absolutismo e mercantilismo’, ‘Bandeirismo’ e ‘Economia mineradora’. Objetivas: Uff 2000 1ª fase. Na cultura barroca do século XVII observam-se, entre outras, as características: I) Crise da vontade humana e constatação da dúvida em torno do melhor caminho para se obter a salvação. II) Presença de valores políticos que orientavam a subordinação da sociedade ao rei e efetivavam a monarquia constitucional. III) Ambiente social envolvido pelas dúvidas acerca do futuro, transformando o homem barroco em melancólico, cético e místico. A frase “Ser ou não ser, eis a questão” de William Shakespeare é mais bem interpretada pelas características: (A) I e III, apenas (B) I e II, apenas (C) II e III, apenas (D) I, apenas (E) II, apenas Uff 2002 1ª fase. “O Renascimento europeu retirou o véu que encobria o espírito e o fazer humanos na Idade Média. Sem esse véu, o homem pôde respirar um novo tempo e se aventurar na descoberta de si mesmo e do mundo que o rodeava. Pôde olhar as estrelas, percorrer os mares-oceanos, descobrir novas terras e gentes, observar seu corpo e debruçar-se sobre a natureza, percebendo suas forças físicas e químicas. A cada passo, o novo homem saía do mundo fechado medieval em direção ao universo infinito moderno. Aos poucos, novas formas de comunicação foram surgindo, engrandecendo as artes, as ciências e as literaturas. Galileu fechou com chave de ouro esse período quando disse que o livro da natureza estava escrito em caracteres matemáticos” (Adaptado de RODRIGUES, Antonio E.M. e FALCON, Francisco. Tempos Modernos. RJ: Civilização Brasileira, 2000.)

Assinale a opção que melhor interpreta as bases culturais do Renascimento europeu. (A) O Renascimento não é devedor de nenhuma cultura da Antigüidade. Sua base cultural foi a escolástica medieval que lhe forneceu condições transformadoras, elevando o pensamento renascentista aos cumes da teologia católica. (B) Um dos pilares das transformações renascentistas foi a Antigüidade Clássica que, com sua sabedoria sobre o ser humano e a natureza, criou condições para a descoberta do homem como sujeito de ações e realizador de transformações, ao contrário do homem medieval, que se via apenas como extensão de Deus. (C) As artes, as ciências e as literaturas, evidências mais significativas da explosão criativa do Renascimento, só avançaram porque tinham, como única base cultural e filosófica, a sabedoria oriental trazida para a Europa, a partir do século XV, nos contatos entre as cidades italianas e Bizâncio. (D) O Renascimento é herdeiro da filosofia agostiniana, que deu como lema aos representantes desse novo tempo a célebre frase de Galileu “é dando que se recebe”, origem das famosas academias renascentistas. (E) A cultura renascentista não conseguiu retirar, totalmente, o véu que cegava o homem medieval, que continuou a considerar-se mero realizador de um plano idealizado por Deus e a pensar que o universo, todo, era obra d’Ele. Uff 2004 1ª fase. “(...) se a região [colonial] possui uma localização espacial, este espaço já não se distingue tanto por suas características naturais, e sim por ser um espaço socialmente construído, da mesma forma que, se ela possui uma localização temporal, este tempo não se distingue por sua localização meramente cronológica, e sim como um determinado tempo histórico, o tempo da relação colonial. Deste modo, a delimitação espácio-temporal de uma região existe enquanto materialização de limites dados a partir das relações que se estabelecem entre os agentes, isto é, a partir de relações sociais. (Ilmar Rohloff de Mattos. O Tempo Saquarema. São Paulo: Hucitec, Brasília: INL, 1987, p.24) A partir do texto (p. 41), podemos entender que a empresa colonial é produtora de uma região e de um tempo coloniais, definidos pelas relações sociais construídas por suas características internas e pela maneira como se

relaciona com o que se situa fora dessa mesma região colonial. A Afro-América, produto da ocupação do Novo Mundo, principalmente por portugueses, espanhóis e ingleses, pode ser compreendida, nessa perspectiva, como um conjunto de: (A) economias subordinadas ao mercado mundial capitalista e à lógica do capital industrial, garantindo a penetração do capitalismo no continente americano, o que explica a rápida industrialização ocorrida no século XIX, como desdobramento da revolução industrial; (B) sociedades que reproduziam as existentes nas metrópoles, podendo ser compreendidas a partir da substituição do trabalho compulsório das relações feudais pelo “trabalho livre”; (C) economias surgidas na lógica do mercantilismo, no caso da Inglaterra, e do feudalismo, nas colônias ibéricas, sendo o comércio a principal preocupação dos britânicos, enquanto os governos de Portugal e Espanha privilegiavam a expansão do poder da Igreja; (D) sociedades com organização sócioeconômica diferente da existente nas metrópoles, tendo na exploração do trabalho escravo a base da produção da riqueza, que era, em grande parte, transferida para as metrópoles, segundo a lógica do capital comercial; (E) economias baseadas na monocultura de produtos de grande demanda na Europa, gerando uma sociedade polarizada entre Senhores e Escravos, não possibilitando a formação de um mercado interno e o surgimento de outras classes sociais. Enem 2003. O mapa abaixo apresenta parte do contorno da América do Sul destacando a bacia amazônica. Os pontos assinalados representam fortificações militares instaladas no século XVIII pelos portugueses. A linha indica o Tratado de Tordesilhas revogado pelo Tratado de Madri, apenas em 1750.

(Adaptado de Carlos de Meira Mattos. Geopolítica e teoria de fronteiras)

Pode-se afirmar que a construção dos fortes pelos portugueses visava, principalmente, dominar (A) militarmente a bacia hidrográfica do Amazonas. (B) economicamente as grandes rotas comerciais. (C) as fronteiras entre nações indígenas. (D) o escoamento da produção agrícola. (E) o potencial de pesca da região. Discursivas: Uerj 2001 2ª fase. Leia o texto escrito por Marsílio Ficino no século XV: “Quem poderia negar que o homem possui quase o mesmo gênio que o Autor dos céus? E quem pode negar que o homem também poderia de algum modo criar os céus, obtivesse ele os instrumentos e o material celeste, pois até agora o faz, se bem que com um material diferente mas ainda segundo uma mesma ordem?”

(HELLER, Agnes. O homem do Renascimento. Lisboa: Presença, 1982.)

Explique uma característica da civilização do Renascimento evidenciada no texto. Uerj 2001 2ª fase. “O lugar de maior perigo que há no engenho é o da moenda, porque, se por desgraça a escrava que mete a cana entre os eixos, ou por força do sono, ou por cansada, ou por qualquer outro descuido,

meteu desatentadamente a mão mais adiante do que devia, arrisca-se a passar moída entre os eixos, se lhe não cortarem logo a mão ou o braço apanhado, tendo para isso junto da moenda um facão, ou não forem tão ligeiros em fazer parar a moenda.” (ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EdUSP, 1982.)

Com base no texto, identifique duas características do trabalho escravo no Brasil do período colonial. Gabarito: Uff 2000 1ª fase - A Uff 2002 1ª fase - B Uff 2004 1ª fase - D Enem 2003 – A Uerj 2001 2ª fase - No texto, destaca-se a visão humanista que defendia, numa perspectiva otimista, as potencialidades do homem, característica da civilização do Renascimento. Uerj 2001 2ª fase - Duas dentre as características: longas jornadas, realização repetitiva, execução de trabalhos manuais, inexistência de qualquer tipo de segurança nos locais de trabalho.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 3 – Temas: ‘América pré-colombiana e colonização da América’, ‘Rebeliões nativistas’ e ‘Conjurações’ Objetivas: Puc 2005 1ª fase. COM EXCEÇÃO DE UMA, as opções abaixo apresentam de modo correto regiões das Américas onde se verificou largo emprego de mão-de-obra escrava de origem africana: (A) Vale do Paraíba do Sul, Brasil, meados do século XIX, produção de café. (B) Estados do sul, Estados Unidos da América, primeira metade do século XIX, produção de algodão. (C) Cuba, século XVIII, produção de açúcar. (D) Região das Minas, América portuguesa, meados do século XVIII, extração de ouro. (E) Vice-reino do Peru, América espanhola, século XVII, ex-tração de prata. Uerj 2000 1ª fase. “Na Espanha, o fato de não possuir ascendentes judeus ou árabes constitui uma espécie de título de nobreza; na América, a cor da pele (mais ou menos branca) indica a posição social do indivíduo.”

(HUMBOLDT, A. von. “Ensaio político sobre o reino da Nova Espanha”. 1807. Apud S. Stein & B. Stein. A herança colonial da América Latina. RJ: Paz e Terra, 1977.)

O trecho acima demonstra que a conquista e a colonização da América hispânica possibilitaram a formação de uma sociedade hierarquizada, em que, além da “pureza de sangue” e da renda, a cor constituía-se em outro critério básico para o pertencimento à elite social. Nessa perspectiva, a sociedade da América colonial hispânica pode ser caracterizada pela: (A) incorporação da nobreza ameríndia à elite peninsular e criolla (B) proibição legal da miscigenação entre peninsulares e ameríndios (C) impedimento à ascensão dos criollos aos altos cargos administrativos (D) importância do clero ameríndio nas principais cidades mineiras e portuárias Uff 2002. 1ª fase. Durante o Renascimento, o Mundo Ibérico caracterizou-se por sua política de descobrimentos e de colonização do Novo Mundo. Sobre as relações coloniais na área de expansão espanhola no Novo Mundo, afirma-se: I) A Casa de Contratación era uma entidade com sede em Sevilha que se encarregava de organizar o comércio na América e cobrar a parte real nas transações com metais preciosos ( o quinto). II) O domínio espanhol sobre Portugal foi parte da política expansionista de Felipe II. III) A criação dos vice-reinos teve como um dos objetivos manter os colonizadores sob a direção metropolitana. IV) A enorme extensão dos domínios da Espanha na América e a força dos interesses particulares dos colonos prejudicaram a política descentralizadora de Castela. As afirmativas que estão corretas são as indicadas por: (A) I, II e III (B) I e III (C) I, III e IV (D) I e IV (E) II, III e IV Puc 2004 1ª fase. Analise as afirmativas abaixo referentes à colonização portuguesa na América. I - ao instituir o sistema de capitanias hereditárias, entre 1534 e 1536, a Coroa portuguesa pretendia povoar todo o litoral, ao mesmo tempo, de modo a defendê-lo de incursões estrangeiras. II - surgido durante a ocupação holandesa no atual Nordeste, o quilombo dos Palmares não representou a única forma de resistência dos negros africanos à escravidão, durante os três séculos da experiência colonizadora. III - diferentemente dos tratados anteriormente firmados entre as duas monarquias ibéricas, o Tratado de Madri de 1750 procurou realizar a demarcação total das fronteiras de seus domínios americanos, tomando por base o princípio do "uti possidetis".

IV - a transferência da capital da Colônia para a cidade do Rio de Janeiro em 1763 expressava tanto a importância assumida pelo centro-sul da colônia americana com a atividade mineradora quanto a progressiva projeção do Atlântico Sul no império colonial português. Assinale: (A) se somente a afirmativa II estiver correta; (B) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas; (C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas; (D) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas; (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. Discursivas: Uerj 2001 2a fase. Entradas de ouro e prata americanos na Casa de Contratação de Sevilha:

(SANTIAGO, Théo A. (org). América colonial. São Paulo: Ícone, 1988.)

Utilizando as informações contidas na tabela, explique a razão do poderio econômico da Espanha de meados do século XVI até o início do XVII. Uerj 2001 2ª fase. “O cristão-novo foi o elemento que, mais do que qualquer outro, tinha razões imperativas para permanecer na colônia. Os fidalgos e funcionários reais aqui pouco se demoravam, e os cristãos velhos, que conseguiam enriquecer, procuravam retornar à pátria. Os cristãos-novos não tinham razões muito convidativas para voltar.” (Adaptado de NOVINSKY, Anita. Cristãos-novos na Bahia: 1624-1654. São Paulo: Perspectiva, 1972.)

a) Defina o termo cristão-novo. b) Cite uma razão para a permanência dos cristãos-novos na colônia. Ufrj 2000 1ª fase. “No estado do Maranhão, Senhor, não há outro ouro nem prata mais que o sangue e o suor dos índios: o sangue se vende nos que cativam e o suor se converte no tabaco, no açúcar e demais drogas que com os ditos índios se lavram e fabricam. Com este sangue e suor se medeia a necessidade dos moradores; e com este sangue e com este suor se enche e enriquece a cobiça insaciável dos que lá vão governar... desde o princípio do Mundo, entrando o tempo dos Neros e Dioclecianos, se não executarem em toda a Europa tantas injustiças, crueldades e tiranias como executou a cobiça e impiedade dos chamados conquistadores do Maranhão, nos bens, no suor, no sangue, na liberdade, nas mulheres, nos filhos, nas vidas e sobretudo nas almas dos miseráveis índios.”

(Carta de Padre Antônio Vieira ao procurador do Maranhão Jorge de Sampaio, em 1662. IN: Vieira, Padre Antônio, Obras Escolhidas., Sá da Costa, Lisboa, 1951, Vol V, pp 210-211).

“Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho; porque sem eles no Brasil não é possível conservar e aumentar fazendas, nem ter engenho corrente. E do modo com que se há com eles, depende tê-los bons ou maus para o serviço. Por isso é necessário comprar cada ano algumas peças, e reparti-las pelos partidos, roças, serrarias e barcas.” (Texto do cronista Antonil, retirado de seu livro .Cultura e Opulência do Brasil por suas drogas e minas.. 1ª ed. 1711)

Na América Espanhola e na América Portuguesa, os colonizadores desenvolveram e adaptaram várias formas de utilização de trabalho compulsório (incluindo a escravidão propriamente dita). Populações indígenas inteiras foram escravizadas, assim como negros trazidos da África já no final do século XVI. Na literatura colonial dos séculos XVII e XVIII . principalmente a produzida por religiosos . escravidão no Brasil, cada vez mais, passou a ser sinônimo de escravidão negra. Em termos ideológicos a escravidão negra foi legitimada enquanto a legislação assinalava a proibição da escravização dos indígenas. a) Cite dois tipos de regime de trabalho compulsório utilizado na América Espanhola. b) Explique duas razões que provocaram a substituição da mão-de-obra indígena pela mão-de-obra escrava africana. Gabarito: Puc 2005 1ª fase - E Uerj 2000 1ª fase - C Uff 2002. 1ª fase - A Puc 2004 1a fase - E Uerj 2001 2a fase - O poderio econômico espanhol foi resultado da prática de acumulação de metais, característica do Mercantilismo, em virtude do grande afluxo de prata e ouro da América. Uerj 2001 2ª fase – a) O termo cristão-novo designa os judeus convertidos ao catolicismo obrigatoriamente pela força da lei feita pelo rei de Portugal. b) Fugir da Inquisição Portuguesa. Ufrj 2000 1ª fase - a) O candidato deverá citar, entre outros, dois dos seguintes tipos: encomienda, repartimento, mita e cuatequil. b) O candidato deverá explicar, entre outras, duas das seguintes razões: resistência indígena; epidemias/mortes; interesses comerciais no tráfico negreiro; oposição da Igreja com relação à escravização dos índios e conflitos entre colonos e jesuítas em torno do controle da mão-de-obra indígena.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 4 – Temas: ‘Reformas religiosas e revoluções inglesas’, ‘Época Joanina’, ‘Primeiro Reinado’ e ‘Regência’ Objetivas: Enem 2003. Jean de Léry viveu na França na segunda metade do século XVI, época em que as chamadas guerras de religião opuseram católicos e protestantes. No texto abaixo, ele relata o cerco da cidade de Sancerre por tropas católicas. “(…) desde que os canhões começaram a atirar sobre nós com maior freqüência, tornou-se necessário que todos dormissem nas casernas. Eu logo providenciei para mim um leito feito de um lençol atado pelas suas duas pontas e assim fiquei suspenso no ar, à maneira dos selvagens americanos (entre os quais eu estive durante dez meses) o que foi imediatamente imitado por todos os nossos soldados, de tal maneira que a caserna logo ficou cheia deles. Aqueles que dormiram assim puderam confirmar o quanto esta maneira é apropriada tanto para evitar os vermes quanto para manter as roupas limpas (...).” Neste texto, Jean de Léry (A) despreza a cultura e rejeita o patrimônio dos indígenas americanos. (B) revela-se constrangido por ter de recorrer a um invento de “selvagens”. (C) reconhece a superioridade das sociedades indígenas americanas com relação aos europeus. (D) valoriza o patrimônio cultural dos indígenas americanos, adaptando-o às suas necessidades. (E) valoriza os costumes dos indígenas americanos porque eles também eram perseguidos pelos católicos. Uff 2000 1ª fase. As reformas religiosas, protestante e católica, indicaram, simbolicamente, a vitória da quaresma sobre o carnaval, pois: (A) apontavam uma nova ordem social apoiada no projeto de eliminação da miséria, da implantação da tolerância e da afirmação dos valores burgueses; (B) acentuavam o caráter de reerguimento moral oriundo das críticas ao mundanismo do clero católico e às desordens sociais decorrentes das disputas teológicas, do medo do diabo e das atitudes místicas que rompiam com os procedimentos hierárquicos da Igreja Católica; (C) praticavam a repressão à cultura popular, proibindo qualquer manifestação cultural que pudesse ridicularizar a Igreja e introduziam o carnaval no calendário oficial da vida civil; (D) reproduziam o novo pensamento religioso, mais aberto para as reivindicações sociais e preocupado com a formação dos estados estamentais; (E) reivindicavam um modo de vida contemplativa, no qual o exame de consciência e o livre arbítrio adquiriam um lugar central na formação da vocação religiosa. Uff 2004 1ª fase. Nas primeiras décadas do século XIX, ocorreu uma verdadeira “redescoberta do Brasil”, como identificou Mary Pratt, graças à ação de inúmeros Viajantes europeus, bem como às Missões Artísticas e Científicas que percorreram o território, colhendo diversas informações sobre o que aqui existia. Foram registrados os diversos grupos humanos encontrados, legando-nos um retrato de diversos tipos sociais. Rica e fundamental foi a descrição que fizeram da Natureza, revelando ao mundo diferenciadas flora e fauna. Entretanto, até o início dos oitocentos, os estrangeiros foram proibidos de percorrer as terras brasileiras, e eram quase sempre vistos como espiões e agentes de outros países. O grande afluxo de artistas e cientistas estrangeiros ao Brasil está ligado: (A) à política joanina, no sentido de modernizar o Rio de Janeiro, inclusive com o projeto de criar uma escola de ciências, artes e ofícios; (B) à pressão exercida pela Inglaterra, para que o governo de D. João permitisse a entrada de cientistas e artistas no Brasil; (C) à transferência da capital do Império Português de Salvador para o Rio de Janeiro, modificando o eixo econômico da Colônia; (D) à reafirmação do pacto colonial, em função das proposições liberais da Revolução do Porto; (E) à política de vários países europeus, que buscavam ampliar o conhecimento geral sobre o mundo, na esteira do humanismo platônico.

Uerj 2000 1ª fase. “Quer Portugal livre ser, Em ferros quer o Brasil; promove a guerra civil, Rompe os laços da união.” (Volantim, 07/10/1822) A partir dos versos acima, publicados em um jornal fluminense, pode-se verificar que a postura de Portugal em relação a sua antiga colônia, ao longo do ano de 1822, aprofundou o desgaste das relações entre os dois reinos. Assim, a independência do Brasil pode ser explicada pelo seguinte fato: (A) criação do cargo de governador das Armas, gerando conflitos institucionais no Exército nacional (B) arbitrariedade das Cortes portuguesas, subordinando os governos provinciais diretamente a Lisboa (C) existência de facção separatista brasileira ligada ao tráfico negreiro, objetivando controlar as possessões portuguesas na África (D) revogação da liberdade de culto concedida aos britânicos, ampliando os antagonismos entre Londres e as Cortes portuguesas Enem 2004. Constituição de 1824: “Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador (…) para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos demais poderes políticos (...) dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado.” Frei Caneca: “O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, que é o representante dos apaniguados do imperador.” (Voto sobre o juramento do projeto de Constituição) Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador em 1824 era (A) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram escolhidos pelo Imperador. (B) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da sociedade nas duas esferas do poder legislativo. (C) arbitrário, porque permitia ao Imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder representativo da sociedade. (D) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os deputados representantes da Nação. (E) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da representação política. Discursivas: Puc 2004 2ª fase. A transferência da Família Real portuguesa para o Brasil, no início do século XIX, deflagrou um conjunto de transformações, pondo fim, de acordo com vários historiadores, ao período colonial. Dentre estas transformações, assumiu destaque o fim do monopólio exercido pelos comerciantes portugueses, em decorrência da carta-régia de Abertura dos Portos (1808) e dos Tratados de Aliança e Amizade e Comércio Navegação, firmados com a Inglaterra (1810). Tendo como referência o texto acima, a) indique uma razão por que é possível associar o ato de abertura dos portos ao final do período colonial da formação brasileira. b) explique por que os Tratados de 1810 significaram, na prática, a substituição do monopólio exercido pelos comerciantes portugueses pelo dos comerciantes ingleses.

Uerj 2001 2ª fase. Entre 1817 e 1820, dois viajantes estrangeiros, Spix e Martius, participaram de uma missão científica que percorreu diversas regiões do Brasil. Ao chegarem ao Rio de Janeiro, anotaram sua opinião sobre a capital do Império: “Quem chega convencido de encontrar esta parte do mundo descoberta só desde três séculos, com a natureza inteiramente rude, violenta e invicta, poder-se-ia julgar, ao menos aqui na capital do Brasil, fora dela; tanto fez a influência da civilização e cultura da velha e educada Europa para remover deste ponto da colônia os característicos da selvajaria americana, e dar-lhe cunho de civilização avançada. Língua, costumes, arquitetura e afluxo dos produtos da indústria de todas as partes do mundo dão à praça do Rio de Janeiro aspecto europeu.”

(SPIX & MARTIUS. Viagem pelo Brasil: 1817-1820. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EdUSP, 1981.)

Indique duas realizações da administração de D. João que tenham contribuído para que o Rio de Janeiro adquirisse as características européias percebidas pelos autores. Gabarito: Enem 2003 – D Uff 2000 1ª fase - B Uff 2004 1ª fase - A Uerj 2000 1ª fase - B Enem 2004 – C Puc 2004 2ª fase - a) de acordo com vários historiadores, o período colonial da História do Brasil distinguiuse por um conjunto de restrições e proibições (os "monopólios") impostas pela metrópole portuguesa aos habitantes da colônia americana, dentre os quais assumia relevo a proibição da atividade comercial diretamente com outros países e regiões. Nestes termos, o ato de Abertura dos Portos significava uma ruptura significativa daquelas interdições, devendo ser lembrado ainda que comércio livre era associado a civilização, progresso e desenvolvimento - ou seja, tudo aquilo que distingue um país livre, em oposição ao estatuto colonial. b) os Tratados de Aliança e Amizade e Comércio e Navegação concluídos entre os soberanos inglês e português em 1810 asseguravam, em diferentes itens, privilégios ao governo e aos súditos ingleses. Dentre tais privilégios destacava-se o estabelecimento de tarifas preferenciais (15% "ad valorem") para os produtos ingleses, o que contrastava fortemente com as tarifas pagas pelos produtos vindos de Portugal (16%) e aqueles procedentes dos demais países (24%). Assim, na prática, o monopólio do comércio da colônia que fora exercido pelos comerciantes portugueses até 1808 (ato de abertura dos portos) passava a ser exercido pelos comerciantes ingleses. Uerj 2001 2ª fase - Duas dentre as realizações: • construção de novos prédios na cidade do Rio de Janeiro • aumento da entrada de produtos vindos de outras praças comerciais, proporcionada pela Abertura dos Portos decretada em 1808 • vinda da Missão Francesa • criação da Biblioteca Nacional • criação do Jardim Botânico • criação de instituições de ensino superior

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 5 – Temas: ‘Iluminismo e despotismo esclarecido’ e ‘Segundo Reinado’ Objetivas: Enem 2003. Observe as duas afirmações de Montesquieu (1689-1755), a respeito da escravidão: “A escravidão não é boa por natureza; não é útil nem ao senhor, nem ao escravo: a este porque nada pode fazer por virtude; àquele, porque contrai com seus escravos toda sorte de maus hábitos e se acostuma insensivelmente a faltar contra todas as virtudes morais: torna-se orgulhoso, brusco, duro, colérico, voluptuoso, cruel. Se eu tivesse que defender o direito que tivemos de tornar escravos os negros, eis o que eu diria: tendo os povos da Europa exterminado os da América, tiveram que escravizar os da África para utilizálos para abrir tantas terras. O açúcar seria muito caro se não fizéssemos que escravos cultivassem a planta que o produz.” (Montesquieu. O espírito das leis.)

Com base nos textos, podemos afirmar que, para Montesquieu, (A) o preconceito racial foi contido pela moral religiosa. (B) a política econômica e a moral justificaram a escravidão. (C) a escravidão era indefensável de um ponto de vista econômico. (D) o convívio com os europeus foi benéfico para os escravos africanos. (E) o fundamento moral do direito pode submeter-se às razões econômicas. Uff 2004 1ª fase. O Iluminismo do século XVIII abrigava, dentre seus valores, o racionalismo. Tal perspectiva confrontava-se com as visões religiosas do século anterior. Esse confronto anunciava que o homem das luzes encarava de frente o mundo e tudo nele contido: o Homem e a Natureza. O iluminismo era claro, com relação ao homem: um indivíduo capaz de realizar intervenções e mudanças na natureza para que essa lhe proporcionasse conforto e prazer. Seguindo esse raciocínio, pode-se dizer que, para o Homem das Luzes, a Natureza era: (A) misteriosa e incalculável, sendo a base da religiosidade do período, o lugar onde os homens reconheciam a presença física de Deus e sua obra de criação; (B) infinita e inesgotável, constituindo-se um campo privilegiado da ação do homem, dando em troca condição de sobrevivência, principalmente no que se refere ao seu sustento econômico; (C) apenas reflexo do desenvolvimento da capacidade artística do homem, pois ajudava-o a criar a idéia de um progresso ilimitado relacionado à indústria; (D) um laboratório para os experimentos humanos, pois era reconhecida pelo homem como a base do progresso e entendimento do mundo; daí a fisiocracia ser a principal representante da industrialização iluminista; (E) a base do progresso material e técnico, fundamento das fábricas, sem a qual as indústrias não teriam condições de desenvolver a idéia de mercado. Puc 2004 1ª fase. "Nas revoltas subseqüentes à abdicação, o que aparecia era o desencadeamento das paixões, dos instintos grosseiros da escória da população; era a luta da barbaridade contra os princípios regulares, as conveniências e necessidades da civilização. Em 1842 pelo contrário o que se via à frente do movimento a braços com o soldado mercenário era a flor da sociedade brasileira, tudo que as províncias contavam de mais honroso e eminente em ilustração, em moralidade e riqueza; espetáculo que se renova hoje em Pernambuco". Timandro [Francisco de Sales Torres Homem]. O libelo do Povo. Para justificar as revoltas da boa sociedade imperial - as revoltas liberais de Minas Gerais e São Paulo, em 1842, e a Praieira, em 1848 -, o Timandro estigmatizava em seu panfleto os movimentos da "escória da população" - a plebe e os escravos negros -, desde a abdicação. Tais movimentos aparecem listados nas opções abaixo, COM EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. (A) Sabinada. (B) Farroupilha. (C) Cabanagem.

(D) Malês. (E) Balaiada. Uff 2004 1ª fase. O Período Regencial, compreendido entre 1831 e 1840, foi marcado por grande instabilidade, causada pela disputa entre os grupos políticos para o controle do Império e também por inúmeras revoltas, que assumiram características bem distintas entre si. Em 1838, eclodiu, no Maranhão, a Balaiada, somente derrotada três anos depois. Pode-se dizer que esse movimento: (A) contou com a participação de segmentos sertanejos – vaqueiros, pequenos proprietários e artesãos – opondo-se aos bem-te-vis, em luta com os negros escravos rebelados, que buscavam nos cabanos apoio aos seus anseios de liberdade; (B) foi de revolta das classes populares contra os proprietários. Opôs os balaios (sertanejos) aos grandes senhores de terras em aliança com escravos e negociantes; (C) foi, inicialmente, o resultado das lutas internas da Província, opondo cabanos (conservadores) a bem-tevis (liberais), aprofundadas pela luta dos segmentos sertanejos liderados por Manuel Francisco dos Anjos, e pela insurreição de escravos, sob a liderança do Negro Cosme, dando características populares ao movimento; (D) lutou pela extinção da escravidão no Maranhão, pela instituição da República e pelo controle dos sertanejos sobre o comércio da carne verde e da farinha – então monopólio dos bem-te-vis –, sendo o seu caráter multiclassista a razão fundamental de sua fragilidade; (E) sofreu a repressão empreendida pelo futuro Duque de Caxias, que não distinguiu os diversos segmentos envolvidos na Balaiada, ampliando a anistia decretada pelo governo imperial, em 1840, aos balaios e aos negros de Cosme, demonstrando a vontade do Império de reintegrar, na vida da província, todos os que haviam participado do movimento Discursivas: Puc 2005 2ª fase. “Rebeldes verdadeiros ou supostos, eram procurados por toda parte e perseguidos como animais ferozes! Metidos em troncos e amarrados, sofriam suplícios bárbaros que muitas vezes lhes ocasionavam a morte. Houve até quem considerasse como padrão de glória trazer rosários de orelhas secas de cabanos". (Relato de Domingos Raiol acerca da repressão à Cabanagem)

"Reverendo! Precedeu a este triunfo derramamento de sangue brasileiro. Não conto como troféu desgraças de concidadãos meus, guerreiros dissidentes, mas sinto as suas desditas e choro pelas vítimas como um pai pelos seus filhos. Vá Reverendo, vá! Em lugar de Te Deum, celebre uma missa de defuntos, que eu, com meu Estado Maior e a tropa que na sua Igreja couber, irei amanhã ouvi-la, por alma dos nossos irmãos iludidos que pereceram no combate". (Pronunciamento do Barão de Caxias acerca da comemoração da vitória sobre os farroupilhas)

Os textos apresentam testemunhos sobre a repressão empreendida pelos dirigentes do governo a duas revoltas ocorridas no Império do Brasil: a Cabanagem (Grão-Pará , 1835-1840) e a Farroupilha (Rio Grande do Sul, 1835-1845). A partir da análise desses testemunhos: a) IDENTIFIQUE os segmentos sociais predominantes na Cabanagem e na Farroupilha. b) EXPLIQUE por que os dirigentes do Estado Imperial trataram de forma diferenciada os rebeldes envolvidos na Cabanagem e na Farroupilha. Ufrj 2001 2ª fase. “Brasileiros! É nos Conselhos Geraes; é nas associações patrióticas; é no Direito de Petição em boa ordem; é na prudência, e previsão, e olho atento sobre as sílabas dos ambiciosos aristocratas, retrógrados, e anarquistas; é na sacratísssima liberdade da Imprensa; é em fim nas próximas eleições [...] que deveis achar o remédio a vossos males, antes que vos lanceis no fatal labirinto de rivalidades, e divisões entre Províncias.” Fonte: Jornal Nova Luz Brasileira, 27 de abril de 1831

Durante o período regencial (1831-1840), eclodiram revoltas, rebeliões e conflitos envolvendo vários setores sociais, em diversas regiões do Império brasileiro. Estes movimentos sociais relacionavam-se, em parte, às tentativas de estabelecer um sistema nacional de dominação com base na monarquia. a) Identifique duas revoltas/ conflitos sócio-políticos ocorridos em províncias do Império durante o período regencial. b) Identifique e explique duas características dessas revoltas/ conflitos ocorridos nas regiões norte-nordeste do Império durante o período regencial. Gabarito: Enem 2003 - E Uff 2004 1ª fase - B Puc 2004 1ª fase - B Uff 2004 1ª fase - C Puc 2005 2ª fase - a) O candidato deverá identificar, como segmentos predominantes: na Cabanagem, a população pobre, composta majoritariamente por mestiços de índios, que vivia em cabanas às margem dos rios da região; na Farroupilha, a elite proprietária, formada por estancieiros e charqueadores, e os segmentos dela dependentes. b) Para os governantes imperiais, a revolta dos cabanos - vistos como bárbaros que impediam a propagação da ordem e da civilização - ameaçava a integridade territorial do Império. Os farroupilhas protagonizaram a mais longa revolta do Império. O governo imperial temia uma possível aliança entre a região do Prata e os estancieiros e charqueadores proprietários de escravos e de terras da região meridional do Império, já que estes mantinham com aqueles intensas relações. Assim sendo, a forma pela qual se procedeu à pacificação do Rio Grande do Sul visava à cooptação da elite proprietária local, cujo apoio seria de fundamental importância à consecução de uma política mais agressiva por parte do estado Imperial em relação aos países platinos, que veio a se consubstanciar a partir da década de 1850. Ufrj 2001 2ª fase - a) O candidato deverá identificar duas revoltas/conflitos sócio-políticos ocorridos em províncias do Império durante o período regencial (1831-1840), dentre as quais: Guerra dos Cabanos (Pernambuco); Cabanagem (Grão-Pará); Balaiada (Maranhão e Piauí); Sabinada (Bahia); Farroupilha (Rio Grande); Revolta dos Malês (Bahia): Revoltas em Pernambuco (Setembrada, Novembrada, Abrilada, Carneiradas). b) O candidato deverá identificar e explicar duas características das revoltas/conflitos ocorridos nas regiões nortenordeste do Império no período regencial, considerando: a oposição à política centralizadora do governo regencial; as lutas entre facções políticas e/ou entre setores das elites locais em busca da manutenção e/ou ampliação de seus poderes políticos; participação popular nas revoltas, favorecida pelo espaço político aberto pelos conflitos no interior dos grupos dominantes a nível local ou entre estes e o poder central.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 6. Temas: ‘Independência dos EUA’, ‘Proclamação da República’ e ‘República da Espada’. Objetivas: Uff 2000 1ª fase. Após os processos de independência da América Colonial Portuguesa e da Espanhola, configurou-se um contraste que tem um de seus aspectos retratado no mapa.

Assinale a opção que expõe uma das razões de tal contraste. (A) Na América Portuguesa, a influência dos caudilhos teve como conseqüência a opção pela monarquia unitária e centralizada. (B) As colônias espanholas sofreram a influência das revoluções americana e francesa, ao contrário do verificado na colônia portuguesa. (C) O regionalismo dos caudilhos contribuiu para a fragmentação e a opção republicana na América Espanhola independente. (D) A Revolução Pernambucana de 1817 constituiu-se num poderoso fator explicativo da descentralização monárquica no Brasil independente. (E) A tradição de autonomia das culturas inca, maia e asteca contribuiu para a forma fragmentária assumida pela América Espanhola após os movimentos de independência. Uff 2003 1ª fase. A segunda metade do século XIX foi marcada pelo apogeu do cientificismo no mundo ocidental. A Ciência transformava-se na panacéia para todos os males, capaz de indicar soluções para tudo, inclusive prever, controlar e disciplinar os homens e seus comportamentos. Desde o evolucionismo de Darwin até o positivismo de Augusto Comte, a idéia de progresso servia como “bússola” no caminho da modernidade. À luz dessas informações, indique a opção que define o contexto de introdução das idéias positivistas no Brasil.

(A) O Positivismo ganhou destaque no Brasil ao penetrar na Escola Militar do Rio de Janeiro, que preparava jovens oficiais com vistas à abolição da escravidão e à implantação do regime republicano. (B) O Positivismo penetrou no Brasil através da visita de uma missão militar inglesa ao país, atingindo seu apogeu com a proclamação da República por Deodoro da Fonseca, um de seus principais líderes. (C) A idéia de progresso contida no Positivismo baseava-se na crença em um estágio superior da evolução humana a ser atingido, no caso do Brasil, quando toda a população do país fosse alfabetizada e gozasse de cidadania política. (D) O Positivismo difundiu-se no Brasil, sobretudo através da juventude militar formada pela Escola da Praia Vermelha, que valorizava o mérito individual e acreditava na Ciência Positiva como religião da humanidade, em oposição ao catolicismo. (E) A difusão do Positivismo no Brasil deveu-se à sua penetração no Exército, envolvendo tanto a juventude militar, quanto suas lideranças formadas pelos oficiais de alta patente, dentre eles, Deodoro da Fonseca e Caxias. Uff 2002 1ª fase. A questão da qualidade de vida já aparecia, no início do século XX, na reforma urbana realizada pelo prefeito Pereira Passos na cidade do Rio de Janeiro. Identifique a opção que revela características dessa reforma. (A) Possibilitou que os grupos monarquistas fizessem da capital uma cidade-corte, privilegiando o embelezamento em detrimento da utilidade econômica e política da cidade do Rio de Janeiro. (B) Imitou as reformas de Paris realizadas pelo Barão Haussmann em 1850, trazendo para o Rio de Janeiro um modo de vida europeu. Entretanto, os vestígios da arquitetura colonial permaneceram no centro da cidade devido à força política dos proprietários dos cortiços. (C) Associou beleza e saneamento ao considerar que, em uma cidade moderna, além de se construírem avenidas e jardins, devia-se cuidar, também, das instalações de água e esgoto, eliminando-se os odores fétidos e combatendo-se a falta de asseio de seus habitantes. (D) Transformou a cidade-capital em cidade moderna, o que representou o avanço brasileiro em direção ao modelo europeu. Pereira Passos manteve o centro como cidade portuguesa e atuou, apenas, nas áreas periféricas. (E) Atendeu às reivindicações de engenheiros e médicos que queriam uma cidade limpa, saneada, com características exclusivamente brasileiras e sem nenhuma semelhança com Paris. Uff 2002 1ª fase. O quadro mostra a situação da malha ferroviária brasileira e indica as desigualdades regionais observadas na economia do país, decorridos vinte anos da República. Região Norte Nordeste Sudeste Centro-Oeste Total

BRASIL – Malha ferroviária - 1907

Malha Ferroviária (km) 212,596 3.613,952 11.019,954 17.605,217

(Fonte: LINHARES, Maria Yedda (org.). História Geral do Brasil. RJ: Campus, 1990, p. 219)

Assinale a opção que apresenta um comentário correto e coerente com as informações referentes ao início do século XX , fornecidas na tabela acima. (A) Na Região Sul, a pecuária e a produção agrícola eram desenvolvidas, exclusivamente, por imigrantes e encontravam-se em completo abandono. Isso justifica a menor incidência de ferrovias no sul do país. (B) A tecnologia ferroviária esteve ausente da Região Norte, em função da total inexistência de produtos para exportação. (C) A expansão da cafeicultura no Estado do Rio de Janeiro, devida à incorporação de terras virgens para o plantio do produto, determinou a concentração da malha ferroviária na Região Sudeste. (D) O boom da expansão cafeeira sobre o Oeste paulista explica a concentração de ferrovias construídas na Região Sudeste. Discursivas:

Uerj 2000 2ª fase. O mapa abaixo apresenta a área de expansão cafeicultora no Vale do Paraíba.

(MARTINS, Ana Luiza. O trabalho nas fazendas de café. São Paulo: Atual, 1994.)

Sem dúvida, a cidade mais beneficiada pelo crescimento da cafeicultura no Vale do Paraíba fluminense foi o Rio de Janeiro. a) Cite dois fatores que demonstrem como a expansão da lavoura cafeeira contribuiu para o crescimento econômico da cidade do Rio de Janeiro. b) Explique o papel desempenhado pelos “barões de café” na sustentação do Estado Imperial brasileiro. O século XVIII fez da liberdade a base da oposição aos Antigos Regimes na Europa e nas Américas. As Revoluções Burguesas foram um dos aspectos mais importantes dessa oposição, inaugurando uma nova etapa na história do Ocidente. a) Cite dois desses movimentos de oposição ao Antigo Regime um na Europa e outro na América. b) Apresente e explique duas das críticas feitas à metrópole portuguesa pelos movimentos de emancipação ocorridos no Brasil durante a crise do Antigo Sistema Colonial. Ufrj 2003 1ª fase. “A cidadania moderna - ou seja, a integração das pessoas no governo, via participação política; na sociedade, via direitos individuais; e no patrimônio coletivo, via justiça social - continua sendo aspiração de quase todos os países, sobretudo os que se colocam dentro da tradição ocidental (....) Simplificando muito, pode-se dizer que o processo histórico de formação da cidadania no Ocidente seguiu dois caminhos, um de baixo para cima, pela iniciativa dos cidadãos, outro de cima para baixo, por iniciativa do Estado e de grupos dominantes”. (CARVALHO, J. Murilo de. “Cidadania, estadania e apatia”, in: Jornal do Brasil, de 24/06/2001, p. 8.)

A instauração do regime republicano no Brasil representou para muitos a possibilidade de democratização da sociedade por meio da afirmação dos direitos civis, políticos e sociais. No entanto, já em seu nascedouro, a república brasileira impunha restrições ao exercício da plena cidadania. a) Cite um limite ao exercício da cidadania que conste da legislação eleitoral dos primórdios da República. b) Apresente um argumento que permita considerar a Revolta da Vacina (1904) um movimento social de busca de afirmação da cidadania no início da República. Gabarito: Uff 2000 1ª fase - C Uff 2003 1ª fase - D

Uff 2002 1ª fase - C Uff 2002 1ª fase - D Uerj 2000 2ª fase - a) Dois dentre os fatores: transformação do porto do Rio de Janeiro em grande exportador de café, principal riqueza nacional; vinda, direta ou indiretamente, de uma grande soma de capitais para a cidade do Rio de Janeiro, através de atividades de serviço, tais como portuários, casas de câmbio, bancos, casas comerciais; aumento do nível de trabalho assalariado nas atividades de serviços; ampliação do número de funcionários em serviços públicos; ampliação do número de manufaturas ligadas direta ou indiretamente às atividades cafeicultoras. b) Os “barões do café” formaram a classe política que deu sustentação ao governo centralizador do imperador Pedro II através de sua força econômica, garantindo as condições para que o Império debelasse as rebeliões vindas do período regencial e mantivesse a unidade territorial. Ufrj 2003 1ª fase – a) O candidato poderá mencionar, dentre outros, a exclusão, como votantes, dos menores de 21 anos, dos analfabetos, praças de pré (militares sem patente de oficial), das mulheres, religiosos de ordens monásticas e, mesmo, dos mendigos. Poderá ainda citar o voto a descoberto. b) O candidato poderá argumentar que a Revolta da Vacina representou a reação popular contra um governo que desrespeitava os princípios da liberdade individual e valores morais da população como a virtude da mulher, a honra dos chefes de família e a inviolabilidade do lar. O inimigo não era a vacinação em si, mas o governo, em particular as forças de repressão.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 7. Temas: ‘Revolução Industrial’. Objetivas: Uff 2002 1ª fase. Assinale a opção que apresenta considerações sobre a real importância da Revolução Industrial na vida e na história do homem. (A) A Revolução Industrial foi um fenômeno puramente inglês, não provocando mudanças em outras nações. Desse modo, a Inglaterra transformou-se numa potência hegemônica, desfrutando padrões de vida inacessíveis ao resto do mundo. (B) Os novos recursos disponíveis após a Revolução Industrial não melhoraram as condições da vida urbana. Diante dessa nova tecnologia, o homem preferiu voltar a viver no campo. (C) Novos recursos de conforto derivaram-se das mudanças produzidas pela Revolução Industrial do século XVIII, pois, foi a partir de então, que as inovações tecnológicas passaram a ter aplicações na vida do homem, promovendo, no entanto, situações que acentuaram as desigualdades sociais. (D) A Revolução Industrial estimulou o ideal socialista da propriedade privada, tornando a vida do homem uma constante busca de riqueza e de igualdade social e política. (E) Mais luxo e conforto seriam dois resultados diretos da apropriação social das inovações tecnológicas derivadas da Revolução Industrial e da idéia de progresso. A História, entretanto, demonstrou que nem mesmo a burguesia industrial conseguiu tirar proveito dessas comodidades, por serem incompatíveis com os valores liberais. Uff 2003 1ª fase. Em Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo, o historiador Hobsbawm considera que “existe, na verdade, uma relação entre a Revolução Industrial como provedora de conforto e como transformadora social.” Acrescenta, ainda, que “as classes cujas vidas sofreram menor transformação foram também, normalmente, aquelas que se beneficiaram de maneira mais óbvia em termos materiais (e viceversa).” (Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1983, p. 75) Os processos de industrialização, além do que é mencionado acima, também desenvolveram-se levando em conta as circunstâncias particulares de cada área onde se verificaram. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir sob a ótica da semelhança entre características da industrialização no Brasil e na Itália. I) Em ambos os países, a industrialização ocorreu ao mesmo tempo que o processo de unificação política. II) A industrialização brasileira, tal como a italiana, beneficiou-se de uma Reforma Agrária que permitiu o acesso dos pequenos produtores à terra. III) Tanto na Itália, como posteriormente no Brasil, a industrialização contou com a forte presença do Estado. IV) Em ambos os países o modelo britânico foi copiado. V) As disparidades regionais acentuaram-se com a industrialização. As afirmativas que estão corretas são as indicadas por: (A) I, II e III (B) I e III (C) I, IV e V (D) II, III e IV (E) III e V Discursivas: Ufrj 2000 1ª fase. “Quando um estrangeiro passa pelas massas humanas que se acumularam ao redor das tecelagens e estamparias... não pode deixar de contemplar essas .colméias abarrotadas. Sem uma sensação de ansiedade e apreensão que beira o desalento. A população, tal como o sistema em que ela pertence, é nova, mas cresce a cada momento em força e extensão. Ela é um agregado de massas que nossas concepções revestem com termos que exprimem algo de prodigioso e terrível... como a lenta e gradual formação das ondas de um oceano que deverá, em algum momento futuro, mas não distante, carregar todos os elementos da

sociedade em sua superfície, e arrastá-los só Deus sabe para onde. Há energias vigorosas nessas massas... A população manufatureira não é nova apenas em sua formação: é nova também em seus hábitos de pensamento e ação, que se formaram, pelas circunstâncias da sua condição, com pouca instrução, e orientação externa ainda menor...”.

(Cooke Taylor, Notes of a tour in a manufacturing Districts of Lancashire (1842), citado em E. P. Thompson, A formação da classe operária inglesa, v.II, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987).

a) Explique duas mudanças produzidas pela Revolução Industrial na sociedade inglesa do século XIX. b) Caracterize as condições de trabalho da classe operária inglesa na primeira metade do século XIX. Uff 2000 2ª fase. Christopher Hill, historiador inglês especializado no século XVII, ao examinar a sociedade e a política inglesa do período, denominou-o século da revolução. Sabe-se que esta revolução a que se refere o autor foi modificadora não somente do perfil da sociedade mas contribuiu, com seus reflexos, para a transformação da Inglaterra e do Novo Mundo. A partir da referência apresentada, responda: a) Qual a instituição inglesa, organizada em duas câmaras, que representava os interesses da sociedade, dificultando a ação centralizadora dos monarcas? b) Quais as conseqüências do processo revolucionário inglês na ocupação do território norte-americano e qual o papel dessa ocupação no movimento de independência dos Estados Unidos? Gabarito: Uff 2002 1a fase - C Uff 2003 1a fase - E Ufrj 2000 1a fase - a) O candidato deverá explicar, entre outras, duas das seguintes mudanças: formação de novas classes sociais urbanas ligadas ao desenvolvimento fabril; urbanização; novas formas de organização do mundo do trabalho. b) O candidato deverá apresentar características, tais como: longas jornadas de trabalho; larga utilização de trabalho feminino e infantil. Uff 2000 2a fase - a) Parlamento b) A forma ideal de resposta seria o candidato explicar as conseqüências da Revolução Inglesa do século XVII no âmbito da estrutura social, destacando o papel das tensões religiosas, especialmente da ação dos puritanos. A partir daí, o candidato traçaria o quadro econômico e político do final do século XVII, mostrando como a política do Estado inglês incentivou a ida de ingleses para o território americano. A parte final da resposta envolveria a forma de organização dos colonos e as relações entre economia e religião, decorrentes da experiência do século XVII, que atuaram como constitutivas do ideário de liberdade dos colonos americanos, influindo decisivamente no processo de independência. Os candidatos poderão citar fatos ou nomes que se destacaram na organização da independência dos Estados Unidos.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 8. Temas: ‘Revolução Francesa’. Objetivas: Enem 2004. Algumas transformações que antecederam a Revolução Francesa podem ser exemplificadas pela mudança de significado da palavra “restaurante”. Desde o final da Idade Média, a palavra restaurant designava caldos ricos, com carne de aves e de boi, legumes, raízes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se vendiam esses caldos, usados para restaurar as forças dos trabalhadores. Nos anos que precederam a Revolução, em 1789, multiplicaram-se diversos restaurateurs, que serviam pratos requintados, descritos em páginas emolduradas e servidos não mais em mesas coletivas e mal cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus patrões, refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta própria. Apenas em 1835, o Dicionário da Academia Francesa oficializou a utilização da palavra restaurante com o sentido atual. A mudança do significado da palavra restaurante ilustra (A) a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da nobreza. (B) a apropriação e a transformação, pela burguesia, de hábitos populares e dos valores da nobreza. (C) a incorporação e a transformação, pela nobreza, dos ideais e da visão de mundo da burguesia. (D) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à Idade Média. (E) a institucionalização, pela nobreza, de práticas coletivas e de uma visão de mundo igualitária. Puc 2005 1ª fase. Considere as afirmativas abaixo, referentes às semelhanças entre as Revoluções Inglesa do século XVII e a Revolução Francesa. I - A ativa participação, em diferentes momentos, dos diggers ("escavadores") e dos sans-cullotes nas experiências revolucionárias inglesa e francesa, respectivamente, revela que as camadas populares defendiam projetos político-sociais próprios, não se mantendo à margem desses movimentos,. II - Um dos legados de ambas as revoluções está relacionado às transformações na estrutura fundiária, já que as grandes propriedades de terra cederam lugar a minifúndios produtivos, que contribuíram para o crescimento da produção agrícola nesses dois países. III - As execuções do rei Carlos I (Londres, 1649) e do rei Luís XVI (Paris, 1793) são marcos simbólicos do fim de uma antiga ordem, uma vez que, pela primeira vez em suas histórias, governantes foram responsabilizados e condenados por seus atos e decisões políticas. IV - Ambas as revoluções consolidaram regimes democráticos ao estabelecer o voto universal masculino na Inglaterra, pela Declaração de Direitos de 1689, e na França, pela Constituição de 1791. Assinale: (A) Se somente a afirmativa II está correta. (B) Se somente as afirmativas I e III estão corretas. (C) Se somente as afirmativas II e IV estão corretas. (D) Se somente as afirmativas II e IV estão corretas. (E) Se todas as afirmativas estão corretas. Discursivas: Puc 2005 2ª fase. Em princípios de 1789, a França era uma sociedade do Antigo Regime. A crise dessa estrutura manifestou-se ao longo desse ano, dando início a um período de transformações que se estendeu por dez anos: a Revolução Francesa. a) Indique 3 (três) características de natureza político-social da sociedade do Antigo Regime na França. b) Indique 3 (três) transformações operadas durante o 1o momento da Revolução Francesa - a "Era das Instituições" (1789 -1792) - que evidenciam o caráter revolucionário dessa experiência histórica. Uerj 2001 2ª fase. Os acontecimentos do final do século XVIII deram corpo e alma a uma série de mudanças que possibilitaram o nascimento, embora em ritmos diversos, segundo as regiões, do mundo contemporâneo. A gestação da Revolução Industrial inglesa, a independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa constituíram-se nos marcos dessa modernidade. As idéias e práticas abalaram os alicerces do Antigo Regime,

ainda que de formas diversas, tanto na maior parte do continente europeu quanto no universo colonial americano. a) Aponte duas conseqüências da Revolução Industrial inglesa, uma no plano econômico e outra no plano social. b) Explique por que a Revolução Francesa é considerada um importante marco da crise do Antigo Regime. Enem 2004 - B Puc 2005 1a fase - B Puc 2005 2a fase - a) O candidato poderá indicar, por exemplo, as seguintes características: o caráter estamental dessa sociedade, o fato de a nobreza e o clero serem estamentos privilegiados, o fato de caber à burguesia e às camadas populares toda a carga tributária, a vigência de uma monarquia absoluta, a legitimação do poder absoluto do monarca por meio da teoria do direito divino, o caráter consultivo e não deliberativo da Assembléia dos Estados Gerais, a concentração de poderes executivos, legislativos e judiciários e religiosos nas mãos do monarca, a subordinação da Igreja ao Estado. b) O candidato poderá indicar, por exemplo, as seguintes transformações: o estabelecimento de uma monarquia constitucional, o estabelecimento de três poderes: executivo, legislativo e judiciário, o fim dos privilégios, a abolição dos direitos feudais, a instituição da igualdade jurídica, o estabelecimento da liberdade de culto, o estabelecimento da liberdade de expressão, a afirmação da inviolabilidade da propriedade. Uerj 2001 2a fase – a) Uma dentre as conseqüências econômicas: ampliação da capacidade produtiva das sociedades; advento do capitalismo como novo modo de produção; produção como elemento fundamental do mercado; fim da primazia do comércio como elemento primordial ao mercado; generalização do trabalho livre assalariado; Uma dentre as conseqüências sociais: surgimento de uma nova classe social – proletariado; luta de classes: burguesia x proletariado; intensificação do processo de urbanização; generalização de um novo padrão familiar: família nuclear; crescente alienação do trabalhador. b) A Revolução Francesa ao implementar, na prática, os temas de uma política liberal, através de uma monarquia constitucional, que estabelecia a liberdade, a igualdade civil e a divisão dos três poderes contribuiu para a crise do Antigo Regime.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 9 – Aula abordando ‘Império napoleônico’, ‘Revoltas, rebeliões, idéias e ideologias do século XIX’ e ‘Primeira República brasileira’. Objetivas: Puc 2005 1ª fase. Sobre a crise que afetou o Estado Imperial brasileiro, a partir de 1870, é correto afirmar que: I - A insatisfação de segmentos militares, desde o fim da Guerra do Paraguai, resultava, em larga medida, da percepção que possuíam a respeito do lugar secundário e subordinado que o Exército vinha ocupando no Estado Imperial. II - A crescente crise econômica e financeira decorria, entre outros fatores, da acentuada queda do preço do café no mercado europeu e norte-americano, em um quadro marcado pela superprodução. III - O descontentamento da burguesia cafeeira do Oeste Novo paulista, em especial a partir da promulgação da "Lei dos Sexagenários", resultava, em larga medida, do que considerava como uma excessiva centralização política e administrativa do governo imperial. IV - O desagrado da nascente burguesia industrial originava-se da política monetária ortodoxa e do livrecambismo que vinham sendo implementados pelos diversos gabinetes imperiais, desde os anos de 1840. V - O agravamento dos conflitos sociais, sobretudo nas cidades, decorria tanto da discussão e votação da Lei do Ventre Livre (1871) quanto da implementação de medidas protetoras dos libertos. Assinale: (A) Se somente as afirmativas I e III estão corretas. (B) Se somente as afirmativas I e V estão corretas. (C) Se somente as afirmativas II e III estão corretas. (D) Se somente as afirmativas II e IV estão corretas. (E) Se somente as afirmativas IV e V estão corretas. Puc 2005 1ª fase. Assinale a opção correta a respeito das lutas de independência no Haiti (1791-1804) e nas Treze Colônias Inglesas (EUA: 1776-1783). (A) Ambas promoveram a instalação de governos republicanos e a imediata abolição do trabalho escravo. (B) O ideal federalista conformou a implantação do regime republicano no Haiti e nos EUA no momento imediatamente posterior à independência. (C) As pressões dos grandes proprietários de terras, tanto no Haiti quanto nas Treze Colônias Inglesas, resultaram na manutenção do trabalho escravo. (D) Diferentemente do que ocorreu nas Treze Colônias, as lutas de independência no Haiti estiveram associadas a uma série de rebeliões escravas que conduziram à abolição da escravidão. (E) Tanto no Haiti quanto nas Treze Colônias Inglesas, fac-ções da burguesia comercial, na defesa de seus monopólios junto às antigas metrópoles, tentaram impedir a proclamação da independência política. Uff 2002 1ª fase. Imbuídos da moral protestante e movidos pelo sonho de uma nova vida proveniente das transformações industriais européias, os pioneiros da marcha para o oeste iniciaram a grande obra de povoamento do território norte-americano e de reconhecimento de suas riquezas. Considerando-se o aspecto histórico do alargamento de fronteiras nos Estados Unidos, pode-se dizer que a marcha para o oeste: (A) foi o marco inicial da expansão da economia norte-americana, uma vez que os pioneiros eram organizados pelo Estado e deveriam auxiliá-lo na eliminação dos índios; (B) significou a abertura de um conflito entre os vários tipos de pioneiros e teve como conseqüências a Guerra de Secessão e a autonomia dos Estados da federação norte-americana; (C) teve como repercussões, apenas, a matança dos índios e a fabricação de heróis dos filmes de far-west; (D) revelou um território rico que teve condições de ser ocupado graças à aliança entre os pioneiros e os índios; (E) constituiu um dos marcos da identidade homem-terra na construção da nação norte-americana, possibilitando o alargamento do território

Discursivas: Uff 2000 2ª fase. O século XIX foi marcado por ondas revolucionárias que, em 1820, incidiram sobre a Península Ibérica. No caso específico de Portugal, houve uma revolução que alterou a relação deste país com o Brasil. a) Cite o nome dado a esta revolução. b) Correlacione esta revolução ao processo de emancipação política do Brasil. Uff 2001 2ª fase. Sobre o processo de emancipação da América Espanhola, alguns autores afirmam que: “Esquadrinhando-se as contradições existentes entre a descontinuidade (...), por um lado, e as inescapáveis continuidades, por outro, historiador deve questionar a validade das guerras de independência como marco historiográfico”

STEIN, Stanley J. e STEIN, Bárbara. A herança colonial da América Latina. RJ: Paz e Terra, 1976, p. 122

a) Cite os nomes de dois líderes dos movimentos de independência da América Latina. b) Comente o fragmento transcrito, focalizando duas características políticas de continuidade presentes na formação dos estados nacionais latino-americanos. Gabarito: Puc 2005 1ª fase - A Puc 2005 1ª fase - D Uff 2002 1a fase - E Uff 2000 2ª fase - a) Revolução do Porto ou Revolução Liberal do Porto ou Revolução de 1820. b) O candidato deverá responder que a Revolução do Porto interferiu diretamente no processo e na forma de nossa emancipação política, uma vez que as características contraditórias da Revolução (criar um regime político liberal constitucionalista em Portugal e, ao mesmo tempo, anular a relativa autonomia dada à colônia) acirraram as disputas no Brasil. De um lado, o chamado Partido Português, desejoso de restaurar antigos privilégios, de outro, o Partido Brasileiro, que visava à preservação dos ganhos advindos com o estatuto político – jurídico de Reino Unido. O candidato poderá enfocar, apenas, a formação dos partidos ou as disputas entre os defensores da recolonização e os que apoiaram a autonomia. De qualquer forma, só poderá obter os pontos totais se fizer a relação entre o que, naquele momento, ocorria no país e as características da revolução em Portugal. Uff 2001 2ª fase - a) O candidato deverá mencionar dois dos seguintes nomes: José de San Martin, Simon Bolivar, Agustín Iturbide, Miguel Hidalgo, Jose Morelos, dentre outros. b) O candidato deverá responder que apesar de terem existido aparentes descontinuidades entre a América colonial e a pós-colonial, sobretudo no tocante ao fim da ascendência política da metrópole espanhola e mesmo com a participação popular em alguns dos movimentos de independência, a América Ibérica pósindependência continuou marcada por características típicas do mundo colonial, principalmente: a ascensão da elite criolla ao poder político não significou a implantação de repúblicas democráticas na América Latina; a substituição do branco espanhol no poder político pelo criollo não levou a transformações substanciais na estrutura econômico-social latino-americana, já que a exploração de formas de trabalho compulsório mantevese como sua principal característica; a criação das repúblicas latinas não significou melhoras substantivas para as populações indígenas ou mesmo mestiços livres da América Espanhola; o sistema eleitoral implantado com as repúblicas não significou a transformação dos camponeses indígenas nem dos mestiços livres e pobres em cidadãos políticos efetivos; a principal preocupação das elites criollas no poder, em substituição aos espanhóis, continuou sendo a de impedir transformações sociais mais radicais, mantendo as populações indígenas e os setores médios mestiços ou brancos pobres marginalizados do processo político e mesmo de conquistas democráticas, tais como a reforma agrária ou o fim do trabalho compulsório.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 10 – Aula abordando ‘Industrialização da Europa continental’, ‘Unificação italiana e alemã’, ‘Guerra de Secessão norte-americana’ e ‘Primeira República brasileira’. Objetivas: Uerj 2001 1ª fase.

(HENDERSON, W. O. A revolução industrial. São Paulo: Verbo / Edusp, 1979.)

As ilustrações acima representam dois momentos do processo de transformação da indústria nos séculos XVIII e XIX. Duas características que diferenciam o segundo momento do primeiro estão indicadas em: (A) aumento na escala produtiva / divisão do trabalho na fábrica (B) ampliação do local de trabalho / proibição do trabalho infantil (C) avanço da mecanização / controle estatal dos meios de produção (D) redução da jornada de trabalho / desconcentração espacial da indústria Enem 2004. A questão étnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes: I. Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência Negra” em 20 de novembro, ao invés da tradicional celebração do 13 de maio. Essa nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje simboliza a crítica à segregação e à exclusão social. II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência harmoniosa entre as diversas etnias. Também sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes reflexões: “Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos de raça e de convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu poderosamente na formação do Brasil, adoçando-o.” (Gilberto Freire. O mundo que o português criou.)

“[Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo de integração das ‘raças’ em condições de igualdade social. O resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos os segmentos da ‘população de cor’ que conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva.” (Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.)

Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos estudiosos, é correto aproximar (A) a posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes igualmente às duas atitudes. (B) a posição de Gilberto Freire à atitude I e a de Florestan Fernandes à atitude II. (C) a posição de Florestan Fernandes à atitude I e a de Gilberto Freire à atitude II. (D) somente a posição de Gilberto Freire a ambas as atitudes.

(E) somente a posição de Florestan Fernandes a ambas as atitudes. Uerj 2001 1ª fase.

(Nosso Século. Volume 1. São Paulo: Abril Cultural, 1985.)

A caricatura acima, publicada inicialmente em 1904, refere-se à vacinação obrigatória, que foi uma importante motivação para a Revolta da Vacina. Este movimento se apresentou como resultado de: (A) imposição de uma política sanitarista pelo Estado (B) apelo da população por melhores condições de vida (C) reação do povo desinformado ao poder civilizatório das elites (D) valorização das problemáticas da área de saúde pelo Congresso Nacional Uerj 2001 1ª fase. “As mulheres de Canudos Guerreiam com água quente. Os meninos com pedradas Fazem voltar muita gente.” (www.e-net.com.br/historia)

A trova de Sergipe acima citada destaca algumas das particularidades do movimento de Canudos (18931897). O conflito que aí se verificou pode ser caracterizado por: (A) participação popular desvinculada da organização de um exército de defesa (B) impedimento do uso de armas de fogo como instrumento de defesa (C) reação militar centrada nas mulheres e crianças (D) resistência baseada na organização comunitária Discursivas: Ufrj 2005 2ª fase. Flutuações (%) da participação do café na pauta de exportações do Brasil, 1889-1929

(Fonte: FREIRE, Américo et al. História em curso: o Brasil e suas relações com o mundo ocidental. RJ, Editora do Brasil: FGV/CPDOC, 2004, p.257.)

A tabela acima mostra que, durante a República Velha, o café era o principal produto da pauta de exportações do Brasil. O chamado Convênio de Taubaté (1906) proveu os cafeicultores de importantes mecanismos para a continuidade da hegemonia do café dentre os produtos exportados pelo Brasil. Cite duas iniciativas estabelecidas pelo Convênio de Taubaté que visavam à valorização dos preços do café. Ufrj 2005 2ª fase.

(Intensos debates na Paris de 1848 - M. Carnavalet, Paris)

A historiografia tradicionalmente considera a revolução de 1848, na França, como um divisor de águas na história dos movimentos populares europeus do século XIX. Justifique tal afirmativa. Gabarito: Uerj 2001 1ª fase – A Enem 2004 – C Uerj 2001 1ª fase - A Uerj 2001 1ª fase - D Ufrj 2005 2ª fase - O candidato poderá citar, dentre outras: garantir preços mínimos ao produtor; estimular o consumo; e comprar os excedentes cafeeiros visando melhores condições de comercialização. Ufrj 2005 2ª fase - O candidato deverá desenvolver a questão a partir da idéia de que, na seqüência dos acontecimentos de 1848, os trabalhadores apresentaram uma pauta própria de reivindicações (direito à organização em sindicatos, redução da jornada de trabalho, sufrágio universal masculino, criação de uma república democrática etc), ou seja, não mais submetida às propostas da chamada burguesia.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 11 – Aula abordando ‘Imperialismo’, ‘América Latina no século XIX’, ‘Revolução Mexicana’ e ‘Revolução de 1930’. Uerj 2000 1ª fase. Quinhentos anos após a Descoberta da América, constatamos que ainda há muito a se descobrir sobre o Novo Mundo, por exemplo, como resolver seus problemas. Livres das Metrópoles, os Estados Nações tentaram seguir os passos do Primeiro Mundo; quase dois séculos depois, descobre-se que a América Ibérica já está bem próxima do Quarto Mundo.

(CAPELATO, Maria. A Redescoberta da América: 1920-1940. In: A Conquista da América – Cadernos CEDES. SP: Papirus, 1993.)

A participação do Estado na organização das sociedades latino-americanas foi e continua sendo um de seus principais desafios. Entre as dificuldades encontradas pelas antigas colônias espanholas em sua organização como Estados independentes, está: (A) a luta pelo poder entre defensores do federalismo e do unitarismo (B) o rompimento entre a elite colonial e a burguesia comercial inglesa (C) a disputa política entre o grupo criollo e os descendentes dos chapetones (D) o enfrentamento entre os exportadores e o setor industrial voltado para o mercado interno Puc 2005 1ª fase. Assinale a alternativa correta a respeito da expansão imperialista na Ásia e na África, na segunda metade do século XIX. (A) Ela derivou da necessidade de substituir os mercados dos novos países americanos, uma vez que a constituição de Estados nacionais foi acompanhada de políticas protecionistas. (B) Ela derivou da necessidade de substituir os mercados dos novos países americanos, uma vez que a constituição de Estados nacionais foi acompanhada de políticas protecionistas. (C) Ela foi conseqüência direta da formação do Segundo Im-pério alemão e da ampliação de suas rivalidades em relação ao governo da França. (D) Ela atendeu, primordialmente, às necessidades da expansão demográfica em diversos países europeus, decorrente de políticas médicas preventivas e programas de saneamento básico. (E) Ela viabilizou a integração econômica mundial, favorecendo a circulação de riquezas, tecnologia e conhecimentos entre povos e regiões envolvidos. Uerj 2000 1ª fase. “O Império é o comércio.” Com esta frase, Joseph Chamberlain, estadista inglês, definia o imperialismo no final do século XIX. Um dos fatores que contribui para a compreensão do imperialismo é: (A) constituição de impérios coloniais em bases autônomas (B) busca de mercados consumidores para as matérias-primas européias (C) procura de terras férteis nas colônias pelos grandes produtores europeus (D) necessidade de exportação de capitais excedentes para regiões extra- européias Uerj 2000 1ª fase. O mapa abaixo indica intervenções empreendidas pelos EUA na América Latina.

(AQUINO, R. de; LEMOS, N. de & LOPES, O. G. P. C. História das Sociedades Americanas. RJ: Eu e Você, 1997.)

Até o final da década de 20 deste século, estas ações dos EUA podem ser consideradas como resultado dos seguintes fatores: (A) aprofundamento na disputa entre interesses sulistas e nortistas – oposição à primazia do capital inglês (B) ênfase no expansionismo territorial – isolacionismo característico da política externa norte-americana (C) crença na missão civilizatória norte-americana – ampliação da presença econômica na América Latina (D) contradição entre as propostas da Doutrina Monroe e do Destino Manifesto – existência de rivalidades imperialistas com a Europa Uff 2000 1ª fase. A revolução Meiji é um evento da história do Japão que determinou: (A) o processo de avanço do capitalismo internacional na área da Ásia e o movimento de defesa de um Japão socialista, próximo da experiência da China; (B) o movimento de defesa das tradições orientais que propunha a união com a China a fim de fortalecer as áreas orientais contra o imperialismo ocidental; (C) divisões internas das elites dirigentes decorrentes das diferentes visões com relação à cultura ocidental – os progressistas, aliados da China, e os conservadores, aliados dos países ocidentais – reconheciam que a manutenção de uma estrutura fragmentada das ilhas limitava o desenvolvimento da agricultura e que a saída era a industrialização; (D) a modernização da estrutura econômica japonesa, facilitou a entrada de capital estrangeiro, o processo de urbanização e a alteração de valores, desencadeando a ocidentalização do Japão; (E) a defesa da propriedade privada com a eliminação das formas feudais de organização da terra e o incentivo às reformas agrárias vinculadas ao socialismo, bem como a manutenção das tradições, mediante o fechamento das relações com os países ocidentais e o avanço militar sobre o Império Russo. Uff 2003 1ª fase. O final do século XIX anunciou o início do avanço da cultura capitalista por todo o mundo, exatamente no momento em que, na esfera econômica, observavam-se o desemprego e uma crise de subconsumo. Assinale a opção que apresenta uma das características principais desse avanço. (A) Exportação da crise social motivada pela grande oferta de emprego, favorecendo a presença dos valores europeus na África, Ásia e América Latina e modernizando a vida urbana. (B) Penetração intensa dos valores europeus nas regiões da África, Ásia e América Latina, visível no desenvolvimento urbano dos principais mercados consumidores dessas áreas, que buscavam seguir o modelo de Paris – a mais famosa capital do século XIX. (C) Decadência das políticas escravistas e do domínio oligárquico na África, Ásia e América Latina, abrindo caminho para a aculturação, com o apoio das elites empreendedoras dessas regiões e levando à modernização das cidades.

(D) Formulação de políticas assistenciais para as regiões da África, Ásia e América Latina, implementando modos de vida europeus nas grandes cidades já dominadas por interesses americanos e transformando-as em centros dessas ações. (E) Criação de instituições financeiras resultantes de associações monopolistas, que não concentravam seus lucros permitindo novos investimentos na África, Ásia e América Latina. Uff 2003 1ª fase. O período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) mostrou um panorama de crise, evidenciado pela força dos movimentos sociais liberais, socialistas e anarquistas, em decorrência dos primeiros sinais de fracasso da expansão imperialista. Tais sinais foram expressivos na Rússia dos czares, onde provocaram o avanço das desigualdades e a eclosão de movimentos grevistas, como o de 1905, que prenunciavam a revolução. Esse clima na Rússia decorreu, de vários fatores, dentre os quais se destacam: (A) os investimentos financeiros realizados por ingleses e franceses, que aumentaram as diferenças sociais e as desigualdades entre cidade e campo, estimulando os movimentos sociais e a corrida expansionista dos czares; (B) os processos de financiamento da economia agrária, que melhoraram as condições de vida do campesinato, dificultando o desenvolvimento industrial, promovendo o desemprego nas grandes cidades e aumentando a tensão social; (C) os problemas de relacionamento entre as grandes áreas geladas improdutivas, que dificultaram o deslocamento da população e limitaram a remessa de alimentos para as grandes cidades, dando origem aos movimentos sociais urbanos liderados, desde o final do século XIX, pelos bolcheviques; (D) os conflitos entre os países imperialistas em função das limitações do mercado russo, que motivaram o apoio da França aos movimentos sociais rurais e o apoio da Inglaterra, aos urbanos; (E) os projetos de desenvolvimento criados pelos czares, que levaram ao aumento desregrado dos impostos e ao beneficiamento das regiões européias em detrimento das áreas rurais dominadas pelo Japão, originando os movimentos contrários à monarquia. Uff 2004 1ª fase. Os processos de expansão da economia mundial no final do século XIX abriram caminho para a política imperialista com reflexos em áreas que permaneciam em regimes econômicos incompatíveis com a modernização industrial. Assinale a alternativa que melhor identifica essa nova situação. (A) As industrializações alemã e japonesa ratificam o processo de mundialização do capitalismo e os incentivos às transformações industriais. (B) As industrializações brasileira e norte-americana demonstram a capacidade de ampliação dos mercados produtores. (C) As industrializações italiana e portuguesa atestam as novas diretrizes das nações industrializadas em direção aos mercados africanos. (D) As industrializações indiana e francesa indicam o declínio da hegemonia inglesa no cenário mundial. (E) As industrializações argentina e mexicana que decorrem, em parte, desses processos de transformação da economia mundial, tiveram como fator decisivo a revolução agrária. Discursivas: Ufrj 2005 1ª fase.

GRAVURA: “O mundo do capital – a fábrica: Iron & Steel, em Barrow”, in: HOBSBAWM, Eric. A era do capital, 1848 – 1875. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1977, ilustração 71.

A industrialização desencadeou diversas mudanças econômicas e políticas na Europa de 1780 em diante. a) Identifique duas características da produção fabril no século XIX. b) No plano político, a industrialização contribuiu para o fortalecimento das idéias e práticas liberais. Cite duas características do liberalismo no século XIX. Ufrj 2003 1ª fase. “Vizinhos! - É Olécia que está escrevendo. / Saúde boa e bem vai se vivendo / Faz sete meses que silenciamos / No fim de tal destino já acampamos / Vivemos em florestas, em cabanas, / E imensamente estamos trabalhando. / Vivemos juntos, não nos separaram, / da vila quinze léguas nos distaram. / Na mata, sob montanhas....Não chiamos: / Não há estradas, trilhas palmilhamos. / Brasil! Também se sofre nessa terra: / Pegou-nos logo a febre amarela. / Em três meses na Ilha das Flores / Morreram três mulheres e três homens (...) Que mais escrevo? Novas não alardam. / De cobras cinco nossos se finaram. / Aqui anda um povo rude pelo mato / Que mata e come a gente. Fuja deste fato. / Se Deus quiser, e nós nos recompormos. / Quarenta fomos, em dezoito somos. (FRANKÓ, I. Carta do Brasil, 1895, in: ANDREAZZA, M. L.. O Paraíso das Delícias. PR: Aos Quatro Ventos, 1999.)

O poema acima foi composto a partir das notícias que chegavam na Europa Oriental sobre a situação dos imigrantes eslavos que vieram para o Brasil em 1895. Tal movimento demográfico era parte das chamadas “Grandes Migrações”, que implicaram a transferência de milhões de europeus para as Américas, sobretudo a partir da segunda metade do século XIX. Cite dois fatores relacionados ao contexto europeu do século XIX que estimularam este grande movimento migratório. Gabarito: Uerj 2000 1a fase – A Puc 2005 1ª fase - B Uerj 2000 1ª fase - D Uerj 2000 1ª fase - C Uff 2000 1ª fase - D Uff 2003 1ª fase - B Uff 2003 1a fase - A Uff 2004 1ª fase - A Ufrj 2005 1ª fase - a) O candidato poderá responder, dentre outras, o predomínio do trabalho assalariado, a produção de mercadorias em larga escala, a divisão do trabalho marcada pela especialização das tarefas, a concentração de máquinas, ferramentas e mão de obra no mesmo estabelecimento, a alienação do trabalhador diante do processo tecnológico (o trabalhador não possuía mais conhecimento de todas as etapas da produção da mercadoria por ele confeccionada) e o controle mais rigoroso sobre o tempo de trabalho.

b) Liberdade de expressão, igualdade de direitos políticos, defesa da propriedade privada, independência dos poderes (executivo, legislativo e judiciário), voto censitário etc. No campo da política econômica, entre outras medidas, defesa da iniciativa privada e da liberdade de mercado. Ufrj 2003 1ª fase - O candidato deverá indicar o dízimo como a principal fonte de arregimentação de recursos. A Coroa, mediante o padroado, passava a recolher e administrar o equivalente à décima parte da riqueza social.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 12 – Aula abordando ‘Primeira Guerra Mundial’, ‘Revolução Russa’ e ‘Ditadura Vargas’. Objetivas: Puc 2004 1ª fase. A "crise dos anos 20", no Brasil, foi um momento que expressou as insatisfações de vários grupos em relação à organização do Estado e da sociedade vigentes no início do século XX. Analise as afirmativas abaixo, acerca das inquietações e demandas desses grupos: I - Os tenentes, jovens oficiais militares, criticavam a cúpula do Exército, a quem acusavam de servilismo em relação às oligarquias paulista e mineira. II - As oligarquias agrárias, insatisfeitas com o modelo agroexportador e com a preponderância dos interesses cafeeiros, passaram a investir no setor industrial para dinamizar a economia. III - Os operários, força social emergente devido ao processo de industrialização recente, reclamavam da ausência de uma legislação social, que instituísse os direitos trabalhistas. IV - Os modernistas combatiam o formalismo artístico e literário e defendiam um amplo movimento para conhecer a cultura e os valores nacionais. Assinale a alternativa correta: (A) Se somente I e II estão corretas. (B) Se somente I, II e III estão corretas. (C) Se somente I, II e IV estão corretas. (D) Se somente II, III e IV estão corretas. (E) Se somente I, III e IV estão corretas. Uerj 2000 1ª fase. BRASIL! “Brasil, / És o teu berço dourado / O índio civilizado / E abençoado por Deus / Brasil, / Gigante de um continente / És terra de toda gente / E orgulho dos filhos teus / O destino que te traz / Liberdade, amor e paz / No progresso em que te agitas / Torrão de viva beleza / De fartura e de riqueza / E de mil coisas bonitas / E porque tu tens de tudo / Porque te conservas mudo / Na tua modéstia imerso / Meu Brasil, / Eu que te amo / Neste samba te proclamo / Majestade do universo” (Benedito Lacerda / Aldo Cabral) A partir da letra deste samba, gravado por Francisco Alves e Dalva de Oliveira, em agosto de 1939, percebemos a construção de uma imagem para o Brasil que não correspondia totalmente às características da sociedade brasileira nas décadas de 30 e 40. Dentre essas características, aquela que se relaciona à conjuntura da época é: (A) liberalismo como base da política nacional (B) reforma agrária como solução para os problemas econômicos (C) política assimilacionista como forma de integração do indígena (D) crescimento econômico como decorrência da política industrialista Uerj 2001 1ª fase. Não tem tradução “O cinema falado é o grande culpado da transformação / Dessa gente que pensa que um barracão prende mais que um xadrez / Lá no morro, se eu fizer uma falseta / A Risoleta se esquece logo do francês e do inglês / A gíria que o nosso morro criou / Bem cedo a cidade aceitou e usou / Mais tarde o malandro deixou de dançar dando pinote / Na gafieira, dançando o foxtrote / Essa gente hoje em dia que tem a mania de exibição / Não se lembra que o samba não tem tradução no idioma francês / Tudo aquilo que o malandro pronuncia, com voz macia, é brasileiro, já passou de português / Amor lá no morro é amor ‘pra chuchu’ / As rimas do samba não são ‘I love you’ / E esse negócio de ‘alô’, ‘alô boy’, ‘alô Johnny’ / Só pode ser conversa de telefone” (Noel Rosa, 1933)

As menções ao português, ao inglês e ao francês na letra da música “Não tem tradução”, referem-se à influência estrangeira na vida brasileira, do ponto de vista econômico e cultural. No contexto das discussões

nacionalistas da década de 1930, é possível considerar o autor como mais uma voz que se pronuncia para reforçar a seguinte característica da época: (A) exaltação da cultura popular, que absorvia de forma criativa a influência externa (B) crítica à presença cultural portuguesa, que reproduzia a dominação do período colonial (C) discordância da valorização das culturas regionais, que deturpavam o sentimento nacional (D) incentivo à destruição da cultura tradicional, que mantinha o conservadorismo da sociedade Uff 2000 1ª fase. A Revolução Russa, que iniciou o processo de construção do socialismo na antiga URSS, teve o seu desfecho, em 1917, marcado por dois momentos. O primeiro, em fevereiro, quando os mencheviques organizaram o governo provisório e o segundo, em outubro, quando os bolcheviques assumiram a condução da revolução e a tornaram vitoriosa. A respeito dos mencheviques e bolcheviques, afirma-se: I) Os mencheviques defendiam a construção do socialismo por meio de alianças com os burgueses ligados ao grande capital. II) Os bolcheviques consideravam o capitalismo consolidado na Rússia e pretendiam a mobilização das massas em direção ao socialismo, sem quaisquer alianças com os setores burgueses. III) Mencheviques e bolcheviques eram denominações decorrentes da origem geográfica dos revolucionários: os mencheviques tinham sua origem social nos núcleos urbanos e os bolcheviques estavam ligados a bases rurais. Com relação a estas afirmativas, conclui-se que: (A) Apenas a I e a II são corretas. (B) Apenas a I e a III são corretas. (C) Apenas a II e a III são corretas. (D) Apenas a II é correta. (E) Apenas a III é correta. Uff 2000 1ª fase. “Só a antropofagia nos une(...) Tupi, or not Tupi that is the question (...) Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida (...). Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império (...) Peste dos chamados povos cultos e cristianizados, é contra ela que estamos agindo. Antropófagos”

(ANDRADE, Oswald. Manifesto Antropófago. SP, 1928)

O trecho revela alguns dos princípios orientadores do modernismo brasileiro iniciado em 1922 com a Semana de Arte Moderna. Sua interpretação sugere: (A) a expressão do Modernismo como aceitação dos padrões estéticos classicistas e da arte acadêmica e convencional; (B) uma declaração de princípios nacionalistas que criticam a incorporação da cultura americana e o Estado Novo; (C) a associação da Antropofagia ao Modernismo como uma das correntes em que este se dividiu, internamente, opondo-se ao Romantismo; (D) a consideração da Antropofagia como um processo de devoração cultural das técnicas autenticamente nacionais, visando a reelaborá-las; (E) a acentuação do caráter de busca da identidade nacional do modernismo pela valorização das raízes brasileiras. Uff 2000 1ª fase. Segundo alguns autores, a instauração no país, em novembro de 1937, do regime conhecido como Estado Novo representou um “redescobrimento do Brasil”.

MUNAKATA, Kazumi. A legislação trabalhista no Brasil. SP, Brasiliense, 1981.

Assinale a opção que melhor apresenta o aspecto do Estado Novo ilustrado pela charge. (A) A definição de uma nova cidadania baseada no trabalho organizado em sindicatos plurais, por categoria profissional. (B) A definição de uma nova cidadania identificada ao trabalho organizado nos moldes do corporativismo autoritário estatal. (C) O modo pelo qual o Estado Novo orientou sua política de trabalho, aprisionando os operários ao Estado por meio de um documento formal. (D) A subordinação dos trabalhadores ao empresariado a partir da concessão da Carteira de Trabalho. (E) A consolidação da democracia mediante um registro formal de cidadania. Uff 2002 1ª fase. A chamada crise dos anos 1920 resultou da convergência de múltiplos questionamentos de ordem econômica, política, social e cultural. Considere os seguintes processos: I) Estruturação do jacobinismo florianista II) Consolidação do anarco-sindicalismo III) Eclosão do Modernismo na Semana de 1922 IV) Constituição do Partido Comunista Brasileiro V) Emergência do populismo VI) Fortalecimento do movimento tenentista Dentre esses processos, os que expressam o contexto histórico da crise mencionada estão indicados por: (A) I, III e VI (B) II, IV e V (C) III, IV e V (D) III, IV e VI (E) IV, V e VI Uff 2004 1ª fase. Durante a Primeira República, a liderança do movimento operário no Rio de Janeiro e em São Paulo foi disputada por diversas correntes políticas. Dentre essas correntes pode-se identificar : (A) o socialismo utópico e o PTB (B) o trabalhismo e o PT (C) o anarco-sindicalismo e o socialismo (D) o queremismo e o anarco-sindicalismo (E) o Partido Comunista Brasileiro e o PTB Discursivas: Ufrj 2000 2ª fase. “Em nome de Deus Todo Poderoso (...). Querendo regular num espírito de boa compreensão mútua as condições mais favoráveis ao desenvolvimento do comércio e da civilização em certas regiões da África, e assegurar a todos os povos as vantagens da livre navegação sobre os dois principais rios africanos que se lançam no Oceano Atlântico; desejosos, por outro lado, de prevenir os mal.entendidos e as contestações que poderiam originar, no futuro, as novas tomadas de posse nas costas da África, e preocupados ao mesmo tempo com os meios de crescimento do bem estar moral e material das populações aborígenes, resolveram sob convite que lhes enviou o Governo Imperial Alemão, em concordância com o governo da República Francesa, reunir para este fim uma Conferência em Berlim. (...)”

(Trecho da Ata Geral da Conferência de Berlim, realizada em 26 de fevereiro de 1885).

O imperialismo foi um movimento de expansão das grandes nações européias (seguido mais tarde também pelos Estados Unidos) que se iniciou nas últimas décadas do século XIX e se prolongou por toda a primeira metade do século XX. A Conferência de Berlim tem sido considerada, pelos historiadores, como um dos marcos deste processo. Apresente duas características do imperialismo. Ufrj 2000 2ª fase. “A tarefa de governar faz-se, a cada dia, mais complexa e difícil. Os clássicos postulados de manutenção e garantia dos pactos sociais sofreram profundas modificações. Já não basta assegurar a ordem e a continuidade administrativa. É preciso controlar as forças econômicas, corrigir as desigualdades de classe e obstar, por vigilância constante, a contaminação do organismo político pelas infiltrações ideológicas que

apregoam o ódio e fomentam a desordem. Conduzir uma nação, em momento de tamanhas apreensões, só o pode e deve fazer quem seja capaz de tudo sacrificar pela felicidade comum.” (Discurso de Vargas, a 7/09/1938, cit. em Getúlio Vargas, As Diretrizes da Nova Política do Brasil, RJ: J. Olympio, s/d)

“Passou a época dos liberalismos imprevidentes, das democracias estéreis, dos personalismos inúteis e semeadores da desordem. À democracia política substitue a democracia econômica, em que o poder, emanado diretamente do povo e instituído para defesa do seu interesse, organiza o trabalho, fonte do engrandecimento nacional e não meio de fortunas privadas. Não há mais lugar para regimes fundados em privilégios e distinções; subsistem, somente, os que incorporam toda a Nação nos mesmos deveres e oferecem, equitativamente, justiça social e oportunidades na luta pela vida.”

(Discurso de Getúlio Vargas, proferido a 11 de junho de 1940, citado em Getúlio Vargas, As Diretrizes da Nova Política do Brasil, Rio de Janeiro, José Olímpio, s/d)

Os trechos dos documentos acima referem-se às diretrizes políticas gerais do Estado Novo brasileiro (19371945). Retire dos documentos duas proposições estadonovistas. Explique-as. Gabarito: Puc 2004 1ª fase - E Uerj 2000 1ª fase - D Uerj 2001 1ª fase - A Uff 2000 1ª fase - A Uff 2000 1ª fase - E Uff 2000 1ª fase - B Uff 2002 1ª fase - D Uff 2004 1ª fase - C Ufrj 2000 2a fase - São características definidoras do imperialismo: Concentração de capitais formando grandes monopólios que interferem decisivamente na vida econômica mundial; fusão do capital industrial com o capital bancário, criando o capital financeiro; exportação de capitais (que substitui, em importância, a exportação de mercadorias.); partilha do mundo entre as grandes nações européias capitalistas; disputas territoriais daí decorrentes. Disputas por pontos estratégicos do mercado mundial; impulso de ideologias que justificam a dominação do mundo, como o racismo e a crença na missão civilizatória do europeu; divisão internacional do trabalho. Ufrj 2000 2a fase - O candidato poderá retirar dos documentos e explicar as seguintes proposições estadonovistas: “Os clássicos postulados de manutenção e garantia dos pactos sociais sofreram profundas modificações”; “Já não basta assegurar a ordem e a continuidade administrativa”; Estas proposições assinalam o esgotamento do Estado liberal-democrático; “É preciso controlar as forças econômicas, conduzir as desigualdades de classe...”; Estas proposições defendem o intervencionismo econômico e social; “Obstar, por vigilância constante, a contaminação do organismo político pelas infiltrações que apregoam o ódio e fomentam a desordem”; Este trecho defende a necessidade de se combater a influência do comunismo e do fascismo na vida política brasileira; “Conduzir uma Nação, em momento de tamanhas apreensões, só o pode e deve fazer quem seja capaz de tudo sacrificar pela felicidade comum”; O trecho faz referência ao Estado condutor do desenvolvimento nacional; “Passou a época das liberalismos imprevidentes, das democracias estéreis, dos personalismos inúteis e semeadores da desordem”; Este trecho critica o Estado Liberaldemocrático relacionando-o à desordem; “À democracia política substitue a democracia econômica, em que o poder, emanado diretamente do povo e instituído para defesa do seu interesse, organiza o trabalho, fonte do engrandecimento nacional e não meio de fortunas privadas”; Neste trecho do discurso, há a defesa de princípios corporativistas em que o Estado promove a intervenção direta na organização social e econômica; “Não há mais lugar para regimes fundados em privilégios e distinções; subsistem, somente, os que incorporam toda a Nação nos mesmos deveres e oferecem, equitativamente, justiça social e oportunidades na luta pela vida”; Este trecho reafirma as críticas aos regimes liberal-democráticos – que seriam baseados em privilégios – e defende o Estado como agente condutor da Nação.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 13 – Aula abordando ‘Crise de 29’, ‘Fascismos’ e República democráticopopulista (1945-64)’. Objetivas: Puc 2005 1ª fase.

A partir da análise da charge acima e dos conhecimentos que você possui a respeito da política republicana entre 1945 e 1964, em especial durante o segundo governo Vargas (1951-1954), é correto afirmar que: I - A oposição da UDN contra Vargas acentuou-se, de forma dramática, após o atentado da Rua Tonelero, do qual teria saído ferido o jornalista e deputado Carlos Lacerda, principal porta-voz das denúncias contra o "mar de lama" que assolava o Palácio do Catete. II - Os militares constituíram-se, ao longo do período compreendido entre 1945 e 1964, em árbitros da vida política brasileira, tanto que o posicionamento adotado por vários de seus expoentes possivelmente contribuiu para que Vargas optasse pelo suicídio em 1954. III - A presença das setas, apontando em sentidos contrários - para "golpe" e "ditadura", de um lado, e para "31/1/1956", data de posse do novo presidente eleito, de outro, - evidenciava o dilema que perpassou a vida política brasileira ao longo do período, ou seja, a tensão entre as soluções golpistas e legalistas. Assinale: (A) Se somente a afirmativa II está correta. (B) Se somente a afirmativa III está correta. (C) Se somente as afirmativas I e II estão corretas. (D) Se somente as afirmativas I e III estão corretas. (E) Se todas as afirmativas estão corretas. Puc 2004 1ª fase. No período de governo do Presidente Juscelino Kubitchek, entre 1956 e 1961, a sociedade brasileira vivenciou a esperança da superação do subdesenvolvimento. "Os anos JK" prometeram um desenvolvimento nacional, por meio da industrialização do país e da elevação das condições de vida da população brasileira. Assinale a alternativa que NÃO caracteriza corretamente esse ambiente político e intelectual: (A) O movimento do Cinema Novo, que tinha em Glauber Rocha um de seus expoentes e foi realizado com poucos recursos financeiros, se propôs a narrar o Brasil "real", tanto no meio urbano como no meio rural.

(B) A criação da SUDENE tinha como objetivo refletir e elaborar planos de ação para diminuir as disparidades regionais, especialmente o dilema vivido pelo Nordeste brasileiro. (C) A construção de Brasília, a cidade modernista, constituiu-se em meta síntese do Plano de Metas do governo, como uma demonstração do estágio de desenvolvimento do país. (D) O movimento Tropicalista criou uma nova estética musical, pela utilização das guitarras elétricas, pelos temas e formas poéticas renovadas. (E) A indústria automobilística exemplificou a colaboração entre o capital nacional e o capital estrangeiro para o desenvolvimento acelerado da industrialização brasileira. Uerj 2000 1ª fase.

(Ilustração de cartaz eleitoral nazista - BRENER, Jayme. Jornal do Século XX. São Paulo: Moderna, 1998.) O cartaz acima traz implícita a idéia de que só o nacional-socialismo, o nazismo, poderia libertar a Alemanha. Dentre as soluções apresentadas pelo partido nazista para a sociedade alemã em crise, podemos citar: (A) nacionalismo, expansionismo e militarismo (B) pluripartidarismo, culto ao líder e liberalismo (C) racismo, aliança com o comunismo e sindicalismo (D) corporativismo, sociedade de classes e poder legislativo forte] Uerj 2001 1ª fase. “(...) O consumo nacional de derivados de petróleo acusa uma ascensão regular, que traduz o desenvolvimento das atividades do país, não só quanto ao transporte mas também quanto à indústria. No entanto, (...) essa ascensão constante do consumo implica necessariamente um aumento das importações, com dispêndios crescentes de divisas, que poderão ser empregadas na compra de outras utilidades estrangeiras, quando o permitir a produção brasileira de óleo mineral (...)”. (DEL PRIORE, Mary et alli (orgs). Documentos de História do Brasil: de Cabral aos anos 90. SP: Scipione, 1997.)

O texto acima é parte da mensagem enviada por Getúlio Vargas ao Congresso Nacional, em 1951, propondo a criação da Petrobrás. A leitura do texto permite concluir que o principal objetivo da Petrobrás era: (A) ampliar a exportação de petróleo, obtendo mais divisas para a economia nacional (B) aumentar a produção petrolífera, garantindo recursos para o desenvolvimento industrial (C) incentivar a construção de rodovias, objetivando o aumento do consumo de petróleo e derivados (D) desenvolver a pesquisa petroquímica, gerando autonomia para o setor de produção de petróleo Uerj 2001 1ª fase. Densidade Demográfica de Grupos Germânicos

(COSGROVE, D. & DANIELS, S. (org.). The iconography of landscape. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.)

Considere as afirmações: 1- O mapa é uma representação do real e não a própria realidade. 2- O mapa acima, produzido para um atlas escolar alemão de 1933 na época do nazismo, distorce a densidade demográfica de grupos germânicos na Europa Oriental. As afirmações 1 e 2 são confirmadas pela conjugação dos seguintes fatos: (A) dificuldade de coleta de dados / impossibilidade de percepção da localização e da movimentação dos povos nômades na Europa (B) manipulação dos instrumentos de sensoriamento remoto / hostilidade do governo alemão e italiano frente aos países da Europa Ocidental (C) ausência de neutralidade cartográfica / necessidade de persuasão do povo alemão para a intervenção e proteção de minorias germânicas no leste europeu (D) precariedade nas técnicas de preparação de mapas / ignorância das características de instrumentalização ideológica e demográfica por parte dos geógrafos da Alemanha Uff 2000 1ª fase. “Bossa-nova mesmo é ser presidente / Desta terra descoberta por Cabral / Para tanto basta ser tão simplesmente / Simpático, risonho, original. / Depois, desfrutar da maravilha / De ser o presidente do Brasil / Voar da “velhacap” pra Brasília / Ver o Alvorada e voar de volta ao Rio. / Voar, voar, voar, / Voar, voar pra bem distante / Até Versailles, onde duas mineirinhas / Valsinhas, dançam como debutantes / Interessante. / Mandar parente a jato pro dentista / Almoçar com o tenista campeão / Também pode ser um bom artista / Exclusivista / Tomando, com Dilermando, umas aulinhas de violão. / Isso é viver como se aprova / É ser um presidente bossa-nova / Bossa-nova / Muito nova / Nova mesmo / Ultra nova. (CHAVES, Juca. “Presidente Bossa-nova”. In: História da Música Popular Brasileira. SP: Abril, fascículo e LP no 41)

Esta letra de música deixa transparecer uma crítica política ao presidente Juscelino Kubitschek, bem como o clima de inovação que marcou a história do Brasil a partir da segunda metade dos anos 50. Assinale a opção que faz alusão a movimentos culturais brasileiros deste período. (A) A construção de Brasília representou a associação entre os ideais dos movimentos culturais brasileiros que tinham como inspiração a cultura americana do pós-guerra. (B) A euforia promovida pelo Plano de Metas, que prometia um crescimento de nossa economia na base de “50 anos em 5”, favoreceu a emergência do movimento conhecido como “Jovem Guarda” liderado por Roberto Carlos. (C) A década de 50 abriu caminho para o desenvolvimento da música nordestina que se transformou, nos anos 60, em referência nacional. (D) O nacional-desenvolvimentismo deste período sepultou a cultura brasileira, mediante a imposição dos padrões culturais hollywoodianos. (E) O nacional-desenvolvimentismo vigente neste período originou manifestações culturais como o cinema novo, a bossa-nova e o teatro político.

Uff 2002 1ª fase. Após a renúncia de Jânio Quadros, greves e paralisações fortaleceram os movimentos de esquerda, provocando o período de tensões que antecedeu a queda de João Goulart. A derrubada do Governo João Goulart – em 1o de abril de 1964 – está inspirada na interpretação de que o País estava sendo campo de uma verdadeira guerra revolucionária. Segundo se afirmava, destinava-se esta a instaurar a República Sindicalista. (IANNI, Octavio. O Colapso do populismo no Brasil. 3a ed.. RJ: Civilização Brasileira, 1975, p. 142)

O populismo no Brasil, a cuja crise o texto se refere, pode ser associado: (A) ao processo de extinção dos partidos políticos e à proposta de substituí-los pelos sindicatos; (B) à guerrilha praticada pelos movimentos de esquerda com vistas à implantação do socialismo; (C) às aspirações das classes populares ao papel de protagonista no cenário político brasileiro; (D) ao paternalismo dos políticos brasileiros inaugurado por Arthur Bernardes; (E) aos benefícios, como o PIS e o PASEP, concedidos às camadas populares do Brasil. Uff 2003 1ª fase. A partir de 1945 e até a década de 50, observaram-se intensas transformações na esfera política brasileira, impulsionadas pelos resultados da 2a Guerra. Dentre tais transformações, destaca-se: (A) o processo de “redemocratização” baseado no multipartidarismo oriundo do fim do Estado Novo; (B) a modernização industrial sob a liderança das oligarquias nordestinas; (C) a manutenção da economia agro-exportadora brasileira com o fim do processo de substituição de importações; (D) a industrialização regional do Vale do Cariri fortalecida pela ação do Estado Novo; (E) a consolidação dos poderes locais determinada pelos projetos de modernização industrial do Governo Dutra. Uff 2003 1ª fase. Com espetacular solenidade, em 21 de abril de 1960, foi inaugurada Brasília, a nova capital do país, que se tornaria símbolo de toda uma era de modernidade e progresso. Assinale a opção que apresenta um comentário que, de fato, corresponde ao momento histórico focalizado. (A) O “exército” de trabalhadores responsável pela construção da nova capital teve como principal característica o fato de ser, majoritariamente, integrado por migrantes do sudeste, que recebiam o maior salário-mínimo do Brasil. (B) A construção de Brasília atuou como elemento de impulsão do parque industrial e do capitalismo no Brasil, não só ao gerar a expansão da malha rodoviária, beneficiando as montadoras estrangeiras de automóveis, mas também, ao ampliar a demanda por cimento, aço e energia no país. (C) Do ponto de vista arquitetônico e paisagístico, a solução urbanística adotada para Brasília remetia, simbolicamente, ao sinal da cruz, numa referência explícita ao profundo catolicismo dos primeiros candangos que construíram a cidade. (D) A opção de JK pela interiorização da capital representou a conciliação, no país, entre o “velho” e o “novo”, já que beneficiava os tradicionais coronéis nordestinos e a juventude estudantil brasileira. (E) A construção de Brasília deslocou expressivos contingentes populacionais para o Planalto Central, sobretudo os sem-terra e sem-teto do centro-oeste brasileiro. Gabarito: Puc 2005 1ª fase - E Puc 2004 1ª fase - D Uerj 2000 1ª fase - A Uerj 2001 1ª fase - B Uerj 2001 1ª fase - C Uff 2000 1ª fase - E Uff 2002 1ª fase - C Uff 2003 1ª fase - A Uff 2003 1ª fase - B

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 14 – Aula abordando ‘Guerra Fria’, ‘Segunda Guerra Mundial’ e ‘Golpe de 64’. Objetivas: Uff 2004 1ª fase. A partir de 1961, as Ligas Camponesas — formas de organização dos trabalhadores rurais — entraram em crise interna, devido a divergências entre suas lideranças. Uma defendia a adoção das teses da guerra de guerrilhas e a outra, representada por Francisco Julião e contrária a esta estratégia, tentou, sem sucesso, unificar novamente a direção do movimento. Com base nessa afirmação é possível dizer que, no decorrer dos anos 1960: (A) a organização dos movimentos sociais no campo foi aprimorada a partir da fundação de sindicatos rurais evangélicos; (B) os trabalhadores rurais brasileiros deram início a uma estratégia de ocupação em massa das grandes fazendas, por todo o Brasil; (C) os trabalhadores do campo foram vítimas do “perigo comunista”, dependendo do Golpe Militar de 1964 para libertá-los e reestruturá-los com base em acampamentos rurais; (D) os movimentos sociais no campo brasileiro passaram a ser conduzidos e orientados pela União Democrática Ruralista; (E) a organização dos trabalhadores rurais brasileiros passou a ser disputada por duas novas forças políticas: a Igreja e o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Uff 2000 1ª fase. A partir da década de 30, a chamada “política de boa vizinhança” inaugurada pelos Estados Unidos significou, para a América Latina, a imposição de padrões culturais norte-americanos. Assinale a opção que se refere, incorretamente, a este processo. (A) A “política de boa vizinhança” exerceu um papel fundamental nos hábitos brasileiros, facilitando a introdução do consumo de massa. (B) No caso brasileiro, o cinema, dito popular e conhecido como “chanchada”, era uma expressão de retomada das características culturais brasileiras que, entretanto, sofreu a influência dos valores americanos. (C) Carmen Miranda é o exemplo típico de uma artista cujo sucesso deveu-se, exclusivamente, à política de aproximação adotada pelos EUA. (D) A indústria cinematográfica norte-americana influiu nos hábitos e costumes da população urbana latinoamericana. (E) A política de alinhamento brasileiro aos interesses norte-americanos teve como desdobramento os incentivos ao desenvolvimento industrial. Puc 2004 1ª fase. Durante a Guerra Fria, a disputa entre os interesses soviéticos e norte-americanos manifestou-se em diversos conflitos internacionais. As alternativas abaixo apresentam exemplos desses conflitos, com EXCEÇÃO DE: (A) O ressurgimento do nacionalismo nos Balcãs, na última década do século passado, acelerou a fragmentação da URSS. (B) A Crise dos Mísseis, em Cuba, em 1962, constituiu-se em um dos momentos críticos da disputa nuclear entre as duas potências. (C) O agravamento das tensões no sudeste asiático, particularmente no Vietnã, levou ao envolvimento direto dos EUA no conflito contra os comunistas. (D) A construção do Muro de Berlim, separando a cidade entre Leste e Oeste, expressou a existência de duas áreas de influência econômica, política e militar na Europa. (E) Na invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, em 1961, os contra-revolucionários foram auxiliados pelo governo norte-americano. Puc 2005 1ª fase. COM EXCEÇÃO DE UMA, as opções apresentam de modo correto conflitos em que os Estados Unidos da América, de um lado, e a União Soviética e/ou a China, de outro, assumiram posições antagônicas, no contexto caracterizado pela Guerra Fria: (A) Crise de Berlim (1948-1949).

(B) Guerra da Coréia (1950-1953). (C) Crise de Suez (1956). (D) Crise dos Mísseis (1962). (E) Guerra do Vietnã (1962-1974). Uff 2000 1ª fase.

A foto refere-se a um dos momentos mais significativos de mudança cultural nos Estados Unidos da América, decorrente do movimento jovem em reação à Guerra do Vietnã. Esta conjuntura fica mais bem explicada ao observar-se que: (A) A Guerra do Vietnã opôs, de um lado, um pequeno país, dependente da França e, de outro, os Estados Unidos – a nação mais rica do mundo. (B) Os movimentos de liberação pessoal e social, como o Hippie, representaram uma forma de reagir à política externa do Estado, à lei e às convenções. (C) A repulsa internacional à Guerra do Vietnã deveu-se à utilização de armas atômicas contra as populações civis indefesas. (D) A Guerra foi um prolongamento da luta de independência do Vietnã, antes ocupado pela Inglaterra. (E) O movimento de contestação à Guerra significou a aceitação da militarização como única alternativa para a crise dos anos 70. Uff 2002 1ª fase. “Com o final da 2a Guerra Mundial, iniciou-se um novo período na história da humanidade. Vencido o perigo nazista, enfrentaram-se as duas forças hegemônicas do pós-guerra: os Estados Unidos da América, campeões do capitalismo, e a URSS, campeã do socialismo. A Guerra Fria foi o resultado óbvio dessas tensões e disputas. Entretanto, ao mesmo tempo em que socialismo e capitalismo disputavam o predomínio na produção e nos mercados, a revolução tecnológica avançava como conseqüência, até mesmo, da concorrência entre esses dois países. A corrida espacial foi um dos aspectos dessa concorrência. Ao lado da política e da economia, passou a existir o desejo do bem-estar e do conforto mostrar onde se vivia melhor era fundamental. Esse desejo fez com que rapidamente se transferissem para o cotidiano dos homens os resultados práticos das inovações de guerra. Mais conforto, novas comodidades, alterações nos comportamentos sinalizaram um novo tempo, um novo século. Cai o império soviético. Hoje, no mundo globalizado, o conhecimento humano não tem fronteiras nem limites: DNA, genoma, clonagem, novas tecnologias para comunicação evidenciam o progresso no século XXI.” No contexto do pós-2a Guerra Mundial, constata-se, entre outros aspectos, que: (A) A tecnologia incorporou-se à vida dos homens, tornando quase impossível imaginar-se que alguém sobreviva sem um telefone e uma televisão. Essa ânsia por novidades levou às disputas nucleares entre EUA e URSS que culminaram com o desastre de Chernobyl. (B) A disputa, mostrada na TV, entre duas empresas que buscam conquistar usuários da telefonia ilustra o quanto esse setor evoluiu. O mesmo progresso que permitiu, nos últimos 50 anos, a indiscutível evolução dos meios de comunicação, também possibilitou a eliminação da pobreza, reduziu as doenças e transformou as cidades em áreas despoluídas.

(C) Inovações tecnológicas levaram o homem à Lua e melhoraram as condições de vida no planeta. No entanto, a falta de controle sobre as pesquisas científicas realizadas na antiga URSS conduziu a certos exageros, como o desastroso desenvolvimento da engenharia genética. (D) A ditadura da técnica e da objetividade implantou-se no mundo pós-2a Guerra. De um lado, para fazer com que o holocausto fosse esquecido e, de outro, para viabilizar a constituição de formas universais de controle político e econômico que não deram certo porque a URSS foi derrotada pelo capitalismo. (E) A Guerra Fria representou para o século XX mais do que a mera disputa entre dois modos diferentes de vida; indicou, também, o momento em que as inovações tecnológicas e as transformações nas ciências passaram a se integrar no cotidiano dos homens. Tal integração trouxe novidades que revolucionaram o mundo como, por exemplo, as observadas nos campos da comunicação e da informática. Discursivas: Ufrj 2003 1ª fase. “A Segunda Guerra Mundial mal terminara quando a humanidade mergulhou no que se pode encarar, razoavelmente, como uma Terceira Guerra Mundial, embora uma guerra muito peculiar. (...) A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial. Mais que isso: apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas sobretudo do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial (...). A URSS controlava uma parte do globo, ou sobre ela exercia predominante influência — a zona ocupada pelo Exército Vermelho e/ou outras Forças Armadas comunistas no término da guerra — e não tentava ampliá-la com o uso da força militar. Os EUA exerciam controle e predominância sobre o resto do mundo capitalista, além do hemisfério norte e oceanos (...). Em troca, não intervinha na zona aceita de hegemonia soviética.” (HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 224)

No texto acima, o historiador inglês buscou resumir as principais características das relações internacionais no período compreendido entre o final da Segunda Guerra Mundial e o fim da década de 1980, genericamente denominado Guerra Fria. a) Explique o papel da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e do Pacto de Varsóvia naquela conjuntura. b) Considerando o contexto da Guerra Fria, cite dois movimentos políticos surgidos na África que questionavam a hegemonia norte-americana no continente. Ufrj 2002 1ª fase.

“Diante da estátua de Lincoln, 200 mil pessoas que participaram da marcha sobre Washington, em 28 de agosto de 1963, ouvem o discurso de Martin Luther King.”

(Fonte: Jornal do Século, 1963, encarte do Jornal do Brasil, de 17 de dezembro de 2000.)

“[...] Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar juntos à mesa da fraternidade. [...] O início da década de 60 do século XX representou um momento de ambigüidades para a sociedade americana. No plano interno, em 1964, após ter sido votada no Congresso, a Lei dos Direitos Civis foi sancionada pelo presidente Lyndon Johnson. No âmbito externo, a política do governo norte-americano continuava a pautar-se pelo ideário da Guerra Fria.” a) Explique duas conseqüências políticas do sancionamento da Lei dos Direitos Civis para a sociedade norteamericana ao longo dos anos 60 e 70.

b) Cite dois exemplos da atuação dos EUA no plano internacional que demonstrem a permanência do ideário da Guerra Fria durante a década de 60 do século XX. Gabarito: Uff 2004 1ª fase - E Uff 2000 1ª fase - C Puc 2004 1ª fase - E Puc 2005 1ª fase - C Uff 2000 1ª fase - B Uff 2002 1ª fase - E Ufrj 2003 1ª fase – a) O candidato deverá explicar que ambos os blocos se estruturavam em função da manutenção de seus respectivos sistemas e ideários políticos, para o que desenvolveram aparatos militares e geoestratégicos. b) O candidato poderá mencionar, dentre outros, os movimentos sociais de inspiração marxista (MPLA, Frelimo etc.), o Nasserismo, a Argélia de Boumedienne, o Congo de Lumumba e demais. Ufrj 2002 1ª fase – a) O candidato poderá explicar, dentre várias conseqüências: 1) o acirramento dos conflitos raciais, provocados pelas reações ao exercício dos direitos civis conquistados pelos negros; 2) o surgimento de organizações e lideranças negras que repudiavam as propostas de integração racial e de nãoviolência, como Malcom X, Panteras Negras e outras; 3) o aumento das manifestações públicas que incentivavam os negros ao exercício de seus direitos; 4) o surgimento de políticas de ação afirmativa; 5) o assassinato de líderes negros, como Malcom X (1965) e Martin Luther King (1968); 6) a mobilização de outros grupos sociais excluídos, como indígenas e hispânicos. b) O candidato poderá citar, dentre outros, os seguintes exemplos: as diferentes intervenções e tentativas de intervenção motivadas pelo interesse de conter a “ameaça comunista” sobre países da América Latina -- Baía dos Porcos, 1961; Crise dos Mísseis em Cuba, 1962; República Dominicana, 1965; apoio a golpes militares; a criação de programas que garantissem a expansão da influência norte-americana por via pacífica, como a Aliança para o Progresso, a AID e os Corpos da Paz; combate a guerrilhas e movimentos anti-colonialistas de esquerda na América, África e Ásia; e participação na criação do Muro de Berlin (1961).

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 15 – Aula abordando ‘Revolução Chinesa’, ‘Descolonização da África e da Ásia’ e ‘Ditadura brasileira’ Objetivas: Puc 2005 1ª fase. Sobre as relações entre a Igreja Católica e o Estado, ao longo da história da sociedade brasileira, é correto afirmar que: I - Durante o período imperial, o catolicismo era a religião oficial do Império. O direito do Imperador de nomear os membros do clero (Padroado) contribuiu para a ausência de divergências entre essas duas instituições. II - Com a implantação da República, ocorreram a separação entre Estado e Igreja e a nacionalização dos bens eclesiásticos, o que propiciou conflitos entre essas instituições ao longo da República Velha, particularmente durante o governo de Floriano Peixoto (1891-1894), em função do apoio do clero católico aos líderes da Revolta Armada. III - Entre 1930 e 1945, Getúlio Vargas buscou estreitar os laços com a Igreja Católica, visando a transformála em importante base de apoio para o governo. A presença do presidente, ao lado do arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Leme, por ocasião da inauguração da estátua do Cristo Redentor, pode ser entendida como marco simbólico dessa aproximação. IV - Durante os governos militares (1964-1985), as relações entre a Igreja e o poder de Estado tenderam a tornar-se mais conflituosas, em especial, devido ao posicionamento contrário de vários membros do clero quanto aos excessos da repressão e da censura política, ao longo da década de 1970. Assinale: (A) Se somente a afirmativa IV está correta. (B) Se somente as afirmativas I e II estão corretas. (C) Se somente as afirmativas III e IV estão corretas. (D) Se somente as afirmativas I, II e III estão corretas. (E) Se todas as afirmativas estão corretas. Uerj 2000 1ª fase. “O regime comunista da China festeja com orgulho no próximo dia 1º os 50 anos da vitória da revolução que resgatou o país de seu atraso histórico e acabou com 150 anos de humilhação imposta pelas potências imperiais. Mas o futuro já não parece tão promissor.” (Jornal do Brasil, 26/09/99) No dia 1º de outubro de 1949, foi proclamada em Pequim a República Popular da China, assinalando a vitória dos comunistas, liderados por Mao Tsé-Tung, sobre os nacionalistas, liderados por Chiang Kai-Shek. Um dos motivos que explica a vitória é: (A) a postura de Mao Tsé-Tung, que deu garantias aos capitais estrangeiros aplicados na China (B) o governo ditatorial estabelecido por Chiang Kai-Shek, que foi tomado pela corrupção (C) a derrota japonesa na 2ª Guerra Mundial, que enfraqueceu o governo dos nacionalistas (D) a interferência americana a favor dos nacionalistas, que possibilitou a ascensão dos comunistas ao poder Uerj 2001 1ª fase. Observe a charge de Ricardo Goulart, referente à política econômica empreendida no período dos governos militares no Brasil (1964/1985).

(BOCAYUVA, P. C. C. & VEIGA, S. M. (orgs). Afinal, que país é este? Rio de Janeiro: DP&A, 1999.)

A mensagem da charge está fundamentada na seguinte crítica à política econômica do período citado: (A) a política financeira não estimulou a desejada acumulação de capitais (B) a ação do Estado não promoveu crescimento acelerado da economia (C) o déficit da balança comercial não permitiu melhor repartição da riqueza (D) o crescimento econômico não garantiu uma distribuição de renda mais justa Uff 2002 1ª fase. A descolonização e as lutas pela libertação nacional dos países africanos imprimiram, após a 2a Guerra Mundial, uma nova divisão territorial no continente africano. Considere esse processo de descolonização e analise as afirmativas: I) A dominação imperialista da Europa sobre o território africano foi denunciada pelo filósofo e escritor Sartre, considerado a grande voz da consciência européia anticolonialista. II) A Frente de Libertação Argelina foi a principal organização que, lutando pela independência da Argélia, conseguiu libertá-la do colonizador português. III) As guerras de independência das colônias portuguesas revelaram a fragilidade do sistema econômico e social da metrópole que, à época, encontrava-se sob o governo de Salazar. IV) A Conferência de Bandung, em 1955, da qual participaram os países recém-liberados da dominação colonial, representou um importante estímulo para o processo de descolonização de países africanos. V) A libertação de Angola deu-se por via pacífica, tendo sido selada, em 1974, pelo Acordo de Alvor, celebrado entre o Movimento Popular de Libertação de Angola e o governo português. As afirmativas que estão corretas são as indicadas por: (A) I, II e III (B) I, III e IV (C) I, IV e V (D) II, III e IV (E) III, IV e V Uff 2003 1ª fase. O imperialismo foi marcado por variadas formas de opressão, com o objetivo de facilitar a introdução de valores europeus, entendidos como superiores. Os diversos processos de independência tornaram-se herdeiros de uma história de desconfiança e menosprezo entre os povos submetidos, revelando – ao menos em parte – as estratégias bem sucedidas dos dominadores. Nesse sentido, os recentes conflitos envolvendo a Índia e o Paquistão são, hoje, a face mais visível de uma luta intensificada quando da Independência dos dois países, em 1947. Identifique a opção que se refere, incorretamente, à problemática mencionada acima. (A) À época da independência, a Índia foi desmembrada nos estados: a Índia propriamente dita, o Paquistão e a ilha de Ceilão, conhecida como Sri Lanka. (B) As questões envolvendo as fronteiras entre Índia e Paquistão são bastante antigas e, até certo ponto, decorreram da política britânica de estimular as rivalidades religiosas e étnicas das populações sob seu domínio.

(C) Quando a colônia indiana tornou-se independente, instituíram-se um país de maioria cristã, o Paquistão, e outro, que hoje é a Índia, destinado à população de origem muçulmana. (D) A posse da região de Cachemira faz parte das disputas fronteiriças travadas pela Índia e Paquistão, sendo, também, reivindicada pela China. (E) Intensas disputas tiveram lugar nos Estados independentes, e sangrentos conflitos culminaram com a autonomia da parte oriental do Paquistão, originando a República de Bangladesh. Uff 2004 1ª fase. Construído no século XIX, o Canal de Suez, um dos maiores símbolos da dominação ocidental na África sob a égide do Imperialismo, localizado em terras do Egito, pertencia a capitais privados franceses e ingleses. A história de sua construção demonstra clara diferenciação entre os países expansionistas e os dominados. Mais que dois mares, liga dois mundos diferentes social, econômica e politicamente. Em 1956, com a nacionalização do Canal de Suez pelo governo egípcio, dirigido por Gamal Abdel Nasser, iniciou-se um conflito entre o Egito, de um lado, e Israel, Inglaterra e França, do outro. A atuação desses dois últimos países foi a última tentativa de expansão colonialista do século XX. Ao fim da guerra, com a intervenção diplomática dos Estados Unidos e da União Soviética, o Egito passou a controlar o canal e Nasser se afirmou como o grande líder da região. A crise de Suez é marcada por diversos fatores dentre os quais pode-se apontar: (A) a tendência radical muçulmana, identificada com o multiculturalismo, denominada xiismo; (B) o fim da República Árabe Unida, com o fracasso da tentativa de unificação dos povos árabes; (C) a política de alinhamento, surgida na Conferência de Bandung, na Indonésia, como afirmação da hegemonia norte-americana; (D) a Guerra Fria, que marcou a disputa entre Estados Unidos e União Soviética e o declínio econômico e político da Europa , após a Segunda Guerra Mundial; (E) a política da OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo), elevando os preços do produto, vinculando-os ao apoio desses países aos árabes e promovendo o isolamento de Israel. Discursivas: Ufrj 2001 2ª fase. “Nos últimos dias, recebemos duas notícias extraídas de uma só raiz venenosa, a intolerância. A primeira assustou pela violência [...] das bombas enviadas contra a Anistia Internacional e outros defensores dos direitos civis. A segunda estarreceu os cristãos, com o anúncio do texto “Dominus Iesus” decretando o fim das árduas tentativas ecumênicas do Concílio Vaticano 2º. Não sei qual desses eventos ocasiona maior dor nas almas. As bombas crescem no solo fértil dos anátemas (maldições) religiosos, esse é o testemunho da história. Lendo os escritos emanados da Cúria Romana nesses últimos tempos, vemos um retorno ao séculos 16 e 17, época em que as fogueiras arderam em nome do amor. [...] creio ser o novíssimo documento do Vaticano uma reiterada abertura à imposição de crenças, em desafio ao ensino de Paulo: ‘ O temor da punição torna-se a nova regra, em prejuízo do dever da consciência’” (Romanos 13 5). (Roberto Romano: “Os mestres da verdade ...” in Folha de São Paulo, Tendências/Debates. 11 de setembro de 2000.)

Em 1545, diante da necessidade de fazer frente à expansão do protestantismo e de repensar as doutrinas e práticas da Igreja Católica, o Papa Paulo III convocou o Concílio de Trento, que organizou a chamada ContraReforma e cujas orientações guiaram os católicos durante séculos. Em 1962, a convocação do Concílio Vaticano 2o pelo Papa João XXIII, também pode ser vista como uma resposta às demandas que se colocavam para a Igreja Católica diante da nova realidade mundial no pós-segunda guerra. a) Explique uma medida adotada pela Igreja Católica a partir do Concílio de Trento que teve por objetivo a conter a expansão do protestantismo. b) Identifique uma decisão tomada pelo Concílio Vaticano 2o que exemplifique a busca da Igreja em responder às demandas sociais do período. Ufrj 2001 2ª fase.

“[...] a crise do petróleo, decretada unilateralmente pela imposição do boicote seletivo dos países produtores árabes, desde a terceira semana de outubro último, está afetando o abastecimento das nações industrializadas. E as sociedades afluentes do ocidente, acostumadas à fartura, agora se mostram perplexas e frustradas com a escassez compulsória.” (O destino de uma crise. Revista Veja, Editora Abril, São Paulo, n° 274, 05/12/1973, p. 111.)

Em outubro de 1973, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), então responsável por 60 % das exportações mundiais do produto, surpreendeu o mundo ao aumentar o preço do barril de petróleo e impor um boicote seletivo no fornecimento do produto aos países aliados de Israel na Guerra do Yom Kippur. As economias ocidentais foram fortemente atingidas e os diferentes governos buscaram soluções para enfrentar a crise. No segundo semestre de 2000, uma alta dos preços do petróleo trouxe com ela o medo de que pudesse se repetir uma crise semelhante à ocorrida na década de 70. a) Identifique uma conseqüência social das medidas adotadas pela OPEP para as economias ocidentais na década de 70. b) Explique uma medida tomada pelo governo brasileiro a fim de enfrentar a crise do petróleo na década de 70. Gabarito: Puc 2005 1ª fase - C Uerj 2000 1ª fase - B Uerj 2001 1ª fase - D Uff 2002 1ª fase - B Uff 2003 1ª fase - C Uff 2004 1ª fase - D Ufrj 2001 2ª fase - a) O candidato deverá explicar uma medida adotada pela Igreja Católica a partir do Concílio de Trento que teve por objetivo a conter a expansão do protestantismo, considerando: aquelas que objetivavam uma melhor preparação do clero e da busca de uma maior disciplina eclesiástica, como a reforma de ordens religiosas nas quais a disciplina se relaxara, a criação de novas ordens dedicadas ao ensino, à predicação e à caridade, e a criação de seminários com o objetivo de melhor preparação do clero; a utilização de ordens religiosas como agentes da “reconquista”, notadamente dos jesuítas e capuchinhos , na Europa e com a fundação de missões na América e na Ásia; aquelas com caráter repressivo como a reorganização do Tribunal do Santo Ofício, encarregado de combater as heresias, o protestantismo e o judaísmo; a criação da Congregação do Índex, organização eclesiástica encarregada de publicar a relação dos livros contrários à doutrina e, portanto, de leitura proibida aos católicos; e ainda aquelas cujo objetivo é uma maior proximidade com os fiéis como a multiplicação de dioceses, a construção e reconstrução de templos, a fundação de colégios e Universidades b) O candidato deverá identificar uma decisão tomada pelo Concílio Vaticano 2o que exemplifique a busca da Igreja de responder às demandas sociais do período, dentre as quais: a realização dos cultos em língua nacional, a utilização dos meios de comunicação para veiculação de idéias, a ampliação da participação dos leigos na vida religiosa, a definição por uma Igreja democrática e ecumênica e o reconhecimento das liberdades religiosa e de consciência.

Ufrj 2001 2ª fase - a) O candidato deverá identificar uma conseqüência social das medidas adotadas pela OPEP para as economias ocidentais na década de 70, dentre as quais: o aumento do preço dos combustíveis, do custo da eletricidade e do transporte; a elevação dos índices de inflação; o aumento do desemprego e a queda dos salários face à falência de empresas; o aumento do consumo de carros menores em detrimento dos carros menos econômicos, face aos preços e ao racionamento dos combustíveis b) O candidato deverá explicar uma medida tomada pelo governo brasileiro a fim de enfrentar a crise do petróleo na década de 70 tendo como referência: a criação de Programas visando a pesquisa e o uso de outras fontes de energia, como o Programa Nacional do Álcool (Pró-álcool) e o Programa Nuclear Brasileiro; o maior investimento na Petrobrás com o objetivo de prospecção na plataforma submarina, notadamente na bacia de Campos (RJ) e em projetos de pesquisa com o objetivo de encontrar bacias de petróleo em outras áreas do País; o recurso ao racionamento de combustíveis; o aumento dos preços dos combustíveis e derivados do petróleo; a participação de escravos e setores livres da população colocando em xeque o latifúndio e a escravidão; a luta pela liberdade no caso das revoltas de escravos africanos; a violência social presente nas revoltas; a possibilidade de afirmação do domínio político das elites locais face à instabilidade política do poder central no período.

Pré-Vestibular Comunitário Vetor Exercícios de História – Aula no 16 – Aula abordando ‘Fim da Guerra Fria e mundo atual’ e ‘Fim da ditadura e Brasil atual’. Objetivas: Enem 2003. Segundo Samuel Huntington (autor do livro, O choque das civilizações e a recomposição da ordem mundial), o mundo está dividido em nove “civilizações” conforme o mapa abaixo. Na opinião do autor, o ideal seria que cada civilização principal tivesse pelo menos um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Segurança, e analisando o mapa acima pode-se concluir que (A) atualmente apenas três civilizações possuem membros permanentes no Conselho de Segurança. (B) o poder no Conselho de Segurança está concentrado em torno de apenas dois terços das civilizações citadas pelo autor. (C) o poder no Conselho de Segurança está desequilibrado, porque seus membros pertencem apenas à civilização Ocidental. (D) existe uma concentração de poder, já que apenas um continente está representado no Conselho de Segurança. (E) o poder está diluído entre as civilizações, de forma que apenas a África não possui representante no Conselho de Segurança. Enem 2003. No dia 7 de outubro de 2001, Estados Unidos e Grã-Bretanha declararam guerra ao regime Talibã, no Afeganistão. Leia trechos das declarações do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e de Osama Bin Laden, líder muçulmano, nessa ocasião: George Bush: “Um comandante-chefe envia os filhos e filhas dos Estados Unidos à batalha em território estrangeiro somente depois de tomar o maior cuidado e depois de rezar muito. Pedimos-lhes que estejam preparados para o sacrifício das próprias vidas. A partir de 11 de setembro, uma geração inteira de jovens americanos teve uma nova percepção do valor da liberdade, do seu preço, do seu dever e do seu sacrifício. Que Deus continue a abençoar os Estados Unidos.” Osama Bin Laden: “Deus abençoou um grupo de vanguarda de muçulmanos, a linha de frente do Islã, para destruir os Estados Unidos. Um milhão de crianças foram mortas no Iraque, e para eles isso não é uma questão clara. Mas quando pouco mais de dez foram mortos em Nairóbi e Dar-es-Salaam, o Afeganistão e o Iraque foram bombardeados e a hipocrisia ficou atrás da cabeça dos infiéis internacionais. Digo a eles que esses acontecimentos dividiram o mundo em dois campos, o campo dos fiéis e o campo dos infiéis. Que Deus nos proteja deles.” (Adaptados de O Estado de S. Paulo, 8/10/2001)

Pode-se afirmar que

(A) a justificativa das ações militares encontra sentido apenas nos argumentos de George W. Bush. (B) a justificativa das ações militares encontra sentido apenas nos argumentos de Osama Bin Laden. (C) ambos apóiam-se num discurso de fundo religioso para justificar o sacrifício e reivindicar a justiça. (D) ambos tentam associar a noção de justiça a valores de ordem política, dissociando-a de princípios religiosos. (E) ambos tentam separar a noção de justiça das justificativas de ordem religiosa, fundamentando-a numa estratégia militar. Enem 2003. O texto abaixo é um trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da declaração de guerra ao regime Talibã: “Essa atrocidade [o atentado de 11 de setembro, em Nova York] foi um ataque contra todos nós, contra pessoas de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos meios de vida. As empresas aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetadas e a confiança econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.”

(O Estado de S. Paulo, 8/10/2001)

Nesta declaração, destacaram-se principalmente os interesses de ordem (A) moral. (B) militar. (C) jurídica. (D) religiosa. (E) econômica. Uff 2000 1ª fase. A chamada Revolução Nasseriana de 1952 pôs fim a um longo período de dominação estrangeira no Egito. Com relação ao momento histórico enfocado é incorreto afirmar: (A) A nacionalização do Canal de Suez, em 1956, foi uma das principais razões da Guerra que opôs Israel ao Egito. (B) A dominação estrangeira, até 1952, era exercida basicamente pelos ingleses, a despeito de o Egito não ser uma colônia da Grã-Bretanha. (C) A derrota egípcia na Guerra da Palestina, em 1958, acirrou os descontentamentos políticos no Egito. (D) Uma das primeiras medidas do governo Nasser foi a construção do canal de Suez com apoio do capital nacional. (E) Nasser tornou-se, com a nacionalização da economia egípcia, uma das principais lideranças do movimento nacionalista árabe neste século. Uff 2000 1ª fase. O neoliberalismo dos tempos atuais é tanto uma política econômica voltada para a consolidação do “Estado mínimo”, quanto um programa ideológico que prega a adesão de todos a seus princípios. Estes dois aspectos do neoliberalismo convergem para: (A) a mundialização do padrão fordista de produção industrial; (B) a reemergência do Estado do Bem-Estar Social, em escala planetária; (C) o surgimento do fenômeno da globalização; (D) as metamorfoses do trabalho, mediante sua precarização, flexibilização e descentralização; (E) a hegemonia britânica inaugurada pelo governo Thatcher. Uff 2000 1ª fase. Com o estabelecimento da chamada globalização, observa-se a quebra das barreiras protecionistas entre países e dos sistemas de regulação econômica nacionais. Assinale a opção que melhor reflete este processo. (A) Um dos efeitos positivos da hegemonia norte-americana na América Latina é o apoio à consolidação do Mercosul, em razão das vantagens oferecidas pela ALCA. (B) A globalização implica, necessariamente, o fim dos Estados-Nação. (C) A reação ao processo de globalização, nos anos 90, foi iniciada pela política de unificação da antiga URSS. (D) A globalização é a versão atualizada da Guerra Fria em que EUA e URSS continuam a deter a hegemonia política. (E) Brasil e Argentina vivenciaram, recentemente, em suas relações comerciais, conflitos decorrentes da tensão entre dois blocos econômicos distintos: o Mercosul e a ALCA.

Uff 2000 1ª fase. Todos os finais de século apresentam situações paradoxais. O final do século XX não foge à regra. Assinale a opção que indica um aspecto observado no limiar do século XXI. (A) O progresso vertiginoso da tecnologia em informática contrapõe-se à abundância de empregos no setor industrial. (B) Verifica-se uma profunda contradição entre a secularização das camadas populares do Irã e o sincretismo religioso pregado pela elite política. (C) Ao mesmo tempo em que se anunciam novas descobertas para a cura definitiva do câncer, assiste-se à multiplicação dos radicalismos veiculados por seitas milenaristas. (D) O declínio dos movimentos nacionalistas europeus caminha de mãos dadas com o fenômeno da globalização. (E) A defesa de uma política de desenvolvimento sustentável contrapõe-se aos movimentos ecológicos. Uff 2003 1ª fase. “A mobilidade espacial da população brasileira no decorrer do século XX teve por cerne um crescente êxodo rural entre 1940 e 1970. Assim, a migração rural-urbana no país teria passado de 3 milhões de pessoas, na década de 30, para um total de 7 milhões, na década de 50, atingindo, nos anos 60, cerca de 12,8 milhões de migrantes, transformados em 15,6 milhões, na década seguinte. Esses totais ascendentes, no entanto, só ganham sentido mais claro se analisados à luz de conjunturas históricas específicas atravessadas pelo país nos últimos 70 anos.” (Adaptado de BERQUÓ, Elza. Evolução demográfica. In: Ignacy Sachs e outros (orgs.) Brasil: um século de transformações. São Paulo: Companhia das Letras, 2001) Identifique a opção que destaca um período particular dessa migração campo-cidade e indica fatores que a determinaram. (A) O grande salto do êxodo rural brasileiro, verificado na década de 60, decorreu de dois processos simultâneos: a chamada modernização da agricultura, que expulsou trabalhadores dos campos, e a diversificação do parque industrial do país, que gerou novos empregos nas cidades. (B) O novo padrão de desenvolvimento econômico vigente no país após 1956 estimulou as migrações internas por fomentar, através da construção de ferrovias, intensos fluxos populacionais no sentido rural-rural. (C) As migrações campo-cidade nos anos 1930-40 deveram-se à procura, no meio urbano, dos direitos trabalhistas implantados no país pela CLT, em 1931. (D) A década de 70 consolidou as migrações para as metrópoles brasileiras, uma vez que o “milagre econômico”, então ocorrido, por basear-se na menor exploração do trabalhador urbano-industrial, exerceu grande poder de atração sobre o homem do campo. (E) Nos anos 80, devido à crise do “milagre econômico”, observou-se o fim das migrações campo-cidade, uma vez que o emprego urbano deixou de ser atraente para os camponeses do país. Uff 2003 1ª fase. Nos anos 70 e 80 do século XX, a cultura latino-americana transformou-se em espaço de resistência às tendências autoritárias dos regimes políticos então vigentes. Em países como o Brasil, a Argentina e o Chile, observaram-se manifestações artísticas contrárias: (A) aos movimentos operários latino-americanos que, em sua maioria, apoiavam a política stalinista e, com isso, desenvolviam a penetração dos valores culturais russos identificados com o comunismo, abandonando as tradições nacionais; (B) à dominação escravista que inviabilizava o crescimento industrial, concentrando as economias em produtos de subsistência e impossibilitando o desenvolvimento das culturas nacionais por falta de troca com a Europa; (C) aos movimentos sociais de liderança anarquista, que defendiam propostas de integração mundial, limitando o desenvolvimento das culturas nacionais e provocando a decadência das tradições culturais; (D) ao movimento europeu de imigração para a América Latina, que abriu caminho para a europeização da região através de sua cultura cosmopolita e da concentração dos imigrantes nas cidades; (E) à dominação do capital estrangeiro e às várias ações de censura dos regimes ditatoriais que, fragilizando as raízes culturais e as tradições populares, comprometiam a manutenção da identidade nacional. Uff 2004 1ª fase. Uma das principais características do mundo rural brasileiro no pós-1964 consistiu na chamada “modernização da agricultura”. Essa modernização derivou dos créditos fartos e baratos oferecidos

pelo governo aos grandes proprietários e empresários agrícolas, que deram origem aos complexos agroindustriais (CAIs). Dentre as conseqüências desse processo destacam-se: I) o aumento da concentração da propriedade da terra no país, com a expulsão dos pequenos produtores; II) a desconcentração fundiária, mediante a multiplicação da pequena propriedade; III) o crescente desaparecimento de colonos e moradores, substituídos, no campo, pelos bóias-frias; IV) o aprofundamento da desigualdade entre campo e cidade, mediante a difusão dos valores próprios ao mundo rural; V) a expropriação em massa de trabalhadores rurais, que passaram a engrossar o processo de favelização nas cidades; VI) o surgimento do MST, dirigido pelos líderes das Ligas Camponesas, em fins da década de 60. As afirmativas que estão corretas são as indicadas por: (A) I – II – IV (B) I – III – V (C) II – III – IV (D) II – IV – VI (E) III – V – VI Uff 2004 1ª fase. A humanidade assiste, perplexa, à escalada da violência. Os dois anos de século XXI foram tão violentos que parecem anunciar um futuro sombrio. Por isso, neste vestibular, a grande homenageada é a Paz. O desenho ao lado, integrante do trabalho intitulado “O Grito da Terra.”, de Tomaz Rodrigues (Tomy) é um dos muitos recursos utilizados para expressar a perplexidade do homem frente a todo tipo de violência. Tomando-a como referência de futuro pode-se dizer que hoje: I) em qualquer continente do mundo, verificam-se áreas de conflito motivado por causas étnicas ou disputas políticas e econômicas; II) o fanatismo religioso passou a ocupar uma posição de relevo nos conflitos atuais, principalmente, depois da derrocada da URSS; III) a escalada militar americana no Iraque confirma a tese de que violência gera violência. O atentado ao Quartel General da ONU, causando a morte do diplomata Sérgio Vieira de Mello, em agosto desse ano, indica que a vitória americana está longe de ser alcançada; IV) o terrorismo apresenta-se hoje como uma alternativa para os povos explorados pelos antigos blocos ideológicos da Guerra Fria, uma vez que são os atos de terror que legitimam a democracia fundamentalista em áreas como a Sérvia e a Croácia. Assinale a opção que apresenta os itens que interpretam adequadamente o crescimento da violência no mundo atual. (A) I, II e III (B) I, II e IV (C) I, III e IV (D) II, III e IV (E) Somente III e IV Gabarito: Enem 2003 - A Enem 2003 - C Enem 2003 - E Uff 2000 1ª fase - ANULADA Uff 2000 1ª fase - D Uff 2000 1ª fase - E Uff 2000 1ª fase - C Uff 2003 1ª fase - A Uff 2003 1ª fase - E Uff 2004 1ª fase - B Uff 2004 1ª fase - A

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