Estudo Genesis Final

  • November 2019
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  • Words: 4,330
  • Pages: 12
ESTUDO DE CRESCIMENTO – ABUB-ITA.

NOTA: Este estudo foi baseado em: - “Gênesis Hoje, Gênesis e as Questões da Ciência”, do Dr. Ernest Lucas; - “Estudo no livro de Gênesis”, do Dr. Antônio Neves Mesquita; - “Genesis One and the Origin of the Earth”, de Robert C. Newman e Herman J. Eckelmann, Jr.

1.No

princípio, criou Deus os céus e a

terra. 2 A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. 3 Disse Deus: Haja luz; e houve luz. 4 E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. 5 Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia. 6 E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas. 7 Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez. 8 E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde manhã, o segundo dia. 9 Disse também Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez. 10 A porção seca chamou Deus Terra e ao ajuntamento das águas, Mares. E viu Deus que isso era bom. 11 E disse: Produza a terra relva, ervas que dêem semente e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez. 12 A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente

14

Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre dia e noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. 15 E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fé. 16 Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor, para governar a noite; e fez também as estrelas. 17 E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, 18 para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. 19 Houve tarde e manhã, o quarto dia. 20 Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus. 21 Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. 22 E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves. 23 Houve tarde e manhã, o quinto dia. 24 Disse também Deus: Produza a terra

estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom. 13 Houve tarde e manhã, o terceiro dia. se fez. 25 E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os animais domésticos, conforme a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom. 26 Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. 27 Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus sobre todo animal que rasteja pela terra. 29 E disse Deus ainda: Eis que vos tenho

seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será pr mantimento. 30 E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será por mantimento. E assim se fez. 31 Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.

2. Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. 2 E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. 3 E abençoou Deus o sétimo dia e o santificou; porque nele descansou de toda obra que, como Criador, fizera.

Gênesis 1:1 a 2:3, Bíblia Sagrada, João Ferreira de Almeida

Estudo e Discussão: 1) Tendo por base apenas a gramática hebraica, é possível traduzir Gênesis 1:1-2 de duas formas diferentes: “1No início, quando Deus criou o universo, 2a terra era sem forma e desolada.” (The Good News Bible) “1No princípio criou Deus os céus e a terra. 2A terra, porém, era sem forma e vazia.” (ERAB) a) Qual a diferença entre elas? (ver complemento I)

b) Leia os textos abaixo:

“6Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles. 7Ele ajunta em montão as águas do mar; e em reservatório encerra as grandes vagas. 8Tema ao Senhor toda a terra, temam-no todos os habitantes do mundo. 9Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir.” Salmo 33:6-9, Bíblia Sagrada, João Ferreira de Almeida.

A eternidade da Sabedoria

“22O Senhor me possuía no início de sua obra, antes de suas obras mais antigas. 23Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da terra.” Provérbios 8:22-23, Bíblia Sagrada, João Ferreira de Almeida.

“15Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; 16pois, nele, foram criadas todas as cousas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.” Colossenses 1:15-16, Bíblia Sagrada, João Ferreira de Almeida.

“3Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das cousas que não aparecem.” Hebreus 11:3, Bíblia Sagrada, João Ferreira de Almeida.

Com base no que foi exposto das duas interpretações de Gênesis 1:1-2 parece ser a mais coerente?! (Ver no complemento I)

2) Faça uma divisão Gênesis 1:1 a 2:3. 3) Monte um esquema-resumo dos dias da criação. DIA 1:

DIA 4:

DIA 2:

DIA 5:

DIA 3:

DIA 6:

DIA 7:

 Como entendemos o trecho lido?! Entendemos como uma descrição literal da criação, como uma metáfora da criação, um texto mais descritivo, objetivo, ou mais poético, mais teológico?

ABORDAGENS DE GÊNESIS I. Abordagem literal Ler Gênesis 1:1 a 2:3 segundo essa abordagem é entende-lo como um relato de como Deus criou o mundo. É atraente, uma vez que faz as coisas parecerem simples e óbvias. Entretanto, a abordagem literal é simples e óbvia num sentido. Há algum tempo, entender que o Sol girava em torno da Terra era uma forma simples e óbvia de entender as referências bíblicas à uma terra “parada”. Resumidamente, a abordagem literal trata-se da visão da “terra jovem e geologia do dilúvio”. a) A Idade da Terra: Uma leitura simples e literal de Gênesis 1:1 a 2:3 implica numa leitura igualmente literal do restante do livro, incluindo as genealogias. Segundo cálculos feitos pelo arcebispo Ussher, baseando-se nas genealogias, a criação de Adão é datada em 4004 a.C. e o dilúvio ocorre em 2349 a.C. Entretanto, os defensores de uma terra jovem não assumem essas datas (por exemplo, registros históricos egípcios e mesopotâmicos anteriores a 2000 a.C., deixam claro que o dilúvio não poderia ter ocorrido em 2349 a.C.), mas contentam-se com 10000 anos para a terra. a.1) Argumentação: Mudança na Intensidade do campo magnético. Um exemplo típico e popular dos argumentos “científicos” em favor de uma terra jovem é baseado nas mudanças da intensidade do campo magnético da terra.Em 1973, Dr. T. Barners salientou que a intensidade do campo magnético havia decaído gradualmente nos últimos 150 anos anteriores. Plotou os valores e traçou uma adaptou uma exponencial. Extrapolando-a e admitindo constante a variação média do campo magnético, Barners concluiu que a intensidade do campo magnético teria sido absurdamente alta há 20000 anos e, portanto, a terra não poderia ter mais que 10000 anos.  Qual sua opinião sobre esse argumento?! Ele parece bem fundamentado, ou há falhas? a.2) Contra-Argumentação: (1) Nenhum cientista extrapolaria os dados, pois a propagação de erros seria enorme. (2) Os dados de Barners são esparsos e estão longe de se adaptar perfeitamente à uma curva.Um cientista experiente, traçaria no máximo uma reta, o que já faz com que o campo magnético segundo Barners fique absurdamente alto após mais de cem milhões de anos. (3) É duvidoso que o índice de mudança do campo magnético tenha se mantido constante. Basta o exemplo de que num período de cem anos, ele decresceu cerca de 30% na cidade do Cabo, o que implica em apenas alguns anos de idade para a terra. A maior parte dos argumentos “científicos” a favor de uma terra jovem parece depender de extrapolações questionáveis ou se firmar em dados de significação discutível – ou ambos. Não significa que estejam errados, mas que precisam ser tratados com cuidado e submetidos a um exame mais crítico do que se costuma.

b) Registro fóssil: Admitir que a terra tem cerca de 10000 anos acarreta outro problema: como explicar os fósseis, que aparecem em grupos distintos e numa ordem que parece ser fixa? Os defensores dessa abordagem argumentam que a seqüência de fósseis são uma conseqüência do dilúvio de Noé. b.1) Argumentação: - Separação hidráulica: as criaturas mais densas e aerodinâmicas teriam descido primeiro até o fundo do mar depois do dilúvio; - Diferenças de mobilidade: as criaturas ágeis teriam conseguido fugir para os pontos mais altos, afogando-se depois. Por isso os mamíferos são encontrados acima dos répteis. b.2) Contra-Argumentação: - Separação hidráulica: algumas criaturas especialmente grandes e densas, como tartarugas, nunca são encontradas na camada mais baixa, enquanto que amonoídeos – moluscos leves pelo fato de suas conchas compartimentos flutuantes cheios de ar – são encontrados nela; - Diferenças de mobilidade: poderíamos esperar que restos fossilizados dos pterodáctilos, que conseguiam voar, aparecessem em camadas superiores às dos dinossauros, mas não é o que ocorre. Há, ainda, outro ponto de discussão: o Evolucionismo. Muitos cristãos não suportam nem ouvir “Darwin”. Outros procuram na Bíblia motivos para negar ou não a possibilidade da Evolução ter sido um processo acionado por Deus. O fato é que a discussão é longa, a interpretação literal exclui totalmente a possibilidade da evolução ser aceitável, e vale a pena outro estudo para tratar deste tópico.  Resuma as principais características desta abordagem de Gênesis 1:1 a 2:3, destacando eventuais qualidades e defeitos.

II.

Abordagens Conciliadoras de Gênesis 1:1 a 2:3

Várias têm sido as sugestões de interpretação de Gênesis 1 de modo que se esteja de acordo com as descobertas da ciência moderna. Elas dizem respeito especialmente as de uma terra antiga e dos fósseis, e não tanto à evolução: são as abordagens “conciliadoras”. Grande parte de seus defensores rejeita a evolução. II. 1) Os “dias” foram “eras”.

São várias as interpretações deste tipo. O ponto em comum é a forma figurada dos dias da criação, entendidos como eras sucessivas de vários milhões de anos. Em sua forma mais radical, a interpretação era-dia vê a semana de Gênesis 1 como uma semana metafórica, retratada como se fosse uma semana normal de trabalho. A natureza metafórica seria indicada na referência ao sétimo dia: “2. Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. 2 E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. 3 E abençoou Deus o sétimo dia e o santificou; porque nele descansou de toda obra que, como Criador, fizera.” Gênesis 2:3, Bíblia Sagrada, João Ferreira de Almeida

4) Você consegue achar o porquê?! O que este versículo não tem que os outros têm?! Outro ponto a favor: “17 Mas ele disse: meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” João 5:17, Bíblia Sagrada, João Ferreira de Almeida

Os que apóiam tal interpretação destacam que, embora não exata, há uma correlação geral entre a ordem dos atos criadores e as evidências fósseis e geológicas. Discordâncias como tarde e manhã antes de Sol e Lua são explicadas dizendo que o relato descreve fatos da maneira que um observador na terra os veria. O argumento é que os astros só se tornaram visíveis quando se abriram as nuvens que provavelmente cobriram a terra durante um longo período de sua história – talvez, em parte, ao efeito das plantas sobre a composição da atmosfera. Os que criticam essa abordagem argumentam que ela mais parece uma fuga do que uma explicação.  Discussão: Opiniões. II.2) Os dias da revelação: Esta interpretação afirma que os dias de Gênesis são dias literais, mas que não se trata dos dias em que Deus promoveu os atos de criação. São “dias de revelação” em que Ele revelou seu trabalho de criação para o autor de Gênesis. Seu argumento parte d seguinte questão: como algum homem poderia vir a saber acerca da atividade criadora de Deus, se não havia homem a não ser quase no final dessa? A resposta é: somente se Deus o tivesse revelado. Gênesis 1 fornece um (breve) registro do processo de revelação, que se estendeu por seis dias literais. A ordem dos atos de criação é considerada tópica ou uma mistura de ordem cronológica e tópica. É provável que a maior fraqueza dessa idéia seja o fato de não haver nenhuma indicação clara em Gênesis 1 que ele deva ser entendido como um relato sobre um processo de revelação, não um processo de criação.  Discussão: Opiniões. II.3) Uma lacuna na atividade criadora:

A teoria da “lacuna” ou da ‘reconstituição” foi apresentada pela primeira vez no século XVIII. Ela foi popularizada por Scofield quando este adotou em sua Bíblia anotada. De acordo com essa teoria, Gênesis 1:1 faz referência à criação original da terra. Depois disso, a terra sofreu ruína e destruição em conseqüência da rebelião e queda de Lúcifer e de alguns anjos. Para permitir isso, Gênesis 1:2 deve ser traduzido: “A terra tornou-se sem forma e vazia”. O restante do capítulo pode ser entendido como Deus reconstruindo a terra em seis dias literais. Todas as camadas rochosas, exceto a mais recente, são relegados à criação original. Esta teoria sustenta sua argumentação num sentido muito raro do verbo “ser”, no hebraico, usado em Gênesis 1:2. Além disso, afirmações na Bíblia de um efeito tão destrutivo pela queda dos anjos não são encontradas.  Discussão: Opiniões. II. Abordagem literário-cultural Na interpretação da Bíblia é muito importante verificar o tipo de linguagem do livro em questão. Esta abordagem de Gênesis 1:1 a 2:3 toma essa questão como ponto de partida e procura interpretar o texto segunda a ótica dos motivos do autor.  Que tipo de linguagem você acredita que há em Gênesis 1:1 a 2:3? 5) A partir do esquema-resumo dos dias da criação, procure estabelecer conexões entre eles. 6) O que tal estrutura poderia denotar? (Ver complemento I)

7) Quais expressões se repetem? E em que freqüência? (Ver complemento I)

8) Que intenção teria o autor ao adotar tal estrutura, com paralelismo e repetições tão cadenciadas? (ver complemento I)

A esta abordagem não-literal acrescenta-se um argumento cultural: qual o significado que o texto teria para o autor e para os leitores originais? Estariam eles tão preocupados em saber como Deus criou o mundo? Que leis e que processos Deus acionou na criação da vida?! Leia o texto abaixo: 14 “ Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre dia e noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. 15 E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fé.

16

Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor, para governar a noite; e fez também as estrelas. 17 E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, 18 para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. 19 Houve tarde e manhã, o quarto dia.” Gênesis 1:14-19, Bíblia Sagrada, João Ferreira Almeida

9) Há, em hebraico, palavras perfeitamente adequadas e comuns para sol e lua. Qual teria sido, então, a razão para o autor designar sol e lua apenas como “luzeiros”? (Ver complemento I)

No texto em hebraico, o verbo bara, usado somente para a atividade criadora de Deus (independente de matéria), aparece três vezes: nos versículos 1, 21 e 27. Faz sentido que tal verbo seja utilizado no versículo 1, no ato inicial da criação, e no versículo 27, na criação do homem, ato final do processo de criação. Mas por que no versículo 21?! “21 Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.” Gênesis 1:21, Bíblia Sagrada, João Ferreira Almeida

Qual seria a razão do uso do verbo bara neste versículo? Nas histórias babilônicas da criação os “monstros marinhos” ocupam lugar de destaque: o criador precisava destruir as forças do caos, representadas por monstros marinhos. Gênesis 1:21 seria um ataque a isso, afirmando claramente que o criador não precisava subjugar criaturas marinhas para proceder sua criação: ele as havia criado! - Críticas: os literalistas consideram tal abordagem sutil demais e alegam fazerem uma leitura bem mais simples e óbvia de Gênesis. “Reina o Senhor. Revestiu-se de majestade; de poder se revestiu o Senhor e se cingiu. Firmou o mundo, que não vacila.” Salmos 93:1, Bíblia Sagrada, João Ferreira Almeida “coberto

de luz como de um manto. Tu estendes os céus como uma cortina.” Salmos 104:2, Bíblia Sagrada, João Ferreira Almeida

Textos como estes eram usados para afirmar que a o sol se movia ao redor da terra, e não ao contrário. Parecia simples e óbvia tal interpretação, mas ela é errônea. Outra crítica é que a abordagem literário-cultural passa ao longo das questões levantadas pela ciência. Na realidade, tal abordagem leva em conta a natureza distinta das duas revelações de Deus: a bíblica (mais importante) e a científica. Elas não devem entrar em conflito.

 Qual sua posição quanto essa abordagem de Gênesis 1:1 a 2:3? Quais argumentos que poderiam ser levantados contra e/ou a favor?

CONCLUSÕES e REFLEXÕES Os que adotam uma abordagem literal parecem não gastar o tempo e a energia necessários para examinar a passagem através dos olhos dos antigos israelitas, a quem se destinava de início. A interpretação literalista entra em conflito direto com a idade da terra, determinada pelos cientistas através de diversos métodos independentes, todos dando alguns bilhões de anos. A teoria da evolução não é compatível com a abordagem literal. Não que se admita tal teoria como verdadeira. Vários são os pontos em que ela falha. Mas ela não é totalmente descartável, e é a forma como os cientistas atuais procuram entender a origem das espécies, não havendo nenhuma razão teológica forte para negar a possibilidade de Deus ter usado um processo evolutivo para dar existência às formas de vida que desejava.

COMPLEMENTO I (Possíveis respostas) 1. a) A primeira admite a possibilidade de Gênesis 1 não começar com um nada, mas com a existência de matéria sem forma, à qual Deus dá forma e ordem. Em outras palavras, ela não fala do começo absoluto do universo.

b) Há algumas razões para preferir a segunda tradução. A primeira, seriam trechos bíblicos, como os lidos. A segunda, “...o versículo1 fala da criação da terra ou, o mais provável, de todas as coisas (a frase “céus e terra” é a forma hebraica de expressar isso, de onde vem a tradução “universo”). Assim, parece estranho entender que o significado do versículo 2 é que a terra existia antes disso.” (Trecho de Gênesis Hoje, Ernest Lucas)

Terceiro, essa é a maneira que a maioria dos eruditos judaicos e cristãos tem entendido a passagem. 4. A não indicação de tarde e manhã daria a idéia de que o sétimo dia ainda não terminou. 5. 6. 7.

8.

Diz-se que a terra era sem forma e vazia quando foi criada. Os três primeiros dias lidam com sua forma e os três seguintes com sua ocupação por meio de criaturas adaptadas às suas diversas partes. As duas séries de dias formam um belo paralelo entre si, trazendo sensação de harmonia e beleza na criação de Deus. É um efeito conhecido como paralelismo. É interessante notar que muitas palavras e frases se repetem 3 ou sete vezes ou 10 vezes: “Disse Deus” (3 vezes a respeito do homem, sete a respeito de outras coisas); “e viu Deus que isso era bom” e “assim se fez” (sete vezes); “Deus abençoou”, “Deus criou”, “Deus criou o homem e a mulher” (três vezes). Curiosamente, a introdução (1:1-2) contém, no hebraico, 21 palavras (3x7) e a conclusão35 (5x7). “Tudo isso, afirmam, aponta para um autor interessado principalmente no simbolismo (neste caso, no simbolismo numérico) e, portanto, não preocupado (ou inspirado) em dar um relato cronológico exato.” Trecho de Gênesis Hoje

9.

“A resposta provável é que nas línguas semíticas, das quais faz parte o hebraico, as palavras “sol” e “lua” são, também, nomes de deuses. Os povos vizinhos dos hbreus cultuavam os corpos celestes, e Gênesis 1:14-19 é um ataque contra todas as coisas desse tipo. Os corpos celestes são simples “luzeiros’ (exatamente como grandes lâmpadas de óleo), criados para servir aos homens como referências de calendário (e não para serem servidos pelos homens).” Trecho de Gênesis Hoje

COMPLEMENTO II (Textos Complementares) Nota adicional sobre os Dias da Criação (Extraído) ¹ A Simetria do esquema de Gênesis 1 levanta a questão se devemos entender o capítulo cronologicamente ou de alguma outra maneira. É concebível que a idéia de "forma e repleção" tenha imposto a presente disposição ao material, parte do qual desenvolve-se em ordem diferente no capítulo 2 com vistas a ênfase diferente. Ou ainda, como Karl Barth o vê, a menção da luz antes da do sol e da lua poderia ler-se como "franco protesto contra toda e qualquer espécie de culto ao Sol", caso em que o objetivo polêmico teria de ser levado em conta como contribuindo para a estrutura de Gênesis 1. Outra teoria faz dos seis dias uma seqüência de dias de instrução dada ao autor, não dias da criação propriamente

dita. Mas ela repousa em grande parte numa errônea compreensão da palavra "fez" em Ex.20:11. Também, um interesse litúrgico poderia explicar o esquema de dias, se se pudesse evidenciar que este "hino" da criação foi composto para a celebração de uma semana festiva do Ano novo em Israel, semelhante ao rito babilônico de Akitu - hipótese baseada em fundamento particularmente pobre. Ainda, porém, pode-se insistir em que a ordem pertence à forma poética da passagem, e não deve ser salientada demais, visto que o interesse do autor é expor-nos o mundo visível como Obra das mãos de Deus, e não informa-nos de que este aspecto é mais antigo do que aquele. Justamente como seria impossivelmente prosaico inquirir o autor de, por exemplo, Jó 38 "sobre os odres dos céus" ou "laços do Órion", assim seria a errônea abordagem desta passagem esperar que seu esquema de dias seja informativo, e não estético. Talvez, uma ou outra dessas sugestões, justifique a intenção do capítulo. Entretanto, a marcha dos dias é um avanço progressivo majestoso demais para não incluir nenhuma idéia de seqüência ordenada. Além disso, parece muita sutileza adotar uma conceituação da passagem que elimine uma das impressões primordiais que ela causa no leitor comum. É uma história, e não apenas uma declaração. Como acontece com toda narrativa, exigiu a escolha de uma perspectiva, do material componente e de um método de narrar. Em cada um destes itens, a simplicidade constitui a nota dominante. A linguagem é a de todo dia, descrevendo as coisas segundo a sua aparência. Os contornos da história são nítidos, livres de exceções qualificações que distraem a atenção, livres também para agrupar matérias da mesma categoria (de modo que as árvores, por exemplo, antecipam a sua localização cronológica para entrarem na classificação do mundo vegetal), para cumprir um grande propósito no qual as exigências, ora de seqüência no tempo, ora de conteúdo e assunto, dirigem a apresentação, e o quadro completo revela o Criador e os Seus preparativos de um lugar no céu. http://www.geocities.com/baldaci/indexyom.htm

“Se sustentamos que o Espírito de Deus é a única fonte da verdade, não vamos rejeitar nem desprezar a verdade, onde quer que ela se revele, para não ofender o Espírito de Deus.” Institutas da Religião Cristã, João Calvino

“Atualmente, os físicos falam de “flutuações num vácuo quântico” que, de alguma forma, transformou-se numa bola de neve, resultando num big bang que formou o universo da maneira como o conhecemos. Para os cristãos, isso, caso se comprove, é apenas uma afirmação sobre o método que Deus escolheu para criar o universo que conhecemos. A doutrina cristã fornece algumas razões pelas quais Ele o fez...” Gênesis Hoje, Ernest Lucas

“Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.” 2 Pedro 3:8, Bíblia Sagrada, João Ferreira de Almeida

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