ESTUDANTES À ENTRADA DO SECUNDÁRIO 2010/2011
Ficha Técnica Título Estudantes à Entrada do Secundário – 2010/2011 Autoria Centro de Investigação e Estudos em Sociologia – Instituto Universitário de Lisboa (CIES) Fernando Luís Machado (coord.); David Nóvoas; Susana Fernandes; Tiago Pereira Edição Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE) Av. 24 de Julho, N.º 134 1399-054 LISBOA Tel.: 213 949 200 Fax: 213 957 610 URL: http://www.gepe.min-edu.pt ISBN: 978–972–614–533–2 Capa: GEPE Novembro de 2011
Índice
Índice
Índice .............................................................................................................................................. 5 Índice de Quadros .......................................................................................................................... 8 Índice de Gráficos ........................................................................................................................ 13 Índice de Figuras .......................................................................................................................... 16 Siglas ............................................................................................................................................ 17 Introdução..................................................................................................................................... 19 Notas Metodológicas .................................................................................................................... 21
I. Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino ............................. 28 1.1. Distribuição territorial, sexo e idade dos alunos ............................................................... 29 1.2. Nacionalidade e origem étnico-nacional ........................................................................... 32 1.3. Condição socioeconómica familiar dos alunos ................................................................. 33 1.4. Deslocação casa-escola ................................................................................................... 38 1.5. Estudantes e inserção profissional ................................................................................... 40
II. Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino ............................................ 44 2.1. Trajecto escolar à entrada do secundário: classificações, retenções e interrupções ...... 45 2.1.1. Níveis de desempenho escolar à saída do ensino básico ........................................ 45 2.1.2. Reprovações e interrupções no decurso do trajecto escolar .................................... 47 2.2. Desempenho escolar, contextos escolares e origens sociais .......................................... 49 2.2.1. Desempenho escolar e contextos escolares ............................................................. 49 2.2.2. Desempenho escolar e origens sociais ..................................................................... 51 2.2.3. Desempenho escolar e origens étnico-nacionais ...................................................... 54
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Índice
III. Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso ......................................................................... 58 3.1. A opção de prosseguimento de estudos no ensino secundário: factores sociais e escolares .................................................................................................................................. 59 3.2. A escola ............................................................................................................................ 64 3.2.1. Avaliações sobre as relações na escola ................................................................... 68 3.2.2. Avaliações sobre os espaços e equipamentos da escola ......................................... 72 3.2.3. Práticas de participação escolar e extra-escolar ....................................................... 77 3.3. O curso/modalidade .......................................................................................................... 82 3.3.1. Tipo de apoio na escolha do curso............................................................................ 86 3.3.2. Avaliações sobre o curso .......................................................................................... 88 3.3.2. Avaliações sobre a atitude e a disponibilidade dos professores ............................... 92
IV. Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário .......................................... 96 4.1. Mobilidade inter-escolas ................................................................................................... 96 4.1.1 Mobilidade inter-escolas: a mudança de escola induzida pela mudança de curso ... 96 4.1.2 Expectativas de mobilidade inter-escolas .................................................................. 99 4.2 Mobilidade entre modalidades/cursos ............................................................................. 103 4.2.1 Fluxos de mobilidade entre modalidades de ensino e formação/cursos ................. 103 4.2.2 Expectativas de mobilidade entre modalidades de ensino e formação/cursos ....... 106 4.3 Trajectórias reais e projectadas no ensino secundário por modalidade de ensino e formação ................................................................................................................................ 109
V. Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário.......................................... 112 5.1. Expectativas escolares ................................................................................................... 112 5.1.1. Expectativas escolares diferentes para a diversidade de modalidades.................. 112 5.1.2. Condição socioeconómica familiar dos alunos e expectativas escolares ............... 114 5.2. Expectativas profissionais ............................................................................................... 116
Conclusão................................................................................................................................... 121 Bibliografia .................................................................................................................................. 125 Glossário .................................................................................................................................... 135
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Índice
Lista de Escolas Participantes no Questionário: “Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino” ....................................................................................................................................... 141 Anexos ........................................................................................................................................ 161 I. Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino ........................... 163 II. Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino .......................................... 167 III. Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso ....................................................................... 168 IV. Mobilidade de Escola e Curso durante o Ensino Secundário .............................................. 183 V - Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário ........................................ 184
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Índice de Quadros
Índice de Quadros
I. Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Quadro 1.1 – Modalidade de ensino frequentada, segundo a idade (%)
31
Quadro 1.2 – Origem étnico-nacional (%)
32
Quadro 1.3 – Condições perante o trabalho na família (%)
35
Quadro 1.4 – Grande grupo de profissões dominante na família (%)
35
Quadro 1.5 – Modalidade de ensino frequentada, segundo a origem socioprofissional (%)
37
Quadro 1.6 – Origem socioprofissional, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
37
Quadro 1.7 – Situação face à escola e ao trabalho, segundo modalidade de ensino frequentada (%)
40
Quadro 1.8 – Razões para ter começado a trabalhar (%)
40
II. Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Quadro 2.1 – Número de Classificações negativas no final do 9.ºano ou equivalente (%)
45
Quadro 2.2 – Classificação final no 9.º ano ou equivalente à disciplina de Matemática/Matemática Aplicada (%)
46
Quadro 2.3 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo natureza do estabelecimento de ensino (%)
49
Quadro 2.4 – Média final das classificações no 9ºano ou equivalente, segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
50
Quadro 2.5 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo o tipo de certificação do curso (%)
50
Quadro 2.6 – – Média final das classificações no 9.ºano ou equivalente, segundo origem socioprofissional (%)
53
Quadro 2.7 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo origem socioprofissional (%)
54
Quadro 2.8 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo origens étnico-nacionais (%)
55
Quadro 2.9 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo nível de escolaridade da família e origens étnico-nacionais (%)
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56
Índice de Quadros
III. Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso Quadro 3.1 – Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino secundário,
59
segundo o tipo de certificação (%) Quadro 3.2 – Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino secundário,
60
segundo a modalidade de ensino frequentada (%) Quadro 3. 3– Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino secundário,
60
segundo o sexo (%) Quadro 3. 4– Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino secundário, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
61
Quadro 3.5 – Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino secundário,
62
segundo a origem socioprofissional (%) Quadro 3.6 – Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino secundário, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
62
Quadro 3.7 – Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino secundário, segundo o número de classificações negativas no final do 9.ºano ou equivalente (%)
63
Quadro 3.8 – Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino secundário, segundo o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
63
Quadro 3.9 – Principais razões para a escolha da escola, segundo tipo de certificação
64
(%) Quadro 3.10 – Principais razões para a escolha da escola, segundo a modalidade de
65
ensino frequentada (%) Quadro 3.11 – Principais razões para a escolha da escola, segundo o nível de
66
escolaridade dominante na família (%) Quadro 3.12 – Principais razões para a escolha da escola, segundo a origem
67
socioprofissional (%) Quadro 3.13 – Grau de concordância sobre as relações na escola, segundo a modalidade
69
de ensino frequentada (%) Quadro 3.14 – Grau de concordância sobre as relações na escola, segundo a média final
71
das classificações no 9.ºano ou equivalente (%) Quadro 3.15 – Grau de concordância sobre as relações na escola, segundo o número de
71
reprovações ao longo do trajecto escolar (%) Quadro 3.16 – Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e equipamentos da escola, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou
75
equivalente (%) Quadro 3.17 - Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e equipamentos da escola, segundo o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
76
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Índice de Quadros
Quadro 3.18 – Principais razões para a escolha do curso, segundo tipo de certificação (%)
82
Quadro 3.19 – Principais razões para a escolha do curso, segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
83
Quadro 3.20 – Principais razões para a escolha do curso, segundo o sexo (%)
84
Quadro 3.21 – Principais razões para a escolha do curso, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
84
Quadro 3.22 – Principais razões para a escolha do curso, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
85
Quadro 3.23 – Grau de concordância sobre algumas dimensões pedagógicas do curso, segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
90
Quadro 3.24 – Atitude e disponibilidade dos professores, segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
93
IV. Mobilidade de Escola e Curso durante o Ensino Secundário Quadro 4.1 – Principais razões para terem mudado de escola durante o ensino secundário, segundo o tipo de certificação (%)
98
Quadro 4.2 – Mudança de escola no ensino secundário, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
99
Quadro 4.3 – Mudança de escola no ensino secundário, segundo o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
99
Quadro 4.4 – Principais razões para esperarem mudar de escola durante o ensino secundário, segundo o tipo de certificação (%)
100
Quadro 4.5 – Expectativa de mudança de escola no ensino secundário, segundo o sexo (%)
101
Quadro 4.6 – Expectativa de mudança de escola no ensino secundário, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
101
Quadro 4.7 – Expectativa de mudança de escola no ensino secundário, segundo a origem socioprofissional (%)
101
Quadro 4.8 – Expectativa de mudança de escola no ensino secundário, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
101
Quadro 4.9 – Principal razão para a não mudança de escola, sendo que gostaria de o fazer (%)
102
Quadro 4.10 – Modalidade de ensino e formação do curso anterior, segundo a modalidade profissionalmente qualificante frequentada (%)
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104
Índice de Quadros Quadro 4.11 – Principais razões a mudança de curso, segundo o tipo de certificação (%)
104
Quadro 4.12 – Mudança de curso no ensino secundário, segundo a média final das
105
classificações no 9.ºano ou equivalente (%) Quadro 4.13 – Mudança de curso no ensino secundário, segundo o número de
105
reprovações ao longo do trajecto escolar (%) Quadro 4.14 – Fluxos projectados no ensino secundário:mobilidade a partir cursos
107
científico-humanísticos (%) Quadro 4.15 – Principais razões para desejarem mudar de curso durante o ensino
107
secundário, segundo o tipo de certificação (%) Quadro 4. 16– Expectativa de mudança de curso no ensino secundário, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
108
Quadro 4.17 – Expectativa de mudança de curso no ensino secundário, segundo o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
108
Quadro 4.18 – Principais razões para não mudar de mudar de curso durante o ensino
108
secundário, quando o desejavam fazer (%) Quadro 4.19 – Trajectórias reais e projectadas no ensino secundário, por modalidade de ensino frequentada (%)
109
Gráfico 4.20 – Trajectórias reais e projectadas nos cursos científico-humanísticos (%)
110
V. Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-secundário
Quadro 5.1 – Expectativas de percurso escolar, segundo o tipo de certificação do curso
112
(%) Quadro 5.2 – Razões para não continuarem a estudar após a conclusão do ensino secundário, segundo o tipo de certificação do curso (%)
113
Quadro 5.3 – Expectativas de percurso escolar, segundo o nível de escolaridade na família (%)
115
Quadro 5.4 – Expectativas de percurso escolar, segundo a origem socioprofissional (%)
115
Quadro 5.5 – Expectativas de percurso escolar, segundo a média final das classificações
115
no 9.ºano ou equivalente (%) Quadro 5.6 – Expectativas de percurso escolar, segundo o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
116
Quadro 5.7 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos (%)
116
Quadro 5.8 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram profissões, segundo expectativas escolares (%)
117
Estudantes à Entrada do Secundário | 11
Índice de Quadros
Quadro 5.9 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram profissões, segundo tipo de certificação (%)
117
Quadro 5.10 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram profissões, segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
118
Quadro 5.11 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram profissões, segundo o nível de escolaridade na família (%)
118
Quadro 5.12 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram profissões, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
119
Quadro 5.13 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram profissões, segundo o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
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120
Índice de Gráficos
Índice de Gráficos
I. Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino Gráfico 1.1 – Tipologia do estabelecimento de educação e ensino frequentado (%)
28
Gráfico 1.2 – Modalidade de ensino e formação frequentada (%)
28
Gráfico 1.3 – Natureza do estabelecimento de ensino, por modalidade frequentada (%)
29
Gráfico 1.4 – NUTS II dos estabelecimentos de ensino frequentados (%)
29
Gráfico 1.5 – Tipo de certificação do curso, segundo o sexo (%)
30
Gráfico 1.6 – Modalidade de ensino frequentada, segundo o sexo (%)
30
Gráfico 1.7 – Sexo, segundo a idade (%)
30
Gráfico 1.8 – Tipo de certificação do curso, segundo a idade (%)
31
Gráfico 1. 9– Nacionalidade, segundo a origem étnico-nacional (%)
32
Gráfico 1.10 – Principal língua falada em casa (%)
32
Gráfico 1.11 – Tipo de núcleo familiar (%)
33
Gráfico 1.12 – Nível de escolaridade dominante na família (%)
33
Gráfico 1.13 – Tipo de certificação do curso, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
34
Gráfico 1.14 – Modalidade de ensino frequentada, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
34
Gráfico 1.15 – Origem socioprofissional dos alunos (%)
36
Gráfico 1.16 – Tipo de certificação do curso, segundo a origem socioprofissional (%)
36
Gráfico 1.17 – Meio de deslocação utilizado pelos alunos no percurso casa-escola (%)
38
Gráfico 1.18 – Tipo de certificação do curso, segundo o tempo demorado no percurso casa-escola (%)
38
Gráfico 1.19 – Modalidade de ensino frequentada, segundo o tempo demorado no percurso casa-escola (%)
39
Gráfico 1.20 – Meio de transporte utilizado no percurso casa-escola, por tempo de percurso (%)
39
Gráfico 1.21 – Regime de trabalho dos alunos que trabalham ou estão desempregados (%)
40
Gráfico 1.22 – Regime de trabalho dos alunos que trabalham ou estão desempregados (%)
41
Estudantes à Entrada do Secundário | 13
Índice de Gráficos
II. Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Gráfico 2.1 – Média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
45
Gráfico 2.2 – Classificação final no 9.º ano ou equivalente à disciplina de Língua Portuguesa (%)
46
Gráfico 2.3 – Classificação final no 9.º ano ou equivalente à disciplina de Ciências Físicoquímicas (%)
47
Gráfico 2.4 – Classificação final no 9.º ano ou equivalente à disciplina de Língua Estrangeira (%)
47
Gráfico 2.5 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
47
Gráfico 2.6 – Anos de reprovação ao longo do trajecto escolar (%)
48
Gráfico 2.7 – Número de interrupções ao longo do trajecto escolar (%)
48
Gráfico 2.8 – Média final das classificações no 9.ºano ou equivalente, segundo natureza do estabelecimento de ensino (%)
49
Gráfico 2.9 – Média final das classificações no 9.ºano ou equivalente, segundo o tipo de certificação do curso (%)
50
Gráfico 2.10 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
51
Gráfico 2.11 – Média final das classificações no 9ºano ou equivalente, segundo o sexo (%)
51
Gráfico 2.12 - Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo o sexo (%)
52
Gráfico 2.13 – Média final das classificações no 9ºano ou equivalente, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
52
Gráfico 2.14 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
53
III. Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Gráfico 3.1 – Grau de concordância sobre as relações na escola (%)
68
Gráfico 3.2 – Grau de concordância sobre as relações na escola, segundo o tipo de certificação do curso (%)
68
Gráfico 3.3 – Grau de concordância sobre as relações na escola, segundo a natureza do estabelecimento de ensino (%)
70
Gráfico 3.4 – Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e equipamentos da escola (%)
72
Gráfico 3.5 – Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e equipamentos da escola, segundo o tipo de certificação do curso (%)
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73
Índice de Gráficos
Gráfico 3.6 – Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e equipamentos da escola, segundo a natureza do estabelecimento de ensino (%)
74
Gráfico 3.7 – Participação formal em actividades escolares (%)
77
Gráfico 3.8 – Participação formal em actividades escolares, segundo o tipo de certificação do curso (%)
78
Gráfico 3.9 – Participação formal em actividades escolares, segundo o sexo (%)
79
Gráfico 3.10 – Participação não formal em actividades escolares (%)
80
Gráfico 3.11 – Participação não formal em actividades escolares, segundo o tipo de certificação do curso (%)
80
Gráfico 3.12 – Participação dos alunos em actividades fora do contexto escolar (%)
81
Gráfico 3.13 – Existência de apoio na escolha do curso (%)
86
Gráfico 3.14 – Utilidade do apoio fornecido na escolha do curso (%)
86
Gráfico 3.15 – Existência de apoio na escolha do curso, segundo tipo de certificação (%)
87
Gráfico 3. 16– Grau de concordância sobre algumas dimensões pedagógicas do curso
88
(%) Gráfico 3.17 – Grau de concordância sobre algumas dimensões pedagógicas do curso,
89
segundo o tipo de certificação do curso (%) Gráfico 3.18 – Grau de concordância sobre algumas dimensões pedagógicas do curso,
91
segundo o sexo (%) Gráfico 3.19 – Grau de Concordância sobre as atitudes e disponibilidade dos professores
92
(%) Gráfico 3.20 – Grau de Concordância sobre as atitudes e disponibilidade dos professores,
93
segundo o tipo de certificação do curso (%) Gráfico 3.21 – Grau de Concordância sobre as atitudes e disponibilidade dos professores, segundo a natureza do estabelecimento de ensino (%)
94
IV. Mobilidade de Escola e Curso durante o Ensino Secundário Gráfico 4.1 – Tipo de certificação do curso anterior e actual dos alunos que mudaram de
98
escola (%)
V. Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-secundário
Gráfico 5.1 – Expectativas de percurso escolar, segundo a modalidade de ensino
113
frequentada (%) Gráfico 5.2 – Expectativas de percurso escolar, segundo a natureza do estabelecimento de ensino (%)
114
Gráfico 5.3 – Expectativas de percurso escolar, segundo o sexo (%)
114
Estudantes à Entrada do Secundário | 15
Índice de Figuras
Índice de Figuras
IV. Mobilidade de Escola e Curso durante o Ensino Secundário
Figura 1 – Mobilidades entre escolas, modalidades de ensino e cursos no ensino secundário (%)
97
Figura 2 – Expectativas de mobilidade entre escolas, modalidades e cursos no ensino secundário (%)
99
Figura 3 – Fluxos no ensino secundário: mobilidade entre cursos/modalidades de ensino e formação (%)
103
Figura 4 – Fluxos de mudança projectada no ensino secundário: mobilidade entre modalidades/cursos de ensino e formação (%)
16 | Estudantes à Entrada do Secundário
106
Siglas
Siglas
CCH – Cursos Científico-Humanísticos CP – Cursos Profissionais CPQ – Cursos Profissionalmente Qualificantes CT – Cursos Tecnológicos DRE – Direcções Regionais de Educação EAE – Ensino Artístico Especializado EB – Escola Básica ES – Escola Secundária EBS – Escola Básica e Secundária EA – Escola Artística EP – Escola Profissional GEPE – Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação NUTS – Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas OTES – Observatório de Trajectos de Estudantes do Ensino Secundário PALP – Países Africanos de Língua Portuguesa
Estudantes à Entrada do Secundário | 17
Introdução
Introdução
Com o objectivo de conhecer os percursos e as vivências escolares dos estudantes, o Observatório de Trajectos dos Estudantes do Ensino Secundário (OTES/GEPE) implementou o inquérito por questionário “Estudantes à Entrada do Secundário – 2010/2011”. A informação recolhida contribui para monitorizar o sistema educativo à entrada do secundário e as análises produzidas a partir dessa informação permitem apoiar o processo de tomada de decisão a nível central e local. Todas as escolas a nível nacional, públicas e privadas de Portugal Continental foram convidadas a participar neste questionário. Os dados apresentados neste relatório resultam da aplicação do questionário a 67 043 alunos (65,6% do universo dos destinatários da inquirição) de 748 escolas (92,1% do universo de escolas públicas e privadas de Portugal Continental). É de realçar a grande dimensão da amostra, a abrangência conseguida em termos de contextos territoriais e de tipos de estabelecimentos escolares e a variedade e riqueza da informação obtida. O relatório está estruturado numa secção prévia de notas metodológicas e em cinco capítulos. A secção metodológica abrange questões referentes, por um lado, aos procedimentos de preparação e aplicação do questionário e, por outro lado, à explicação da construção de variáveis compósitas (construídas a partir de variáveis primárias) que serão utilizadas ao longo de todo o documento. No primeiro capítulo é feita a caracterização sociográfica dos alunos inquiridos, analisando-se questões como a distribuição territorial, a composição sexual e etária, a modalidade de ensino frequentada, as características sociais e económicas dos contextos familiares dos alunos e a sua origem étnico-nacional. O segundo capítulo dedica-se à análise do desempenho escolar dos inquiridos, nomeadamente as classificações obtidas no final do ensino básico e as reprovações e interrupções que ocorreram ao longo do seu trajecto escolar. Observa-se, também, como é que esses dois conjuntos de indicadores de desempenho se relacionam quer com os contextos escolares quer com os meios sociais de origem dos alunos.
Estudantes à Entrada do Secundário | 19
Introdução No terceiro capítulo, o mais longo, são analisadas as razões que levaram os estudantes a escolher a escola e o curso que frequentavam no momento do inquérito; as avaliações que fazem sobre as relações entre os vários actores presentes na escola e sobre a adequação dos espaços e equipamentos escolares; as suas práticas de participação formal e não formal em actividades escolares não-lectivas e em actividades extra-escolares; o tipo de apoio obtido na escolha do curso; e as avaliações que fazem do curso que frequentam e do ensino aí ministrado. O quarto capítulo toma como objecto os fluxos de mudança de escola, de modalidade de ensino e de curso durante o percurso no ensino secundário. São analisadas quer as mudanças efectivas quer as desejadas, identificando-se as razões que levaram os alunos a ter mudado e aquelas que os fazem desejar mudar. Os fluxos de mudança detectados são relacionados com os tipos de curso e de modalidade de ensino frequentados, quer anteriormente quer no momento do inquérito. O quinto capítulo aborda as expectativas dos estudantes relativamente ao período póssecundário, em termos de projectos escolares e profissionais. São caracterizados os percursos escolares pretendidos e identificadas as profissões que esperam estar a desempenhar aos 30 anos. Estas expectativas serão também analisadas em função de variáveis de desempenho escolar e de origem socioeconómica. Fecha o relatório uma conclusão onde se apresentam de forma sintética os principais resultados das análises feitas ao longo dos cinco capítulos.
20 | Estudantes à Entrada do Secundário
Notas metodológicas
Notas Metodológicas
Para a realização do presente estudo a equipa do OTES/GEPE contou com a colaboração valiosa das Direcções Regionais de Educação (DRE). As escolas com oferta do nível secundário de secundário, públicas e privadas de Portugal Continental foram convidadas a participar no inquérito por questionário “Estudantes à Entrada do Secundário – 2010/11”, participando neste processo 748 estabelecimentos de ensino (92,1% do universo de escolas 1
destinatárias) . Trata-se de estabelecimentos de ensino com o 10.º ano ou equivalente, nas seguintes modalidades de ensino e formação: cursos científico-humanísticos; ensino artístico especializado – artes visuais e audiovisuais; cursos de educação e formação – tipo 4; cursos profissionais; e cursos tecnológicos. A aplicação do questionário foi efectuada entre os meses de Março e Junho de 2011 e foram inquiridos 65,6% dos alunos matriculados (67 043 de um universo de 102 203 alunos) nas modalidades de ensino e formação referidas, que estavam a frequentar a escola aquando da inquirição. Ficaram de fora os alunos que no momento da inquirição já tinham desistido, que estavam ausentes, que não apresentaram a autorização de preenchimento necessária ou que optaram por não participar. Ao longo do relatório serão utilizados, para efeitos comparativos, dados do primeiro inquérito OTES/GEPE feito a alunos que frequentavam o 10.º ano ou equivalente no ano lectivo de 2007/08. Esse inquérito foi realizado entre Abril e Julho de 2008 e contou com a participação de 46 175 alunos (44,0% do universo de destinatários) e de 588 escolas (74,6% do universo de escolas com o 10.º ano ou equivalente nas modalidades de ensino abrangidas pelo OTES/GEPE). A comparação das duas coortes de alunos permite tirar conclusões importantes relativamente à evolução do seu perfil social e das suas práticas e avaliações sobre a escola. O aumento do número de escolas e alunos que participaram no inquérito de 2010/11 demonstra claramente uma interiorização do processo de inquirição do OTES/GEPE por parte dos estabelecimentos de ensino e a compreensão da mais-valia trazida pela recolha e análise de dados relativos a dimensões fundamentais do funcionamento do sistema educativo ao nível do secundário.
1
A listagem de escolas participantes no questionário “Estudantes à Entrada do Secundário – 2010/11” pode ser consultada no final do estudo
Estudantes à Entrada do Secundário | 21
Notas metodológicas
Preparação e Aplicação do Questionário No processo de envolvimento dos estabelecimentos de ensino na aplicação do inquérito apostou-se, uma vez mais, na colaboração entre o OTES/GEPE e as DRE, que disponibilizaram o trabalho das suas equipas de apoio às escolas. Essas equipas tiveram um papel preponderante na mobilização das escolas, através da sua campanha de divulgação e do contacto directo com as mesmas, em que deram a conhecer o OTES/GEPE, os seus objectivos e os procedimentos de aplicação do questionário. Posteriormente foram enviadas às escolas, por via electrónica, as informações necessárias para a condução do processo de inquirição (palavra-chave/login da área de aplicação do questionário on-line, informações sobre o período de aplicação e manual de apoio ao processo de inquirição). O envio foi realizado de forma faseada, segundo as regiões do país e a natureza dos estabelecimentos de ensino. Com base nas informações distribuídas pelas DRE e pelo OTES/GEPE, as escolas procederam à sua inscrição numa plataforma electrónica desenvolvida para este propósito, fornecendo dados sobre o número de alunos inscritos por curso e modalidades de ensino e formação no ano lectivo de 2010/11.
Procedimentos de Construção de Variáveis Compósitas O questionário “Estudantes à Entrada do Secundário – 2010/11” permitiu recolher uma quantidade de informação alargada relativa a numerosas variáveis primárias, que nem sempre são apresentadas e analisadas na sua forma original. Optámos, em certos casos, pela construção e utilização de variáveis compósitas, analiticamente mais ricas, como as que de seguida se apresentam.
Condição Perante o Trabalho na Família Esta variável foi construída através da combinação das variáveis relativas à condição perante o trabalho de cada um dos responsáveis do agregado familiar identificados pelos alunos. A partir desses indicadores foram constituídas as seguintes categorias:
Ambos os responsáveis exercem profissão;
Um responsável trabalha e o outro está desempregado;
22 | Estudantes à Entrada do Secundário
Notas metodológicas
Um responsável trabalha e o outro está inactivo;
Ambos os responsáveis estão desempregados;
Ambos os responsáveis estão inactivos;
Um responsável está desempregado e o outro está inactivo.
Idade dos Alunos
A variável “idade dos alunos” resulta da diferença entre a data de nascimento dos alunos e a 2
data de início do ano lectivo de 2010/2011. A idade foi posteriormente recodificada em intervalos etários para uma melhor apresentação e análise dos resultados. Línguas Faladas em Casa
No questionário foi solicitado aos estudantes que indicassem a língua habitualmente falada em casa ou, caso falassem mais do que uma, as duas línguas mais habituais, captando-se, assim, as situações de mono e bilinguismo. Para efeitos de análise optou-se pela agregação das línguas recenseadas segundo a família 3
linguística à qual pertencem:
Crioulos de base lexical portuguesa (de Cabo-Verde, Guiné-Bissau e S. Tomé e Príncipe);
Línguas eslavas (bielorrusso, bósnio, búlgaro, checo, croata, esloveno, polaco, russo, sérvio e ucraniano);
Línguas germânicas (alemão, dinamarquês, inglês, islandês, neerlandês e sueco);
Línguas românicas (castelhano, catalão, francês, galego, italiano, moldavo, romeno e, embora na presente análise tenha uma categoria própria, português).
Na categoria “outras línguas” encontram-se todas aquelas que, em termos percentuais, assumiram valores residuais. Nível de Escolaridade Dominante na Família Este indicador baseia-se na leitura integrada dos níveis de escolaridade dos responsáveis do agregado familiar do aluno, atribuindo-se a esse agregado o nível de escolaridade do elemento que tem o nível de escolaridade mais elevado (Martins, Mauritti e Costa, 2005; Mauritti, 2002). Nos casos em que o aluno identificou apenas um responsável foi o respectivo nível de escolaridade que foi atribuído ao agregado. 2 3
8 de Setembro de 2010, segundo o Despacho nº 36 724 do DR série II, de 6 de Julho de 2010. http://www.ethnologue.com/family_index.asp
Estudantes à Entrada do Secundário | 23
Notas metodológicas
Médias das Classificações (Ciências Físico-Químicas, Língua Estrangeira, Matemática e Português)
A variável compósita “média das classificações” resulta da média das classificações obtidas às disciplinas de português, matemática ou matemática aplicada, ciências físico-químicas ou física ou química, e língua estrangeira no final do ensino básico. Na construção desta variável foram contabilizados apenas os alunos que indicaram a classificação obtida em pelo menos três das disciplinas referidas. Previamente ao cálculo desta média efectuou-se a reconversão para a escala de 1 a 5 valores
4
das classificações dos alunos avaliados segundo a escala de 1 a 20 valores (alunos provenientes de cursos de educação e formação e cursos de aprendizagem de nível 2). Origem Étnico-Nacional A variável “origem étnico-nacional” baseia-se no trabalho desenvolvido por Machado e Matias (2006) e Machado, Matias e Leal (2005). Para a sua operacionalização foram combinadas as naturalidades dos estudantes e dos seus familiares (pais ou outros responsáveis). O prefixo “luso” foi atribuído sempre que no agregado familiar se conjugasse a naturalidade portuguesa do aluno com a naturalidade estrangeira de, pelo menos, um dos responsáveis do agregado. A categoria “descendentes de ex-emigrantes” (GIASE, 2005; Entreculturas, 2004) foi utilizada sempre que os responsáveis do aluno fossem naturais de Portugal e o aluno tivesse naturalidade estrangeira. Nas categorias não mistas – africanos, sul-americanos, europeus –, foram incluídos os alunos com naturalidade de países africanos, sul-americanos ou europeus, cujos pais tenham naturalidade desses mesmos países. Na categoria “outras origens” agregaram-se as situações mistas mais complexas e casos residuais. Origem Socioprofissional A construção da variável “origem socioprofissional” baseia-se na tipologia ACM, apresentada em Almeida (1986), Almeida, Costa e Machado (1988) e Costa (1999). A tipologia, na sua versão básica, inclui cinco categorias socioprofissionais (ou de classe) resultantes do cruzamento em matriz das variáveis primárias “situação na profissão” e “profissão” (sob a forma dos Grandes Grupos Profissionais (GGP) da Classificação Nacional de Profissões” (IEFP, 1994) relativas aos responsáveis do agregado familiar do aluno.
4
Despacho normativo nº 28/2007, DR Série II, de 3 de Agosto de 2007.
24 | Estudantes à Entrada do Secundário
Notas metodológicas
À semelhança do que se fez na variável “nível de escolaridade dominante na família”, atribuiuse ao agregado a categoria socioprofissional do elemento com a categoria mais elevada. Nos casos em que o aluno identificou apenas um responsável foi a respectiva categoria socioprofissional que foi atribuída ao agregado. As cinco categorias socioprofissionais são as seguintes:
“Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais” (indivíduos em situação patronal, independentemente do grupo profissional de pertença; indivíduos dos Grandes Grupos Profissionais 1, 2 e 3 trabalhadores por conta própria; indivíduos do Grande Grupo Profissional 1 trabalhadores por conta de outrem);
“Profissionais Técnicos e de Enquadramento” (indivíduos pertencentes aos GGP 2 e 3 trabalhadores por conta de outrem);
“Trabalhadores Independentes” (indivíduos dos GGP 5 a 9 trabalhadores por conta própria);
“Empregados Executantes” (indivíduos dos GGP 4 e 5 e do sub-grupo 9.1 trabalhadores por conta de outrem);
“Operários” (indivíduos dos GGP 6, 7 e 8 e dos subgrupos 9.2 e 9.3 trabalhadores por conta de outrem).
Tipo de Certificação
A variável “tipo de certificação” resulta da recodificação/agregação das modalidades de ensino e formação dos estudantes, tendo como base o tipo de certificação associado a cada uma dessas modalidades de ensino. Foram criadas duas categorias: (1) cursos científicohumanísticos (cursos com certificação escolar); (2) cursos profissionalmente qualificantes (cursos com certificação escolar e profissional – cursos tecnológicos, curso de artes visuais e audiovisuais do ensino artístico especializado, cursos de educação e formação e cursos profissionais). Tipo de Núcleo Familiar A variável “tipo de núcleo familiar” foi definida a partir da reconstrução da composição do agregado doméstico dos alunos captada por variáveis primárias. Partindo do contributo de diferentes autores neste domínio (Aboim, 2003 e 2005; Casimiro, 2003; Leite, 2003 e 2004; Lobo, 2005; Wall, 2003) foi construída a seguinte tipologia de famílias:
Estudantes à Entrada do Secundário | 25
Notas metodológicas
Núcleos familiares conjugais (alunos que vivem com ambos os pais);
Famílias monoparentais (alunos que vivem apenas com um dos progenitores);
Famílias reconstituídas, por vezes também denominadas famílias recompostas (alunos que vivem com, pelo menos, um dos progenitores e uma madrasta e/ou padrasto);
“Outras situações” (categoria que abarca composições familiares residuais na amostra, por exemplo, alunos a viverem apenas com avós, a viverem em instituições ou a viverem sozinhos).
26 | Estudantes à Entrada do Secundário
I Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
I. Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino A frequência do ensino secundário constitui-se cada vez mais como um referencial educacional base para a população portuguesa. Consequentemente, as escolas do país que oferecem este nível de ensino são frequentadas por públicos cada vez mais distintos, oriundos de diferentes contextos sociais. O presente capítulo tem por objectivo caracterizar os alunos que frequentavam o 10.º ano ou equivalente no ano lectivo de 2010/2011, dando deste modo a conhecer, de uma forma mais aprofundada, os jovens estudantes portugueses. Uma
Gráfico 1.1 – Tipologia do estabelecimento de
à
tipologia
dos
pelos alunos inquiridos revela que a maioria
0,3
encontra-se inscrita em escolas secundárias
ES EBS
se distribuídos por escolas profissionais
11,8
(17,5%) e escolas com o ensino básico e secundário
0,6
EP
5
(69,7%), sendo que os restantes encontram-
69,7
EA
análise
estabelecimentos de ensino frequentados
educação e ensino frequentado (%) EB
primeira
(11,8%)
(Gráfico
1.1).
Relativamente à natureza do estabelecimento
17,5
de ensino frequentado, 76,2% encontram-se
0 20 40 60 80 Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
em escolas do ensino público (ver anexo – Gráfico 1.1).
No que diz respeito à modalidade de ensino
e
verificamos encontra-se
formação que
a
maioria
matriculada
Do
lado
em do
cursos ensino
profissionalmente qualificante, os cursos profissionais (CP) englobam 34,9% dos alunos
inquiridos,
e
os
restantes
distribuem-se pelos cursos tecnológicos (CT)
(3,2%),
ensino
frequentada (%)
(61,2%)
científico-humanísticos (CCH) (Gráfico 1.2).
Gráfico 1.2 – Modalidade de ensino e formação
frequentada, 80 60
61,2
34,9
40 20 0
artístico
6
especializado (EAE) (0,7%) e cursos de
3,2
CCH
CT
0,7
0,1
EAE
CEF
CP
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
educação e formação (CEF) (0,1%).
5
Tipologia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 299/2007 de 22 de Agosto. O ensino artístico especializado surge incluído no conjunto de vertentes profissionalmente qualificantes, uma vez que o curso de artes visuais e audiovisuais é o único que usufrui de um modelo de dupla certificação nesta modalidade de ensino e formação 6
28 | Estudantes à Entrada do Secundário
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Analisando
a
modalidade
de
ensino
frequentada segundo a natureza jurídica do estabelecimento de ensino, verifica-se que
todas
as
frequentadas
modalidades
maioritariamente
Gráfico 1.3 – Natureza do estabelecimento de ensino, por modalidade frequentada (%) CCH
89,6
10,4
são em
CT
59,8
40,2
estabelecimentos públicos (Gráfico 1.3). Os estudantes que frequentam cursos de educação e formação, cursos científicohumanísticos e cursos de ensino artístico especializado
estão
em
larguíssima
EAE
92,3
CEF
7,7
97,7
CP
2,3
53,9
46,1
maioria em estabelecimentos públicos. Nos cursos profissionais e nos cursos tecnológicos,
a
distribuição
é
0
20
40
60
Público
mais
80
100
Privado
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
balanceada.
1.1. Distribuição territorial, sexo e idade dos alunos
Gráfico 1.4 – NUTS II dos estabelecimentos de ensino frequentados (%) 50
aquelas que concentram a grande maioria
40 24,9
dos alunos (Gráfico 1.4). Aprofundando a
23,2
análise ao nível das NUTS III, conclui-se que
20 7,4
10 0
Norte
II) dos estabelecimentos de ensino, verificase que as regiões Norte, Centro e Lisboa são
40,4
30
Relativamente à distribuição territorial (NUTS
Centro
Lisboa
Alentejo
é nas sub-regiões da Grande Lisboa (17,7%), 4,1 Algarve
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Grande Porto (12,7%), Tâmega (6,2%), Ave (6,1%) e Península de Setúbal (5,5%) que se encontram os maiores agregados de alunos (ver anexo – Quadro 1.1).
Uma das características do processo de escolarização dos jovens portugueses nas últimas décadas é o aumento gradual da percentagem de alunos de sexo feminino (Almeida e Vieira, 2006). Os dados aqui recolhidos confirmam-no, mostrando que 52,0% dos inquiridos são raparigas (ver anexo – Gráfico 1.2).
Estudantes à Entrada do Secundário | 29
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Gráfico 1.5 – Tipo de certificação do curso,
Contudo, a presença percentual dos dois sexos varia com
segundo o sexo (%)
o tipo de certificação
conferida pelo curso frequentado (Gráfico 1.5).
CCH
42,8
57,2
A maioria feminina acentua-se nos cursos científico-humanísticos composição
(57,2%)
inverte-se
nos
e
a
CPQ
56,1
43,9
cursos 0
profissionalmente qualificantes, em que os
20
40
60
Masculino
estudantes do sexo masculino são maioritários (56,1%).
80
100
Feminino
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Gráfico 1.6 – Modalidade de ensino frequentada,
Desdobrando as várias modalidades de
segundo o sexo (%)
ensino frequentadas, podemos fazer
100 80
55,6
64,9
60
0
de composição sexual. Assim, vemos que as raparigas são maioritárias nos
86,0
cursos científico-humanísticos e no
40 20
uma análise mais fina das diferenças
34,2
42,8
65,8
57,2
44,4
35,1 14,0 CCH
CT
EAE
Masculino
CEF
CP
Feminino
ensino artístico especializado e que os rapazes são maioritários nas restantes modalidades, com especial destaque para
os
cursos
de
educação
e
formação (86,0%) (Gráfico 1.6).
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
No que diz respeito à composição etária, 65,3% dos inquiridos têm a idade esperada para a frequência do 10.º ano de escolaridade (15 anos ou menos). Dos restantes, 18,3% têm 16 anos, 9,5% têm 17 anos e os outros têm 18 ou mais anos (ver anexo – Gráfico 1.3). Ou seja, cerca de um terço dos estudantes estão atrasados no seu percurso, o que se deve, principalmente, a reprovações acontecidas em anos lectivos anteriores. Analisando a distribuição dos estudantes por
Gráfico 1.7 – Sexo, segundo a idade (%)
idade e sexo, verificamos que a percentagem de
100
raparigas na idade esperada para a frequência
80
do 10.º ano de escolaridade é maior do que a dos rapazes (Gráfico 1.7). Esta diferença resulta
60
do facto conhecido de as raparigas terem, em
40
média, melhores desempenhos escolares, em
20
parte
devido
a
um
investimento
na
escolarização maior do que o dos rapazes (Silva, 1999; Alves, 1998).
0
60,9
69,5
19,8
16,9
11,2 8,1
7,9 5,7 Feminino
Masculino <=15 anos
16
17
>=18 anos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
30 | Estudantes à Entrada do Secundário
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
A distribuição etária dos estudantes por
Gráfico 1.8 – Tipo de certificação do curso,
tipo de certificação conferida revela
segundo a idade (%)
realidades
distintas
nos
científico-humanísticos
cursos
e
100
nos
80
33,8
36,2
27,2
28,2
20,6
19,8
18,4
15,9
07/08
10/11
profissionalmente qualificantes. Se a maioria dos que estão em cursos científico-humanísticos (83,9%) tem a idade esperada para a frequência do 10.º ano, ou seja, até 15 anos, nos cursos profissionalmente qualificantes apenas 36,2% têm essa idade. A
60
82,5
40 20
12,8
0
3,5 1,3 07/08 <=15 anos
cursos (63,8%) tem 16 ou mais anos, um
nível
elevado
12,0 2,9 1,1 10/11 CCH
maioria dos que frequentam esses indiciando
83,9
de
CPQ 16
17
>=18 anos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 07/08 e 10/11.
retenção no trajecto passado, retenção que poderá também ter contribuído para que tenham mudado para esse tipo de cursos (Gráfico 1.8). Comparativamente com os dados recolhidos à entrada do secundário no ano lectivo de 2007/08, verificamos que a distribuição em análise se manteve praticamente inalterada, verificando-se apenas um ligeiro acréscimo nos estudantes até 15 anos nos cursos profissionalmente qualificantes e consequente redução dos alunos mais velhos (Gráfico 1.8). Da análise da modalidade de ensino Quadro 1.1 – Modalidade de ensino frequentada,
frequentada segundo a idade, verifica-
segundo a idade (%)
se que, além de serem largamente
CCH
CT
EAE
CEF
CP
maioritários
<=15 anos
83,9
61,5
68,9
16,3
33,2
16
12,0
25,1
20,6
18,6
28,7
humanísticos (83,9%), como já vimos,
17
2,9
9,6
6,6
39,5
20,9
>=18 anos
1,1
3,8
3,9
25,6
17,2
Total
100
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
nos
cursos
científico-
os alunos até 15 anos também são maioritários
no
ensino
artístico
especializado (68,9%) e nos cursos tecnológicos (61,5%). Em contrapartida, os
estudantes
mais
velhos
são
proporcionalmente mais nos cursos profissionais e nos cursos de educação e formação (Quadro 1.1).
Estudantes à Entrada do Secundário | 31
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
1.2. Nacionalidade e origem étnico-nacional Quadro 1.2 – Origem étnico-nacional (%)
No que diz respeito à nacionalidade, 92,3%
dos
inquiridos
%
afirmaram
Portugueses
78,2
Luso-africanos
8,0
anexo – Gráfico 1.4). A origem étnico-
Luso-europeus
3,6
nacional
Descendentes de ex-emigrantes
3,3
Africanos
2,1
Luso-sul-americanos
1,4
Europeus
1,1
Sul-americanos
0,9
Outras origens
1,5
Total
100
possuir nacionalidade portuguesa (ver dos
alunos
é
maioritariamente portuguesa (78,2%), seguindo-se os luso-africanos (8,0%) os
luso-europeus
descendentes
(3,6%)
de
e
os
emigrantes
portugueses (3,3%) (Quadro 1.2).
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Gráfico 1. 9– Nacionalidade, segundo a origem étniconacional (%)
Cruzando
a
origem
étnico-
nacional com a nacionalidade,
Portugueses
97,4
2,6
vê-se que a quase totalidade dos
Luso-africanos
96,4
3,6
etnicamente
Luso-europeus
94,5
5,5
nacionalidade
Descendentes de ex-emigrantes
92,8
7,2
Outras origens
87,1
Luso-sul-americanos
84,9
Africanos
31,6
Europeus
27,6
Sul-americanos
25,6 0
20
12,9 15,1
portuguesa
(97,4%), o mesmo acontecendo com os luso-africanos (96,4%) e os luso-europeus (94,5%). Entre os estudantes de origem étnica africana,
72,4
americana, os de nacionalidade
europeia
portuguesa
60
Sim
80
100
são
e
respectivamente 31,6%, 27,6% e 25,6% (Gráfico 1.9).
Não
às
línguas
mais
Gráfico 1.10 – Principal língua falada em casa (%)
frequentemente faladas em casa,
100
verifica-se que a grande maioria
80
(82,2%)
fala
exclusivamente
português com os seus familiares, sendo
que
português
15,7% com
combinam
outras
o
82,2
60 40
15,7
20 0
línguas
(Gráfico 1.10).
32 | Estudantes à Entrada do Secundário
Exclusivamente Português
sul-
minoritários,
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Quanto
tem
68,4
74,4 40
portugueses
Portugues e outras línguas
2,0 Exclusivamente outras línguas
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
1.3. Condição socioeconómica familiar dos alunos
Tipo de núcleos familiares
A larga maioria dos alunos inquiridos (74,2%) pertence a um núcleo familiar conjugal, sendo que os restantes se distribuem por famílias monoparentais (14,1%), famílias reconstituídas (5,8%) e outras situações (6,0%) (Gráfico 1.11). Nesta última categoria podemos encontrar os alunos que vivem com outros familiares (3,2%), em instituições (0,5%)
e
outras
situações
Gráfico 1.11 – Tipo de núcleo familiar (%) 80
74,2
60 40 14,1
20
5,8
0
Família conjugal
não
especificadas (2,3%) (Ver anexo -
Família Família monoparental reconstituída
6,0 Outras situações
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Quadro 1.2).
Nível de escolaridade dominante na família dos alunos
Gráfico 1.12 – Nível de escolaridade dominante na família (%) Igual ou inferior ao 1.º CEB
dominante estudantes,
9,7
família
dos
verificamos
que
uma escolaridade entre o 2.º e o
39,4
Ensino secundário
3.º ciclo do ensino básico, 27,6%
23,3
Ensino superior
têm o ensino superior e 23,3% o secundário (Gráfico 1.12). As
27,6 10
na
39,4% das famílias apresentam
Entre o 2.º e o 3.º CEB
0
No que se refere à escolaridade
20
30
40
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
50
famílias apenas com o 1.º ciclo do ensino
básico ou
menos
representam perto de 10%.
Estudantes à Entrada do Secundário | 33
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Cruzando
Gráfico 1.13 – Tipo de certificação do curso, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
escolaridade famílias
CCH 6,3
35,5
26,7
o
nível
dominante
com
o
tipo
de nas de
certificação conferida pelo curso
31,5
frequentado pelos alunos, é possível CPQ
15,0
45,5
18,1
21,4
constatar
que
alunos que frequentam cursos científico-humanísticos
0
20
40
Igual ou inferior ao 1.º CEB
Entre o 2.º e o 3.º CEB
60
80
Ensino secundário
os
100
têm
famílias mais escolarizadas do
Ensino superior
que aqueles que estão em cursos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
profissionalmente
qualificantes (Gráfico 1.13). No
caso dos primeiros, 58,2% das famílias têm ensino secundário ou superior, o que só acontece com 39,5% das famílias dos segundos. Desdobrando as várias modalidades de ensino frequentadas pelos estudantes, verificamos que são os do ensino artístico especializado que têm famílias com maiores recursos escolares, acima dos alunos dos cursos científico-humanísticos (Gráfico 1.14).
Em
sentido
contrário,
verifica-se que mais de metade das famílias dos alunos dos cursos
tecnológicos
e
dos
cursos profissionais não têm mais do que o 3.º ciclo do ensino portanto,
básico. falar
Gráfico 1.14 – Modalidade de ensino frequentada, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%) 100 80
6,3
10,9
de
uma
estratificação social das várias modalidades de ensino, pelo menos no que se refere à escolaridade das famílias dos
0
46,2
27,9 30,2
26,7 26,8 43,6 31,5 CCH Igual ou inferior ao 1.º CEB
alunos que as frequentam.
34 | Estudantes à Entrada do Secundário
15,5
23,3
42,5
Podemos, 20
16,3
23,5
35,5
60 40
5,0
19,7 CT
EAE
Entre o 2.º e o 3.º CEB
17,1 30,2 CEF Ensino secundário
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
21,1 CP Ensino superior
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Origem socioprofissional dos alunos
Quadro 1.3 – Condições perante o trabalho na família (%)
A condição perante o trabalho (um
%
dos
relevantes
indicadores para
mais
analisar
o
Ambos os responsáveis exercem profissão
67,8
Um responsável trabalha e o outro está desempregado
9,8
contexto socioeconómico em
Um responsável trabalha e o outro é inactivo
14,2
que
Ambos os responsáveis estão desempregados
3,1
inseridos) permite-nos verificar
Ambos os responsáveis estão inactivos
3,6
que a maioria reside com
Um responsável está desempregado e o outro é inactivo
1,4
famílias em que ambos os
Total
100
responsáveis
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
os
(67,8%),
estudantes
estão
trabalhavam
seguindo-se
as
famílias em que apenas um dos responsáveis exercia profissão enquanto o outro era inactivo (14,2%) (Quadro 1.3). Observando
a
dominante
na
profissão família
Quadro 1.4 – Grande grupo de profissões dominante na família (%)
dos
inquiridos, conclui-se que o
% Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresas
12,0
Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas
16,0
Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio
10,3
Pessoal Administrativo e Similares
7,4
Pessoal dos Serviços e Vendedores
16,6
Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas
2,9
Operários, Artífices e Trabalhadores Similares
23,3
(16,6%) e dos “Especialistas
Operadores de Instalações e Máquinas e Trabalhadores da Montagem
4,3
das Profissões Intelectuais e
Trabalhadores não Qualificados
7,3
Científicas” (16,0%) (Quadro
Total
100
grupo Artífices
dos e
“Operários, Trabalhadores
Similares” é aquele que maior expressão seguido Serviços
1.4).
tem do e
(23,3%),
“Pessoal
dos
Vendedores”
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
A origem socioprofissional dos alunos, captada através da tipologia de classes ACM, mostra que eles provêm, sobretudo, de famílias de “Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais” (29,6%), de famílias de “Empregados Executantes” (24,5%) e de famílias de “Operários” (18,1%) (Gráfico 1.15). Se compararmos estes dados com os recolhidos à entrada do ensino secundário no ano lectivo de 2007/08, verificamos que a composição socioprofissional dos alunos se alterou consideravelmente desde então.
Estudantes à Entrada do Secundário | 35
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Em 2007/08, o peso percentual das famílias de “Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais” era muito maior (41,4%). Já em 2010/11, esse peso sofre uma redução substancial e outras categorias registam aumentos significativos. As três categorias de classe menos dotadas de recursos – trabalhadores independentes, empregados executantes e operários – aumentam todas a sua expressão percentual, particularmente as famílias operárias, que passam de 11,1% para 18,1%. Esta recomposição das origens de classe dos estudantes à entrada do secundário significa que houve uma maior democratização do acesso a esse nível de ensino. Gráfico 1.15 – Origem socioprofissional dos alunos (%) 07/08
41,4
10/11
16,5
29,6
0
17,7
20
Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais
10,1
40
24,5
60
Profissionais Técnicos e de Enquadramento
11,1
22,0
9,0
18,1
80
Trabalhadores Independentes
100
Empregados Executantes
Operários
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 07/08 e 10/11.
De modo a tentar compreender melhor a recomposição social nas escolas vale a pena analisar a origem socioprofissional dos alunos em função do tipo de certificação conferida pelo curso que frequentam (Gráfico 1.16). O que se verifica é que a percentagem de estudantes pertencentes a famílias de “Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais” diminuiu nos dois tipos
de
certificação
(CCH e CPQ) entre o
Gráfico 1.16 – Tipo de certificação do curso, segundo a origem
ano lectivo de 2007/08
socioprofissional (%)
e o de 2010/11. Já os
100
alunos de famílias de
80
“Operários” aumentam
60
percentualmente
em
40
ambos
de
20
com
0
os
tipos
certificação,
especial destaque para os
cursos
profissionalmente qualificantes em que passam de 15,7% para
44,8 20,2 8,1
32,8
35,4
22,0
9,8 10,6
9,1 22,1
18,3 8,6 07/08
13,9
15,7
10/11
07/08
Profissionais Técnicos e de Enquadramento
9,8 11,8 28,9
28,5
CCH Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais
23,6
25,8 10/11 CPQ
Trabalhadores Independentes
Empregados Executantes
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
25,8% nesses três anos.
36 | Estudantes à Entrada do Secundário
Operários
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Observando a composição socioprofissional dos alunos por modalidade de ensino, vemos que os filhos de “Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais” são mais nos cursos científicohumanísticos, nos cursos tecnológicos e no ensino artístico especializado, mas são ultrapassados pelos filhos de “Empregados Executantes” e de “Operários” nos cursos de educação e formação e nos cursos profissionais (Quadro 1.5).
Quadro 1.5 – Modalidade de ensino frequentada, segundo a origem socioprofissional (%) CCH
CT
EAE
CEF
CP
07/08
10/11
07/08
10/11
07/08
10/11
07/08
10/11
07/08
10/11
44,8
32,8
36,3
29,9
54,5
40,3
28,8
18,2
35,1
22,6
20,2
22,0
12,3
13,2
20,2
28,9
8,2
15,2
9,2
9,1
8,1
9,1
9,5
10,4
9,1
4,7
17,8
15,2
10,7
12,1
18,3
22,1
28,7
28,8
12,1
18,6
34,2
33,3
28,6
29,1
Operários
8,6
13,9
13,2
17,8
4,0
7,5
11,0
18,2
16,3
27,1
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais Profissionais Técnicos e de Enquadramento Trabalhadores Independentes Empregados Executantes
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Quando comparadas as composições socioprofissionais por modalidade de ensino nos dois momentos de inquirição, 2007/08 e 2010/11, confirmam-se as diferenças já observadas anteriormente. As percentagens de filhos de “Empregados Executantes” e de “Operários” aumentam praticamente em todas as modalidades de ensino em contraponto à diminuição dos filhos de “Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais”. O acréscimo de filhos de “Operários” é particularmente expressivo nos cursos de educação e formação e nos cursos profissionais. Também vale a pena notar a quase duplicação da percentagem de alunos de famílias de “Profissionais Técnicos e de Enquadramento” nos cursos de educação e formação. O cruzamento da
Quadro 1.6 – Origem socioprofissional, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%) Igual ou inferior ao 1.º CEB Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais Profissionais Técnicos e de Enquadramento Trabalhadores Independentes Empregados Executantes
Entre o 2.º e o 3.º CEB
Ensino secundário
origem Ensino superior
socioprofissional
07/08
10/11
07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11
dos alunos com o
28,5
14,9
33,3
nível
21,8
48,1
33,5
55,0
43,9
de
escolaridade 3,0
2,4
6,3
5,3
20,2
20,2
40,5
41,1
13,0
14,4
12,7
14,1
7,2
8,8
1,2
3,3
29,8
30,4
30,3
30,9
21,6
29,5
2,7
7,0
Operários
25,7
37,9
17,4
28,0
3,0
8,1
0,6
4,6
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
elevado
mais do
respectivo agregado permite
familiar observar
que são as famílias de
“Empresários
Estudantes à Entrada do Secundário | 37
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino Dirigentes e Profissionais Liberais” (43,9% com o ensino superior e 33,5% com o ensino secundário) e de “Profissionais Técnicos e de Enquadramento” (41,1% com o superior e 20,2% com o secundário) que têm escolaridades mais elevadas (Quadro 1.6). Estes são valores esperados, que contrastam com os das restantes categorias de classe, onde a maioria das famílias não tem mais do que o 3.º ciclo do ensino básico. Contudo, a comparação entre 2007/08 e 2010/11 revela um importante aumento das habilitações dos responsáveis dos alunos nas categorias dos “Empregados Executantes” e dos “Operários”.
1.4. Deslocação casa-escola
Gráfico 1.17 – Meio de deslocação utilizado pelos
Questionados acerca do meio utilizado
alunos no percurso casa-escola (%)
para efectuar o percurso casa-escola, os
A pé
estudantes
23,0
Transporte escolar
(40.5%) (Gráfico 1.17). A utilização do
Transporte público
carro (24,8%) ou a deslocação a pé
40,5
Carro
(23,0%)
são
os
outros
meios
de
deslocação mais referidos. É também
24,8
importante destacar os 10,0% de alunos
1,7 0
utilizar
principalmente os transportes públicos
10,0
Outro Meio
afirmam
que utilizam o transporte escolar (Gráfico 10
20
30
40
50
1.17).
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Relativamente ao tempo demorado no percurso casa-escola, 77,5% referem que demoram menos de 30 minutos, 17,7% demoram entre 30 a 50 minutos, e os restantes mais de 50 minutos (ver anexo - Gráfico 1.5). Estes
são
valores
médios.
Se
relacionarmos o tempo gasto no
Gráfico 1.18 – Tipo de certificação do curso, segundo o tempo demorado no percurso casa-escola (%)
trajecto casa-escola com o tipo de certificação frequentado estudantes
conferida
pelo
concluimos de
cursos
curso
que
CCH
84,7
13,2 2,1
os
científico-
humanísticos demoram menos tempo a chegar à escola (84,7% demoram
CPQ
66,2
0
menos de 30 minutos) do que os alunos dos cursos profissionalmente qualificantes (66,2%) (Gráfico 1.18).
38 | Estudantes à Entrada do Secundário
20 Menos de 30 minutos
24,7
40 60 Entre 30 e 50 minutos
9,1
80 100 Mais de 50 minutos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Também
Gráfico 1.19 – Modalidade de ensino frequentada,
encontramos
diferenças
segundo o tempo demorado no percurso casa-
significativas quando relacionamos o tempo
escola (%)
despendido no percurso entre casa e escola com as modalidades de ensino
100
60
84,7
74,0
especializado são os que mais tempo
66,1
81,4
demoram nesse percurso (76,3% demoram pelo menos 30 minutos), o que estará
42,3
40
associado ao facto de a oferta dessa
20 0
frequentadas. Os alunos do ensino artístico
34,0
80
13,2 2,1
19,7
23,7
6,3 CT
CCH Mais de 50 minutos
EAE Entre 30 e 50 minutos
24,9
modalidade de ensino artístico ser menor e
7,0
9,0
territorialmente mais dispersa que a das
CEF
CP
restantes
11,6
modalidades
de
ensino
e
formação (Gráfico 1.19).
Menos de 30 minutos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
O tipo de transporte utilizado mostra-nos
que
(95,7%), de carro (94,9%) ou (86,0%)
casa-escola, por tempo de percurso (%)
os
estudantes que vão a pé utilizam
Gráfico 1.20 – Meio de transporte utilizado no percurso
outros
100 80
meios
demoram,
em
média, menos de 30 minutos
60
69,0 95,7
utilizam o transporte escolar e os transportes públicos demoram mais tempo nos seus 1.20).
percursos
(Gráfico
86,0
94,9
40
na deslocação casa-escola. Por seu lado, os alunos que
58,3
20 0
24,8 3,8 0,5 A pé
32,2
9,5 6,2 Transporte Transporte escolar Público
Menos de 30 minutos
Entre 30 e 50 minutos
4,6 0,4 Carro
6,8 7,2 Outro meio
Mais de 50 minutos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 39
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
1.5. Estudantes e inserção profissional No que diz respeito ao exercício actual ou
passado
de
uma
profissão,
Gráfico 1.21 – Regime de trabalho dos alunos que trabalham ou estão desempregados (%)
constata-se que a esmagadora maioria
100
dos estudantes à entrada do ensino
80
secundário não o faz nem nunca o fez
60
(95,7%) (Gráfico 1.21). Apenas 3,3%
40
dos estudantes afirmaram estar a
20
trabalhar no momento do inquérito e 1,0%
disse
já
ter
exercido
95,7
3,3
0
uma
Estudo
profissão e estar desempregado e à
1,0
Estudo e trabalho
Estudo e estou desempregado
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
procura de emprego.
Quadro 1.7 – Situação face à escola e ao trabalho, segundo modalidade de ensino frequentada (%)
Embora
os
que
exercem
profissão representem, de facto,
CCH
CT
EAE
CEF
CP
um valor muito baixo, deve ser
Estudo
98,0
95,9
97,1
83,7
91,7
assinalado
Estudo e trabalho
1,6
3,4
2,2
14,0
6,2
Estudo e estou desempregado
0,4
0,7
0,7
2,3
2,1
médio
Total
100
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
que de
esse 3,3%
consideravelmente modalidade
valor
de
varia
com
a
ensino
frequentada pelos estudantes.
Se apenas 1,6% dos inquiridos de cursos científico-humanísticos trabalha, o valor homólogo é de 6,2% nos cursos profissionais e 14,0% nos cursos de educação e formação (Quadro 1.7 e anexo – Gráfico 1.6). Aos
alunos
que
trabalham
Quadro 1.8 – Razões para ter começado a trabalhar (%)
perguntou-se quais os principais motivos por que o fazem (Quadro 1.8). As principais respostas são a necessidade
de
financeira aproveitamento
independência
(41,5%), de
o uma
oportunidade de trabalho (35,0%), a intenção de complementar a aprendizagem na escola com a actividade profissional (25,2%) e a necessidade
de
% Apesar da minha família não ter dificuldades económicas eu queria ter o meu próprio dinheiro
41,5
Surgiu uma oportunidade e decidi aproveitar
35,0
Porque a trabalhar aprendo coisas importantes que a escola não ensina A minha família tem dificuldades económicas e era necessário conseguir mais dinheiro Para ajudar no negócio familiar
25,2 24,3 16,1
Apesar da minha família não ter dificuldades económicas acharam que era melhor que eu começasse a trabalhar
7,8
Porque há amigos meus que também já estão a trabalhar
3,0
Outra razão
14,3
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla.
ajudar
financeiramente a família (24,3%).
40 | Estudantes à Entrada do Secundário
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11. N = 2842
Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
No que diz respeito ao regime de
Gráfico 1.22 – Regime de trabalho dos alunos que trabalham ou estão desempregados (%)
trabalho, o tempo parcial (39,4%) e o trabalho ocasional (27,9%) são os regimes mais comuns (Gráfico
1.22).
questionados
se
Quando a
100 80 60
profissão
20
exercida está relacionada com a
0
que pretendem ter no futuro, após
o
completamento
dos
estudos, apenas 4,3% disseram que sim (ver anexo - Gráfico 1.7).
39,4
40
19,1
27,9
3,1
10,5
Trabalho a Trabalho a Trabalho só Trabalho de Outra tempo tempo em certos vez em situação inteiro parcial períodos do quando ano Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11. N = 2838
Estudantes à Entrada do Secundário | 41
II Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
II. Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
O desempenho escolar dos alunos é um aspecto fundamental da temática educativa e o conhecimento rigoroso das suas características e dinâmicas dá um contributo importante para a definição, implementação e constante melhoramento das medidas políticas neste domínio. O presente capítulo têm como objectivo dar a conhecer os perfis de desempenho escolar dos jovens que atingiram o ensino secundário no ano lectivo de 2010/11. Para tal, serão consideradas quatro dimensões-chave e os respectivos indicadores:
Reprovações e interrupções no trajecto escolar;
Classificações no final do ensino básico a quatro disciplinas de extrema importância na formação dos alunos, a saber: matemática/matemática aplicada, língua portuguesa, ciências físico-químicas e língua estrangeira;
Média final das classificações nas disciplinas mencionadas;
Número de classificações negativas obtidas no final do 9.º ano ou equivalente.
Para compreendermos melhor as dinâmicas do desempenho escolar, os indicadores acima referidos serão relacionados com os contextos escolares e as origens socioeconómicas dos alunos, na presunção, fundamentada na abundante literatura disponível na sociologia da educação (Seabra, 2009), de que essas origens e contextos influenciam significativamente os níveis de desempenho estudantil.
44 | Estudantes à Entrada do Secundário
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
2.1. Trajecto escolar à entrada do secundário: classificações, retenções e interrupções
2.1.1. Níveis de desempenho escolar à saída do ensino básico
Gráfico 2.1 – Média final das classificações no
O acesso ao ensino secundário tem como
9.ºano ou equivalente (%)
pré-requisito de entrada a conclusão do
07/08 0,3
58,5
32,0
9,3
ensino básico. Deste modo, é sem surpresas que se verifica que a média final das classificações
10/11 0,2
52,4
0
35,4
20
40
<= Nível 2
12,0
60
Nível 3
80
Nível 4
100 Nível 5
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 07/08 e 10/11.
portuguesa,
às
disciplinas
matemática,
de
língua
ciências
físico-
químicas e língua estrangeira é, em quase 7
todos os casos , igual ou superior a 3 8
(Gráfico 2.1) : 52,4% dos alunos tiveram uma média de nível 3, 35,4% uma média de nível 4 e 12,0% uma média de nível 5. Quando se
compara os resultados dos estudantes inquiridos em 2010/11 com os dos inquiridos em 2007/08 verifica-se que houve uma melhoria geral das classificações, traduzida no aumento das médias de nível 4 (de 32,0% para 35,4%) e de nível 5 (de 9,3% para 12,0%) e na diminuição das médias de nível 3, que decresceram 6,1%. A maioria dos alunos (63,3%) chegou ao ensino
secundário
disciplinas
com
concluídas,
todas
isto
é,
as
Quadro 2.1 – Número de Classificações negativas no final do 9.ºano ou equivalente (%)
com
10/11
07/08
classificações iguais ou superiores ao
Nenhuma negativa
63,3
56,9
nível 3 em todas elas (Quadro 2.1).
Uma negativa
24,5
27,4
Comparando estes resultados com os
Duas negativas
11,3
14,9
obtidos em 2007/08 verifica-se que a
Três negativas
0,9
0,8
percentagem
Total
100
100
de
estudantes
nestas
circunstâncias aumentou de 56,9% para 63,3%,
confirmando
a
melhoria
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 07/08 e 10/11.
de
desempenho já assinalada no gráfico anterior. Note-se, contudo, que mais de um terço dos alunos transitou para o 10.º ano com uma ou mais reprovações.
7
A excepção são os alunos que fizeram o 3.º ciclo do ensino básico na modalidade de cursos de educação e formação e que podem, em determinadas circunstâncias, transitar para o 10.º ano com médias abaixo do nível 3. 8 No sentido de simplificar a denominação deste indicador ao longo do documento, o mesmo será referido apenas como “média final das classificações no 9.º ano ou equivalente”, não se especificando sistematicamente as quatro áreas disciplinares a que diz respeito.
Estudantes à Entrada do Secundário | 45
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Desses, cerca de um quarto (24,5%) concluiu o 9.º ano ou equivalente com uma negativa, 11,3% com duas negativas e uma percentagem residual transitou com três ou mais classificações 9
negativas (0,9%) . Gráfico 2.2 – Classificação final no 9.º ano ou
Uma leitura mais detalhada das
equivalente à disciplina de Língua Portuguesa (%)
classificações finais obtidas no 9.º
57,6
60
por disciplina permite verificar
50
que,
40
30,9%
7,6
3,9
língua
<= Nível 2
Nível 3
Nível 4
em
matemática/matemática
aplicada
também se situam maioritariamente no nível 3 (45,4%), seguindo-se as classificações de nível 4 (26,6%), e de nível 5 (11,0%) (Quadro 2.2). As conhecidas dificuldades sentidas por muitos alunos nas disciplinas de matemática são aqui perceptíveis através do facto de 17,0% dos inquiridos terem tido classificações de nível 2 ou mesmo inferiores.
estudantes
com
com classificações de nível 5
Nível 5
Tal como em língua portuguesa, as classificações
de
classificações de nível 4 e 7,6% (Gráfico 2.2).
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
obtidas
da
é o “3” (57,6%), seguindo-se
20
0
caso
portuguesa o nível mais frequente
30,9
30
10
no
Quadro 2.2 – Classificação final no 9.º ano ou equivalente à disciplina de Matemática/Matemática Aplicada (%) 10/11
07/08
<= Nível 2
17,0
22,6
Nível 3
45,4
48,9
Nível 4
26,6
21,4
Nível 5
11,0
7,1
Total
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 07/08 e 10/11.
Uma análise comparativa entre a coorte de alunos de 2007/08 e a de 2010/2011 mostra, contudo, que houve uma melhoria das classificações a esta disciplina. Entre as duas datas, as classificações negativas diminuíram 5,6% e houve um aumento conjunto de 9,1% nas classificações de nível 4 e nível 5.
9
No caso do ensino regular, os alunos podem concluir o 9.º ano com duas negativas, mas as duas não podem ser cumulativamente língua portuguesa e matemática (Despacho Normativo n.º 1/2005 de 5 de Janeiro). No caso dos cursos de educação e formação de nível de certificação 2, a conclusão do 9.º ano não depende do número de negativas, mas sim da média das classificações obtidas nas disciplinas/domínios que constituem cada uma das componentes de formação – formação sociocultural, científica e tecnológica. (Despacho Conjunto n.º 453/2004 de 27 de Julho, art.º 16º e 17º).
46 | Estudantes à Entrada do Secundário
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Gráfico 2.3 – Classificação final no 9.º ano ou equivalente à
Quanto às classificações
disciplina de Ciências Físico-químicas (%)
obtidas nas disciplinas de
49,2
50 40
ciências físico-químicas e língua
32,0
30
estrangeira,
Gráficos
20 5,2
0
<= Nível 2
distribuições Nível 3
Nível 4
A
Gráfico 2.4 – Classificação final no 9.º ano ou equivalente à disciplina de Língua Estrangeira (%)
33,6
parte
classificações
das
foram
de
nível 3 (49,2% e 42,2%),
nível 5 (13,6% e 18,0%). Nestas disciplinas houve 18,0
20
0
maior
(32,0% e 33,6%) e as de
30
10
muito
seguindo-se as de nível 4
42,2
40
2.4
semelhantes.
Nível 5
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
50
e
mostram que elas têm
13,6
10
2.3
os
6,2 <= Nível 2
Nível 3
Nível 4
menos
classificações
negativas
do
que
a
matemática mas mais do
Nível 5
que a língua portuguesa.
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
2.1.2. Reprovações e interrupções no decurso do trajecto escolar Perto de dois terços dos inquiridos chegaram
Gráfico 2.5 – Número de reprovações ao longo
ao ensino secundário sem nunca terem
do trajecto escolar (%)
reprovado (65,4%) (Gráfico 2.5). Dos que reprovaram, 20,4% tiveram uma reprovação, 10,9% tiveram duas reprovações e 3,3% três
80 60
ou mais. Os anos escolares em que essas
40
reprovações ocorreram foram, em primeiro
20
lugar, o 10.º ano, ou seja, o próprio ano que estavam a frequentar no momento do inquérito (27,6%), o 7.º ano (23,7%) e o 9.º ano (19,7%)
10
(Gráfico 2.6).
65,4
0
20,4 10,9 3,3 Nenhum ano
1 ano
2 anos
>=3 anos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
10
Relativamente a estes resultados é também importante clarificar que os valores mais residuais encontrados no 11.º e 12.º ano (1,6% e 0,2%) dizem respeito a alunos que ao reprovar, trocaram de curso e regressaram ao 10.º ano para o fazer.
Estudantes à Entrada do Secundário | 47
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Gráfico 2.6 – Anos de reprovação ao longo do trajecto
Trata-se, em dois casos (7.º ano e
escolar (%)
30
10.º ano), de anos situados no início 27,6
23,7
de
19,7
20 10,4 7,8
10
11,3 10,0 11,0
constituem
15,5
de
ensino, como
que
se
momentos
marcantes na vida escolar e social 1,6
2,5
ciclos
dos alunos. O aumento das taxas
0,2
de
0 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º
anos
transição” que a investigação social nesta
N = 22188
nesses
escolares deve-se a “efeitos de
Nota: Este gráfico refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
reprovação
área
tem
apontado.
A
transição para o 10.º ano, ou seja, do ensino obrigatório para o ensino secundário, é particularmente problemática, já que é aí, como se vê, que se regista a maior taxa de reprovações no percurso destes alunos. Por outro lado, não admira que as reprovações no 11.º ano e 12.º ano sejam residuais (1,6% e 0,2%), na medida em que, estão relacionadas com uma mudança de curso e/ou modalidade de ensino durante o ensino secundário. Em que consistem estes efeitos de transição (Abrantes, 2009, SPP, 60)? Se para uma parte dos estudantes a transição entre ciclos permite realizar o seu projecto identitário, através do acesso a contextos e redes sociais mais alargadas, muitos outros perdem-se nessa transição e caem numa espiral de insucesso e abandono, em consequência da falta de articulação institucional entre escolas de ciclos diferentes, de tradições de ensino e lógicas de funcionamento distintas, de dificuldades individuais de adaptação. Também se aponta o desfasamento do nível de exigência entre ciclos (ME/MSST, 2004) como efeitos de transição potencialmente geradores de insucesso. No que diz respeito à passagem do primeiro para o segundo ciclo do ensino básico, a mudança de um regime de mono-docência para um regime de pluri-docência, ou seja, de um para oito ou nove professores, é também um efeito a ter em conta. No que se refere a interrupções do trajecto escolar, verifica-se que a esmagadora maioria dos estudantes (97,2%) nunca interrompeu os estudos (Gráfico 2.7). Dos poucos que o fizeram, 2,4% interromperam apenas uma vez À semelhança do que acontece com as reprovações, é no 10.º ano (41,4%) que as interrupções de percurso escolar acontecem
Gráfico 2.7 – Número de interrupções ao longo do trajecto escolar (%) 100
97,2
80 60 40 20 0
Nenhum ano
2,4
0,3
0,1
1 ano
2 anos
>=3 anos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
com mais frequência, provavelmente por efeitos dos mesmos factores que estão associados às altas taxas de reprovações nesse ano escolar (ver anexo – Quadro 2.1).
48 | Estudantes à Entrada do Secundário
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
2.2. Desempenho escolar, contextos escolares e origens sociais
2.2.1. Desempenho escolar e contextos escolares Ao
compararmos
a
média
das
classificações no final do ensino básico
Gráfico 2.8 – Média final das classificações no 9.ºano ou equivalente, segundo natureza do estabelecimento de ensino (%)
com a natureza do estabelecimento de ensino frequentado, é possível notar que os alunos do ensino público têm melhores notas
(Gráfico
2.8).
Embora
Público 0,1
50,6
12,8
36,5
as
classificações mais frequentes nos dois
Privado
59,0
0,2
31,6
9,2
casos sejam as de nível 3 (50,6% no público e 59,0% no privado), são os inquiridos
do
ensino
público
0
que
conseguem mais classificações de nível 4 (36,5%) e de nível 5 (12,8%) contra 31,6%
<= Nível 2
20
40
60
Nível 3
80
Nível 4
100 Nível 5
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
e 9,2%, respectivamente, dos alunos do ensino privado.
Quadro 2.3 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo natureza do estabelecimento de ensino (%)
Quando se observa o número de reprovações
ao
longo
do
trajecto
escolar, constata-se que elas também são
mais
frequentes
entre
os
Público
Privado
Nenhum ano
70,3
48,9
estudantes do ensino privado: 51,1%
1 ano
18,9
25,6
reprovaram
2 anos
8,4
19,2
estudantes do ensino público (Quadro
>=3 anos
2,4
6,3
Total
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
2.3).
Dos
contra que
o
29,7% fizeram,
dos 25,6%
reprovaram uma vez, 19,2% duas vezes e 6,3% três vezes. Estes dados são consistentes com os relativos às
classificações médias obtidas pelos estudantes dos dois sectores, que, como acabámos de ver, são melhores no público do que no privado. Esta diferença deve-se, no essencial, ao perfil de desempenho escolar dos alunos dos cursos profissionais, metade dos quais estão em estabelecimentos privados. Como veremos a seguir, a frequência de classificações negativas no 9.º ano e de reprovações ao longo do trajecto escolar é muito maior nesses alunos do que na média dos inquiridos e é esse efeito indirecto que aqui se faz sentir.
Estudantes à Entrada do Secundário | 49
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Gráfico 2.9 – Média final das classificações no
A análise das classificações obtidas
9.ºano ou equivalente, segundo o tipo de
no final do 9.º ano segundo o tipo de
certificação do curso (%)
certificação do curso frequentado revela que os alunos dos cursos científico-humanísticos
têm,
CCH
0,1
CPQ
0,3
41,2
41,3
17,4
em
média, melhores classificações do que os dos cursos profissionalmente qualificantes. No caso dos primeiros,
0
as classificações de nível 4 (41,3%)
73,0 20
40
<= Nível 2
e de nível 5 (17,4%) são, em
24,6 2,1 60
Nível 3
80
100
Nível 4
Nível 5
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
conjunto, maioritárias, enquanto no
caso dos segundos somente 26,7% tiveram classificações desse nível, tendo a grande maioria (73,0%) obtido classificações de nível 3 (Gráfico 2.9). Quadro 2.4 – Média final das classificações no 9ºano ou equivalente, segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
Discriminando
as
classificações
por
modalidades de ensino frequentadas, vêse que são os alunos
dos cursos
CCH
CT
EAE CEF
CP
Nível 5
17,4
2,5
10,4
1,9
Nível 4
41,3 22,9 39,6 44,1 24,4
classificações de nível 5, ao passo que os
Nível 3
41,2 74,3 50,0 53,0 73,4
alunos do ensino artístico especializado
<= Nível 2
0,1
0,3
0,0
0,0
0,3
tiveram
Total
100
100
100
100
100
altas, próximas das obtidas pelos que
2,9
tecnológicos e dos cursos profissionais os que
mais
raramente
classificações
conseguiram
bastante
mais
frequentam cursos científico-humanísticos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
(Quadro 2.4). Sem surpresa verifica-se que são os
Quadro 2.5 – Número de reprovações ao longo
cursos profissionalmente qualificantes que
do trajecto escolar, segundo o tipo de
recebem mais alunos que reprovaram ao
certificação do curso (%)
longo do seu trajecto escolar (Quadro
CCH
CPQ
2.5). De facto, cerca de dois terços
Nenhum ano
83,2
35,7
reprovaram pelo menos uma vez (64,3%),
1 ano
13,2
32,5
valor que contrasta com os números
2 anos
3,1
23,9
relativos
>=3 anos
0,5
7,9
Total
100
100
aos
estudantes
científico-humanísticos, maioria
dos
quais
dos
a nunca
cursos
larguíssima reprovou
(83,2%).
50 | Estudantes à Entrada do Secundário
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Gráfico 2.10 – Número de reprovações ao longo do
Também sem surpresa, conclui-se que
trajecto escolar, segundo a modalidade de ensino
são
frequentada (%)
60
28,2
40 20 0
23,1
74,6 30,2
13,2 3,1 0,5 CCH
Nenhum ano
1 ano
de
educação
e
2 anos
alunos
que
apenas 28,2% e 32,8% dos alunos respectivos
chegaram
ao
ensino
secundário sem qualquer reprovação
8,5 CP
CEF
recebem
escolar. Nestes dois tipos de cursos,
25,6
10,3
mais
reprovaram ao longo do seu trajecto
33,1
38,4
16,3 6,9 2,2 EAE
10,0 2,4 CT
que
32,8
57,4 83,2
cursos
formação e os cursos profissionais os
100 80
os
(Gráfico 2.10). Muitos alunos destes cursos
>=3 anos
tiveram
duas
ou
mais
reprovações, algo que é relativamente
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
raro entre os que frequentam cursos científico-humanísticos ou de ensino artístico especializado. 2.2.2. Desempenho escolar e origens sociais É um facto solidamente comprovado, em todos os países onde o tema tem sido objecto de investigação, que o desempenho escolar dos alunos é condicionado pelas classes e grupos sociais a que pertencem (Seabra, 2009). Factores como o capital económico e cultural das famílias, o processo de socialização, a linguagem usada em casa, são influentes no rendimento escolar das crianças e jovens. Como tal, os factores relativos às origens sociais dos alunos são fundamentais na análise do desempenho escolar, como poderemos constatar na presente secção. Outro aspecto que merece análise é o desempenho em função do sexo, sabendo-se que as raparigas têm vindo ao longo dos últimos anos a obter melhores resultados escolares do que os rapazes (Grácio, 1997; Silva, 1999; Almeida, 2005; Almeida e Vieira 2006). Gráfico 2.11 – Média final das classificações no 9.ºano ou equivalente, segundo o sexo (%)
Masculino 0,2
54,3
justamente
por
esta
última questão, podemos verificar, de 10,4
35,1
Começando
facto, que as classificações médias obtidas no 9.º ano pelas raparigas são um pouco melhores do que as
Feminino 0,1
50,8
35,7
13,4
dos rapazes, mas a diferença não é muito
0
20 <= Nível 2
40 Nível 3
60
80
Nível 4
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
100 Nível 5
acentuada.
Somando
as
classificações de nível 4 e nível 5, temos um valor de 49,1% para as raparigas
e de 45,5%
para os
rapazes (Gráfico 2.11).
Estudantes à Entrada do Secundário | 51
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Já no que se refere às reprovações ao longo
Gráfico 2.12 - Número de reprovações ao
do trajecto escolar a situação é semelhante,
longo do trajecto escolar, segundo o sexo (%)
verificando-se que as raparigas reprovaram menos do que os rapazes (30,1% contra
Masculino
60,5
21,9 13,2 4,4
39,5%) (Gráfico 2.12). Feminino
Vejamos agora a relação entre o desempenho
69,9 0
escolar dos alunos à entrada do ensino
20
Nenhum ano
secundário e as condições socioeconómicas
19,1 8,8 2,2
40 1 ano
60 2 anos
80
100
>=3 anos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
das suas famílias. Os resultados obtidos são
muito relevantes e confirmam que as origens sociais dos alunos condicionam significativamente os seus resultados escolares. Gráfico 2.13 – Média final das classificações no 9.ºano ou equivalente, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%) 100 80 60
0,2
0,2
0,1
68,1
61,6
48,8
0
36,2
41,2
40 20
0,1
27,3
31,3
39,2
11,9 4,4 6,9 Igual ou Entre o 2.º Ensino inferior e o 3.º CEB secundário ao 1.º CEB <= Nível 2 Nível 3 Nível 4
22,5 Ensino superior Nível 5
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Se cruzarmos as clasificações obtidas pelos estudantes no 9.º ano com os recursos escolares das suas famílias, é facilmente observável que existe uma forte relação entre os dois indicadores. Embora a maioria dos
alunos
tenho
obtido
classificações
positivas, como vimos atrás, são os que têm famílias
mais
escolarizadas
que
obtêm
melhores classificações (Gráfico 2.13). Concretizando, verifica-se que o somatório das classificações de nível 4 e nível 5 cresce
de modo totalmente regular à medida que aumenta a escolaridade das famílias. Esse somatório atinge o máximo de 63,7% nos alunos de famílias com ensino superior e fica-se pelo mínimo de 31,7% nos alunos de famílias com escolaridade igual ou inferior ao 1.º ciclo do ensino básico. As classificações de nível 5 são ainda mais distintivas. Nos alunos de famílias com ensino superior elas são quatro vezes mais frequentes do que nos alunos das famílias menos escolarizadas. Em contrapartida, as classificações de nível 3 são muito mais frequentes entre os estudantes das famílias que têm no máximo o 1º ciclo do ensino básico. Não se deve subestimar, em todo o caso, o facto de haver percentagens significativas de estudantes que, não tendo um contexto familiar de elevada escolaridade, conseguem atingir desempenhos escolares de nível elevado. Nesta óptica, merecem destaque os já referidos 31,7% de alunos que, sendo oriundos de famílias que têm no máximo o 1.º ciclo do ensino básico, conseguiram classificações de nível 4 e de nível 5. Os efeitos da origem social são fortes, mas não são determinismos.
52 | Estudantes à Entrada do Secundário
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
O sentido da correlação
Quadro 2.6 – – Média final das classificações no 9.ºano ou
é o mesmo quando se
equivalente, segundo origem socioprofissional (%)
relacionam
as
classificações obtidas no 9.º ano com as origens socioprofissionais
dos
alunos: os de famílias com maiores recursos tiveram,
em
média,
<= Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
Total
0,1
44,6
40,1
15,1
100
0,0
34,2
41,4
24,4
100
0,2
57,0
33,9
8,9
100
Empregados Executantes
0,2
59,1
32,7
8,0
100
Operários
0,1
62,9
30,6
6,4
100
Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais Profissionais Técnicos e de Enquadramento Trabalhadores Independentes
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
classificações mais altas
e os de famílias de menores recursos tiveram, em média, classificações mais baixas. As classificações de nível 4 e nível 5 somadas atingem as percentagens mais altas nos alunos de famílias de “Profissionais Técnicos e de Enquadramento” e de “Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais” e as percentagens mais baixas nos alunos de famílias de “Trabalhadores Independentes”, “Empresários Executantes” e “Operários” (Quadro 2.6). Quer as classificações de nível 4 quer as de nível 5 atingem os valores mais altos nos filhos de “Profissionais Técnicos e de Enquadramento”, justamente a classe que alia um capital económico acima da média a um capital cultural elevado. No entanto, não deve deixar de se assinalar, mais uma vez, os dados de contratendência, nomeadamente os 6,4% de filhos de “Operários”, os 8,0% de filhos de “Empregados Executantes” e os 8,9% de filhos de “Trabalhadores Independentes” que tiveram classificações de nível 5. Quando observamos o número de reprovações ao longo do trajecto escolar
em
função
do
nível
de
escolaridade dominante nas famílias, encontramos correlações semelhantes às que vimos existirem para as classificações obtidas pelos alunos no 9.º ano. A percentagem mínima de reprovações
é a dos
alunos
de
famílias com escolaridade de nível superior (25,7%) e a percentagem máxima, que é mais do dobro da
Gráfico 2.14 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%) 100 80
45,8
60 40 20 0
60,3
72,1
74,3
17,7
14,9 8,1 2,7 Ensino superior
29,3 18,7 6,2
23,6 12,7
3,4 Igual ou inferior Entre o .2º e o ao 1.º CEB 3.º CEB Nenhum ano
1 ano
7,9 2,3 Ensino secundário 2 anos
>=3 anos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
mínima, é a dos alunos de família com o 1.º ciclo do ensino básico ou menos (54,2%) (Gráfico 2.14). Sendo este o padrão dominante, não deixa de haver uma percentagem considerável de
Estudantes à Entrada do Secundário | 53
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino alunos sem reprovações oriundos de famílias fracamente escolarizadas (45,8%) e um segmento não negligenciável de alunos de famílias muito escolarizadas que reprovaram (25,7%). Quadro 2.7 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo origem socioprofissional (%)
Do
mesmo
modo,
relacionando reprovações
2 anos
>=3 anos
Total
com origens de classe,
16,8
7,5
2,2
100
comprova-se a correlação
81,8
12,3
4,7
1,3
100
repetidamente
Trabalhadores Independentes
63,3
21,3
12,0
3,4
100
Empregados Executantes
60,6
22,9
12,8
3,8
100
Operários
60,1
24,0
12,8
3,1
100
Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais Profissionais Técnicos e de Enquadramento
Nenhum ano
1 ano
73,5
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
em
inúmeros
verificada estudos
nacionais e internacionais, ou seja, as reprovações são mais frequentes nos alunos com origens de
classe mais desfavorecidas e menos frequentes nos alunos oriundos das classes com mais recursos. A taxa de reprovações atinge os valores mais altos nos alunos de famílias de “Operários”, “Empregados Executantes” e “Trabalhadores Independentes” e os valores mais baixos nos alunos de famílias de ““Profissionais Técnicos de Enquadramento” e de “Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais”. Dito isto, é preciso não esquecer que a maioria dos alunos de famílias com menos recursos nunca reprovou e que há uma percentagem não residual de alunos de famílias socialmente favorecidas que reprovou (Quadro 2.7).
2.2.3. Desempenho escolar e origens étnico-nacionais A origem étnico-nacional dos estudantes é um factor de diferenciação cultural e, por vezes, de desigualdade social que importa ter em conta quando se analisa o desempenho escolar (Machado, Matias e Leal, 2005; Seabra, 2010). Como vimos no capítulo anterior, 21,8% da amostra (representando mais de 14 mil alunos) tem origens étnico-nacionais não portuguesas. Interessa, portanto, conhecer o desempenho destes públicos escolares específicos à entrada do ensino secundário. Se analisarmos as reprovações ao longo do trajecto escolar em função da origem étniconacional, verificamos que elas variam significativamente (Quadro 2.8). Tomando como referência a percentagem de estudantes portugueses que nunca reprovaram (66,3%), vemos que há alunos de certas origens étnico-nacionais que apresentam taxas de não reprovação muito próximas dessa (“descendentes de ex-imigrantes”, com 64,4%); outros que reprovaram menos do que os alunos portugueses (“europeus”, com 74,9% de não reprovações, “luso-sulamericanos”, com 74,7%, “luso-europeus”, com 70,7% e “luso-africanos”, com 69,8%) e outros ainda que reprovaram com mais frequência (“africanos”, com uma taxa de não reprovação de apenas 31,5% e “sul-americanos”, com 58,7%).
54 | Estudantes à Entrada do Secundário
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Quadro 2.8 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo origens étniconacionais (%) Portugueses
Descendentes de exemigrantes
Lusoafricanos
Luso-sulamericanos
Lusoeuropeus
Africanos
Sulamericanos
Europeus
Outras origens
Não
66,3
64,4
69,8
74,7
70,7
31,5
58,7
74,9
66,8
Uma vez
20,0
22,2
18,1
16,4
18,6
34,2
26,5
19,4
20,8
Duas vezes
10,5
10,3
8,9
6,4
9,0
27,2
12,7
5,0
9,4
Três ou mais vezes
3,1
3,1
3,1
2,5
1,7
7,1
2,0
0,7
2,9
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estes são dados importantes para perceber como é que os diversos públicos escolares se integram no sistema de ensino português e é fácil de ver que essa integração, medida de forma muito genérica pela existência ou não de reprovações, é desigual. Mas estes números não podem ser vistos sem considerarmos o perfil socioprofissional e, muito em particular, os níveis de escolaridade das famílias dos alunos. Vimos atrás que a escolaridade das famílias é um factor fortemente diferenciador dos resultados escolares dos seus filhos, seja em Portugal, incluindo nos resultados deste estudo, seja em todos os outros países onde o tema tem sido estudado, desde há muito. Ora, essa diferenciação do desempenho escolar dos alunos em função da escolaridade das famílias acontece tanto na população maioritária, como nas minorias etnicamente diferenciadas. Se uma determinada minoria tem um perfil de escolaridade alto, então é esperável que os seus descendentes tenham um bom desempenho escolar; se, pelo contrário, o nível médio de escolaridade dessa minoria for baixo o desempenho escolar dos seus descendentes tenderá a reflecti-lo. Uma análise rigorosa do desempenho escolar dos alunos em função da origem étnico-nacional deve, portanto, ter em conta a escolaridade das famílias desses alunos e verificar se, para escolaridade igual, existe ou não algum efeito próprio de origem étnico-nacional. Fazendo essa análise, concluímos que o efeito próprio de origem étnico-nacional é reduzido e que o que introduz mais diferenciação é, de facto, como já tínhamos visto atrás, o nível de escolaridade dominante na família. À medida que aumenta o nível de escolaridade das famílias, diminui regularmente o número de reprovações, seja a dos alunos portugueses seja a dos alunos de outras origens étnico-nacionais (Quadro 2.9).
Estudantes à Entrada do Secundário | 55
Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Quadro 2.9 – Número de reprovações ao longo do trajecto escolar, segundo nível de escolaridade da família e origens étnico-nacionais (%) Igual ou inferior ao 1.º CEB
Entre o 2.º e o 3.º CEB
Ensino secundário
Ensino superior
Portugueses
Outras Origens
Portugueses
Outras Origens
Portugueses
Outras Origens
Portugueses
Outras Origens
Nenhum ano
46,3
43,7
60,8
58,2
73,4
68,9
79,5
76,7
1 ano
29,2
30,0
23,3
25,2
17,0
19,4
12,4
14,6
2 anos
18,4
20,1
12,5
13,1
7,4
9,0
6,1
6,6
>=3 anos
6,1
6,2
3,4
3,5
2,2
2,6
2,0
2,1
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Para nível de escolaridade familiar igual, as taxas de não reprovação dos alunos portugueses e dos de outras origens são muito próximas, com uma ligeira vantagem para os portugueses: 46,3% e 43,7% para os alunos de famílias com escolaridade até ao 1.º ciclo do ensino básico; 60,8% e 58,2% para os alunos de famílias com escolaridade entre o 2.º e o 3.º ciclo do ensino básico; 73,4% e 68,9% para os alunos de famílias com ensino secundário; 79,5% e 76,7% para os alunos de famílias com ensino superior.
56 | Estudantes à Entrada do Secundário
III Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
III. Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
A transição entre o ensino básico e o ensino secundário obriga os alunos a tomadas de decisão em matéria escolar. No final do 9.º ano, as escolhas escolares realizam-se em dois planos: a opção de prosseguimento ou não para o ensino secundário e, em caso de prosseguimento, a escolha da modalidade de ensino e do curso que se irá frequentar. As escolhas e as percepções dos alunos na passagem para o 10.º ano de escolaridade devem ser entendidas como práticas individuais socialmente contextualizadas. As opções escolares tomadas pelos alunos, dentro de um conjunto de caminhos possíveis, são feitas em determinados contextos sociais e culturais. Se, por um lado, as opções e os contextos podem levar à reprodução da posição ocupada pelas suas famílias na estrutura social (Bourdieu e Passeron, 1970), por outro lado, podem permitir trajectos de mobilidade social ascendente (Lahire, 1995). Este capítulo aborda temas relevantes no funcionamento do sistema educativo, como sejam as motivações dos alunos no prosseguimento de estudos para o secundário; as avaliações que fazem do estabelecimento de ensino, no que se refere às relações entre os diferentes actores aí presentes e aos espaços e equipamentos; as suas práticas de participação formal e não formal em actividades escolares não-lectivas e em actividades extra-escolares; e ainda as suas avaliações da modalidade de ensino e do curso escolhido.
58 | Estudantes à Entrada do Secundário
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
3.1. A opção de prosseguimento de estudos no ensino secundário: factores sociais e escolares O prosseguimento de estudos para o secundário é uma escolha baseada na percepção dos alunos sobre a importância do mesmo para o seu futuro. Deste modo, interessa perceber quais as razões que os levaram a tomar essa decisão e que expectativas escolares e profissionais lhe estão associadas. As razões mais apontadas para o prosseguimento de estudos são
o
facto
secundário
de
o
permitir
ensino
Quadro 3.1 – Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino secundário, segundo o tipo de certificação (%)
melhores
CCH
CPQ Total
O ensino secundário dá melhores possibilidades em termos de trabalho
47,4
63,4
53,5
Quero ir para o ensino superior
44,8
17,2
34,1
Nenhum motivo em especial
2,5
5,2
3,9
A minha família quis que eu continuasse a estudar
2,2
6,5
3,1
Gosto de aprender
2,2
4,5
3,6
frequentado demonstra que, se
Não consegui emprego
0,2
0,6
0,3
os alunos dos cursos científico-
Outra razão
0,7
2,6
1,5
humanísticos mencionam estas
Total
100
100
100
oportunidades em termos de trabalho (53,5%) e ser um meio de acesso ao ensino superior (34,1%) (Quadro 3.1). A análise em
função
do
tipo
de
certificação conferida pelo curso
duas
razões
proporcional, os
de
forma
alunos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
dos
cursos profissionalmente qualificantes indicam com muito maior frequência como razão para o prosseguimento de estudos o facto de o secundário oferecer melhores oportunidades em termos de trabalho (63,4%). As razões apresentadas por uns e outros estão, portanto, em consonância com os objectivos definidos para cada um dos tipos de certificação/modalidades de ensino. Enquanto os cursos científico-humanísticos estão, de facto, vocacionados para o prosseguimento de estudos, os cursos profissionalmente qualificantes (cursos tecnológicos, ensino artístico especializado, cursos de educação e formação e cursos profissionais) estão orientados numa dupla perspectiva: inserção no mercado de trabalho, sem excluir a possibilidade de prosseguimento de estudos.
Estudantes à Entrada do Secundário | 59
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Quadro 3.2 – Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino secundário, segundo a modalidade de ensino frequentada (%) CCH
Uma
análise
modalidade
por
de
ensino
permite constatar que os CT
EAE CEF
CP
alunos que frequentam o
O ensino secundário dá melhores possibilidades em termos de trabalho
47,4 59,1 37,1 72,0 64,2
ensino
artístico
Quero ir para o ensino superior
44,8 29,8 48,5 14,0 15,5
especializado
referem
A minha família quis que eu continuasse a estudar
2,2
4,7
2,6
-
6,7
como principal razão para
Nenhum motivo em especial
2,5
2,8
3,9
2,3
5,4
o
Gosto de aprender
2,2
2,6
5,5
4,7
4,7
estudos
Não consegui emprego
0,2
0,2
0,2
-
0,7
quererem
Outra razão
0,7
0,8
2,2
7,0
2,8
ensino superior (48,5%),
Total
100
100
100
100
100
valor que fica até um
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
prosseguimento o
facto
de de
frequentar
o
pouco acima do registado para os alunos dos cursos
científico-humanísticos (Quadro 3.2). Numa situação simétrica encontram-se os estudantes dos cursos de educação e formação e dos cursos profissionais que, maioritariamente, apontam como razão para frequentarem este nível de ensino as oportunidade que ele lhes trará em termos de trabalho (72,0% e 64,2%, respectivamente). Sabendo-se que os trajectos e as escolhas escolares são condicionados por factores sociais e culturais de vária ordem, interessa verificar se as razões que levaram a prosseguir estudos estão relacionadas quer com a composição sexual quer com as origens familiares dos alunos. Começando pela composição sexual, verifica-se, de facto, que
há
uma
significativa
Quadro 3. 3– Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino secundário, segundo o sexo (%)
diferença
nas
razões
Masculino Feminino O ensino secundário dá melhores possibilidades em termos de trabalho
59,2
48,5
Quero ir para o ensino superior
25,3
42,1
A minha família quis que eu continuasse a estudar
5,3
2,6
Gosto de aprender
3,5
2,7
Nenhum motivo em especial
4,3
2,8
valorizam maioritariamente as
Não consegui emprego
0,5
0,2
oportunidades em termos de
Outra razão
1,9
1,1
trabalho futuro (59,2%), as
Total
100
100
apontadas
por
raparigas
rapazes
para
prosseguido
estudos
e
terem no
secundário. Se os rapazes
raparigas
dividem-se
entre
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
esta razão (48,5%) e o facto de o secundário ser um meio de acesso ao ensino superior (42,1%), razão muito menos apontada pelos rapazes (25,3%) (Quadro 3.3).
60 | Estudantes à Entrada do Secundário
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Estes posicionamentos diferenciados face ao sentido do prosseguimento de estudos são convergentes com o que se sabe sobre as trajectórias escolares de rapazes e raparigas em Portugal, após o ensino básico. Enquanto muitas raparigas tendem a desenvolver disposições mais favoráveis à escola, o que favorece trajectos escolares mais longos e faz com que haja mais alunas do que alunos na universidade, uma parte dos rapazes coloca o mercado de trabalho num horizonte mais próximo, até em alternativa à entrada no ensino superior (Almeida, 2005; Wall, 2005; Grácio, 1997). Quanto às origens familiares, sabe-se que elas se constituem como um referencial para a definição pelos alunos de projectos escolares futuros. A análise dos dados permite verificar, com efeito, que o perfil socioprofissional das famílias influencia as razões que levam os alunos a prosseguir estudos secundários. Quanto mais elevado o
Quadro 3. 4– Principal razão para o prosseguimento de estudos no
nível de escolaridade da
ensino secundário, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
família, mais os alunos
Igual ou inferior ao 1.º CEB
apontam como razão de prosseguimento
de
Entre o Ensino Ensino 2.º e o 3.º secundário superior CEB
estudos a intenção de
O ensino secundário dá melhores possibilidades em termos de trabalho
63,3
59,3
51,4
43,9
chegarem
Quero ir para o ensino superior
20,3
28,3
39,1
42,9
Responderam
A minha família quis que eu continuasse a estudar
5,9
4,3
2,9
3,4
assim 42,9% dos alunos
Nenhum motivo em especial
4,6
3,9
3,0
3,1
de famílias com ensino
Gosto de aprender
3,6
2,6
2,4
4,2
Não consegui emprego
0,6
0,4
0,2
0,4
Outra razão
1,7
1,2
1,0
2,1
Total
100
100
100
100
ao
superior.
superior
e
ensino
39,1%
dos
alunos de famílias com ensino
secundário.
Os
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
alunos que provêm de
famílias com menores recursos educativos, por sua vez, apontam mais como razão as possibilidades que o secundário oferece em termos de trabalho. Os alunos de famílias que não têm mais do que o 1.º ciclo do básico são os que mais o referem (63,3%) (Quadro 3.4). Parece haver, em muitos casos, uma interiorização pelos alunos daquilo que são os seus destinos sociais mais prováveis. Podemos
verificar
uma
tendência
semelhante
quando
relacionamos
as
razões
de
prosseguimento de estudos com as origens socioprofissionais dos estudantes. São os que provêm de categorias socioprofissionais com mais recursos os que mais referem a entrada no ensino superior, destacando-se os filhos de “Profissionais Técnicos e de Enquadramento” (48,4%), justamente a classe onde a posse de diplomas universitários é mais comum (Quadro 3.5).
Estudantes à Entrada do Secundário | 61
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Em contrapartida,
Quadro 3.5 – Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino
quanto
secundário, segundo a origem socioprofissional (%) Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais
O ensino secundário dá melhores possibilidades em termos de trabalho Quero ir para o ensino superior A minha família quis que eu continuasse a estudar Nenhum motivo em especial
Profissionais Trabalhadores Técnicos e de Independentes Enquadramento
menos
providas Empregados Operários Executantes
de
recursos são as famílias, mais os
51,4
44,0
56,9
57,0
62,2
38,6
48,4
31,0
32,4
25,2
consideram
3,5
1,9
3,9
3,5
4,7
o
2,7
2,6
3,7
3,3
3,8
proporciona,
Gosto de aprender
2,6
2,4
2,8
2,3
2,5
sobretudo,
Não consegui emprego
0,2
0,1
0,3
0,3
0,5
possibilidades
Outra razão
1,0
0,6
1,4
1,2
1,1
em
Total
100
100
100
100
100
laborais. Dizem-
alunos secundário
termos
no
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
que
62,2%
dos
filhos de “Operários” e 57,0% dos filhos de “Empregados Executantes”, resultados congruentes com os encontrados por outros estudos (Almeida, 2005; Almeida e Vieira, 2006). Simultaneamente, é de admitir que as variáveis de desempenho escolar (média final das classificações no 9.º ano, número de classificações negativas no final do 9.º ano e número de reprovações ao longo do trajecto escolar) possam influenciar os motivos que levam os alunos a prosseguir estudos. Vejamos se assim acontece. Relacionando
as
razões
Quadro 3.6 – Principal razão para o prosseguimento de
indicadas para continuarem a
estudos no ensino secundário, segundo a média final das
estudar com as classificações
classificações no 9.ºano ou equivalente (%) <= Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
52,1
62,3
49,0
33,0
20,2
24,1
42,5
60,9
8,5
4,8
2,3
1,0
Nenhum motivo em especial
5,3
4,5
2,5
1,4
Gosto de aprender
4,3
2,5
2,5
3,2
Não consegui emprego
4,3
0,4
0,2
0,1
com os que tiveram notas mais
Outra razão
5,3
1,4
1,0
0,4
baixas (Quadro 3.6). Quanto
Total
100
100
100
100
obtidas no 9.º ano, verifica-se que
os
estudantes
com
classificações de nível 4 e 5 são os que mais vêem o secundário como via de acesso ao superior (60,9%
e
42,5%),
diferentemente do que acontece
O ensino secundário dá melhores possibilidades em termos de trabalho Quero ir para o ensino superior A minha família quis que eu continuasse a estudar
melhor o desempenho escolar
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
anterior maior a ambição de ingressar na universidade e quanto pior esse desempenho mais o mercado de trabalho é visto como a sequência imediata do ensino secundário.
62 | Estudantes à Entrada do Secundário
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
O mesmo se passa quando
Quadro 3.7 – Principal razão para o prosseguimento de estudos
relacionamos as razões de
no ensino secundário, segundo o número de classificações
prosseguimento de estudos
negativas no final do 9.ºano ou equivalente (%) Nenhuma 1 2 >= 3 negativa negativa negativas negativas
com o número de notas negativas no final do 9.º ano
e
o
número
de
reprovações ao longo do trajecto escolar. Os alunos que tiveram negativas e que reprovaram, uma ou mais vezes, são os que mais valorizam o ensino secundário oportunidades
pelas que
O ensino secundário dá melhores possibilidades em termos de trabalho
49,6
61,9
63,4
53,9
Quero ir para o ensino superior
41,4
23,8
18,9
12,0
Nenhum motivo em especial
2,7
4,5
5,8
9,4
Gosto de aprender
2,6
2,9
2,7
4,4
A minha família quis que eu continuasse a estudar
2,5
4,9
7,1
12,9
Não consegui emprego
0,2
0,4
0,3
2,8
Outra razão
1,0
1,6
1,8
4,6
Total
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
pode
trazer em termos de trabalho futuro (Quadros 3.7 e 3.8). Mais de 60% dos que tiveram uma ou duas negativas apontam essa razão. Essa é igualmente a razão mais apontada pelos que tiveram três ou mais negativas, sendo que estes mencionaram também com alguma frequência (12,9%) uma razão que até aqui Quadro 3.8 – Principal razão para o prosseguimento de estudos no ensino secundário, segundo o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
tem apresentado valores muito baixos, a saber, terem prosseguido os estudos porque a família assim
Nenhum ano
1 ano
2 anos
>=3 anos
50,2
61,1
62,6
60,4
41,9
22,7
15,7
12,4
Do mesmo modo, quanto mais
Nenhum motivo em especial
2,5
4,9
6,1
8,2
reprovações
Gosto de aprender
2,3
3,3
3,9
4,2
curto é o trajecto escolar futuro
A minha família quis que eu continuasse a estudar
2,1
6,0
8,0
9,0
prefigurado pelos alunos. Veja-se
Não consegui emprego
0,1
0,4
1,0
2,1
que a resposta “quero ir para o
Outra razão
0,9
1,6
2,7
3,7
ensino superior” cai de 41,9%
Total
100
100
100
100
entre os que nunca reprovaram até
O ensino secundário dá melhores possibilidades em termos de trabalho Quero ir para o ensino superior
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
o quis.
no
passado
mais
uns escassos 12,4% entre os que reprovaram três ou mais vezes.
Estudantes à Entrada do Secundário | 63
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
3.2. A escola Os dados mostram que a escolha do estabelecimento de ensino pondera, em primeiro lugar, a proximidade com a área de residência (38,4%) e a oferta por esse estabelecimento do curso pretendido
(34,0%)
(Quadro 3.9). Apesar da importância
prática
residência, a escolha da escola pelo curso é um aspecto importante, pois a oferta formativa varia de escola para escola. De facto, a afectação dos aos
estabelecimentos
de
ensino é realizada tendo em consideração as suas escolhas, quando vagas
excepto o número
existentes
tipo de certificação (%)
da
proximidade da área de
estudantes
Quadro 3.9 – Principais razões para a escolha da escola, segundo
de
CCH
CPQ
Total
É a escola que fica mais perto da minha casa
46,5
25,7
38,4
Era nesta escola que havia o curso que eu queria
16,7
61,3
34,0
Os meus amigos estão nesta escola
28,0
14,6
22,8
Era a escola onde eu já estava
25,5
12,8
20,5
Esta escola tem boas instalações e equipamentos
13,1
12,7
12,9
Esta escola tem prestígio
11,3
9,5
10,6
Os meus pais trabalham neste concelho
7,8
3,3
6,1
Os professores desta escola são muito bons
6,7
5,9
6,4
Esta escola promove actividades extracurriculares que me agradam
1,7
4,4
2,8
Não existe escola secundária no concelho onde vivo
2,9
2,0
2,5
Esta escola fica longe da minha casa e assim estou mais à vontade
1,9
3,0
2,3
Outra razão
11,3
12,3
11,7
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
nos
cursos não o permite (Tomás, 2006). Nesses casos, é dada primazia ao local de residência ou de actividade dos pais.
11
Num segundo nível de importância são apontadas como razões de escolha ser a escola que os amigos frequentam (22,8%) ou a escola que os próprios já frequentavam (20,5%), demonstrando que os factores de sociabilidade também são influentes, tal como outros estudos têm evidenciado (Abrantes 2003ª, Mateus, 2002). Estes dados estão também em consonância com os apurados no anterior inquérito aos estudantes à entrada do ensino secundário, feito no ano lectivo de 2007/08. A análise em função do tipo de certificação conferida pelo curso frequentado revela, como seria de esperar, que os alunos dos cursos profissionalmente qualificantes apontam com muita frequência (61,3%) que a sua escolha foi determinada pela oferta do curso que queriam seguir, algo que para os alunos dos cursos científico-humanísticos é uma razão de segunda ordem, apontando antes a proximidade de casa (46,5%), os amigos (28,0%) ou ser a escola onde já 11
Despacho nº 373/2002, de 23 de Abril, com as alterações introduzidas pelo despacho nº13 765/2004, de 13 de Julho de 2004.
64 | Estudantes à Entrada do Secundário
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso andavam (25,5%). A explicação da diferença é simples. Enquanto os cursos científicohumanísticos são oferecidos alargadamente em toda a rede de estabelecimentos de ensino secundário, os cursos profissionais específicos que os alunos procuram têm oferta localizada, precisando de entrar em certas escolas para acederem ao curso pretendido. Por essa mesma razão, quando cruzamos as principais razões de escolha da escola com as modalidades de ensino frequentadas, verificamos que são os alunos do ensino artístico especializado quem mais
Quadro 3.10 – Principais razões para a escolha da escola,
indica
segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
que
escolheu
a
escola pelo curso (80,0%)
CCH
CT
EAE
CEF
CP
É a escola que fica mais perto da minha casa
46,5
24,6
2,0
51,2
26,2
Era a escola onde eu já estava
25,5
13,6
2,6
0,0
12,9
16,7
72,1
80,0
51,2
59,9
7,8
2,6
1,1
7,0
3,4
Os meus amigos estão nesta escola
28,0
13,2
3,5
18,6
15,0
Esta escola tem boas instalações e equipamentos
13,1
11,7
28,9
7,0
12,5
Esta escola tem prestígio
11,3
11,5
39,0
4,7
8,8
6,7
4,9
4,8
4,7
6,0
2,9
1,8
0,2
9,3
2,0
pelos alunos dos cursos
1,9
1,3
2,6
7,0
3,1
tecnológicos
1,7
3,7
1,1
0,0
4,6
dos cursos profissionais
11,3
6,8
7,9
7,0
12,9
(59,9%) e muito pouco
Era nesta escola que havia o curso que eu queria Os meus pais trabalham neste concelho
Os professores desta escola são muito bons Não existe escola secundária no concelho onde vivo Esta escola fica longe da minha casa e assim estou mais à vontade Esta escola promove actividades extracurriculares que me agradam Outra razão
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE –10/11.
(Quadro 3.10). A oferta de cursos de ensino artístico especializado ainda é mais localizada do que a dos restantes
cursos profissionalmente
qualificantes. A escolha da escola também
pelos
pelo
curso
muito
referida
(72,1%)
dos
é
e
cursos
científico-humanísticos (16,7%).
Em suma, estes resultados mostram que se as opções dos alunos dos cursos profissionalmente qualificantes tendem a estar dependentes de condicionalismos da oferta educativa, as escolhas dos estudantes dos cursos científico-humanísticos, que têm uma oferta mais alargada, tendem a dar primazia a factores de mobilidade e sociabilidade. Se relacionarmos as razões de escolha do estabelecimento de ensino com a escolaridade e o perfil socioprofissional das famílias dos alunos, verificamos que os que vêm de famílias com menos recursos (no máximo até 3.º ciclo do ensino básico e “Trabalhadores Independentes”, “Empregados Executantes” e “Operários”) mencionam mais o critério dos cursos oferecidos, enquanto os oriundos de famílias com mais recursos (ensino secundário e superior e “Empresários,
Dirigentes
e
Profissionais
Liberais”
e
“Profissionais
Técnicos
e
de
Enquadramento”) mencionam mais o facto de os amigos estarem nessa escola e ser a escola que eles próprios já frequentaram (Quadros 3.11 e 3.12).
Estudantes à Entrada do Secundário | 65
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Quadro 3.11 – Principais razões para a escolha da escola, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%) Igual ou Entre o inferior ao 2.º e o 1.º CEB 3.º CEB Era nesta escola que havia o curso que eu queria É a escola que fica mais perto da minha casa
Mas estas diferenças não
Ensino secundário
Ensino superior
constituem
um
efeito directo de origem social. O que se passa
42,4
37,5
31,7
28,1
é que os alunos de
38,6
40,4
40,4
33,8
famílias
Os meus amigos estão nesta escola
20,8
22,8
23,5
22,9
recursos
Era a escola onde eu já estava
18,4
20,0
21,3
21,4
Esta escola tem boas instalações e equipamentos
mais
11,8
13,0
13,2
13,1
Esta escola tem prestígio
7,5
8,4
10,8
14,8
qualificantes
4,9
5,4
6,4
8,4
alunos destes cursos,
4,2
5,9
7,3
5,9
pelas
2,5
2,2
2,2
2,4
acabámos
3,2
2,8
2,5
2,8
3,0
2,8
2,5
2,0
10,8
9,5
10,8
15,7
Os professores desta escola são muito bons Os meus pais trabalham neste concelho Esta escola fica longe da minha casa e assim estou mais à vontade Esta escola promove actividades extracurriculares que me agradam Não existe escola secundária no concelho onde vivo Outra razão
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
com
menos
escolhem cursos
profissionalmente
função
os
razões
a
que de
mencionar, mais
e
escolhem escola
da
em oferta
formativa da mesma. Por sua vez, os alunos de famílias com mais
recursos encaminham-se mais para os cursos científico-humanísticos e os alunos destes cursos mencionam menos a oferta formativa como critério de escolha de determinada escola (na medida em que a oferta desses cursos é mais alargada) e referem mais o facto de os amigos frequentarem essa escola e eles próprios já a terem frequentado. Trata-se, portanto, de um efeito indirecto de origem social, mediado pelo tipo de curso escolhido. Onde podemos dizer que há um efeito directo de origem social é no facto de os alunos de famílias mais escolarizadas e de famílias de classes mais altas mencionarem mais o prestígio da escola como razão de escolha da mesma, ainda que essa seja uma razão de segunda ordem.
66 | Estudantes à Entrada do Secundário
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Quadro 3.12 – Principais razões para a escolha da escola, segundo a origem socioprofissional (%) Empresários, Profissionais Dirigentes e Trabalhadores Empregados Técnicos e de Operários Profissionais Independentes Executantes Enquadramento Liberais É a escola que fica mais perto da minha casa Era nesta escola que havia o curso que eu queria Os meus amigos estão nesta escola
36,5
39,5
40,3
41,5
41,2
30,3
25,0
37,0
36,3
38,9
23,8
26,1
22,0
22,5
23,1
Era a escola onde eu já estava
22,8
24,0
21,5
19,0
19,2
Esta escola tem boas instalações e equipamentos
14,2
14,3
12,6
12,6
13,2
Esta escola tem prestígio
13,5
14,6
8,2
9,0
7,8
7,0
7,6
6,8
6,2
4,8
7,5
7,8
5,5
5,6
4,9
2,4
1,9
3,1
2,5
3,1
2,2
2,2
2,6
2,8
3,1
2,1
1,9
2,3
2,3
2,0
10,9
10,4
9,4
10,6
9,0
Os meus pais trabalham neste concelho Os professores desta escola são muito bons Não existe escola secundária no concelho onde vivo Esta escola promove actividades extracurriculares que me agradam Esta escola fica longe da minha casa e assim estou mais à vontade Outra razão
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
A escolha da escola contém em si, de facto, uma estratégia de mobilização familiar, com vista a alcançar o sucesso educativo dos descendentes (Vieira, 2006). Alguns estudos nesta área corroboram os resultados aqui apresentados, revelando que as famílias com níveis de escolaridade mais altos e de categorias de classe mais providas de recursos tendem a realizar uma escolha efectiva da “boa escola” (Nogueira, 2005; Bowe, Gewirtz e Ball, 1994).
Estudantes à Entrada do Secundário | 67
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
3.2.1. Avaliações sobre as relações na escola A
avaliação
estudantes relações
dos
sobre
Gráfico 3.1 – Grau de concordância sobre as relações na escola
as
Gosto do convívio com a maioria dos meus colegas
estabelecidas
na escola entre diferentes actores,
Boa relação entre a maioria dos funcionários e alunos
avaliação
medida através do grau
apresentadas no Gráfico
Concordo totalmente / Concordo
mais positiva é a que se refere à relação com os
20,9
68,1 0
3.1, é muito positiva. A
17,3 5,1
71,6
Boa relação entre os órgãos de gestão/direcção e a maioria dos alunos
afirmações
8,1 2,4
77,6
Sinto-me seguro nesta escola
de concordância com as quatro
89,5
20
7,5
27,2
40
60
Nem concordo nem discordo
4,7
80
100
Discordo totalmente / Discordo
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
pares, em que 89,5% dos inquiridos dizem que gostam do convívio com a maioria dos colegas; mas também são bastante positivas as avaliações sobre o relacionamento entre funcionários e alunos (77,6%) sobre a Gráfico 3.2 – Grau de concordância sobre as relações
Existe uma boa relação entre os Existe uma boa órgãos de gestão/direcção da Gosto do convívio comrelação entre a maioria a maioria dos meus dos funcionários e Sinto-me seguro nesta minha escola e a maioria dos alunos colegas alunos escola
na escola, segundo o tipo de certificação do curso (%)
Relacionando estas avaliações com
29,0 24,3
Nem concordo nem discordo
curso frequentado, conclui-se que
7,0 8,1
elas são globalmente semelhantes. Só há pequenas diferenças. Os
19,7 22,8
Nem concordo nem discordo
73,3 69,1
Concordo totalmente / Concordo
5,6 4,3
Discordo totalmente / Discordo
75,6 80,6
91,2 86,9
Concordo totalmente / Concordo
20
científico-
humanísticos avaliam de forma ainda
segurança (73,3%)
existente e
os
na dos
escola cursos
qualificantes
concordam ainda mais que há boas
6,9 10,1
0
cursos
profissionalmente
1,9 3,1
Nem concordo nem discordo
dos
maioria dos colegas (91,2%) e a
Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo
alunos
mais positiva o convívio com a
18,8 15,1
Nem concordo nem discordo
CCH
o tipo de certificação conferida pelo
66,2 71,0
Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo
sobre a relação entre os órgãos de gestão e os alunos (68,1%).
4,8 4,7
Discordo totalmente / Discordo
segurança na escola (71,6%) e
40
60 CPQ
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
68 | Estudantes à Entrada do Secundário
80
100
relações
entre
a
maioria
dos
funcionários e os alunos (80,6%), e entre os órgãos de gestão/direcção da escola e os alunos (71,0%) (Gráfico 3.2).
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Se
discriminamos
a
análise por modalidade de ensino
Quadro 3.13 – Grau de concordância sobre as relações na escola, segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
frequentada,
encontramos, no entanto, diferenças
relevantes
(Quadro 3.13). Verifica-
Gosto do convívio com a maioria dos meus colegas
se, por exemplo, que os alunos do ensino artístico especializado são os que fazem as avaliações mais
Boa relação entre a maioria dos funcionários e alunos
positivas em todos os itens, com destaque para o
convívio
com
os
colegas (92,5%) e para a
Sinto-me seguro nesta escola
relação entre funcionários e alunos (90,1%). Em sentido oposto, os alunos dos cursos de educação e
formação
fazem
avaliações positivas
as
menos de
todas,
Boa relação entre os órgãos de gestão/direcção e a maioria dos alunos
CCH
CT
EAE CEF
CP
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo
91,2
90,6
92,5 78,6
86,4
6,9
7,3
5,7
14,3
10,4
1,9
2,1
1,8
7,1
3,2
Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo
75,6
78,0
90,1 74,4
80,7
18,8
17,5
8,8
23,3
14,9
5,6
4,4
1,1
2,3
4,4
Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo
73,3
70,3
85,5 55,8
68,7
19,7
21,6
10,7 23,3
23,1
7,0
8,2
3,7
20,9
8,2
Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo
66,2
67,4
77,9 61,9
71,2
29,0
27,4
19,1 33,3
24,1
4,8
5,2
3,1
4,8
4,7
Total
100
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
nomeadamente no que se refere à segurança (só 55,8% afirmaram sentir-se seguros na escola) e quanto à relação entre os órgãos de gestão e os alunos (embora a maioria concorde que a relação é boa, é a maioria mais pequena de todas). Estes resultados revelam algumas diferenças quando comparados com os do inquérito de 2007/08. Enquanto as avaliações dos alunos do ensino artístico especializado são mais positivas em todas as dimensões analisadas, as dos alunos dos cursos de educação e formação são menos positivas em todas elas, nomeadamente no gosto de convívio com os colegas (caem de 93,3% para 78,6%) e na segurança na escola (caem de 69,7% para 55,8%) (ver anexo – Quadro 3.1).
Estudantes à Entrada do Secundário | 69
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Gráfico 3.3 – Grau de concordância sobre as relações na escola,
Boa relação entre os órgãos de gestão/direcção e a maioria dos alunos
Sinto-me seguro nesta escola
Boa relação entre a maioria dos funcionários e alunos
Gosto do convívio com a maioria dos meus colegas
segundo a natureza do estabelecimento de ensino (%)
90,0 88,0
Concordo totalmente / Concordo 5,6 3,3
Discordo totalmente / Discordo
69,9 77,2 5,0 3,9 29,8 19,0 65,2 77,1
Concordo totalmente / Concordo
Público
diferenças
quando
relacionamos
essas avaliações com a
20
jurídica
do
que
estudantes
os
do
ensino
privado fazem avaliações
40
relações
na
escola,
sobretudo no que toca à
Concordo totalmente / Concordo
0
algumas
as
22,1 17,1
Nem concordo nem discordo
encontramos
ainda mais positivas sobre
8,0 5,6
Discordo totalmente / Discordo
muito
também
Verifica-se 75,3 84,8
Nem concordo nem discordo
seja
estabelecimento de ensino.
Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo
viu
antes, o sentido geral das
natureza
19,1 11,8
Nem concordo nem discordo
se
positivo em todos os itens,
7,8 9,0
Nem concordo nem discordo
como
avaliações
2,2 3,0
Discordo totalmente / Discordo
Embora,
60
Privado
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
80
100
relação entre funcionários e
alunos
(84,8%
concordam
que
essa
relação
é
boa
contra
75,3%
dos
ensino
alunos
público),
segurança
na
do à
escola
(77,2% contra 69,9%) e à relação entre os órgãos de gestão/direcção alunos
e
(77,1%
os contra
65,2%) (Gráfico 3.3).
Estas avaliações também variam ligeiramente em função do desempenho escolar dos estudantes (Quadros 3.14 e 3.15). Os alunos com classificações mais altas no 9.º ano tendem a concordar mais com as quatro afirmações em causa. Em contrapartida, os que tiveram classificações de nível 2 são os que avaliam menos positivamente todas as relações escolares em análise. Podemos colocar a hipótese de que, dado o seu percurso escolar negativo, estes alunos estarão globalmente menos satisfeitos com a escola e expressá-lo-ão aqui de forma indirecta.
70 | Estudantes à Entrada do Secundário
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Quando
se
relaciona
estas
Quadro 3.14 – Grau de concordância sobre as relações na escola, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
mesmas avaliações com o número
de
reprovações
que
os alunos tiveram ao
longo
do
Gosto do convívio com a maioria dos meus colegas Boa relação entre a maioria dos funcionários e alunos
percurso escolar, encontramos, em
no
sentido
confirmar
de a
Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total Concordo totalmente / Concordo
Sinto-me seguro nesta escola
parte, o mesmo padrão, o que vai
Concordo totalmente / Concordo
Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total
Boa relação entre os órgãos de gestão/direcção e a maioria dos alunos
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total
<= Nível 2 84,0 10,6 5,3 100 72,3 16,0 11,7 100 66,0 21,3 12,8 100 55,3 33,0 11,7 100
Nível 3 89,1 8,6 2,2 100 78,7 16,8 4,4 100 70,1 22,4 7,5 100 68,9 26,9 4,2 100
Nível 4 91,1 7,0 2,0 100 77,2 17,4 5,4 100 72,7 20,1 7,2 100 67,5 27,8 4,8 100
Nível 5 93,4 4,8 1,8 100 76,5 17,7 5,8 100 79,2 14,9 5,9 100 68,7 26,4 4,8 100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
hipótese formulada.
Quadro 3.15 – Grau de concordância sobre as relações na escola, segundo
As
avaliações
o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
dos
estudantes
Nenhum ano
1 ano
2 anos
>=3 anos
91,4
87,4
86,6
83,4
6,7
9,8
10,2
12,5
1,8
2,7
3,2
4,1
Total
100
100
100
100
se
Concordo totalmente / Concordo
77,1
78,6
79,6
78,6
gosto de convívio
Nem concordo nem discordo
Concordo totalmente / Concordo
Gosto do convívio Nem concordo nem discordo com a maioria dos meus colegas Discordo totalmente / Discordo
Boa relação entre a maioria dos funcionários e alunos
Sinto-me seguro nesta escola
Boa relação entre os órgãos de gestão/direcção da minha escola e a maioria dos alunos
sem reprovações são
as
mais
positivas no que refere
ao
17,8
16,6
15,7
16,3
com
Discordo totalmente / Discordo
5,1
4,8
4,7
5,1
Total
100
100
100
100
dos
Concordo totalmente / Concordo
73,7
68,9
67,3
64,2
Nem concordo nem discordo
19,8
23,0
23,2
24,6
83,4%
dos
6,5
8,1
9,5
11,2
estudantes
com
Discordo totalmente / Discordo
a
maioria colegas
(91,4%
contra
Total
100
100
100
100
três reprovações
Concordo totalmente / Concordo
67,8
68,3
70,0
67,2
27,8
26,9
24,8
26,3
ou
Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo
4,4
4,8
5,1
6,5
Total
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
mais)
e
segurança escola
à na
(73,7%
contra 64,2%).
Estudantes à Entrada do Secundário | 71
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
3.2.2. Avaliações sobre os espaços e equipamentos da escola A avaliação dos alunos sobre a adequação dos espaços e equipamentos da escola é na generalidade
positiva,
destacando-se
a
biblioteca/centro de recursos (75,3%
concordam
concordam esses
ou
totalmente
equipamentos
que são
adequados), o equipamento informático
(71,5%)
equipamentos
e
e
os
materiais
Gráfico 3.4 – Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e equipamentos da escola (%) Biblioteca ou o centro de recursos
71,5
19,7 8,8
Equipamentos e materiais para a formação específica do curso
70,5
22,1
Espaços para a prática de educação física
serviços
de
apoio
e,
sobretudo, no que toca às
17,9
13,4
Instalações físicas das salas de aula
66,9
20,6
12,5
Espaços de convívio
65,5
21,8
12,7
34,8
4,7
Serviços de apoio
deficiências
60,5
Infra-estruturas para as pessoas com deficiências motoras
48,9 0
Concordo totalmente / Concordo
infra-estruturas para pessoas com
7,4
68,7
curso (70,5%) (Gráfico 3.4). positivas no que se refere aos
17,7 6,9
Equipamento informático
para a formação específica do As avaliações são menos
75,3
20
23,5 40
Nem concordo nem discordo
60
27,6 80
100
Discordo totalmente / Discordo
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
motoras
(48,9%). Nas avaliações por tipo de certificação encontramos algumas diferenças (Gráfico 3.5). Os alunos dos cursos científico-humanísticos fazem uma avaliação ainda mais positiva da biblioteca/centro de recursos (80,2% concordam que esses equipamentos são adequados contra 67,7% dos alunos dos cursos profissionalmente qualificantes) e dos espaços para a prática de educação física (71,6% contra 64,0%), avaliações coincidentes com as recolhidas pelo inquérito de 2007/08. Os alunos dos cursos profissionalmente qualificantes, por sua vez, avaliam de forma um pouco mais positiva a adequação das instalações físicas das salas de aula (70,5% contra 64,6% dos alunos dos cursos científico-humanísticos), do equipamento informático da escola (73,0% contra 70,5%) e dos serviços de apoio (62,0% contra 59,6%).
72 | Estudantes à Entrada do Secundário
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Gráfico 3.5 – Grau de concordância sobre a adequabilidade
As avaliações menos positivas
dos espaços e equipamentos da escola, segundo o tipo de
quanto à adequação das infra-
Infra-estruturas estão adequadas a pessoas com deficiências motoras
Serviços de apoio
Instalações físicas das salas de aula
Espaços de convívio
Equipamento informático
Equipamentos e materiais para a formação específica
Espaços para a prática de educação física
Biblioteca ou o centro de recursos
certificação do curso (%)
estruturas para pessoas com deficiências
4,5 10,7 15,3 21,6
Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo
partilhadas 80,2
Concordo totalmente / Concordo
Nem concordo nem discordo
21,7 22,8
forma
especialmente
20,8 18,0
(50,0%),
14,2 9,7 21,1 19,8
de
59,6 62,0
Concordo totalmente / Concordo
20
40
as
(52,4%)
(ver
anexo
–
que os registados no inquérito de 48,2 50,0
0
e
Estes resultados são piores do
28,7 26,0 23,1 24,1
Concordo totalmente / Concordo
(52,4%)
Quadro 3.2).
36,2 32,6
Nem concordo nem discordo
convívio
aula
4,2 5,5
Discordo totalmente / Discordo
equipamento
instalações físicas das salas de
64,6 70,5
Nem concordo nem discordo
o
informático (51,2%), os espaços
Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo
infra-
também os serviços de apoio 66,7 63,6
Nem concordo nem discordo
as
de avaliações positivas), mas
Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo
escolares,
deficiências motoras (só 30,2%
12,0 13,8 21,2 22,6
Nem concordo nem discordo
a
estruturas para as pessoas com
70,5 73,0
Concordo totalmente / Concordo
positiva
equipamentos
8,7 9,1
Discordo totalmente / Discordo
menos
adequabilidade dos espaços e
71,5 69,0
Concordo totalmente / Concordo
CCH
são os dos cursos de educação e formação os que avaliam de
Nem concordo nem discordo
Nem concordo nem discordo
dos dois tipos de cursos.
profissionalmente qualificantes,
71,6 64,0
6,9 8,2
Discordo totalmente / Discordo
estudantes
Entre os alunos dos cursos
Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo
pelos
são
67,7
11,8 16,0 16,6 20,0
Discordo totalmente / Discordo
motoras
60 CPQ
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
2007/08,
em
que
as
avaliações dos itens comuns 80
100
aos dois inquéritos, feitas pelos alunos dos mesmos cursos de então,
foram
todas
mais
positivas.
Estudantes à Entrada do Secundário | 73
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Em sentido oposto, os estudantes do ensino artístico especializado fazem as avaliações mais positivas na maioria dos itens, concordando massivamente com a adequação dos equipamentos e materiais para a formação especifica do curso (91,2%), das instalações físicas das salas de aula (85,5%) e do equipamento informático (81,3%) e, em larga medida, mesmo com as infra-estruturas para as pessoas com deficiências motoras (68,1%). Por último, verifica-
biblioteca/ centro de recursos (77,0%), os espaços para educação física (80,0%) e os espaços de convívio (70,9%). Efectuando uma análise em função da natureza jurídica do estabelecimento de ensino, constata-se que as avaliações diferentes
nos
vários
itens (Gráfico 3.6). Os do ensino privado fazem mais
avaliações
sobre
a
adequação
equipamento (76,0%
positivas do
informático
de
concordância
contra 70,0% dos alunos do público), dos equipamentos e
Espaços de convívio
são
do estabelecimento de ensino (%) Biblioteca ou o centro de recursos
a
Equipamento informático
positivamente
Instalações físicas das salas de aula
avalia
Gráfico 3.6 – Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e equipamentos da escola, segundo a natureza
Espaços para a prática de educação física
tecnológicos são quem mais
Equipamentos e materiais para a formação específica
se que os alunos dos cursos
contra 68,5%) e dos serviços de
apoio
(65,5%
contra
59,0%). Os do ensino público fazem positivas
mais
avaliações sobre
bibliotecas/centros
as
Infra-estruturas estão adequadas a pessoas com deficiências motoras
específica do curso (76,8%
Serviços de apoio
materiais para a formação
muito grande, de 80,2% para
Público
15,8 15,6 24,5 80,2
59,8 9,2 7,6 20,7 16,4
70,0 76,0 12,1 17,5 17,9 17,9 69,9 64,6 7,9 5,9 23,6 17,3 68,5 76,8 12,2 14,4 21,8 21,5 66,0 64,1 14,2 6,9 22,0 16,3 63,8
76,8
4,4 5,8 36,6 28,8 59,0 65,5 28,1 26,3 23,7 22,7 48,2 51,0 0
de
recursos (aqui a diferença é
4,2
Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo
20
40
60
80
100
Privado
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
59,8%), mas também sobre os espaços para educação física (69,9% contra 64,6%) e os espaços de convívio (66,0% contra 64,1%).
74 | Estudantes à Entrada do Secundário
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Os estudantes dos dois sectores partilham as avaliações menos positivas quando se trata da existência de infra-estruturas adequadas a pessoas com deficiência motora. Quadro 3.16 – Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e equipamentos da escola, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
Biblioteca ou o centro de recursos
Equipamentos e materiais para a formação específica
Espaços de convívio
Equipamento informático
Espaços para a prática de educação física
Serviços de apoio
Instalações físicas das salas de aula Infra-estruturas estão adequadas a pessoas com deficiências motoras
Verifica-se também que existe uma relação entre as avaliações dos itens
<= Nível 2
Nível 3
Nível Nível 4 5
Concordo totalmente / Concordo
68,1
76,1
76,6
78,0
Nem concordo nem discordo
19,1
17,6
17,1
15,8
Discordo totalmente / Discordo
12,8
6,3
6,3
6,2
escolar
(Quadros 3.16 e 3.17).
em análise e as variáveis relativas ao desempenho dos
alunos
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
64,9
70,2
71,8
73,8
Nem concordo nem discordo
22,3
23,0
20,9
18,0
Discordo totalmente / Discordo
12,8
6,8
7,3
8,1
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
63,8
66,9
65,3
65,9
Nem concordo nem discordo
13,8
21,3
21,8
20,7
espaço ou equipamento
Discordo totalmente / Discordo
22,3
11,8
12,9
13,4
em
Total
100
100
100
100
avaliações sobre a sua
Concordo totalmente / Concordo
60,6
71,8
71,7
72,6
Nem concordo nem discordo
21,3
19,7
19,7
18,5
adequação
Discordo totalmente / Discordo
18,1
8,5
8,6
8,9
Total
100
100
100
100
aumenta a média das
Concordo totalmente / Concordo
58,5
68,2
69,5
71,2
classificações
Nem concordo nem discordo
21,3
18,6
17,2
15,3
pelos alunos no 9.º ano.
Discordo totalmente / Discordo
20,2
13,2
13,3
13,5
100
100
100
100
Destacam-se
Total Concordo totalmente / Concordo
55,9
62,6
59,5
57,6
Nem concordo nem discordo
30,1
33,4
36,2
37,3
Discordo totalmente / Discordo
14,0
4,1
4,3
5,1
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
54,8
67,5
65,7
67,4
adequadas
Nem concordo nem discordo
18,3
20,8
21,0
19,2
Discordo totalmente / Discordo
26,9
11,8
13,3
13,4
dos
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
46,8
50,7
47,6
46,2
Nem concordo nem discordo
22,3
23,5
23,2
21,2
tiveram classificações de
Discordo totalmente / Discordo
30,9
25,8
29,2
32,7
nível 2), das instalações
Total
100
100
100
100
físicas das salas de aula
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
O
padrão
poucas
geral,
com
excepções,
é
que, qualquer que seja o questão,
as
são
mais
positivas à medida que obtidas as
avaliações dos espaços para
a
prática
educação
de física
(consideradas por
que
71,2% tiveram
classificações de nível 5 contra 58,5% dos que
(67,4% contra 54,8%) do equipamento informático
(72,6% contra 60,6%), da biblioteca/centro de recursos (78,0% contra 68,1%) e dos equipamentos e materiais para a formação específica do curso (73,8% contra 64,9%).
Estudantes à Entrada do Secundário | 75
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
A relação entre estas avaliações e o número de reprovações ao longo do percurso escolar tem o mesmo sentido, ou seja, quanto menos reprovações, mais positiva a opinião dos alunos sobre os espaços e equipamentos escolares. Os
estudantes
que
nunca reprovaram são
Quadro 3.17 - Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e equipamentos da escola, segundo o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
os que mais concordam
Nenhum ano
1 ano
2 anos
>=3 anos
Concordo totalmente / Concordo
78,4
72,7
69,0
66,0
Nem concordo nem discordo
16,3
19,4
20,5
21,3
Discordo totalmente / Discordo
5,3
7,9
10,4
12,7
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
72,3
68,6
67,1
64,7
Nem concordo nem discordo
20,9
23,9
24,4
24,9
Discordo totalmente / Discordo
6,8
7,5
8,5
10,4
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
71,9
70,7
71,2
70,6
Nem concordo nem discordo
19,7
20,4
18,9
17,3
Discordo totalmente / Discordo
8,4
8,9
10,0
12,1
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
70,5
66,3
63,2
61,5
Nem concordo nem discordo
17,2
19,1
19,6
19,6
Discordo totalmente / Discordo
12,2
14,7
17,2
18,9
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
67,1
64,2
62,6
59,8
Nem concordo nem discordo
21,1
22,6
22,7
22,4
Discordo totalmente / Discordo
11,8
13,1
14,7
17,9
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
66,3
66,9
68,4
67,0
Nem concordo nem discordo
20,7
21,0
20,7
20,6
Discordo totalmente / Discordo
13,0
12,1
11,0
12,4
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
60,0
61,4
61,8
61,0
Nem concordo nem discordo
36,0
33,7
32,3
31,9
Discordo totalmente / Discordo
3,9
4,9
5,9
7,0
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
47,9
50,8
51,1
50,0
Nem concordo nem discordo
23,3
23,1
23,5
23,0
Discordo totalmente / Discordo
28,8
26,1
25,4
27,0
Total
100
100
100
100
com a adequação da biblioteca/centro
de
recursos (78,4% contra 66,0% de concordância dos que reprovaram três ou mais vezes), dos espaços para educação física
(70,5%
contra
61,5%),
Biblioteca ou o centro de recursos
Equipamentos e materiais para a formação específica
dos
equipamentos
e
materiais
a
para
Equipamento informático
formação específica do curso
(72,3%
contra
64,7%) e dos espaços de convívio entre os alunos
(67,1%
contra Espaços de convívio
59,8%). Dir-se-ia,
a
hipotético, avaliações
título
que
as
menos
positivas dos alunos que tiveram
e que já reprovaram constituem
Serviços de apoio
expressão
indirecta de uma menor satisfação com a escola, justamente
a
esse percurso escolar negativo.
Instalações físicas das salas de aula
piores
classificações no 9.º ano
devida
Espaços para a prática de educação física
Infra-estruturas estão adequadas a pessoas com deficiências motoras
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
76 | Estudantes à Entrada do Secundário
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
3.2.3. Práticas de participação escolar e extra-escolar A vida escolar não se cinge ao que acontece na sala de aula. Outros espaços e iniciativas escolares são propiciadores de aprendizagens, de participação e de exercício da cidadania. Nesta secção vamos observar de que forma e com que intensidade os estudantes do 10.º ano inquiridos em 2010/11 participam em diversas actividades escolares não-lectivas de natureza formal e em actividades formais e informais fora do contexto escolar.
Participação formal
Gráfico 3.7 – Participação formal em actividades
O gráfico 3.7 apresenta uma lista
escolares (%)
variada de actividades formais
Eleição do delegado e/ou subdelegados de turma
79,2
Votação nas eleições para a associação de estudantes
51,2
Trabalho ou participação numa actividade da associação de estudantes
85,7
Participação num abaixo-assinado 11,5 na escola
88,5
Participação na elaboração e discussão 10,6 do projecto educativo
89,4
mesmas por
parte dos alunos. O que se vê é que
elas
suscitam
níveis
de
participação muito desiguais, algo mostrava.
Se
a
eleição
do
delegado e/ou subdelegado de turma é uma actividade muito participada
(79,2%),
já
a
participação nas eleições para a
90,5
associação de estudantes tem
5,0
Sim
participação nas
que o inquérito de 2007/08 já
Elemento de uma lista candidata à 9,5 associação de estudantes
0
espaço da escola e os níveis de
48,8
14,3
Contribuição para a elaboração do regulamento interno da escola
não-lectivas que têm lugar no
20,8
uma
95,0 20
40
60
participação
mediana
(51,2%). As outras actividades 80
100
Não
têm uma participação limitada, sempre abaixo dos 15%. Se em
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
alguns
casos
se
trata
de
actividades não correntes e até ocasionais (por exemplo, uma petição), e aí o facto de serem situações não regulares contribui para que as percentagens sejam baixas, noutros casos, em que se trata de actividades correntes, tipicamente a participação/trabalho em iniciativas da associação de estudantes (14,3%), podemos falar, de facto, de participação muito baixa.
Estudantes à Entrada do Secundário | 77
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Gráfico 3.8 – Participação formal em actividades
de certificação, verifica-se que os
escolares, segundo o tipo de certificação do curso (%)
humanísticos
são os
que mais
participam na eleição do delegado e/ou subdelegado de turma (83,8% contra 72,0% dos alunos dos cursos profissionalmente
qualificantes)
e
nas eleições para a associação de estudantes (57,7% contra 40,7%) (Gráfico 3.8). Isolando
os
profissionalmente
cursos qualificantes,
verifica-se que os alunos dos cursos tecnológicos participam mais do que os
restantes
na
elaboração
e
discussão do projecto educativo (19,0%)
e
nas
actividades
da
associação de estudantes (18,2%), enquanto os do ensino artístico especializado participam mais na eleição
do
(82,8%)
e
delegado em
de
turma
abaixo-assinados
(15,9%) (ver anexo – Quadro 3.3).
Contribuição para a Elemento de uma lista elaboração do regulamento candidata à associação de interno da estudantes escola
estudantes dos cursos científico-
Trabalho ou Participação na participação numa Participação elaboração e Votação nas Eleição do num abaixo- discussão do actividade da eleições para a delegado e/ou projecto associação de associação de subdelegados assinado na escola estudantes de turma educativo estudantes
Cruzando este indicador com o tipo
Destaca-se ainda que estes últimos são os que menos participam na elaboração do regulamento interno da
escola
candidatas
(2,2%) à
e
em
associação
listas
16,2
Não
28,0
Sim
72,0 42,3
Não Sim
40,7
83,8
59,3 57,7 86,4 84,8
Não 13,6 15,2
Sim
90,8 87,2
Não 9,2 12,8
Sim
88,1 89,2
Não 11,9 10,8
Sim
90,6 90,3
Não 9,4 9,7
Sim
96,1 93,2
Não 3,9 6,8
Sim 0
CCH
20
40
60
80
100
CPQ
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
de
estudantes (3,1%). Os que menos participam na maioria destas actividades são os alunos dos cursos de educação e formação. Mesmo numa actividade em que a participação global é elevada, como é a eleição dos delegados e/ou subdelegados de turma, a deles é muito mais baixa do que a média (42,9% contra 79,2%).
78 | Estudantes à Entrada do Secundário
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Gráfico 3.9 – Participação formal em actividades escolares,
Contribuição para a elaboração do regulamento interno da escola
Participação Trabalho ou na participação Elemento de Eleição do uma lista elaboração e Participação numa Votação nas delegado candidata à discussão do num abaixo- actividade da eleições para e/ou associação projecto assinado na associação a associação subdelegados escola de estudantes educativo de estudantesde estudantes de turma
segundo o sexo (%)
de participação por
24,6 17,2
Não
sexo revela pequenas 75,4 82,8
Sim 51,7 46,2
Não
83,3 88,0
88,0 89,0
Não 12,0 11,0
87,8 90,9
Não 12,2 9,1
Sim
e/ou de
subdelegados turma
89,7 91,2 10,3 8,8
(82,8%
75,4%
rapazes)
e
eleições
dos nas
para
a
associação
de
estudantes
(53,8%
contra
48,3%),
rapazes
Não Sim
raparigas
contra
16,7 12,0
Sim
as
eleição de delegados
Não Sim
diferenças. Enquanto participam mais na
48,3 53,8
Sim
A análise das taxas
os
participam
mais nas restantes actividades
(Gráfico
3.9). 93,6
Não
96,2
6,4 3,8
Sim 0
Masculino
20
40
60
80
100
Feminino
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 79
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Participação não formal Para
completar
participação
a
dos
análise alunos
da
Gráfico 3.10 – Participação não formal em actividades
em
escolares (%)
actividades escolares não-lectivas, procurou-se
conhecer
envolvimento
em
o
Visitas de estudo
seu
iniciativas
Torneios desportivos
não
formais, como as listadas no Gráfico
Debates ou sessões de esclarecimentos
3.10. Os dados indicam que a
Organização de festas ou eventos
participação varia muito consoante a
Iniciativas solidárias
actividade
em
causa.
Há
76,1
mais
41,4
iniciativas de outro género.
9,7
57,7
15,0
Sim
(41,4%) e menos envolvimento em
13,9
64,8
18,9
23,5
66,4
18,5
69,0
0
(76,1%) e em torneios desportivos
44,7
25,5
Clubes temáticos 7,7
envolvimento em visitas de estudo
11,9 12,0
20
23,3
40
Não
60
80
100
Não, mas gostaria
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Embora participem pouco em clubes
actividades escolares, segundo o tipo de certificação
temáticos (7,7%), iniciativas solidárias
do curso (%)
(15,0%) e na organização de festas ou
Clubes temáticos
Iniciativas solidárias
Organização de Debates ou festas ou sessões de eventos esclarecimentos
Torneios desportivos
Visitas de estudo
Gráfico 3.11 – Participação não formal em
12,0 12,1 10,4 14,2
Não, mas gostaria Não
eventos (18,9%), o inquérito revela que 77,6 73,7
Sim
13,0 15,4
Não, mas gostaria
Sim
9,5 10,1
Não, mas gostaria
27,1 23,0 24,0 22,7
Sim Não, mas gostaria Não
15,5 24,2 19,8 16,6
Sim Não, mas gostaria
Cruzando estes resultados com o tipo 63,4 67,0
Não
60,5 53,1
64,9 68,9
68,0 70,7
7,3 8,3 0
CCH
20
40
diferenças.
Mas
as
que
encontradas nas práticas formais, ou seja,
são
os
alunos
dos
cursos
geral,
participam
mais
nestas
actividades, em especial nas visitas de estudo (77,6% contra 73,7% dos alunos
Não Sim
grandes
científico-humanísticos que, de modo
15,4 14,5 24,8 21,1
Não, mas gostaria
de curso frequentado, não se detectam existem vão no mesmo sentido das
Não Sim
muitos dizem que gostariam de se envolver nesse tipo de actividades.
43,9 45,9 43,0 38,8
Não
há um potencial de participação, já que
60
CPQ
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
80 | Estudantes à Entrada do Secundário
80
dos
cursos
profissionalmente
qualificantes), em torneiros desportivos (43,0% contra 38,8%) e em debates ou sessões de esclarecimentos (27,1% contra 23,0%) (Gráfico 3.11).
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso Quanto à variação consoante a modalidade de ensino, os resultados também são convergentes com os relativos às práticas formais. Os estudantes do ensino artístico especializado são os que mais referem participar em visitas de estudo (84,6%), em debates ou sessões de esclarecimento (34,4%) e em clubes temáticos (9,1%), enquanto os dos cursos tecnológicos se envolvem mais em torneios desportivos (71,4%) e na organização de festas e eventos (30,5%) (ver anexo – Quadro 3.4). Os que participam menos são os dos cursos de educação e formação. Verificam-se também algumas diferenças em função do sexo. Os rapazes participam mais em torneios desportivos (53,8% contra 30,0% das raparigas) e na organização de festas ou eventos (20,9 contra 16,9%) e as raparigas mais em visitas de estudo (79,8% contra 72,1% dos rapazes), em debates ou sessões de esclarecimento (28,7% face a 22,0%) e em iniciativas solidárias (17,5% contra 12,3%) (ver anexo – Quadro 3.5).
Gráfico 3.12 – Participação dos alunos em actividades fora do contexto escolar (%) 28,9
58,7
13,0
5,0
74,4
12,6
84,6
9,3
14,4
90,6
Associação ecologista / 1,8 ambientalista
87,5
Associação de defesa 1,6 dos direitos humanos
87,6
Não
3,0
80,6
Partido / 2,9 Juventude Política
0
12,4
82,1
Escoteiros / 6,2 Escuteiros / Guias
Sim
nas
várias
actividades
numas
do que
noutras, fora dele a participação de natureza associativa, cívica ou política é
Organização ou 14,9 grupo religioso
Associação ou instituição de solidariedade
participação
mencionadas, mais
Associação / Clube desportivo
Associação cultural ou recreativa
Se no contexto escolar existe alguma
mais reduzida (Gráfico 3.12). Onde as taxas
de
participação
têm
alguma
expressão é em associações e/ou clube desportivos (28,9%), em organizações e/ou grupos religiosos (14,9%) e em associações culturais e/ou recreativas (13,0%). O envolvimento noutro tipo de
6,5
organizações é muito pequeno.
10,7
No
entanto,
uma
parte
dos
não
participantes declara que gostaria de o
20
40
10,9 60
80
Não, mas gostaria
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
100
fazer,
mais
instituições
em de
associações solidariedade
e/ou social
(14,4%), em associações culturais e/ou recreativas (12,6%) e em associações e/ou clubes desportivos (12,4%).
Uma análise segundo o sexo permite constatar que enquanto os rapazes participam muito mais em associações e/ou clubes desportivos (41,3% contra 17,4% das raparigas), as raparigas estão mais ligadas a organizações e/ou grupos religiosos (17,8% contra 11,7% dos rapazes) e a associações culturais e/ou recreativas (14,0% contra 11,9%) (ver anexo – Quadro 3.6).
Estudantes à Entrada do Secundário | 81
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
3.3. O curso/modalidade
Quadro 3.18 – Principais razões para a escolha do curso, segundo o tipo de certificação (%) Total
razões
13,2
29,7
curso/modalidade de ensino
41,0
40,3
que frequentam, os estudantes
CCH CPQ Permite-me seguir o que eu quero em termos de ensino 40,2 superior É um curso que dá boas oportunidades de emprego 39,9
Quando inquiridos sobre as de
escolha
Permite-me desempenhar a profissão que eu quero
28,8
23,4
26,7
dizem
É o que eu gosto de estudar
22,5
16,1
20,0
É um curso com qualidade
13,8
25,5
18,4
sobretudo,
É um curso com muito prestígio
9,1
13,1
10,7
boas
Não havia outro curso que eu gostasse
7,3
12,1
9,2
emprego
Tenho pessoas próximas que seguiram o mesmo curso Os testes psicotécnicos indicaram que era o melhor para mim É um curso muito prático Porque era o curso que a minha família gostava que eu seguisse Porque não tinha que mudar de escola
6,8
9,1
7,7
encaminhamento
5,2
2,4
4,1
2,8
12,7
6,6
ensino superior (29,7%), de o
2,0
1,2
1,7
1,5
2,2
1,7
É um curso essencialmente teórico
0,8
0,5
0,7
Outra razão
4,7
8,4
6,1
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
curso
que
a
do
em
fizeram,
função
oportunidades (40,3%),
desempenhar
a
de do
para
permitir
das
vir
o a
profissão
desejada (26,7%), de ser o que
gostam
de
estudar
(20,0%) e de ter qualidade (18,4%) (Quadro 3.18).
Há diferenças sensíveis em função do tipo de certificação. A primeira razão indicada pelos alunos dos cursos científico-humanísticos é o prosseguimento de estudos para o ensino superior (40,2%), algo que somente 13,2% dos alunos dos cursos profissionalmente qualificantes referiram. Estes últimos colocaram em primeiro lugar o facto de o curso permitir boas oportunidades de emprego (41,0%), ponto que também é muito valorizado, note-se, pelos seus colegas dos cursos científico-humanísticos, que colocaram essa opção em segundo lugar. Quanto a outras razões, os estudantes dos cursos científico-humanísticos disseram mais que o curso lhes permitirá desempenhar a profissão que querem ter (28,8% contra 23,4%) e que corresponde ao que gostam de estudar (22,5% contra 16,1%). Por seu turno, os alunos dos cursos profissionalmente qualificantes referiram mais a qualidade (25,5% contra 13,8%), o prestígio (13,1% face a 9,1%) e tratar-se de um curso muito prático (12,7% contra 2,8%). Analisando as respostas em função das modalidades de ensino frequentadas, também encontramos diferenças substanciais (Quadro 3.19). Se, como acabámos de ver, os alunos dos cursos científico-humanísticos indicam como primeira razão de escolha do curso ele permitir o prosseguimento para a universidade (40,2%), os do ensino artístico especializado destacam como primeira razão, bem acima de todos os outros estudantes, ser o curso que gostam de estudar (45,1%) e os dos cursos profissionais põem em primeiro lugar (e são os mais valorizam essa razão) tratar-se de cursos que dão boas oportunidades de emprego (43,3%). Os alunos
82 | Estudantes à Entrada do Secundário
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso dos cursos tecnológicos, por sua vez, apontam como razão primeira serem cursos que permitirão desempenhar a profissão que querem seguir (37,8%), factor também muito valorizado pelos estudantes do ensino artístico especializado. Finalmente,
os
Quadro 3.19 – Principais razões para a escolha do curso, segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
estudantes de cursos de educação indicam
e
formação
como
primeira
razão de escolha desses cursos para
um
factor
todos
os
que
outros
estudantes só tem um peso residual e que é acharem que se trata de cursos
muito
práticos
(30,2%). Fazendo comparativa
a
análise destes
dados com os recolhidos
É um curso que dá boas oportunidades de emprego Permite-me seguir o que eu quero em termos de ensino superior Permite-me desempenhar a profissão que eu quero É o que eu gosto de estudar
CCH
CT
EAE CEF
39,9
21,2
14,5 27,9 43,3
40,2
29,9
30,1
28,8
37,8
42,9 14,0 21,7
4,7
CP
11,4
22,5
26,7
45,1 16,3 14,5
É um curso com qualidade
13,8
20,7
14,7 23,3 26,1
É um curso com muito prestígio
9,1
8,7
4,2
9,3
Não havia outro curso que eu gostasse Tenho pessoas próximas que seguiram o mesmo curso Os testes psicotécnicos indicaram que era o melhor para mim É um curso muito prático Porque era o curso que a minha família gostava que eu seguisse Porque não tinha que mudar de escola
7,3
7,9
4,6
14,0 12,6
6,8
8,2
3,5
4,7
9,2
5,2
3,8
3,1
-
2,2
2,8
14,1
10,1 30,2 12,6
2,0
0,9
0,7
-
1,3
1,5
1,0
0,9
4,7
2,3
É um curso essencialmente teórico
0,8
0,2
-
4,7
0,5
Outra razão
4,7
4,3
6,4
23,3
8,7
no inquérito aplicado no
13,7
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
ano lectivo de 2007/08, constata-se que as razões apresentadas tiveram variações significativas em algumas modalidades de ensino (ver anexo – Quadro 3.7). Em 2007/08, os estudantes dos cursos de educação e formação valorizavam mais as boas oportunidades de emprego que esses cursos dão (a referência a essa razão caiu de 50,8% para 27,9%) e o facto de serem cursos que permitirão desempenhar a profissão que querem (passou de 24,5% para 14,0%), passando a valorizar mais o facto de ser um curso prático (de 13,1% para 30,2%). Os alunos dos cursos profissionais passaram a valorizar menos o acesso que os cursos que frequentam darão ao ensino superior (37,0% disseram-no em 2007/08 contra 11,4% em 2010/11) e passaram a dar mais importância ao facto de o curso permitir desempenhar a profissão que querem seguir (de 15,7% para 21,7%). Finalmente, os estudantes dos cursos tecnológicos referem menos as boas oportunidades de emprego proporcionadas por esses cursos (de 30,5% para 21,2%) e mais a possibilidade que eles conferem de acesso ao ensino superior (de 22,4% para 29,9%).
Estudantes à Entrada do Secundário | 83
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
A
análise
por
identificar
sexo
permite
semelhanças
e
Quadro 3.20 – Principais razões para a escolha do curso, segundo o sexo (%)
diferenças. A primeira razão de
Masculino
Feminino
escolha do curso, para rapazes e
É um curso que dá boas oportunidades de emprego
41,6
39,1
raparigas, é o facto de ele dar
É um curso com qualidade
24,5
12,7
boas oportunidades de emprego
Permite-me desempenhar a profissão que eu quero
22,5
30,6
Permite-me seguir o que eu quero em termos de ensino superior
22,4
36,4
É o que eu gosto de estudar
17,6
22,3
É um curso com muito prestígio
14,3
7,3
Tenho pessoas próximas que seguiram o mesmo curso
9,1
6,4
Não havia outro curso que eu gostasse
8,8
9,5
É um curso muito prático
8,3
5,1
Os testes psicotécnicos indicaram que era o melhor para mim
3,6
4,5
Porque não tinha que mudar de escola
2,0
1,5
(36,4% contra 22,4% dos rapazes),
Porque era o curso que a minha família gostava que eu seguisse
1,6
1,8
enquanto
os
É um curso essencialmente teórico
0,8
0,6
mais
qualidade
Outra razão
6,5
5,7
(41,6% e 39,1%, respectivamente). Nesse ponto há convergência de opiniões.
Já
quanto
a
outras
razões, as raparigas mencionam muito mais o acesso ao ensino superior,
que
segunda
razão
a
é
para
elas
mais
a
referida
rapazes
apontam do
curso
escolhido (24,5% contra 12,7%
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
das raparigas) ou o prestígio do mesmo
(14,3%
contra
7,3%)
(Quadro 3.20). Quadro 3.21 – Principais razões para a escolha do curso, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
da
influência que as
Igual ou inferior ao 1.º CEB
Entre o 2.º e o 3.º CEB
41,0
41,2
40,6
38,5
nos trajectos e nas
24,4
25,9
28,8
27,0
escolhas escolares
É um curso com qualidade
21,6
20,0
17,0
16,1
Permite-me seguir o que eu quero em termos de ensino superior
dos
19,6
26,4
34,5
33,8
relacionámos
É o que eu gosto de estudar
17,0
17,9
21,0
23,3
razões de escolha
Não havia outro curso que eu gostasse
12,4
10,2
7,6
7,8
dos
É um curso com muito prestígio
11,3
11,3
10,1
9,9
frequentados com a
Tenho pessoas próximas que seguiram o mesmo curso
9,2
8,6
7,0
6,4
escolaridade
É um curso muito prático
8,6
7,4
5,8
5,5
família
2,9
3,7
4,6
4,6
respectiva condição
2,3
2,0
1,5
1,5
1,1
1,5
1,8
2,2
0,6
0,7
0,7
0,7
confirmam
essa
7,1
5,9
5,0
6,9
influência.
Assim,
É um curso que dá boas oportunidades de emprego Permite-me desempenhar a profissão que eu quero
Os testes psicotécnicos indicaram que era o melhor para mim Porque não tinha que mudar de escola Porque era o curso que a minha família gostava que eu seguisse É um curso essencialmente teórico Outra razão
Ensino Ensino secundário superior
Sabendo-se
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
84 | Estudantes à Entrada do Secundário
origens sociais têm
alunos, as
cursos da
e
a
socioprofissional. Os resultados que encontrámos
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso verifica-se que quanto mais elevados os níveis de escolaridade da família e melhor a sua condição socioprofissional mais os estudantes revelam que a razão para terem escolhido o curso actual é a possibilidade de prosseguimento de estudos para o ensino superior. Estes estudantes também referem mais que o curso é o que gostam de estudar e o que ele permite que venham a desempenhar a profissão desejada (Quadro 3.21 e anexo – Quadro 3.18). Já os estudantes de famílias com menos escolaridade e pior condição socioprofissional referem mais que a escolha está relacionada com as boas oportunidades de emprego que o curso oferece e com a qualidade do mesmo. Estes resultados vão ao encontro de outros estudos que mostram que em meios familiares de escolaridade mais elevada os alunos ambicionam mais prolongar os seus estudos (Abrantes, 2005; Alves, 1998). Também nos pareceu pertinente verificar se existe uma relação entre as razões de escolha do curso e o desempenho
Quadro 3.22 – Principais razões para a escolha do curso, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou
escolar dos alunos. O que
equivalente (%)
constatamos é que os alunos
que
tiveram
<= Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
É um curso que dá boas oportunidades de emprego
25,5
37,9
43,4
45,2
classificações iguais ou
Não havia outro curso que eu gostasse
20,2
11,5
6,2
3,7
superiores ao nível 4 no
É um curso com qualidade
19,1
20,2
16,4
12,6
9.º ano e que nunca
Permite-me desempenhar a profissão que eu quero
17,0
26,5
29,1
27,8
reprovaram são os que
É o que eu gosto de estudar
16,0
17,8
21,5
28,8
mais consideram que a
É um curso com muito prestígio
13,8
10,7
10,5
7,8
É um curso muito prático
9,6
8,5
4,6
1,7
escolha
9,6
23,0
36,5
52,3
8,5
9,5
6,3
3,6
estudos,
4,3
2,1
1,3
0,7
oportunidades
de
3,2
4,2
4,7
3,4
emprego,
na
3,2
1,6
1,8
1,8
possibilidade de virem a
-
0,9
0,5
0,4
19,1
6,7
4,5
2,3
desempenhar a profissão
Permite-me seguir o que eu quero em termos de ensino superior Tenho pessoas próximas que seguiram o mesmo curso Porque não tinha que mudar de escola Os testes psicotécnicos indicaram que era o melhor para mim Porque era o curso que a minha família gostava que eu seguisse É um curso essencialmente teórico Outra razão
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
do
curso
se
baseou na possibilidade de
prosseguimento nas
de boas
que desejam e de o curso ser o que gostam de estudar.
Já
os
alunos
com classificações mais baixas e com retenções ao longo do percurso escolar são os que dão mais importância à qualidade e prestígio do mesmo e os que mais dizem que não havia outro curso de que gostassem (Quadro 3.22 e anexo – Quadro 3.9). Parecendo interiorizar que essa é para eles uma impossibilidade social, os alunos que tiveram uma média final negativa no 9.º ano só raramente dizem que escolheram o curso em função do acesso ao ensino superior. O mesmo se passa com os que tiveram três ou mais reprovações.
Estudantes à Entrada do Secundário | 85
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
3.3.1. Tipo de apoio na escolha do curso
Gráfico 3.13 – Existência de apoio na escolha do curso (%)
A
tomada
de
decisão
sobre
a
modalidade e o curso a seguir à entrada
Apoio da minha família
89,0
11,0
do secundário não é um processo simples e é influenciado, como vimos,
Apoio dos meus amigos
84,3
15,7
Na escola obtive informações sobre as profissões na minha área
75,4
24,6
Apoio/esclarecimento de professores
73,5
26,5
Falei com pessoas que tinham seguido diferentes cursos
65,3
34,7
Pesquisa de informação na nternet
64,3
35,7
Serviços de Psicologia e Orientação da Escola
61,1
por diversos factores. Interessa, por isso, saber que apoios tiveram os alunos na escolha do curso, se alguém os ajudou nessa tomada de decisão. O Gráfico 3.13 mostra que a família e os amigos, por esta ordem e com valores próximos (89,0% e 84,3%),
0
20
38,9
40
Sim
60
80
estiveram na primeira linha de apoio. Os 100
meios
sociais
significativos
Não
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
mais
próximos
e
para o aluno tiveram,
assim, o papel mais importante na
escolha que fizeram. Mas também se vê que foram importantes as informações obtidas na escola sobre profissões da área de interesse do aluno (75,4%) e o apoio e esclarecimento dados por professores (73,5%). Mesmo as outras fontes de apoio, incluindo os Serviços de Psicologia e Orientação da Escola, embora num patamar mais baixo, tiveram significado. Comparando resultados com o inquérito de 2007/08,
verifica-se
que
o
apoio
Gráfico 3.14 – Utilidade do apoio fornecido na escolha do curso (%)
e
esclarecimento recebidos dos professores aumentaram (de 65.5% para 73.5%), bem como a procura de informação na internet (de 54.1% para 64,3%) (ver anexo – Quadro 3.10). Tendo os alunos tido apoio de várias fontes na escolha do curso, interessava perceber se esse apoio foi útil no momento concreto da tomada de decisão. Os dados mostram que as avaliações da utilidade
Apoio da minha família
amigos
aparecem
nos
dois
primeiros
86 | Estudantes à Entrada do Secundário
11,2
Apoio dos meus amigos
84,3
15,7
Pesquisa de informação na nternet
82,5
17,5
Apoio/esclarecimento de professores
79,7
20,3
79,6
20,4
77,1
22,9
Falei com pessoas que tinham seguido diferentes cursos Na escola obtive informações sobre as profissões na minha área Serviços de Psicologia e Orientação da Escola
61,2 0
seguem, em grande medida, a ordem dos apoios recebidos, ou seja, a família e os
88,8
Sim, e foi útil
20
40
38,8 60
80
Sim, mas não foi útil
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
100
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso lugares (88,8% e 84,3%) e os professores aparecem em quarto lugar (79,7%). O que é diferente é a avaliação da rentabilidade das pesquisas realizadas através da internet (82,5%). Elas estavam em sexto lugar na ordem dos apoios recebidos e aparecem aqui na terceira posição (Gráfico 3.14).
o
certificação
tipo
do
verificamos
de
curso,
que
são
os
estudantes dos cursos científicohumanísticos
que
mais
consideram terem tido apoio, qualquer que seja a fonte do mesmo.
A
diferença
é
particularmente visível no que se refere ao apoio procurado/dado pelos Serviços de Psicologia e Orientação das escolas, referido por
70,3%
dos
alunos
dos
cursos científico-humanísticos e apenas por 46,4% dos alunos dos
cursos
profissionalmente
qualificantes (Gráfico 3.15). Discriminando
a
modalidade
análise
de
por
ensino
segundo tipo de certificação (%)
Falei com pessoas que Recorri aos tinham serviços de seguido Psicologia e diferentes Orientação da cursos Escola
com
Na escola obtive informações sobre as profissões Tive apoio/esclarec possífeis de desenvolver Tive apoio dos Tive apoio da imento de professores na minha área meus amigos minha família
recebidos
Gráfico 3.15 – Existência de apoio na escolha do curso,
Procurei na internet alguma informação sobre as opções dos cursos
Cruzando o indicador dos apoios
frequentada, concluímos que os alunos
do
especializado
ensino e
dos
artístico cursos
8,5 15,1
Não
91,5 84,9
Sim
13,4 19,5
Não
86,6 80,5
Sim
21,4 29,8
Não
78,6 70,2
Sim
22,6 32,7
Não
77,4 67,3
Sim
29,7
Não Sim
53,6 70,3
46,4 30,7
Não
41,0
Sim
59,0
69,3
33,6 38,9
Não
66,4 61,1
Sim
0 CCH
20
40
60
80
100
CPQ
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
tecnológicos são, a par dos estudantes dos cursos científico-humanísticos e com valores muito próximos dos deles, um pouco acima ou um pouco abaixo, os que mais dizem ter tido apoio das várias fontes. Os alunos do ensino artístico especializado, em particular, são mesmo os que mais disseram ter tido apoio dos professores (79,6%), os que mais conversaram com pessoas que seguiram cursos diferentes (71,9%) e os que mais se apoiaram em informação recolhida na internet (71,7%) (ver anexo – Quadro 3.11). Os alunos dos cursos de educação e formação, em contrapartida, são os que menos consideram ter procurado/obtido os vários tipos de apoio em análise, em especial, no que toca aos Serviços de Psicologia e Orientação (27,9%). Os estudantes dos cursos profissionais, que
Estudantes à Entrada do Secundário | 87
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso também declaram não ter tido um apoio muito frequente desses serviços (só 45,0% o referiram) são os que menos consideram ter tido apoio e/ou esclarecimento dos professores (66,6%). A comparação com os dados do inquérito de 2007/08 revela diferenças no modo como os alunos avaliam os diversos apoios, então e agora. Os alunos dos cursos científicohumanísticos, dos cursos profissionais e dos cursos tecnológicos de 2010/11 procuraram mais informação na internet sobre o curso que pretendiam seguir do que os seus homólogos de há três anos. Os alunos dos cursos tecnológicos, juntamente com os do ensino artístico especializado e os dos cursos de educação e formação, também consideram ter tido mais apoio e esclarecimento por parte dos professores em 2010/11 do que em 2007/08. Por fim, verifica-se que os estudantes dos cursos de educação e formação tiveram em 2010/11 menos apoio da família e dos amigos. 3.3.2. Avaliações sobre o curso Gráfico 3. 16– Grau de concordância sobre algumas dimensões pedagógicas do curso (%)
um
A maior parte dos professores têm qualidade
80,6
14,35,1
Os materiais de apoio utilizados no meu curso são adequados ao meu estudo
78,5
18,13,4
Sinto que o curso me está a preparar convenientemente para a vida profissional
77,0
18,34,7
Os instrumentos de avaliação são adequados
variado
de
dimensões pedagógicas relativas ao curso que frequentam é, regra maioria considera que a maior parte
dos
qualidade
professores (80,6%),
tem
que
os
materiais de apoio utilizados são 72,9
21,8 5,3
adequados
ao
seu
estudo
(78,5%), que o curso os está a 71,5
Sinto que as matérias das diferentes disciplinas estão interligadas entre si
69,7
A matéria dada é de um modo geral interessante
66,3
26,5 7,2
Os professores fazem um esforço para tornar as aulas mais interessantes
65,4
23,3 11,2
Concordo totalmente / Concordo
conjunto
geral, muito positiva. A grande
Os professores fazem um esforço para acompanhar os alunos com maiores dificuldades
O ambiente da turma contribui para a minha aprendizagem
A avaliação dos inquiridos sobre
21,9 6,6
preparar convenientemente para a vida profissional (77,0%), que
24,5 5,8
os instrumentos de avaliação são adequados (72,9%) e que os
54,3 0 20 40 Nem concordo nem discordo
29,4
16,3
60 80 100 Discordo totalmente / Discordo
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
88 | Estudantes à Entrada do Secundário
professores fazem um esforço para acompanhar os alunos com maiores
dificuldades
(71,5%)
(Gráfico 3.16). O contributo do ambiente
da
turma
para
a
aprendizagem é a dimensão que recebe avaliação menos positiva, mas
mesmo
assim
mais
de
metade dos alunos considera que esse contributo existe (54,3%).
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
A análise por tipo de certificação
Gráfico 3.17 – Grau de concordância sobre algumas
revela que as avaliações dos
dimensões pedagógicas do curso, segundo o tipo de
profissionalmente
qualificantes
são ainda mais positivas em todas as dimensões, excepto uma. As maiores diferenças verificam-se nas
dimensões
seguintes:
o
esforço que os professores fazem para
tornar
interessantes 61,7%
de
alunos
dos
as
aulas
(71,3% cursos
mais contra
concordância
dos
científico-
humanísticos); que o curso está a prepará-los
convenientemente
para a vida profissional (82,2% contra 73,7%); que os professores fazem
um
acompanhar
esforço os
alunos
para com
maiores dificuldades (75,6 contra 68,9%); e que a matéria dada é, de um modo geral, interessante (70,1% contra 63,9%) (Gráfico 3.17). A excepção é que os estudantes que frequentam cursos científicohumanísticos com
a
materiais
concordam
mais
adequabilidade
dos
de
certificação do curso (%)
cursos
apoio
utilizados
Os materiais de apoio utilizados no meu curso são adequados ao meu estudo
dos
Os professores Os professores Sinto que as fazem um Sinto que o fazem um matérias das esforço para Os instrumentos curso me está a diferentes acompanhar os de avaliação preparar O ambiente da esforço para A matéria dada turma contribui tornar as aulas é de um modo disciplinas estão alunos com dos alunos são convenientemen A maior parte mais interligadas maiores te para a vida dos professores para a minha geral geralmente entre si dificuldades profissional aprendizagem interessantes interessante adequados têm qualidade
alunos
(80,1% contra 76,0%), o que não é de estranhar, uma vez que existem algumas limitações no
2,9 4,0
Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo nem discordo Concordo totalmente / Concordo
80,1 76,0
5,8 3,8 15,0 13,2
79,1 82,9
5,6 3,2
20,6 14,6
6,1 3,9
73,7 82,2
23,0 19,8
7,5 5,1
70,9 76,2
23,6 19,3
6,5 4,6
68,9 75,6
25,4 23,2
8,1 5,7
68,1 72,2
28,0 24,2
63,9 70,1
13,1 8,3 25,2 20,4 16,5 16,0 28,7 30,4
0 CCH
16,9 20,0
20
40
61,7 71,3
54,8 53,6 60
80
100
CPQ
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
que se refere ao material dos cursos profissionalmente qualificantes. Para os alunos dos cursos profissionais e dos cursos de educação e formação não há manuais escolares formais, tal como nos cursos científicohumanísticos, usando-se antes fotocópias e ficheiros de formato digital (Carvalho e Fadigas, 2008 e 2010).
Estudantes à Entrada do Secundário | 89
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Quadro 3.23 – Grau de concordância sobre algumas dimensões pedagógicas do curso, segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
Os materiais de apoio utilizados no meu curso são adequados ao meu estudo
A maior parte dos professores têm qualidade
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total
Sinto que o curso me está a preparar convenientemente para a vida profissional
Os instrumentos de avaliação dos alunos são geralmente adequados
Os professores fazem um esforço para acompanhar os alunos com maiores dificuldades
A matéria dada é de um modo geral interessante
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total
Sinto que as matérias das diferentes disciplinas estão interligadas entre si
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total
Os professores fazem um esforço para tornar as aulas mais interessantes
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo
O ambiente da turma contribui para a minha aprendizagem
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo
Total
Total
EAE CEF
sua vez, dá a ver que os alunos do
ensino
artístico
CCH
CT
80,1
79,4 87,3 52,4 75,5
16,9
18,3 11,0 38,1 20,3
2,9
2,3
1,8
9,5
4,2
100
100
100
100
100
curso, mais até do que os dos
79,1
81,5 86,6 69,0 83,0
cursos científico-humanísticos.
15,0
13,8 10,3 19,0 13,2
As avaliações mais positivas
5,8
4,8
3,1
11,9
3,7
são que o curso está a prepará-
100
100
100
100
100
los convenientemente para a
73,7
81,9 87,5 69,0 82,1
vida profissional (87,5%), que
20,6
14,9
9,6
28,6 14,7
os materiais de apoio utilizados
5,6
3,2
2,9
2,4
3,2
são
100
100
100
100
100
(87,3%) e que a maior parte
70,9
74,4 78,7 54,8 76,4
dos professores tem qualidade
23,0
20,8 19,3 35,7 19,7
(86,6%) (Quadro 3.23).
6,1
4,8
2,0
9,5
3,9
100
100
100
100
100
Por outro lado, os estudantes
68,9
71,1 71,5 54,8 76,1
dos cursos profissionais são os
23,6
22,1 23,5 38,1 18,9
que mais concordam que os
7,5
6,7
5,0
7,1
5,0
professores se esforçam para
100
100
100
100
100
acompanhar os alunos com
63,9
65,6 80,3 61,9 70,4
dificuldades (76,1%) e que as
28,0
27,7 16,7 28,6 24,0
matérias
8,1
6,7
3,1
9,5
5,6
disciplinas
100
100
100
100
100
entre si (72,7%), enquanto os
68,1
67,6 68,9 47,6 72,7
estudantes
25,4
26,9 26,8 40,5 22,8
educação e formação são os
6,5
5,4
4,4
11,9
4,6
que
100
100
100
100
100
positivamente a grande maioria
61,7
65,0 75,2 67,4 71,9
das dimensões pedagógicas.
25,2
23,3 18,0 25,6 20,1
As suas avaliações só não são
13,1
11,8
6,8
7,0
8,0
as mais negativas no que se
100
100
100
100
100
refere
54,8
49,1 59,0 51,2 53,9
pelos professores para tornar
28,7
30,9 27,4 34,9 30,4
as aulas mais interessantes e
16,5
20,0 13,6 14,0 15,7
ao contributo do ambiente da
100
100
turma para a aprendizagem.
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
90 | Estudantes à Entrada do Secundário
100
CP
A análise por modalidade, por
100
especializado
avaliam
muito
positivamente
todas
as
dimensões
pedagógicas
adequados
ao
das estão dos
estudo
diferentes interligadas cursos
avaliam
ao
do
esforço
de
menos
realizado
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Fazendo a análise em função da natureza jurídica do estabelecimento de ensino, observa-se que os alunos do ensino privado são quem mais avalia positivamente a globalidade das dimensões pedagógicas do curso, sobretudo no que se refere ao esforço dos professores para tornar as aulas mais interessantes (73,8% contra 62,8% dos alunos do ensino público), ao interesse da matéria dada (74,5% contra 63,7%), ao esforço dos professores para acompanharem os alunos com
Gráfico 3.18 – Grau de concordância sobre algumas
Sinto que as Os professores Os professores matérias das Os Os materiais Sinto que o fazem um fazem um diferentes instrumentos de apoio curso me está esforço para disciplinas de avaliação utilizados no a preparar acompanhar os A maior parte O ambiente da A matéria dada esforço para estão dos alunos são meu curso são convenienteme alunos com turma contribui é de um modo tornar as aulas dos mais interligadas geralmente adequados ao nte para a vida maiores para a minha geral professores entre si adequados meu estudo profissional dificuldades têm qualidade aprendizagem interessante interessantes
dimensões pedagógicas do curso, segundo o sexo (%)
7,5 5,8
5,6 3,9
4,4 2,4
que o curso dá para a vida 78,3 82,8
profissional
(84,4%
contra
74,7%) (ver anexo – Quadro 3.12).
22,0 21,9
70,6 72,3
Fizemos também a análise 18,3 18,3
76,1 77,8
7,1 4,5
75,3 81,5
70,2 75,5
20
67,4 71,8
pedagógicas, nomeadamente (82,8%
contra
78,3%
dos
rapazes), a adequação dos utilizados
para
o
estudo (81,5% contra 75,3%) e a adequação dos instrumentos de avaliação (75,5% contra
65,0 65,8
26,7 26,4
40
quase todas as dimensões
materiais
25,5 23,7
15,4 17,1 28,6 30,1
verificámos que as raparigas
a qualidade dos professores
23,0 20,7
12,4 10,2 22,6 24,0 8,8 5,7
destas avaliações por sexo e avaliam de forma mais positiva
20,4 16,1
6,8 3,9
0 Masculino
contra 69,0%) e à preparação
6,3 3,9 15,4 13,4
Discordo totalmente / Discordo Nem concordo discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo discordo Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo Nem concordo discordo Concordo totalmente / Concordo
maiores dificuldades (79,3%
70,2%) (Gráfico 3.18). A única dimensão em que a
64,5 67,9
avaliação dos rapazes é mais positiva
que
a
das
raparigas é a referente ao
56,0 52,8 60
do
80
100
contributo
do
ambiente
da
turma para a aprendizagem
Feminino
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
(56,0% contra 52,8%).
Também procurámos saber que relação existe entre a origem social dos estudantes e a avaliação que fazem destas dimensões pedagógicas. As avaliações não diferem muito entre si. Há apenas uma tendência, consistente mas ligeira, para que os estudantes de famílias com
Estudantes à Entrada do Secundário | 91
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso mais escolaridade e de categorias socioprofissionais mais dotadas de recursos façam avaliações menos positivas. Essa tendência é um pouco mais visível no que respeita ao esforço que os professores fazem para acompanhar os alunos com maiores dificuldades e para tornar as aulas mais interessantes e ao contributo do ambiente da turma para a aprendizagem (ver anexo – Quadros 3.13 e 3.14). Por fim, a análise destas avaliações em função do desempenho escolar mostra que quanto mais elevada a média final das classificações no 9.º ano mais positivas são as avaliações. Isso acontece especialmente no que se refere à adequação dos materiais de apoio para o estudo (84,6% dos que tiveram média de nível 5 fazem avaliações positivas contra 64,5% dos que tiveram média de nível 2 ou menos), à qualidade dos professores (84,4% contra 70,2%), à boa preparação para a vida profissional (79,7% contra 58,5%) e à interligação das matérias das diferentes disciplinas (77,3% contra 51,1%) (ver anexo – Quadro 3.15). No mesmo sentido, verificamos que quanto menos reprovações ao longo do percurso escolar melhor os alunos avaliam a maioria das dimensões pedagógicas do curso que frequentam. A excepção é o esforço que os professores fazem para tornar as aulas mais interessantes (63,5% face a 69,0%) e para acompanharem os alunos com maiores dificuldades (70,7% face a 73,1%), assim como, a boa preparação para a vida profissional (76,6% face a 78,0%) (ver anexo – Quadro 3.16).
3.3.2. Avaliações sobre a atitude e a disponibilidade dos professores
Neste último ponto analisamos
Gráfico 3.19 – Grau de concordância sobre a atitude e disponibilidade dos professores (%)
as avaliações que os alunos fazem sobre a atitude e a disponibilidade dos professores, com
base
no
nível
de
concordância que manifestam relativamente afirmações
às
quatro
apresentadas
no
Gráfico 3.19. O que é avaliado de forma mais positiva é a relação entre a maioria dos
Existe uma boa relação entre a maioria dos professores e alunos A maioria dos professores estão interessados no bem-estar dos alunos
bem-estar dos mesmos (77,8%) e
a
disponibilidade
17,8 4,4
74,4
A maioria dos professores tratam os alunos de igual forma
21,7
60,8 0
Concordo totalmente / Concordo
dos
13,8 3,9
77,8
Se precisar de ajuda extra sei que os meus professores me vão ajudar
professores e os alunos (82,3%) o interesse dos professores no
82,3
20
22,8 40
Nem concordo nem discordo
60
4,0
16,4 80
100
Discordo totalmente / Discordo
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
professores para uma ajuda extra (74,4%). A avaliação menos positiva, ou seja, a afirmação que recebe menor concordância, embora a maioria concorde, é a que respeita à igualdade de tratamento dos alunos por parte dos professores (60,8%).
92 | Estudantes à Entrada do Secundário
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Gráfico 3.20 – Grau de concordância sobre a atitude e disponibilidade dos professores, segundo o tipo de
A maioria dos professores tratam os alunos de igual forma
Se precisar de ajuda A maioria dos Existe uma boa extra sei que os professores estão relação entre a meus professores interessados no maioria dos me vão ajudar bem-estar dos alunos professores e alunos
certificação do curso (%)
81,7 83,1 4,8 3,7
76,6 79,7 4,3 3,3
72,9 76,7 18,5 13,0
CCH
de ensino mostra que são
avaliam de forma menos positiva a atitude e a disponibilidade
dos
professores. É assim em três
das
quatro
dimensões, nomeadamente
a
que
respeita à possibilidade de ajudas extra (só 59,5% dizem que eles estariam disponíveis
para
(Quadro 3.24).
isso).
dos
cursos
científico-
se encontram maiores diferenças são os que respeitam à igualdade
40
igualdade de tratamento 65,1% dos
alunos
60
disponibilidade
80
100
CPQ
dos
cursos
dos
e
à
professores
para ajudas extra (76,7% contra 72,9%) (Gráfico 3.20).
Quadro 3.24 – Grau de concordância sobre a atitude e disponibilidade dos professores, segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
os alunos dos cursos de educação e formação que
avaliações mais positivas do que
científico-humanísticos)
58,1 65,1
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
A análise por modalidade
casos,
58,1% dos alunos dos cursos
Concordo totalmente / Concordo
20
os
profissionalmente qualificantes e
23,4 21,9
0
todos
professores (concordam que há
Concordo totalmente / Concordo
Nem concordo nem discordo
em
qualificantes
de tratamento dos alunos pelos 22,8 19,9
Nem concordo nem discordo
Discordo totalmente / Discordo
certificação
humanísticos. Os indicadores onde
Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo
fazem, os
18,5 16,6
Nem concordo nem discordo
de
tipo
profissionalmente
Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo
o
indicadores
vê-se que os alunos dos cursos
14,2 13,2
Nem concordo nem discordo
com
estes
conferida pelo curso frequentado,
4,1 3,7
Discordo totalmente / Discordo
Relacionando
CCH
CT
EAE CEF
CP
Existe uma boa relação entre a maioria dos professores e alunos
Concordo totalmente / Concordo
81,7
81,1
92,3 73,8
83,1
Nem concordo nem discordo
13,2
14,2
14,6
5,9
21,4
Discordo totalmente / Discordo
4,1
4,3
1,8
4,8
3,7
Total
100
100
100
100
100
A maioria dos professores estão interessados no bem-estar dos alunos
Concordo totalmente / Concordo
76,6
77,2
82,0 69,0
79,9
Nem concordo nem discordo
18,5
18,9
15,6 21,4
16,4
Discordo totalmente / Discordo
4,8
4,0
2,4
9,5
3,7
Total
100
100
100
100
100
Se precisar de ajuda extra sei que os meus professores me vão ajudar
Concordo totalmente / Concordo
72,9
72,3
81,6 59,5
77,1
Nem concordo nem discordo
22,8
23,6
17,1 33,3
19,6
4,3
4,1
1,3
7,1
3,3
A maioria dos professores tratam os alunos de igual forma
Discordo totalmente / Discordo Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
58,1
61,3
66,7 61,9
65,4
Nem concordo nem discordo
23,4
22,3
20,2 23,8
21,9
Discordo totalmente / Discordo
18,5
16,4
13,2 14,3
12,7
Total
100
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 93
Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Numa situação inversa encontram-se os estudantes do ensino artístico especializado que são quem faz as avaliações mais positivas em todos os itens, sobretudo no que se refere à existência de uma boa relação entre a Gráfico 3.21 – Grau de concordância sobre a atitude e disponibilidade dos professores, segundo a
Se precisar de A maioria dos ajuda extra sei que professores estão A maioria dos os meus interessados no professores tratam os alunos de igual professores me vão bem-estar dos ajudar alunos forma
Existe uma boa relação entre a maioria dos professores e alunos
natureza do estabelecimento de ensino (%)
Nem concordo nem discordo
estabelecimento de ensino, por sua vez, 80,5 87,9
Concordo totalmente / Concordo
4,9 2,8
Discordo totalmente / Discordo
75,6 84,8 4,4 2,6
17,7 12,2 23,9 19,3
Nem concordo nem discordo
0
20
que
40
(Gráfico
3.21).
A
maior
diferença
encontra-se no item relativo à igualdade tratamento
dos
alunos
pelos
Também encontramos algumas variações significativas quando relacionamos estas
58,4 68,5
Concordo totalmente / Concordo
Público
estudantes
professores (68,5% contra 58,4%). 72,1 81,8
Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo
os
frequentam o ensino privado fazem em
de
23,5 15,6
Nem concordo nem discordo
que
positivas do que os do ensino público
Concordo totalmente / Concordo Discordo totalmente / Discordo
mostra
todos os itens avaliações ainda mais
19,5 12,4
Nem concordo nem discordo
(92,3%). A análise em função da natureza do
4,4 2,5 15,1 9,6
Discordo totalmente / Discordo
maioria dos professores e os alunos
60
80 100
Privado
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
avaliações com as origens sociais dos alunos. O que se vê é que os estudantes de famílias com menos escolaridade e de categorias
socioprofissionais
menos
providas de recursos tendem a fazer
avaliações mais positivas em cada um dos itens em análise. As diferenças não são muito grandes, mas são consistentes, isto é, são sempre no mesmo sentido (ver anexo - Quadro 3.17 e 3.18). Por fim, como nas secções anteriores, investigámos se estas avaliações tinham alguma relação sociologicamente significativa com as variáveis de desempenho escolar dos alunos. A este nível, verifica-se que quanto mais elevada a média final de classificações no 9.º ano melhores são as avaliações. Merece destaque a grande diferença registada no item relativo à igualdade de tratamento dos alunos pelos professores entre os que tiveram classificações de nível 5 e os que tiveram classificações de nível 2 ou menos. Se 63,8% dos primeiros dizem que a maioria dos professores trata os alunos de forma igual, só 49,5% dos segundos são da mesma opinião (ver anexo - Quadro 3.19).
94 | Estudantes à Entrada do Secundário
IV Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
IV. Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário Uma parte dos alunos mudou de escola, de curso e de modalidade de ensino já depois de ter entrado no secundário. O presente capítulo visa identificar e compreender essas mudanças. Serão apresentados os perfis de mobilidade mais frequentes e veremos se as mudanças de escola implicaram também ou não mudanças de curso e de modalidade de ensino e vice-versa. Veremos ainda quais os cursos mais permeáveis à mobilidade e quais os que recebem mais alunos. Serão igualmente apresentadas e analisadas as razões que levaram os alunos a efectuar tais mudanças.
4.1. Mobilidade inter-escolas
4.1.1 Mobilidade inter-escolas: a mudança de escola induzida pela mudança de curso
A mobilidade dos alunos entre escolas ocorre de três formas distintas. Uma é a dos alunos que mudam de escola, mantendo o mesmo curso e modalidade de ensino; a segunda é a dos que mudam de escola e de curso, mas mantêm a mesma modalidade de ensino; a terceira é a dos que mudam de escola e de curso, escolhendo, ao mesmo tempo, outra modalidade de ensino e formação. Do total de inquiridos, 10,2% (n=6811) afirmaram ter feito, já no ensino secundário, pelo menos uma destas mudanças.
96 | Estudantes à Entrada do Secundário
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário Figura 1 – Mobilidades entre escolas, modalidades de ensino e cursos no ensino secundário (%)
47,9%
Mudança de Escola...
16,3%
35,8% … sem mudar de curso ou de modalidade de ensino e formação … e de curso, mantendo a mesma modalidade de ensino e formação … de curso e, ao mesmo tempo, de modalidade de ensino e formação Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010. N = 6811
A análise da Figura 1 permite constatar que a mudança de escola, com manutenção do curso e da modalidade de ensino, é o tipo de mobilidade mais frequente (47,9%). Os alunos que mudaram de escola e de curso optaram maioritariamente por mudar também de modalidade de ensino (35,8%). Só 16,3% mudaram de escola e curso conservando a modalidade de ensino em que se encontravam. As
principais
razões
apresentadas
pelos
alunos
para
justificarem
a
mudança
de
estabelecimento de ensino já no secundário foram que a escola onde estavam antes não tinha o curso que desejavam (46,8%) e que era mais longe da área onde residem (19,1%) (Quadro 4.1). Analisando as razões invocadas para a mudança em função do tipo de certificação conferida pelo curso que frequentam, observa-se que, como era de esperar, os alunos dos cursos profissionalmente qualificantes são os que mais referem que a escola onde estavam anteriormente não tinha o curso para o qual pretendiam mudar (54,0%). Recorde-se que a oferta de cursos deste tipo é menos alargada do que a dos cursos científico-humanísticos e, por isso, uma mudança de curso pode implicar, mais frequentemente, uma mudança de escola. Os alunos dos cursos científico-humanísticos também colocam esta razão em primeiro lugar, mas com um peso percentual muito mais baixo (26,8%). A segunda razão para os alunos de ambos os tipos de curso é que a escola actual fica mais perto de casa, embora isso seja mais referido pelos estudantes dos cursos científico-humanísticos (25,2% contra 16,9%).
Estudantes à Entrada do Secundário | 97
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
Quadro 4.1 – Principais razões para terem mudado de escola durante o ensino secundário, segundo o tipo de certificação (%) CCH
CPQ
Total
Só nesta escola é que existia o curso que eu queria
26,8
54,0
46,8
A escola onde estou era a que ficava mais perto da minha casa
25,2
16,9
19,1
Esta escola tinha mais prestígio
10,5
11,9
11,5
Os meus pais achavam que esta escola era a melhor
15,0
9,8
11,1
Esta escola tinha melhores instalações
8,4
9,3
9,1
Esta escola tinha melhores professores
9,2
6,1
6,9
Os meus amigos não estavam nessa escola
10,0
5,0
6,3
Mudei de cidade/país
8,0
5,0
5,8
Por motivos pessoais (gravidez, doença, necessidade de cuidar de familiar, etc.)
6,4
5,2
5,5
Sentia-me seguro nesta escola
4,7
5,3
5,1
A escola onde estou era a que ficava mais perto do local onde os meus pais trabalhavam
6,3
2,9
3,8
Outra razão
15,4
13,3
13,9
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11. N = 6811
As mudanças verificadas vão mais no sentido da mobilidade de cursos científico-humanísticos para cursos profissionalmente qualificantes. De facto, cerca de dois terços dos que mudaram de Gráfico 4.1 – Tipo de certificação do curso anterior e actual dos alunos que mudaram de escola (%)
curso
(63,8%)
antes em cursos científicohumanísticos
100
0
73,5%
cursos
profissionalmente
qualificantes (Gráfico 4.1).
63,8
40 20
e
estão presentemente em 26,5
80 60
estavam
73,5
Relacionando as mudanças de escola com variáveis de
36,2
condição
Tipo de Certificação anterior CCH
Tipo de certificação actual CPQ
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11. N = 6811
socioeconómica
das famílias dos alunos não encontramos
diferenças
significativas (ver anexo – Quadros 4.1, 4.2 e 4.3). Já a análise em função de
indicadores de desempenho escolar permite constatar que são os alunos com maiores dificuldades que mais mudaram de escola já no secundário (Quadros 4.2 e 4.3).
98 | Estudantes à Entrada do Secundário
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
Quadro 4.2 – Mudança de escola no ensino
Quadro 4.3 – Mudança de escola no ensino
secundário, segundo a média final das
secundário, segundo o número de
classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
<= Nível 2
Nível 3
Sim
16,0
10,8
7,7
2,8
Não
84,0
89,2
92,3
97,2 100
Total
100
100
Nível 4
100
Nenhum ano
1 ano
2 anos
>=3 anos
Sim
4,4
16,6
21,5
25,9
Não
95,6
83,4
78,5
74,1
Total
100
100
100
100
Nível 5
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Se cruzarmos a mudança de escola com a média das classificações obtidas no 9º ano, vemos que são os alunos que obtiveram médias de nível 2 ou menos (16,0%) e de nível 3 (10,8%) que mais mudaram de escola. Os alunos com melhores classificações mudam menos. Cruzando com as reprovações ao longo do trajecto escolar, o sentido da correlação ainda é mais evidente. Os que reprovaram são os que mais mudam de curso. Assim fizeram 25,9% dos que tiveram três ou mais reprovações contra 4,4% dos que nunca reprovaram. Os alunos com percursos mais periclitantes parecem procurar na mudança de curso (para cursos profissionalmente qualificantes) mais estabilidade e novas oportunidades para continuarem os estudos.
4.1.2 Expectativas de mobilidade inter-escolas Também se perguntou aos inquiridos que não fizeram mudanças de escola se pretendem vir a fazê-lo. Uma boa parte, 19,6% (N=13138), respondeu que sim. Figura 2 – Expectativas de mobilidade entre escolas, modalidades e cursos no ensino secundário (%)
61,8% % Expectativa de Mudança de Escola...
14,9% %
23,3% … sem mudar de curso ou de modalidade de ensino e formação
%
… e de curso, mantendo a mesma modalidade de ensino e formação … de curso e, ao mesmo tempo, de modalidade de ensino e formação Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11. N = 13138
Estudantes à Entrada do Secundário | 99
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
Destes alunos, a maioria pretende apenas mudar de estabelecimento de ensino, mantendo o mesmo curso e a mesma modalidade de ensino e formação (61,8%). No caso dos que pretendem mudar de curso, ao mesmo tempo que mudam de escola, 14,9% pensam manter a mesma modalidade de ensino, enquanto os restantes 23,3% querem fazer uma mudança completa no seu trajecto escolar (Figura 2). Entre as razões apontadas pelos alunos para justificar o desejo de mudança, destacam-se quererem frequentar uma escola onde exista o curso que desejam (53,0%), que tenha melhores instalações (13,2%), onde estejam os amigos (12,0%) e que tenha mais prestígio (11,3%) (Quadro 4.4). Quadro 4.4 – Principais razões para esperarem mudar de escola durante o ensino secundário, segundo o tipo de certificação (%) CCH
CPQ
Total
Na escola onde estou não existe o curso que eu quero
19,0
24,6
53,0
Quero mudar para uma escola com melhores instalações
24,3
19,9
13,2
Quero mudar para uma escola com mais prestígio
21,0
14,1
11,3
Os meus amigos estão noutra escola
17,8
18,6
12,0
Quero mudar para uma escola com melhores professores
15,5
6,8
7,6
Quero mudar para uma escola mais perto da minha casa
12,0
20,7
10,3
Os meus pais acham que a escola onde estou não é a melhor
9,0
5,6
5,7
Vou mudar de cidade/país
4,5
5,0
4,3
Quero mudar para uma escola com menos problemas de segurança
4,4
6,1
4,0
Por motivos pessoais (gravidez, doença, necessidade de cuidar de familiar, etc.)
3,7
4,4
3,3
Quero mudar para uma escola mais perto do local onde os meus pais trabalhavam
3,0
2,7
2,6
Outra razão
35,0
36,5
34,4
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11. N = 13138
Tendo em conta o tipo de certificação do curso frequentado, verifica-se que os alunos de ambos os tipos de curso seleccionam, grosso modo, as mesmas razões para justificar o seu desejo de mudança de escola. Mas há algumas diferenças, que vale a pena assinalar. Enquanto os alunos de cursos científico-humanísticos dão mais importância a aspectos como o prestígio da escola (21,0% contra 14,1%) e a qualidade dos professores (15,5% contra 6,8%) os de cursos profissionalmente qualificantes dão maior relevo ao facto de pretenderem uma escola mais próxima da sua área de residência (20,7% contra 12,0%).
100 | Estudantes à Entrada do Secundário
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
Embora, de modo geral, a mudança de
Quadro 4.5 – Expectativa de mudança de escola
escola seja uma hipótese que a maioria
no ensino secundário, segundo o sexo (%)
dos alunos não coloca, a análise por
Masculino
Feminino
Sim
17,0
22,0
Não
83,0
78,0
Total
100
100
sexo permite verificar que as raparigas têm um pouco mais essa intenção do que os rapazes (22,0% face a 17,0%)
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
(Quadro 4.5).
Quadro 4.6 – Expectativa de mudança de escola no
Relacionando a expectativa de
ensino secundário, segundo o nível de escolaridade
mudança de escola com o nível
dominante na família (%) Igual ou inferior ao 1.º CEB
de escolaridade dominante na
Entre o 2.º Ensino e o 3.º CEB secundário
Ensino superior
família
dos
alunos,
não
se
Sim
17,4
18,7
20,4
21,2
verificam diferenças marcantes,
Não
82,6
81,3
79,6
78,8
Total
100
100
100
100
apenas um ligeiro aumento dessa
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
expectativa com o aumento da escolaridade familiar (Quadro 4.6).
Algo do mesmo tipo se verifica quando relacionamos a expectativa de mudança com a origem socioprofissional dos estudantes. Embora não haja diferenças vincadas, vê-se que essa expectativa é um pouco mais
alta
Quadro 4.7 – Expectativa de mudança de escola no ensino
nos
secundário, segundo a origem socioprofissional (%)
estudantes de famílias
Empresários, Profissionais Dirigentes e Trabalhadores Empregados Técnicos e de Operários Profissionais Independentes Executantes Enquadramento Liberais
com mais recursos e um pouco mais baixa nos de famílias com menos
recursos
Sim
20,4
19,1
18,4
20,1
16,9
Não
79,6
80,9
81,6
79,9
83,1
Total
100
100
100
100
100
(Quadro 4.7).
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Já no que concerne à relação entre a expectativa de mudança e o desempenho escolar dos alunos, medido pela média de classificações obtidas no 9.º ano, encontramos uma relação forte. Quadro 4.8 – Expectativa de mudança de escola
Quanto mais baixa a média, maior a
no ensino secundário, segundo a média final das
expectativa de mudar de escola (Quadro
classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
4.8). Este dado é convergente com que o vimos atrás relativamente aos alunos que
<= Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
Sim
34,0
20,5
19,2
15,4
já
Não
66,0
79,5
80,8
84,6
pretendiam. Os que tiveram piores notas
Total
100
100
100
100
no 9.º ano (e mais reprovações ao longo
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
concretizaram
a
mudança
que
do trajecto escolar) foram os que mais mudaram.
Estudantes à Entrada do Secundário | 101
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
Por fim, procurou-se compreender, nesta secção, quais as principais razões apresentadas pelos estudantes que gostariam de ter mudado de escola, mas optaram por não o fazer (Quadro 4.9). As opções mais referidas foram que a escola pretendida era muito longe de casa (30,1%), que a escola onde estão é onde estão os amigos (13,3%) e que os pais consideram melhor a escola onde estão (11,9%). Por tipos de curso existem diferenças assinaláveis. Se a distância da escola para onde mudariam ao local de residência é o aspecto mais apontado pelos alunos de ambos os tipos de curso (35,1% e 21,3%), os dos cursos científico-humanísticos dão mais peso à presença dos amigos na mesma escola (15,2% contra 9,9%) e dizem mais que os pais consideram
melhor
a
escola
onde
andam
(13,9%
contra
8,4%).
Os
dos
cursos
profissionalmente qualificantes dão mais peso ao facto de só na escola onde estão existir o curso que pretendem seguir (19,2% contra 3,7%). Quadro 4.9 – Principal razão para a não mudança de escola, sendo que gostaria de o fazer (%) CCH CPQ Total A escola onde estou é a que fica mais perto da minha casa
35,1
21,3
30,1
Os meus amigos estão nesta escola e por isso não mudei
15,2
9,9
13,3
Os meus pais acham que esta escola é a melhor
13,9
8,4
11,9
Podia não me conseguir adaptar à outra escola
10,3
9,9
10,2
Só nesta escola é que existe o curso que eu quero
3,7
19,2
9,3
Esta escola tem mais prestígio
2,7
3,7
3,1
Esta escola tem melhores professores
2,7
3,0
2,8
Esta escola tem melhores instalações
1,7
3,2
2,2
Sinto-me mais seguro nesta escola
1,9
2,6
2,1
A escola onde estou é a que fica mais perto do local onde os meus pais trabalham
2,7
1,1
2,1
Por motivos pessoais (gravidez, doença, necessidade de cuidar de um familiar, etc.)
0,8
1,3
1,0
Outra razão
9,5
16,4
11,9
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010. N = 8564
102 | Estudantes à Entrada do Secundário
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
4.2 Mobilidade entre modalidades/cursos
4.2.1 Fluxos de mobilidade entre modalidades de ensino e formação/cursos Quando questionados se já tinham mudado de curso e/ou modalidade de ensino e formação durante o ensino secundário ou equivalente, 9,4% dos alunos responderam de forma positiva. Figura 3 – Fluxos no ensino secundário: mobilidade entre cursos/modalidades de ensino e formação (%)
Primeiro Curso Frequentado
Curso Actualmente Frequentado 27,1 %
CCH 32,1%
CCH 70,4% 5,9%
43,3%
CPQ
CPQ 29,6%
23,7%
67,9%
Alunos que mudaram para um curso de uma modalidade de formação diferente Alunos que mudaram para um curso na mesma modalidade de formação Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010. N = 6320
Tendo em conta dos dados apresentados na figura 3, é possível concluir que: 70,4% dos alunos escolheram como primeira opção um curso científico-humanístico. Quando mudaram de curso, só 27,1% optaram por manter-se nesta modalidade de ensino e formação; São os cursos profissionalmente qualificantes que mais recebem alunos que mudaram pelo menos uma vez de curso durante o ensino secundário (67,9%); A maior percentagem de mudanças (43,3%) é dos estudantes que começaram por frequentar cursos científico-humanísticos e passaram para cursos profissionalmente qualificantes;
Estudantes à Entrada do Secundário | 103
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário Só 5,9% dos inquiridos optaram pelo caminho inverso, de cursos profissionalmente qualificantes para cursos científico-humanísticos; 23,7% dos alunos que mudaram fizeram-no entre cursos profissionalmente qualificantes. Para compreender de forma mais
Quadro 4.10 – Modalidade de ensino e formação do
minuciosa os dados apresentados na
curso anterior, segundo a modalidade profissionalmente qualificante frequentada (%)
Figura 3, foram analisados os fluxos de mudança dos alunos cruzando
Modalidade actual
entre si as várias modalidades de
CT
EAE
CEF
CP
CCH
80,8
85,2
44,5
59,4
CT
4,8
1,6
11,1
4,9
EAE
1,7
-
-
1,8
CEF Modalidade anterior CP
1,4
3,3
11,1
3,4
9,3
6,6
33,3
24,5
ensino e formação (Quadro 4.10). Assim, vê-se que os cursos de ensino artístico especializado e os cursos tecnológicos recebem em grande
CA
-
-
-
0,9
proporção
Outra modalidade de ensino e formação
2,0
3,3
-
5,1
Total
100
100
100
100
alunos
de
científico-humanísticos 80,8%,
cursos
(85,2%
respectivamente).
e
Vê-se
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010. N = 6284
ainda que os que mudam para cursos
de educação e formação estavam repartidos por cursos científico-humanísticos (44,5%) e por cursos profissionais (33,3%) e vê-se também que muitos estudantes que mudam para cursos profissionais provêm igualmente de cursos científico-humanísticos (59,4%).
Quadro 4.11 – Principais razões a mudança de curso, segundo o tipo de certificação (%)
As
principais
apontadas
razões
pelos
inquiridos
CCH
CPQ
Total
para terem mudado foram que
O curso onde estava nunca foi aquele que eu desejava
51,4
46,7
48,2
o curso onde estavam nunca
O outro curso era muito difícil
36,1
26,1
29,3
foi o que desejaram (48,2%),
Era um curso muito teórico
11,5
25,1
20,7
que era muito difícil (29,3%),
Reprovei no outro curso e resolvi mudar
13,3
15,0
14,4
que era muito teórico (20,7%)
O curso actual permite mais saídas profissionais
8,8
15,6
13,4
e que, ao reprovarem no curso
Não havia um bom ambiente na turma
9,2
8,1
8,5
Os professores não eram bons
5,4
5,6
5,6
onde
Tenho pessoas próximas que me aconselharam a mudar de curso
7,3
4,6
5,5
Era um curso muito prático
3,8
2,4
2,9
Mudei de escola e aqui não há o curso onde eu estava
2,6
3,1
2,9
O curso anterior deixou de existir
0,5
0,9
0,8
Outra razão
11,4
9,3
10,0
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11. N = 6320
estavam,
decidiram
mudar (14,4%) (Quadro 4.11). Cruzando
estas
com
tipo
o
respostas de
curso
frequentado actualmente, vêse que quer os alunos dos cursos científico-humanísticos quer
os
dos
cursos
profissionalmente qualificantes colocam em primeiro lugar o
104 | Estudantes à Entrada do Secundário
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário facto de o curso que frequentaram inicialmente não ser o que desejavam. Mas também há diferenças. Se os alunos dos cursos científico-humanísticos consideram mais que o curso anterior era muito difícil (36,1% contra 26,1%), os alunos dos cursos profissionalmente qualificantes referiram mais que o curso anterior era muito teórico (25,1% contra 11,5%) e que o actual permite melhores saídas profissionais (15,6% contra 8,8%). Tal como acontece com as mudanças de escola, que analisámos no início do capítulo, o desempenho escolar influencia a ocorrência de mudanças de curso durante o secundário. Os alunos que tiveram médias mais baixas no 9.º ano mudaram mais de curso do que aqueles que tiveram médias mais altas. Se 16,0% dos que tiveram notas de nível 2 ou menos e 11,1% dos que tiveram notas de nível 3 mudaram de curso, o mesmo só aconteceu com 2,1% dos alunos que tiveram classificações de nível 5 (Quadro 4.12). A correlação com o número de reprovações é do mesmo tipo. Os que reprovaram mais ao longo do seu trajecto escolar mudaram mais de curso já no secundário (Quadro 4.13) Quadro 4.12 – Mudança de curso no ensino
Quadro 4.13 – Mudança de curso no ensino
secundário, segundo a média final das
secundário, segundo o número de reprovações ao
classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
longo do trajecto escolar (%) Nenhum ano
1 ano
2 anos
>=3 anos
Sim
4,2
19,0
17,6
21,9
Não
95,8
81,0
82,4
78,1
Total
100
100
100
100
<= Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Sim
16,0
11,1
7,8
2,1
Não
84,0
88,9
92,2
97,9
Total
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 105
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
4.2.2 Expectativas de mobilidade entre modalidades de ensino e formação/cursos No campo das expectativas, 12,3% dos alunos pensam vir a mudar de curso e/ou modalidade de ensino e formação durante o ensino secundário. Estes alunos dividem-se em dois subconjuntos: os que de facto vão mudar de curso (5,0%) e os que, desejando mudar, não o vão fazer (7,3%) (ver anexo – Quadro 4.4). Figura 4 – Fluxos de mudança projectada no ensino secundário: mobilidade entre modalidades/cursos de ensino e formação (%)
Curso Actualmente Frequentado
Curso Pretendido 30,4 %
CCH 35,3%
CCH 63,8% 4,9%
36,7%
CPQ
CPQ 36,0%
28,0%
64,7%
Alunos que pretendem mudar para um curso de uma modalidade de formação diferente Alunos que pretendem mudar para um curso na mesma modalidade de formação Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11. N = 8191
Tendo em consideração os alunos que pretendem mudar de curso, assim como o tipo de certificação do curso actual e do curso desejado, verifica-se o seguinte (Figura 4):
A maioria dos alunos que pretende mudar de curso encontra-se em cursos científicohumanísticos (63,8%);
Dos alunos de cursos científico-humanísticos que pretendem mudar, 30,4% querem fazê-lo para outro curso da mesma modalidade e 36,7% pretendem um curso profissionalmente qualificante;
No sentido inverso, apenas 4,9% dos alunos de cursos profissionalmente qualificantes projectam mudar para um curso científico-humanístico, ao passo que 28,0% pretendem fazê-lo para outro curso da mesma modalidade;
No campo das expectativas, os cursos profissionalmente qualificantes são, em suma, os mais desejados (64,7%).
106 | Estudantes à Entrada do Secundário
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
O
Quadro
4.14
permite
observar que os alunos dos cursos
científico-humanísticos
que
projectam
pretendem principalmente
Quadro 4.14 – Fluxos projectados no ensino secundário: mobilidade a partir dos cursos científico-humanísticos (%)
mudar fazê-lo
para
cursos
profissionais (42,3%), cursos do
ensino
artístico
especializado (20,7%) e cursos
% CP
42,3
EAE
20,7
CT
20,5
Outra modalidade de ensino e formação
14,2
CEF
1,6
CA
0,7
Total
100
tecnológicos (20,5%).
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11. N = 3044
As razões que levam os alunos a projectar mudar de curso são que o curso actualmente frequentado não é o que desejam (38,0%), é muito difícil (31,6%), está desfasado das suas expectativas profissionais (22,6%) e é demasiado teórico (19,7%) (Quadro 4.15). Cruzando as Quadro 4.15 – Principais razões para desejarem mudar de curso durante o ensino secundário, segundo o tipo de certificação (%)
respostas com o tipo de curso onde se encontram presentemente, observa-
CCH
CPQ
Total
O curso onde estou nunca foi aquele que desejei
31,8
49,0
38,0
O curso é muito difícil
41,4
14,4
31,6
Acho que este curso não está adequado à profissão que quero seguir
21,4
24,7
22,6
Este curso é muito teórico
23,0
13,9
19,7
O curso para onde pretendo ir permite mais saídas profissionais
8,2
10,3
9,0
Não há um bom ambiente na turma
6,1
14,9
9,3
Tenho pessoas próximas que me aconselharam a mudar de curso
8,2
5,5
7,2
Este curso é muito prático
3,4
4,9
4,0
Os professores não são bons
3,9
4,1
4,0
cursos profissionalmente
Quero mudar de escola e nessa escola não existe o curso onde eu estou actualmente
3,3
5,2
4,0
qualificantes
Reprovei e quero mudar
4,0
1,9
3,3
mais
Este curso vai deixar de existir
0,4
1,4
0,8
frequentado nunca foi o
Outra razão
12,5
14,1
13,1
que desejaram (49,0%
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11. N = 8191
se que os alunos de cursos
científico-
humanísticos
referem
mais que o curso actual é muito difícil (41,4% contra 14,4%) e muito teórico
(23,0%
contra
13,9%) e que os de
que
referem o
curso
contra 31,8%) e que o ambiente da turma não é o melhor (14,9% contra 6,1%).
Estudantes à Entrada do Secundário | 107
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
Quadro 4. 16– Expectativa de mudança de curso no ensino secundário, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%) Nível 5
À semelhança das mudanças já concretizadas,
as
mudanças
projectadas também dependem do
desempenho
escolar
dos
<= Nível 2
Nível 3
Nível 4
Sim
26,6
14,1
10,6
6,0
alunos. São os que apresentam
Não
73,4
85,9
89,4
94,0
Total
100
100
100
100
médias
de
baixas
e
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Quadro 4.17 – Expectativa de mudança de curso
classificação maior
mais
número
de
reprovações que mais desejam mudar de curso durante o ensino
no ensino secundário, segundo o número de
secundário, contrariamente aos
reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
alunos
com
escolares
de
Nenhum ano
1 ano
2 anos
>=3 anos
Sim
11,5
12,7
13,5
15,2
Não
88,5
87,3
86,5
84,8
Total
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
desempenhos excelência, para
quem a mudança de curso e/ou modalidade de ensino e formação é uma hipótese que se coloca muito menos (Quadros 4.16 e 4.17).
Quando questionámos sobre as suas razões aqueles que gostariam de mudar de curso, mas não o vão fazer, as respostas
mais
frequentes
que
obtivemos são que
Quadro 4.18 – Principais razões para não mudar de mudar de curso durante o ensino secundário, quando o desejavam fazer (%) % Tinha que recomeçar o 10.º ano ou equivalente
29,6
O curso que eu gostaria de fazer não existe nesta escola
23,0
O curso que eu gostaria de fazer não dá grande futuro profissional
12,9
que o curso por eles
A minha família não é muito a favor que eu mude para esse curso
11,9
desejado não existe
O curso que eu gostaria de fazer não existe perto da minha área de residência
6,2
O curso que eu gostaria de fazer é muito difícil
5,7
andam (23,0%) e que
Os meus amigos estão neste curso
3,6
o curso pretendido
Outra razão
7,2
não dá grande futuro
Total
100
teriam de recomeçar o 10.º ano (29,6%),
na
escola
profissional
onde
(12,9%)
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
(Quadro 4.18).
108 | Estudantes à Entrada do Secundário
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
4.3 Trajectórias reais e projectadas no ensino secundário por modalidade de ensino e formação
Para fechar o capítulo, a presente secção apresenta uma tipologia de fluxos de mobilidade real e projectada dos alunos entre cursos e/ou modalidades de ensino e formação. Deste modo, é possível fazer uma análise prospectiva das tendências de atracção e repulsão das diferentes modalidades de ensino e formação do secundário. Quadro 4.19 – Trajectórias reais e projectadas no ensino secundário, por modalidade de ensino frequentada (%) CCH
CT
EAE
CEF
CP
Nunca mudou de curso nem deseja mudar
82,7
76,9
83,3
60,5
73,4
Já mudou de curso e não deseja voltar a mudar
4,5
15,4
13,0
18,6
14,8
Já mudou de curso e deseja voltar a mudar
0,5
1,2
0,4
2,3
1,8
Não mudou de curso e deseja mudar
12,3
6,6
3,3
18,6
10,0
Total
100
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
A análise do Quadro 4.19 permite constatar o seguinte:
A maioria dos alunos inquiridos de todas as modalidades de ensino e formação nunca mudou nem espera mudar de curso no futuro, o que indirectamente sugere um grau de satisfação assinalável com a sua primeira escolha no ensino secundário;
As modalidades de ensino e formação em que os alunos menos mudaram e menos tencionam mudar são os cursos de ensino artístico especializado (83,3%) e os cursos científico-humanísticos (82,7%);
São alunos de cursos de educação e formação (18,6%), cursos tecnológicos (15,4%) e cursos profissionais (14,8%) os que mais mudaram de curso já durante o ensino secundário e que declaram não desejar fazê-lo outra vez;
São alunos de cursos de educação e formação (18,6%) e cursos científico-humanísticos (12,3%) os que, nunca tendo mudado de curso, mais desejam fazê-lo;
São raros os alunos que projectam uma segunda mudança de curso.
Estudantes à Entrada do Secundário | 109
Mobilidade de Escola e de Curso durante o Ensino Secundário
Gráfico 4.20 – Trajectórias reais e projectadas nos cursos científico-humanísticos (%) Artes Visuais
Ciências e Ciências Línguas e Tecnologias Socioeconómicas Humanidades
Nunca mudou de curso, nem deseja mudar
82,1
85,2
81,7
76,6
Já mudou de curso, e não deseja voltar a mudar
9,7
0,8
7,8
11,3
Já mudou de curso, e deseja voltar a mudar
0,8
0,3
0,6
1,0
Não mudou de curso e deseja mudar
7,4
13,7
9,8
11,1
Total
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11. N = 40383
Uma leitura destes mesmos resultados só para os alunos dos cursos científico-humanísticos permite constatar adicionalmente o seguinte (Quadro 4.20):
Os alunos dos cursos de ciências e tecnologias são os que mais respondem que nunca mudaram de curso nem pretendem mudar (85,2%);
São alunos dos cursos de línguas e humanidades (11,3%) artes visuais (9,7%) e ciências socioeconómicas (7,8%), os que mais mudaram de curso e ao mesmo tempo afirmam não desejar repetir a mudança;
Nos cursos de ciências e tecnologias (13,7%) e línguas e humanidades (11,1%), encontram-se as proporções mais elevadas de alunos que nunca mudaram de curso, mas desejam fazê-lo;
Como acontece com os alunos em geral, a percentagem de estudantes de cursos científico-humanísticos que pretende mudar uma vez mais de curso é ínfima.
110 | Estudantes à Entrada do Secundário
V Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário
Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário
V. Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário 5.1. Expectativas escolares
5.1.1. Expectativas escolares diferentes para a diversidade de modalidades
As escolhas escolares à entrada do ensino secundário – e, antes disso, a própria opção de entrar no secundário –, têm subjacentes projectos para o futuro e têm também associadas a si expectativas percurso óptica,
quanto escolar.
Nesta
questionámos
estudantes
sobre
ao
as
Quadro 5.1 – Expectativas de percurso escolar, segundo o tipo de certificação do curso (%)
os suas
CCH
CPQ
Total
Sair antes de acabar o 12.º ano
1,0
4,5
2,3
Fazer o 12.º ano e deixar de estudar
5,4
33,0
16,1
Fazer o 12.º ano e continuar a estudar
83,6
40,1
66,8
continuar a estudar para além
Não sei
10,0
22,4
14,8
do 12.º ano (66,8%) e que só
Total
100
100
100
expectativas e concluímos que a
larga
maioria
pretende
16,1% pretendem deixar de o
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
fazer assim que terminarem o secundário (Quadro 5.1). Dos que pretendem prosseguir estudos, 75,3% consideram vir a fazer um curso universitário e 14,8% estão indecisos quanto ao que fazer (ver anexo – Quadro 5.1). Se a larguíssima maioria dos alunos dos cursos científico-humanísticos pretende continuar a estudar (83,6%), os alunos dos cursos profissionalmente qualificantes dividem-se entre o prosseguimento de estudos (40,1%) e a saída do sistema de ensino após o 12.º ano (33,0%). Os alunos dos cursos profissionalmente qualificantes são também os que se revelam mais indecisos quanto ao seu futuro académico (22,4% face a 10,0%). A análise por modalidade de ensino é reveladora da grande diferença de expectativas escolares. Enquanto a grande maioria dos estudantes dos cursos científico-humanísticos e do ensino artístico especializado esperam concluir o secundário e prosseguir para o superior (83,6% e 82,4%, respectivamente), os alunos dos cursos de educação e formação e dos cursos profissionais olham o futuro de forma diferente, sendo mais os que esperam deixar de estudar após o secundário (37,2% e 34,9%, respectivamente) do que aqueles que tencionam prosseguir estudos (27,9% e 37,4%) (Gráfico 5.1). São também estes alunos que se revelam mais indecisos quanto ao futuro (23,1% e 18,6%).
112 | Estudantes à Entrada do Secundário
Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário
Gráfico 5.1 – Expectativas de percurso escolar, segundo a
Quando se comparam
modalidade de ensino frequentada (%)
estes dados com os do
100
3,1
1,0 5,4
0,7 5,7
17,4
4,6
16,3
80
34,9
83,6
61,6
82,4
40
constata-se,
no
entanto,
37,2
60
inquérito de 2007/08
37,4
aumentam
as
percentagens
de
alunos
27,9
que
que
têm
expectativa
20 10,0
0
CCH
Sair antes de acabar o 12.º ano
17,9
11,2
CT
EAE
Fazer o 12.º ano e deixar de estudar
a de
18,6
23,1
prosseguir
CEF
CP
para
Não sei
secundário. É assim,
Fazer o 12.º ano e continuar a estudar
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
estudos
além
sobretudo,
do
com
os
estudantes do ensino
artístico especializado (de 72,2% para 82,4%), dos cursos tecnológicos (de 50,7% para 61,6%) e dos cursos de educação e formação (de 19,3% para 27,9%) (ver anexo – Quadro 5.2). Vimos
que
16,1%
dos
inquiridos pretendem concluir o
Quadro 5.2 – Razões para não continuarem a estudar após a conclusão do ensino secundário, segundo o tipo de certificação do curso (%)
secundário e deixar de estudar. Interessa saber porquê. No Quadro
5.2
vê-se
que
as
principais razões são quererem arranjar trabalho para terem o seu próprio dinheiro (46,9%), não
gostarem
de
estudar
(35,0%) e não considerarem fácil
entrar
para
o
ensino
superior (32,1%). Há diferenças importantes nas razões apontadas pelos alunos consoante o tipo de certificação que
estão
a
frequentar.
CCH
CPQ
Total
Não gosto de estudar
37,4
34,3
35,0
Não é fácil entrar para o ensino superior
37,3
30,7
32,1
31,2
50,9
46,9
17,0
8,8
10,5
Acabar um curso superior é muito difícil
16,4
14,3
14,7
Tenho dificuldades económicas
13,7
13,2
13,3
7,6
6,9
7,1
2,5
4,5
4,1
2,5
2,8
2,7
1,0
0,9
0,9
0,6
0,8
0,8
6,2
3,9
4,3
Quero arranjar um trabalho para poder ter o meu próprio dinheiro Quero fazer um curso de formação profissional fora do ensino superior
Em termos profissionais tirar um curso superior não faz muita diferença Depois de acabar o ensino secundário quero constituir família Para ir para o ensino superior teria que ir viver para outra região Por motivos pessoais (gravidez, doença, necessidade de cuidar de um familiar, etc.) A minha família não apoia a continuação dos estudos Outras razões
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Enquanto os estudantes dos cursos científico-humanísticos referem mais frequentemente não ser fácil ir para o ensino superior (37,3% contra 30,7% dos alunos dos cursos profissionalmente qualificantes) e quererem fazer um curso de formação profissional fora do ensino superior (17,0% contra 8,8%), os dos cursos profissionalmente qualificantes dizem mais querer arranjar trabalho para poderem ter o seu próprio dinheiro (50,9% face a 31,2%).
Estudantes à Entrada do Secundário | 113
Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário
Gráfico 5.2 – Expectativas de percurso escolar, segundo a
A análise em função da natureza
natureza do estabelecimento de ensino (%)
jurídica
do
estabelecimento de ensino Público 2,0 13,7
70,6
demonstra, por sua vez, que
13,7
os alunos do ensino público têm expectativas escolares Privado 3,4
54,6
23,8
0
20
Sair antes de acabar o 12.º ano
40
60
Fazer o 12.º ano e deixar de estudar
mais elevadas do que os do
18,2
80
ensino privado: 70,6% dos 100
Fazer o 12.º ano e continuar a estudar
Não sei
primeiros querem prosseguir para o superior, o que só acontece com 54,6% dos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
segundos (Gráfico 5.2). Em
contrapartida, os alunos do ensino privado dizem mais frequentemente que esperam só completar o ensino secundário (23,8% contra 13,7%) e revelam-se um pouco mais indecisos quanto ao futuro (18,2% contra 13,7%). A razão de ser desta diferença prende-se, principalmente, com o facto de cerca de metade dos alunos de cursos profissionais, que, como vimos atrás, têm menos expectativas de prosseguir para o ensino superior, frequentarem estabelecimento privados. Trata-se, portanto, mais de um efeito indirecto de modalidade de ensino do que de um efeito directo da natureza jurídica do estabelecimento. 5.1.2. Condição socioeconómica familiar dos alunos e expectativas escolares A composição sexual e o perfil socioeconómico das famílias também condicionam visivelmente a formação das expectativas escolares dos alunos. Quando se analisam essas expectativas por sexo, verifica-se que são as raparigas quem mais pretende
continuar
estudar
após
a
Gráfico 5.3 – Expectativas de percurso escolar, segundo o sexo (%) Masculino 3,2 19,9
58,8
18,1
o
secundário (74,0% contra 58,8% dos rapazes) e
Feminino 1,6 12,6
74,0
11,8
que se revelam menos indecisas futuro
quanto
escolar
ao
(11,8%
contra 18,1%) (Gráfico 5.3).
Estes
resultados
0
20
Sair antes de acabar o 12.º ano
40 Fazer o 12.º ano e deixar de estudar
60
80
Fazer o 12.º ano e continuar a estudar
100 Não sei
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
vão ao encontro dos apurados por Silva (1999), que mostra que as raparigas têm tendencialmente mais projectos de prosseguimento de estudos para o ensino superior, enquanto os rapazes valorizam tendencialmente mais a integração no mercado de trabalho logo após a conclusão do secundário.
114 | Estudantes à Entrada do Secundário
Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário
Quadro 5.3 – Expectativas de percurso escolar, segundo o nível de
Simultaneamente, verifica-se projectos
que
escolaridade na família (%)
os
escolares
escolaridade
Sair antes de acabar o 12.º ano Fazer o 12.º ano e deixar de estudar Fazer o 12.º ano e continuar a estudar Não sei
dominante na família
Total
dos alunos tendem a estar
condicionados
pelo
e
nível
pelo
de
respectivo
Igual ou inferior ao 1.º CEB
Entre o 2.º e o 3.º CEB
Ensino Ensino secundário superior
4,7
2,7
1,6
1,5
31,4
21,5
10,2
7,9
44,2
58,5
76,2
78,8
19,7
17,3
12,0
11,8
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
perfil socioprofissional (Quadros 5.3 e 5.4). Os estudantes com expectativas escolares mais altas, ou seja, os que pretendem continuar para o ensino superior, são os das famílias mais escolarizadas (78,8% dos que têm pais com ensino superior) e das famílias de “Profissionais Técnicos e de Enquadramento” (85,2%) e de “Empresários Dirigentes e Profissionais Liberais” (76,3%). Os alunos que mais dizem esperar sair do sistema de ensino logo após o fim do secundário são os de famílias com escolaridade até ao 1.º ciclo do ensino básico (31,4%) e os filhos de “Operários” (26,6%). Trata-se, bem entendido, de tendências e não de determinismos. Veja-se que 52,3% dos filhos de “Operários” também querem prosseguir para o ensino superior, o mesmo dizendo 44,2% dos alunos das famílias mais fracamente escolarizadas. Quadro 5.4 – Expectativas de percurso escolar, segundo a origem socioprofissional (%) Empresários, Profissionais Dirigentes e Técnicos e de Profissionais Liberais Enquadramento
Trabalhadores Independentes
Empregados Executantes
Operários
Sair antes de acabar o 12.º ano
1,7
0,8
2,8
2,2
3,1
Fazer o 12.º ano e deixar de estudar
9,9
6,2
19,5
18,5
26,6
Fazer o 12.º ano e continuar a estudar
76,3
85,2
62,1
65,0
52,3
Não sei
12,1
7,8
15,6
14,3
18,0
Total
100
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
As expectativas escolares também tendem a ser influenciadas pelas variáveis de desempenho, como vários estudos mostraram (Silva, 1999; Grácio 1997). A tendência é que quanto mais elevado Quadro 5.5 – Expectativas de percurso escolar, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%) <= Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
8,5
3,1
1,2
0,3
29,8
22,9
9,1
1,9
36,2
55,5
79,7
94,2
Não sei
25,5
18,5
10,0
3,6
Total
100
100
100
100
Sair antes de acabar o 12.º ano Fazer o 12.º ano e deixar de estudar Fazer o 12.º ano e continuar a estudar
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
o
desempenho
escolar mais elevadas as expectativas. De facto, relacionando as respostas dos inquiridos com a
média
final
das
classificações que obtiveram no 9.º ano, conclui-se que
Estudantes à Entrada do Secundário | 115
Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário quanto mais elevadas foram essas classificações mais os estudantes consideram acabar o ensino secundário e continuar a estudar. Dizem-no 94,2% dos inquiridos que tiveram classificações de nível 5 e só 36,2% dos que tiveram classificações de nível 2 ou menos (Quadro 5.5). Os que tiveram piores classificações esperam mais frequentemente terminar o secundário e deixar de estudar e são também os que se revelam mais indecisos quanto ao futuro escolar. Verifica-se a mesma tendência
Quadro 5.6 – Expectativas de percurso escolar, segundo
quando tomamos como variável de
o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
desempenho
o
número
de
reprovações. Vê-se que quanto mais reprovações tiveram mais os estudantes apenas
consideram
o
ensino
concluir
secundário:
respondem dessa forma 42,1% dos
Nenhum ano
1 ano
2 anos
>=3 anos
1,0
3,7
6,1
6,9
8,8
25,7
36,1
42,1
79,1
50,7
36,3
27,4
Não sei
11,1
19,9
21,5
23,6
Total
100
100
100
100
Sair antes de acabar o 12.º ano Fazer o 12.º ano e deixar de estudar Fazer o 12.º ano e continuar a estudar
que reprovaram três ou mais vezes e
só
8,8%
dos
que
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
nunca
reprovaram. Os que reprovaram mais também ficam mais indecisos quanto ao percurso escolar futuro (Quadro 5.6). Para a grande maioria dos alunos sem reprovações (79,1%) o projecto escolar parece bem definido: trata-se de concluir o ensino secundário e prosseguir estudos.
5.2. Expectativas profissionais Além das expectativas escolares, quisemos também conhecer as expectativas profissionais dos estudantes à entrada do ensino secundário. O indicador utilizado foi o da profissão que esperam estar a desempenhar aos 30 anos de idade. Os resultados mostram que os alunos em Quadro 5.7 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos (%) Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresas Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas
geral tendem a optar por fileiras profissionais
%
socialmente
3,6
nomeadamente
34,6
grupo
dos
económica mais as
e
valorizadas, profissões
“Especialistas
do das
Profissões Intelectuais e Científicas”
Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio
11,9
Pessoal Administrativo e Similares / Pessoal dos serviços e vendedores
4,7
Operários, Artífices e Trabalhadores Similares
1,3
Outras
0,9
(11,9%), referindo muitíssimo menos
Não sei
43,0
as profissões do grupo do “Pessoal
Total
100
Administrativo
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
116 | Estudantes à Entrada do Secundário
(34,6%) e do grupo dos “Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio”
e
Similares/Pessoal
dos Serviços e Vendedores” (4,7%) e do grupo dos “Operários, Artífices e
Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário Trabalhadores Similares” (1,3%). Note-se, contudo, que uma grande parte dos estudantes (43,0%) respondeu “não sei” (Quadro 5.7). Se cruzarmos as expectativas profissionais com as escolares, já encontramos diferenças importantes. São claramente os alunos que pretendem continuar a estudar após o secundário quem mais espera vir a desempenhar profissões do grupo dos “Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas” (44,2%) e do grupo dos
Quadro 5.8 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram profissões, segundo expectativas escolares (%)
“Técnicos e Profissionais de
Nível
Intermédio”
(11,6%) e quem menos responde Aqueles fazer
“não
sei”.
que pretendem
apenas
o
ensino
secundário mostraram-se mais incapazes de indicar uma profissão e os que a indicaram já apontam com alguma
frequência
profissões
menos
Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresas Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio Pessoal Administrativo e Similares / Pessoal dos serviços e vendedores Operários, Artífices e Trabalhadores Similares
Sair antes de acabar o 12.º ano
Fazer o 12.º ano e deixar de estudar
Fazer o 12.º ano e continuar a estudar
2,5
2,9
4,1
13,6
13,3
44,2
10,2
14,2
11,6
10,2
10,8
2,9
4,2
3,9
0,5
Outras
2,3
2,5
0,4
Não sei
57,0
52,4
36,3
Total
100
100
100
qualificadas (Quadro 5.8).
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
O tipo de curso frequentado também diferencia as expectativas profissionais. Se a maioria dos alunos dos cursos científico-humanísticos (71,8%) esperam aos 30 anos estar a desempenhar profissões do grupo dos “Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas”, as expectativas
dos
estudantes
dos
Quadro 5.9 – Expectativas profissionais dos alunos
cursos profissionalmente qualificantes
aos 30 anos que identificaram profissões, segundo o
são menos elevadas. É verdade que
tipo de certificação (%)
40,2% também antevêem profissões CCH CPQ
Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresas Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas
desse grupo, mas 29,1% apontam
6,2
6,6
para
71,8
40,2
Profissionais de Nível Intermédio”,
Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio
16,5
29,1
Pessoal Administrativo e Similares / Pessoal dos serviços e vendedores
16,1% para o grupo do “Pessoal
4,0
16,1
Administrativo
Operários, Artífices e Trabalhadores Similares
0,7
5,1
dos Serviços e Vendedores” e 5,1%
Outras
0,8
2,9
Total
100
100
para o grupo dos “Operários, Artífices
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
o
grupo
dos
e
“Técnicos
e
Similares/Pessoal
e Trabalhadores Similares” (Quadro 5.9).
Estudantes à Entrada do Secundário | 117
Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário
Se especificarmos a análise por modalidade de ensino, as diferenças ainda ficam mais claras (Quadro 5.10). Os alunos do ensino artístico especializado, mais até do que os dos cursos científico-humanísticos, referem profissões do grupo dos “Especialistas das Profissões Intelectuais
e
Científicas” (75,1%), ao passo que os estudantes dos
cursos
tecnológicos, cursos
dos de
educação formação
e e
dos
cursos profissionais fazem-no muito
Quadro 5.10 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram profissões, segundo a modalidade frequentada (%) CCH
CT
EAE
CEF
CP
6,2
3,8
2,5
8,7
7,0
71,8
48,0
75,1
39,2
38,6
Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio
16,5
40,8
18,0
26,1
28,1
Pessoal Administrativo e Similares / Pessoal dos serviços e vendedores
4,0
4,9
0,4
8,7
17,7
Operários, Artífices e Trabalhadores Similares
0,7
1,2
3,6
13,0
5,5
Outras
0,8
1,3
0,4
4,3
3,1
Total
100
100
100
100
100
Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresas Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas
com
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
menos
frequência, indicando mais vezes o patamar “abaixo”, ou seja, o grupo dos “Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio”. Por outro lado, os alunos dos cursos profissionais são os que mais mencionam profissões administrativas, do comércio e dos serviços (17,7%) e os dos cursos de educação e formação são os que mais mencionam profissões operárias (13,0%). Vejamos também como é que as expectativas profissionais dos estudantes se relacionam com a escolaridade dominante nas suas famílias, escolaridade que outros estudos mostraram ter influência também neste plano (Mateus, 2002). Quadro 5.11– Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram profissões, segundo o nível de escolaridade na família (%)
Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresas Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas
Igual ou inferior ao 1.º CEB
Entre o 2.º Ensino Ensino e o 3.º CEB secundário superior
5,2
5,2
6,1
8,4
48,7
56,5
64,0
67,5
Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio
25,2
23,6
20,3
16,5
Pessoal Administrativo e Similares / Pessoal dos serviços e vendedores
14,6
9,9
6,7
5,4
Operários, Artífices e Trabalhadores Similares
3,9
2,9
1,9
1,2
Outras
2,4
1,9
1,0
1,0
Total
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
118 | Estudantes à Entrada do Secundário
Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário
A relação é clara. Quanto mais elevado o nível de escolaridade das famílias, mais as expectativas profissionais dos estudantes apontam para o grupo dos “Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas”. Fazem-no 67,5% dos que têm pais com ensino superior contra 48.7% dos que têm pais só com o 1.º ciclo do ensino básico ou menos. Em sentido inverso, os estudantes de famílias com escolaridade mais baixa são os que mais mencionam profissões do grupo dos “Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio” e do grupo do “Pessoal Administrativo e Similares/Pessoal dos Serviços e Vendedores” (Quadro 5.11). Para completar a análise, vejamos se as expectativas profissionais também são influenciadas pelos indicadores de desempenho escolar, como é de supor que aconteça e outros trabalhos têm mostrado acontecer (Diogo, 2006). De facto, assim é (Quadro 5.12). Quanto mais elevadas as médias das classificações no 9.º ano (classificações de nível 4 e 5), mais os alunos esperam aos 30 anos desempenhar profissões do grupo dos “Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas” (66,7% e 81,8% dos que tiveram essas classificações, respectivamente). Quadro 5.12 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram profissões, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%) <= Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresas
6,7
6,1
6,9
4,9
Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas
42,1
52,6
66,7
81,8
Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio
20,0
25,4
17,9
10,5
Pessoal Administrativo e Similares / Pessoal dos serviços e vendedores
17,8
10,9
6,0
1,5
Operários, Artífices e Trabalhadores Similares
6,7
3,0
1,5
0,5
Outras
6,7
2,0
1,0
0,8
Total
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Por outro lado, os que tiveram classificações mais baixas (nível 2 e 3) tendem a ter também expectativas profissionais mais baixas e antevêem mais frequentemente vir a ter profissões do grupo dos “Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio” e do “Pessoal Administrativo e Similares/Pessoal dos Serviços e Vendedores”.
Estudantes à Entrada do Secundário | 119
Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário
Quadro 5.13 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram profissões, segundo o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
a
mesma relação quando se toma
Nenhum ano 1 ano Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresas Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas
Encontra-se
2 anos
>=3 anos
como indicador
6,2
6,0
6,7
7,1
de desempenho
67,9
50,3
39,2
35,7
o
Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio
18,5
24,9
28,2
28,0
reprovações ao
Pessoal Administrativo e Similares / Pessoal dos serviços e vendedores
5,1
13,0
17,7
19,7
longo do trajecto
Operários, Artífices e Trabalhadores Similares
1,3
3,7
4,8
5,5
escolar (Quadro
Outras
1,0
2,1
3,4
4,0
5.13).
100
100
100
100
Total
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
número
de
Quanto menos
reprovações, mais os alunos
perspectivam desempenhar profissões mais qualificadas. Veja-se o que acontece com as referências a profissões do grupo mais desejado, o dos Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas”. Elas são citadas por 67,9% dos estudantes que nunca reprovaram e só por 35,7% dos que reprovaram três ou mais vezes. Estes últimos são, pelo contrário, os que mais referem profissões do grupo do “Pessoal Administrativo e Similares/Pessoal dos Serviços e Vendedores” e do grupo dos “Operários, Artífices e Trabalhadores Similares”.
120 | Estudantes à Entrada do Secundário
Bibliografia
Conclusão
O estudo aqui apresentado baseou-se nos dados de um inquérito por questionário, aplicado entre Março e Junho de 2011, a uma amostra de 67 043 alunos do 10.º ano de escolaridade de 748 escolas de Portugal Continental. Além de caracterizarmos esses alunos em termos sociais e escolares, dando a conhecer a diversidade de públicos presentes nesta faixa do sistema de ensino, analisámos o seu desempenho escolar, as razões por que escolheram a escola e o curso que frequentam, as avaliações que fazem deles, a vários níveis, as mudanças de escola, de modalidade de ensino e de curso que realizaram já no ensino secundário e ainda as suas expectativas escolares e profissionais. A heterogeneidade do ensino secundário e dos seus públicos decorre, desde logo, das diferentes vias de ensino e formação que ele encerra, ou seja, os cursos científicohumanísticos, que têm como objectivo primeiro o prosseguimento de estudos universitários, e os cursos profissionalmente qualificantes, que, embora permitam também o prosseguimento de estudos, estão mais orientados para a integração no mercado de trabalho. Um pouco mais de 60% dos estudantes estão matriculados em cursos científico-humanísticos. Entre os que estão matriculados em cursos profissionalmente qualificantes evidenciam-se os alunos de cursos profissionais, que representam um terço do total de inquiridos, o que revela a procura contínua que esta modalidade de ensino e formação tem tido. Do ponto de vista da composição sexual, verifica-se que as raparigas estão ligeiramente mais representadas do que os rapazes no 10.º ano e optam mais do que eles por cursos científicohumanísticos. As origens étnico-nacionais dos alunos constituem outro factor de diversidade. Se a grande maioria são portugueses de origem, as outras categorias apresentam um peso significativo, superior a 20% da amostra, mais de 14 000 alunos. Em termos de origens sociais, conclui-se que metade dos alunos provém de famílias com escolaridade acima da média nacional, ou seja, famílias com ensino secundário ou mais, mas que cerca de três quartos já alcançaram, ou estão a caminho de alcançar, um nível de escolaridade mais elevado do que o dos pais. Noutras palavras, estamos perante um recrutamento de dupla face dos alunos do ensino secundário. Por um lado, há alguma reprodução social (mais escolaridade gera mais escolaridade), por outro, há um aumento intergeracional das qualificações escolares.
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Conclusão Comparando os resultados deste inquérito com o do inquérito homólogo realizado no ano lectivo de 2007/08, verificamos, ao nível das origens socioprofissionais, que o acesso ao secundário se democratizou, isto é, a predominância de alunos de famílias de “Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais” atenuou-se, a benefício de uma maior presença de estudantes de outros sectores sociais, incluindo os de origem operária. A distribuição dos alunos por tipo de curso não é homogénea do ponto de vista da composição socioprofissional das famílias. Os alunos de famílias mais escolarizadas e com mais recursos socioeconómicos escolhem mais os cursos científico-humanísticos e os alunos das famílias de menores recursos, incluindo menos escolaridade, escolhem mais os cursos profissionalmente qualificantes. No que se refere ao desempenho escolar, a maioria dos alunos teve uma média de nível 3 no 9.º ano. Comparando resultados com o inquérito de 2007/08, vê-se que aumentaram as classificações de nível 4 e nível 5 e decresceram as classificações negativas, mas persistem dificuldades às disciplinas de matemática, nas quais um quinto dos estudantes teve classificações de nível 2. As interrupções de estudos quase não existiram, mas mais de um terço dos alunos reprovou, uma ou mais vezes, ao longo do trajecto escolar. As reprovações aconteceram mais no 7.º, no 9.º e no próprio 10.º ano, em dois casos anos de início de ciclo, que são momentos de transição e mudança a vários níveis e, por isso, podem ser problemáticos. Se para muitos estudantes correspondem apenas a novas etapas naturais num trajecto de escolaridade que se antevê longo, para outros podem trazer dificuldades de adaptação e riscos de insucesso. Os resultados do inquérito mostram que existe uma relação clara entre as origens sociais e os indicadores de desempenho escolar, seja o nível de classificações no 9.º ano seja a ocorrência de reprovações. Os estudantes de famílias mais escolarizadas e pertencentes a categoria socioprofissionais com mais recursos, nomeadamente os “Profissionais Técnicos e de Enquadramento”, são os que mais conseguiram classificações altas e os que menos reprovam. As raparigas têm, em média, melhor resultados do que os rapazes, mas as origens étniconacionais, quando comparamos alunos de famílias com escolaridade igual, não introduzem diferenciação significativa no desempenho escolar. A transição para o secundário implica que os alunos façam escolhas, seja de escola e de modalidade de ensino/curso, seja, antes disso, a própria escolha de continuarem ou não a estudar para lá da escolaridade obrigatória. As duas razões globalmente mais apontadas para terem decidido continuar a estudar foram que o secundário permitirá que tenham melhores oportunidades de trabalho e é a via de acesso ao ensino superior, sendo que os alunos dos cursos profissionalmente qualificantes referem mais a primeira razão e os dos cursos científicohumanísticos a segunda. Também as raparigas e os alunos de origens sociais mais elevadas
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Conclusão referem com mais frequência que a razão por que continuaram a estudar é pretenderem ingressar no ensino superior, assim como o fazem aqueles que têm tido melhor desempenho escolar. A escolha da escola que frequentam é realizada, sobretudo, em função da proximidade com a área de residência e da oferta por essa escola do curso pretendido e a avaliação que os inquiridos fazem dela é globalmente muito positiva, quer ao nível dos espaços e equipamentos (com excepção das infra-estruturas para pessoas com deficiências motoras, que é avaliada de forma menos positiva) quer no que se refere às relações entre alunos, professores e funcionários, destacando-se como avaliação mais positiva de todas a que se refere ao convívio com os pares. Mas as avaliações feitas não são independentes nem das modalidades de ensino frequentadas nem do desempenho escolar dos alunos. Os estudantes dos cursos de educação e formação são os que fazem, regra geral, as avaliações menos positivas, em contraste com os dos cursos científico-humanísticos e os dos cursos de ensino artístico especializado. Por sua vez, os estudantes que tiveram piores notas e que reprovaram mais vezes também fazem avaliações sistematicamente menos positivas, o que parece ser uma expressão indirecta de alguma insatisfação com a escola, devida justamente a esse percurso mal sucedido. Embora se sintam bem na escola, os alunos têm níveis de participação muito desigual nas actividades escolares não-lectivas. Participam muito na eleição dos delegados e subdelegados de turma, têm uma participação mediana nas eleições para a associação de estudantes e uma participação baixa noutras actividades, sejam elas actividades mais regulares, como as iniciativas promovidas pela associação de estudantes, ou actividades mais ocasionais, como debates ou petições. Quanto à escolha da modalidade de ensino/curso que frequentam, as principais razões apontadas pelos estudantes são as oportunidades de emprego que podem proporcionar, o acesso que dão ao que querem estudar no ensino superior, a possibilidade que essa modalidade de ensino/curso dá de desempenharem a profissão que desejam e o facto de corresponder ao que gostam de estudar. Também aqui encontramos correlações com o perfil social dos alunos e os seus níveis de desempenho, semelhantes às referidas anteriormente. Os que têm melhor desempenho, as raparigas e os alunos de origens sociais mais favorecidas são os que mais fazem escolhas em função do acesso ao ensino superior. As avaliações que fazem do curso, tal como da escola, são claramente positivas, em todos os itens considerados. O único em que a avaliação é menos positiva (só pouco mais de metade dos alunos o considera positivo) é o contributo do ambiente da turma para a aprendizagem. No que se refere especificamente aos professores, os estudantes também os avaliam
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Conclusão positivamente, seja na relação que mantêm com eles, seja na sua atitude e disponibilidade. Mencionam ainda que contaram com o apoio de professores quando se tratou de escolher o curso que estão a frequentar, embora esse apoio tenha vindo mais da família e dos amigos. O apoio, para este fim, dos serviços de psicologia e orientação da escola foi o item menos bem avaliado. Um pouco mais de 10% dos inquiridos já mudaram de escola, de modalidade de ensino ou de curso desde que entraram no secundário e, dos que não mudaram, outros tantos desejariam fazê-lo, embora nem todos achem que esse desejo se vá concretizar. As razões para a mudança de escola foram, sobretudo, que na anterior não existiam os cursos que queriam e ficava mais longe da zona de residência. As mudanças de curso, por sua vez, são, na maioria dos casos, também mudanças de modalidade de ensino, ou seja, passa-se de cursos científicohumanísticos para cursos profissionalmente qualificantes, sendo raros os movimentos em sentido contrário. As razões mais apontadas são que o curso anterior não era o desejado, ou que era muito difícil ou muito teórico. Os alunos com pior desempenho escolar são os que mais mudam de escola e de curso. As expectativas escolar de dois terços dos alunos são de prosseguir estudos universitários, sendo os que frequentam cursos científico-humanísticos os que mais o dizem. Dos estudantes dos cursos profissionalmente qualificantes, um terço pretende deixar o ensino a seguir ao secundário e um quinto encontra-se indeciso quanto ao seu futuro escolar. As razões mais apontadas pelos que pretendem deixar de estudar são a necessidade de terem o seu próprio dinheiro, não gostarem de estudar e considerarem que não é fácil entrar para o ensino superior. Cerca de dois quintos dos estudantes não responderam quando questionados sobre a profissão que se vêem a desempenhar aos 30 anos. Os que responderam indicam as profissões mais qualificadas e prestigiadas, nomeadamente as do grupo dos “Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas”. Os estudantes de famílias mais escolarizadas e de estatuto socioeconómico mais elevado, bem como os que têm melhor desempenho escolar, são os que apresentam expectativas escolares e profissionais mais ambiciosas. Há, em suma, uma diversidade de perfis sociais e de trajectos, escolhas e vivências escolares, entre os alunos que estavam no 10.º ano no ano lectivo de 2010/2011. As avaliações dos alunos sobre a escola e o curso e sobre as relações com pares, professores e funcionários são globalmente muito positivas. Mas certos segmentos de alunos estão menos satisfeitos. O facto de essa menor satisfação ocorrer mais em algumas modalidades de ensino e estar correlacionada com indicadores de desempenho é um aspecto a ter em conta. Outro ponto que deve merecer atenção é o facto de o desempenho, as escolhas, as mudanças e as expectativas escolares serem tão claramente influenciadas pelas origens sociais dos alunos.
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Bibliografia
Despacho Conjunto n.º 453/2004, DR Série II, de 27 de Julho de 2004. Despacho Normativo nº 189/93, DR Série I - B, de 7 de Agosto de 1993. Despacho Normativo nº 36/99, DR Série I – B, de 22 de Julho de 1999. Despacho Normativo nº 1/2005, DR Série I – B, de 5 de Janeiro de 2005. Despacho Normativo nº 28/2007, DR Série I, de 3 de Agosto de 2007. Portaria nº 200/2004, DR Série II, de 4 de Fevereiro de 2004. Portaria nº 550-A/2004, DR Série I-B, de 21 de Maio de 2004. Portaria nº 550-B/2004, DR Série I-B, de 21 de Maio de 2004. Portaria n.º 550-C/2004, DR Série I-B, de 21 de Maio de 2004. Portaria nº 550-C/2004, DR Série I-B 1º Suplemento, de 21 de Maio de 2004. Portaria nº 256/2005, DR Série I, de 16 de Março de 2005. Portaria nº 260/2006, DR Série I, de 14 de Março de 2006. Portaria nº 780/2006, DR Série I, de 9 de Agosto de 2006. Portaria nº 797/2006, DR Série I, de 10 de Agosto de 2006. Portaria nº 649/2009, DR Série I, de 9 de Junho de 2009. Rectificação nº 1 673/2004, DR Série II, de 07 de Setembro de 2004.
Webgrafia
Ethnologue language family index http://www.ethnologue.com/family_index.asp Gabinete Estatística e Planeamento da Educação (GEPE) www.gepe.min-edu.pt Grupo de Avaliação e Acompanhamento da Implementação da Reforma do Ensino Secundário (GAAIRES) http://www.gaaires.min-edu.pt Instituto Nacional de Estatística (INE) http://www.ine.pt Novas Oportunidades http://www.novasoportunidades.gov.pt/ Plano de Acção para a Matemática (2006) http://sitio.dgidc.min-edu.pt/Paginas/default.aspx
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Glossário
Glossário
Áreas de Estudo / Formação As áreas de estudo/formação são um conjunto de programas de educação e formação agrupados em função da semelhança dos seus conteúdos principais, não se atribuindo relevância ao nível de educação ou formação ou à complexidade das aprendizagens.
Doméstico (ocupa-se das tarefas domésticas) Indivíduo que se ocupa principalmente das tarefas domésticas no seu próprio lar. Não está empregado nem desempregado.
Desempregado Indivíduo, com idade mínima de 15 anos, que, no período de referência, se encontrava simultaneamente nas seguintes situações: a) não tinha trabalho remunerado nem qualquer outro; b) estava disponível para trabalhar num trabalho remunerado ou não; c) tinha procurado um trabalho, isto é, tinha feito diligências no período especificado (período de referência ou nas três semanas anteriores) para encontrar um emprego remunerado ou não.
Ensino Superior Nível de ensino que compreende os ensinos universitário e politécnico, aos quais têm acesso indivíduos habilitados com um curso secundário ou equivalente e indivíduos maiores de 23 anos que, não possuindo a referida habilitação, revelem qualificação para a sua frequência através de prestação de provas.
Empregado/Exerce uma Profissão Indivíduo com idade mínima de 15 anos que se encontra numa das seguintes situações: a) Efectuou trabalho de pelo menos uma hora, mediante pagamento de uma remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro ou em géneros; b) Tem um emprego, mas, não estando ao serviço no período de referência, mantém uma ligação formal com o seu emprego; c) Tem uma empresa, mas não está temporariamente ao trabalho por uma razão específica; d) Está em situação de pré-reforma, mas encontra-se a trabalhar no período de referência Estudantes à Entrada do Secundário | 135
Glossário
Interrupção dos Estudos Acto pelo qual um aluno não se matricula em estabelecimento e curso num dado ano lectivo.
Língua Estrangeira (que teve durante mais anos) Língua estrangeira 1 - Primeira língua estrangeira integrada nos planos curriculares do sistema de ensino e iniciada obrigatoriamente no 2.º ciclo do ensino básico.
Modalidades de Ensino e Formação
Ensino Artístico Especializado Curso do ensino secundário, com a duração de três anos (10.º, 11.º e 12.º anos), vocacionado, consoante a área artística, para o prosseguimento de estudos e/ou inserção no mercado de trabalho. Cursos Científico-Humanísticos Cursos do ensino secundário, com a duração de três anos lectivos (10.º, 11.º e 12.º anos), tendo em vista o prosseguimento de estudos para o ensino superior. Até ao ano lectivo de 2004/2005, correspondiam aos Cursos Gerais do Ensino Secundário. Cursos de Aprendizagem Curso para jovens, preferencialmente com idades compreendidas entre 15 e 25 anos, candidatos ao 1.º emprego, sem a escolaridade obrigatória, destinados ao desempenho de profissões qualificadas, de forma a favorecer a entrada na vida activa. Estes cursos desenvolvem-se em alternância entre um Centro de Formação Profissional e uma empresa, onde se realizam, respectivamente, a formação teórico-prática e a formação prática em contexto real de trabalho. Os Cursos de Aprendizagem são homologados conjuntamente pelos Ministros que tutelam as áreas do Trabalho e da Educação, sob proposta da Comissão Nacional de Aprendizagem. Conferem um certificado de formação profissional de nível 1, 2, 3 ou 4, bem como a equivalência ao 6.º, 9.º ou 12.º ano de escolaridade. Cursos de Educação e Formação (CEF) Cursos destinados preferencialmente a jovens com idades iguais ou superiores a 15 anos, em risco de abandono escolar ou que não concluíram o ensino secundário, bem como àqueles que, após a conclusão de 12 anos de escolaridade, não têm uma qualificação profissional. Confere qualificação de nível 1, 2 ou 3 e certificação de conclusão do 6.º, 9.º ou 12.º ano de escolaridade, respectivamente.
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Cursos Profissionais Cursos de ensino secundário com a duração de três anos lectivos, que privilegiam a inserção no mercado de trabalho e que permitem o prosseguimento de estudos. Conferem diploma de conclusão do ensino secundário e certificado de qualificação profissional de nível 4. Cursos Tecnológicos Cursos do ensino secundário com a duração de três anos lectivos (10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade). Destinam-se preferencialmente aos jovens que desejam ingressar no mercado de trabalho após o 12.º ano de escolaridade, tendo a possibilidade de ingresso no ensino superior. Conferem um diploma de estudos secundários e um certificado de qualificação profissional de nível 4.
Níveis de Ensino
Pré-Escolar Subsistema de educação, de frequência facultativa, destinado a crianças com idades compreendidas entre os três anos e a idade de ingresso no ensino básico. Realiza-se em estabelecimentos próprios, designados por jardins-de-infância, ou incluído em unidades escolares em que é também ministrado o ensino básico. 1.º Ciclo do Ensino Básico ou Equivalente (1.º, 2.º, 3.º e 4.º anos) Corresponde aos antigos 4 primeiros anos de escolaridade obrigatória – 1.ª, 2.ª, 3.ª e 4.ª classe da escola primária. 2.º Ciclo do Ensino Básico ou Equivalente (5.º e 6.º anos) Inclui as seguintes situações: antigo ciclo preparatório (5.º e 6.º ano de escolaridade); antigo 1.º ciclo do liceu (1.º e 2.º anos); antigo ciclo complementar do ensino básico (5.ª e 6.ª classes); ciclo preparatório das antigas escolas técnicas. 3.º Ciclo do Ensino Básico ou Equivalente (7.º, 8.º e 9.º anos) Inclui as seguintes situações: antigo ensino secundário técnico-profissional (curso comercial, industrial, artes visuais, agrícola, etc.); antigo curso geral dos liceus (antigo 3.º, 4.º e 5.º anos). Secundário (10.º, 11.º e 12.º anos) Inclui as seguintes situações: antigas secções preparatórias dos cursos complementares técnico-profissionais (curso comercial, industrial, etc.); antigo curso complementar do liceu (antigos 6.º e 7.º anos); antigo ano propedêutico.
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Profissão Ofício ou modalidade de trabalho, remunerado ou não, a que corresponde um determinado título ou designação profissional, constituído por um conjunto de tarefas que concorrem para a mesma finalidade e que pressupõem conhecimentos semelhantes.
Reformado/Aposentado/Pensionista Indivíduo que, tendo cessado o exercício de uma profissão, por decurso de tempo regulamentar, limite de idade, incapacidade ou por razões disciplinares, tem direito a uma pensão de reforma.
Reprovação Situação do aluno considerado não aprovado no final de cada disciplina, ciclo ou curso.
Situação na Profissão Relação de dependência ou independência de um indivíduo activo no exercício da profissão, em função dos riscos económicos em que incorre e da natureza do controlo que exerce na empresa. Esta variável tem as seguintes modalidades: Patrão Indivíduo activo a exercer uma profissão por conta própria e que emprega, habitualmente, um ou mais trabalhadores. Trabalhador por conta própria Indivíduo activo que trabalha por sua conta, sem trabalhadores, mas podendo ter a ajuda de trabalhadores familiares não remunerados.
Trabalhador por conta de outrem Indivíduo que exerce uma actividade sob a autoridade e direcção de outrem, nos termos de um contrato de trabalho, sujeito ou não a forma escrita, e que lhe confere o direito a uma remuneração, a qual não depende dos resultados da unidade económica para a qual trabalha.
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Trabalhador em negócio familiar Indivíduo que exerce uma actividade independente numa empresa orientada para o mercado e explorada por um familiar, podendo estar ou não vinculado por um contrato de trabalho.
Trabalho a Tempo Inteiro Regime dos trabalhadores cujo período de trabalho tem a duração normal de trabalho em vigor na empresa/instituição, para a respectiva categoria profissional e ainda daqueles cujo período normal de trabalho é superior a 75% da duração normal de trabalho aplicável no estabelecimento, podendo o limite percentual ser mais elevado por força da convenção colectiva.
Trabalho a Tempo Parcial Regime dos trabalhadores cujo período de trabalho tem uma duração inferior à duração normal de trabalho em vigor na empresa/instituição, para a respectiva categoria profissional ou na respectiva profissão.
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Lista de Escolas Participantes no Questionário
Lista de Escolas Participantes no Questionário: “Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino”
Academia Contemporânea do Espectáculo Academia de Música de Santa Cecília AEMAR - Instituto de Tecnologias Náuticas ANCORENSIS - "Cooperativa de Ensino" Associação para Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo - EPM Associação Torrejana de Ensino Profissional de Torres Novas Centro de Educação Integral Centro de Estudos de Fátima Centro de Estudos e Trabalho da Pedra Centro de Estudos e Trabalho da Pedra (Deleg.) Colégio "Casa Mãe" Colégio "D. Afonso V" Colégio "La Salle" Colégio "Luso Francês" Colégio "Nossa Senhora da Boavista" Colégio "Nossa Senhora do Rosário" Colégio Apostólico da Imaculada Conceição Colégio Bartolomeu Dias Colégio D. Duarte Colégio D. José I Colégio D. Maria Pia (Casa Pia) Colégio da Trofa Colégio de Albergaria Colégio de Amorim Colégio de Campos Colégio de Cidade Roda Colégio de Gaia Colégio de Nossa Senhora da Assunção Colégio de Nossa Senhora da Esperança Colégio de Nossa Senhora da Graça Colégio de S. Gonçalo de Amarante Colégio de S. Teotónio Colégio de São João de Brito Colégio de São Martinho Colégio de São Miguel de Fátima Colégio de Stª Doroteia
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Lista de Escolas Participantes no Questionário
Colégio Dinis de Melo Colégio Diocesano de Nossa Senhora da Apresentação Colégio do Sagrado Coração de Maria Colégio dos Órfãos do Porto Colégio Dr. Luís Pereira da Costa Colégio Guadalupe Colégio Horizonte Colégio Internacional de Vilamoura Colégio Júlio Dinis Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas Colégio Manuel Bernardes Colégio Marista de Carcavelos Colégio Militar Colégio Miramar Colégio Moderno Colégio Pina Manique - Casa Pia de Lisboa Colégio Rainha D. Leonor Colégio Santo André Colégio Valsassina Cooperativa de Ensino "Didáxis" DIDÁLVI - Cooperativa de Ensino de Alvito - S. Pedro, CRL. EFTA - Escola de formação profissional em turismo de Aveiro ENSIGUARDA - Escola Profissional da Guarda EPRALIMA - Escola Profissional do Alto Lima (Deleg.) EPRALIMA - Escola Profissional do Alto Lima (Sede) EPRAMI - Escola Profissional Alto Minho Interior (Deleg.) EPRAMI - Escola Profissional do Alto Minho Interior (Deleg.) EPRAMI - Escola Profissional do Alto Minho Interior (Sede) EPRM - Escola Profissional de Rio Maior, Ldª EPROFCOR - Escola Profissional de Cortegaça EPTOLIVA - Escola Profissional de Oliveira do Hospital/Tábua e Arganil EPTOLIVA - Escola Profissional de Oliveira do Hospital/Tábua e Arganil Escola Artística António Arroio, Lisboa Escola Artística e Profissional Árvore Escola Artística Soares dos Reis, Porto Escola Básica à Beira Douro, Medas, Gondomar Escola Básica D. Fernando II, Sintra Escola Básica de Corga do Lobão, Santa Maria da Feira Escola Básica de Couto Mineiro do Pejão, Raiva, Castelo de Paiva Escola Básica de Pampilhosa da Serra
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Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Básica de Vale do Tamel, Lijó, Barcelos Escola Básica de Vila Cova, Barcelos Escola Básica Diogo Lopes Sequeira, Alandroal Escola Básica Domingos Capela, Silvalde, Espinho Escola Básica e Secundária Abel Botelho, Tabuaço Escola Básica e Secundária Alfredo da Silva, Barreiro Escola Básica e Secundária Amélia Rey Colaço, Linda-a-Velha, Oeiras Escola Básica e Secundária Anselmo de Andrade, Almada Escola Básica e Secundária Aquilino Ribeiro, Leião, Oeiras Escola Básica e Secundária Arga e Lima, Lanheses, Viana do Castelo Escola Básica e Secundária Artur Gonçalves, Torres Novas Escola Básica e Secundária Clara de Resende, Porto Escola Básica e Secundária Cunha Rivara, Arraiolos Escola Básica e Secundária D. Afonso III, Vinhais Escola Básica e Secundária D. Filipa de Lencastre, Lisboa Escola Básica e Secundária D. João V, Damaia, Amadora Escola Básica e Secundária D. Maria II, Vila Nova da Barquinha Escola Básica e Secundária D. Moisés Alves de Pinho, Fiães, Santa Maria da Feira Escola Básica e Secundária da Batalha Escola Básica e Secundária da Bemposta, Portimão Escola Básica e Secundária da Chamusca Escola Básica e Secundária da Guia, Pombal Escola Básica e Secundária da Sé, Lamego Escola Básica e Secundária de Águas Santas, Maia Escola Básica e Secundária de Aguiar da Beira Escola Básica e Secundária de Albufeira Escola Básica e Secundária de Alcains, Castelo Branco Escola Básica e Secundária de Alfândega da Fé Escola Básica e Secundária de Alvide, Cascais Escola Básica e Secundária de Anadia Escola Básica e Secundária de Barroselas, Viana do Castelo Escola Básica e Secundária de Búzio, Vale de Cambra Escola Básica e Secundária de Cabeceiras de Basto Escola Básica e Secundária de Carrazeda de Ansiães Escola Básica e Secundária de Castelo de Paiva Escola Básica e Secundária de Celorico de Basto Escola Básica e Secundária de D. Sancho II, Alijó Escola Básica e Secundária de Fajões, Oliveira de Azeméis Escola Básica e Secundária de Fornos de Algodres Escola Básica e Secundária de Ínfias, Vizela
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Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Básica e Secundária de Mação Escola Básica e Secundária de Macedo de Cavaleiros Escola Básica e Secundária de Maceira, Leiria Escola Básica e Secundária de Mães D´Água, Falagueira, Amadora Escola Básica e Secundária de Mêda Escola Básica e Secundária de Melgaço Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro Escola Básica e Secundária de Moimenta da Beira Escola Básica e Secundária de Mondim de Basto Escola Básica e Secundária de Monte da Ola, Viana do Castelo Escola Básica e Secundária de Mora Escola Básica e Secundária de Muralhas do Minho, Valença Escola Básica e Secundária de Murça Escola Básica e Secundária de Oliveira de Frades Escola Básica e Secundária de Ourém Escola Básica e Secundária de Ourique, Ourique Escola Básica e Secundária de Paredes de Coura Escola Básica e Secundária de Penacova Escola Básica e Secundária de Penalva do Castelo Escola Básica e Secundária de Pinheiro, Penafiel Escola Básica e Secundária de Ribeira de Pena Escola Básica e Secundária de Rio Caldo, Terras de Bouro Escola Básica e Secundária de Salvaterra de Magos Escola Básica e Secundária de Santo António, Barreiro Escola Básica e Secundária de São João da Pesqueira Escola Básica e Secundária de São Martinho do Porto, Alcobaça Escola Básica e Secundária de São Sebastião, Mértola Escola Básica e Secundária de Sever do Vouga Escola Básica e Secundária de Valdevez, Arcos de Valdevez Escola Básica e Secundária de Vale de Ovil, Baião Escola Básica e Secundária de Vila Flor Escola Básica e Secundária de Vila Nova de Cerveira Escola Básica e Secundária de Vila Pouca de Aguiar - Sul Escola Básica e Secundária Diogo Bernardes, Ponte da Barca Escola Básica e Secundária do Baixo Barroso, Venda Nova, Montalegre Escola Básica e Secundária do Cadaval Escola Básica e Secundária do Centro de Portugal Escola Básica e Secundária do Cerco, Porto Escola Básica e Secundária do Mogadouro Escola Básica e Secundária Dr. Azevedo Neves, Damaia, Amadora
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Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Básica e Secundária Dr. Bento Cruz, Montalegre Escola Básica e Secundária Dr. Daniel de Matos, Vila Nova de Poiares Escola Básica e Secundária Dr. Francisco Campos Henriques, Vila Nova de Foz Côa Escola Básica e Secundária Dr. Hernâni Cidade, Redondo Escola Básica e Secundária Dr. Isidoro de Sousa, Viana do Alentejo Escola Básica e Secundária Dr. José Casimiro Matias, Almeida Escola Básica e Secundária Dr. José Leite de Vasconcelos, Tarouca Escola Básica e Secundária Dr. Manuel Fernandes, Abrantes Escola Básica e Secundária Dr. Manuel Ribeiro Ferreira, Alvaiázere Escola Básica e Secundária Dr. Pascoal José de Mello, Ansião Escola Básica e Secundária Dr.João Brito Camacho, Almodôvar Escola Básica e Secundária Drª Judite Andrade, Sardoal Escola Básica e Secundária Eng.º Dionísio Augusto Cunha, Canas de Senhorim, Nelas Escola Básica e Secundária Fernão do Pó, Bombarral Escola Básica e Secundária Francisco Simões, Laranjeiro, Almada Escola Básica e Secundária Frei Gonçalo de Azevedo, São Domingos de Rana, Cascais Escola Básica e Secundária Gil Vicente, Lisboa Escola Básica e Secundária Joaquim Inácio da Cruz Sobral, Sobral de Monte Agraço Escola Básica e Secundária José Falcão, Miranda do Corvo Escola Básica e Secundária José Gomes Ferreira, Ferreira do Alentejo Escola Básica e Secundária José Relvas, Alpiarça Escola Básica e Secundária José Silvestre Ribeiro, Idanha-a-Nova Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos, Lisboa Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos, Óbidos Escola Básica e Secundária Lima de Freitas, Setúbal Escola Básica e Secundária Luís de Camões, Constância Escola Básica e Secundária Martinho Árias, Soure Escola Básica e Secundária Mestre Martins Correia, Golegã Escola Básica e Secundária Michel Giacometti, Quinta do Conde, Sesimbra Escola Básica e Secundária Miguel Torga, Sabrosa Escola Básica e Secundária Octávio Duarte Ferreira, Tramagal, Abrantes Escola Básica e Secundária Oliveira Júnior, São João da Madeira Escola Básica e Secundária Padre António de Andrade, Oleiros Escola Básica e Secundária Padre José Agostinho Rodrigues, Alter do Chão Escola Básica e Secundária Padre Martins Capela, Terras de Bouro Escola Básica e Secundária Passos Manuel, Lisboa Escola Básica e Secundária Pe. António Morais da Fonseca, Murtosa Escola Básica e Secundária Pedro Álvares Cabral, Belmonte Escola Básica e Secundária Pedro da Fonseca, Proença-a-Nova Escola Básica e Secundária Pedro Ferreiro, Ferreira do Zêzere
Estudantes à Entrada do Secundário | 145
Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Básica e Secundária Pintor José de Brito, Santa Marta de Portuzelo, Viana do Castelo Escola Básica e Secundária Prof. António da Natividade, Mesão Frio Escola Básica e Secundária Prof. Mendes dos Remédios, Nisa Escola Básica e Secundária Prof. Ruy Luís Gomes, Laranjeiro, Almada Escola Básica e Secundária Professor Reynaldo dos Santos, Vila Franca de Xira Escola Básica e Secundária Ribeiro Sanches, Penamacor Escola Básica e Secundária Rodrigues de Freitas, Porto Escola Básica e Secundária Sacadura Cabral, Celorico da Beira Escola Básica e Secundária Santos Simões, Guimarães Escola Básica e Secundária Sidónio Pais, Vilarelho, Caminha Escola Básica e Secundária Vieira de Araújo, Vieira do Minho Escola Básica e Secundária Visconde de Vila Maior, Torre de Moncorvo Escola Básica Nicolau Nasoni, Porto Escola Beira- Aguieira - Escola Profissional (Sede) Escola Beira-Aguieira - Escola Profissional (Deleg.) Escola Cooperativa de Vale - S. Cosme Escola de Formação Social Rural - Lamego Escola de Formação Social Rural de Leiria Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego Escola de Hotelaria e Turismo de Mirandela Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre Escola de Hotelaria e Turismo de Santarém Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo Escola de Hotelaria e Turismo do Fundão Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (Pólo das Caldas da Rainha) Escola de Serviços e Comércio do Oeste Escola Europeia de Ensino Profissional Escola INED - Nevogilde Escola Internacional do Algarve Escola Profissional Abreu Callado Escola Profissional Agostinho Roseta Escola Profissional Agostinho Roseta - Lisboa Escola Profissional Agostinho Roseta - UGT Escola Profissional Agostinho Roseta (Delegação) Escola Profissional Agrícola Afonso Duarte Escola Profissional Agrícola Conde de São Bento, Santo Tirso Escola Profissional Agrícola D. Dinis - Paiã, Odivelas Escola Profissional Agrícola de Lamego Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal - Torres Vedras
146 | Estudantes à Entrada do Secundário
Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Profissional Agrícola Quinta da Lageosa, Belmonte, Covilhã Escola Profissional Agricultura e Desenvolvimento Rural de Cister, Alcobaça Escola Profissional Alda Brandão de Vasconcelos Escola Profissional Almirante Reis Escola Profissional Alsud Escola Profissional Amar Terra Verde Escola Profissional Amar Terra Verde (Deleg) Escola Profissional António Lago Cerqueira Escola Profissional Artes de Mirandela Escola Profissional Artística do Vale do Ave (Sede) Escola Profissional Bento de Jesus Caraça Escola Profissional Bento de Jesus Caraça (Deleg.) Escola Profissional Bento de Jesus Caraça (Deleg.) Escola Profissional Bento de Jesus Caraça (Deleg.) Escola Profissional Bento de Jesus Caraça (Deleg.) Escola Profissional Bento de Jesus Caraça (Deleg.) Escola Profissional Cândido Guerreiro - CIPRL Escola Profissional CENATEX Escola Profissional Ciências Geográficas, Lisboa Escola Profissional CIOR Escola Profissional CISAVE- Associação Comercial e Industrial de Guimarães Escola Profissional D. Francisco Gomes de Avelar Escola Profissional da Figueira da Foz Escola Profissional da Fundação D. Mariana Seixas (Deleg.) Escola Profissional da Fundação D. Mariana Seixas (Sede) Escola Profissional da Lousã Escola Profissional da Moita Escola Profissional da Nazaré Escola Profissional da Raia - Idanha-a-Nova Escola Profissional da Região Alentejo (Deleg.) Escola Profissional da Região Alentejo (Deleg.) Escola Profissional da Região Alentejo (Sede) Escola Profissional da Serra da Estrela Escola Profissional da Torredeita Escola Profissional das Artes de Coimbra Escola Profissional de Agentes de Serviço e Apoio Social Fund. Monsenhor Alves Brás Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais, Mirandela Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Vagos Escola Profissional de Alvito
Estudantes à Entrada do Secundário | 147
Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Profissional de Ansiães Escola Profissional de Arqueologia do Freixo, Marco de Canaveses Escola Profissional de Artes da Beira Interior Escola Profissional de Artes, Tecnologia e Desporto Escola Profissional de Aveiro Escola Profissional de Braga Escola Profissional de Carvalhais Escola Profissional de Chaves-Associação Promotora do Ensino Profissional para o Alto Tâmega (Sede) Escola Profissional de Cinfães Escola Profissional de Comércio de Lisboa Escola Profissional de Comércio do Porto Escola Profissional de Comércio Externo Escola Profissional de Comércio, Escritórios e Serviços do Porto Raúl Dória Escola Profissional de Comunicação e Imagem Escola Profissional de Coruche Escola Profissional de Cuba Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Grândola Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa Escola Profissional de Desenvolvimento Rural do Rodo, Peso da Régua Escola Profissional de Economia Social Escola Profissional de Educação para o Desenvolvimento Escola Profissional de Espinho Escola Profissional de Esposende Escola Profissional de Fafe Escola Profissional de Felgueiras Escola Profissional de Fermil, Molares, Celorico de Basto Escola Profissional de Gaia Escola Profissional de Gondomar Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas Escola Profissional de Hotelaria e Turismo de Lisboa Escola Profissional de Imagem (ETIC) Escola Profissional de Leiria Escola Profissional de Mafra Escola Profissional de Moura Escola Profissional de Murça Escola Profissional de Música de Espinho Escola Profissional de Música de Viana do Castelo Escola Profissional de Odemira Escola Profissional de Paços de Brandão Escola Profissional de Pedagogia Social
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Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Profissional de Penafirme Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra Escola Profissional de Salvaterra de Magos Escola Profissional de Santa Comba Dão Escola Profissional de Sernancelhe (ESPROSER) Escola Profissional de Serviços CIDENAI Escola Profissional de Teatro de Cascais Escola Profissional de Tecnologia Digital Escola Profissional de Tecnologia e Electrónica - ESTEL Escola Profissional de Tecnologia e Gestão de Barcelos Escola Profissional de Tecnologia Psicossocial do Porto Escola Profissional de Tomar Escola Profissional de Tondela Escola Profissional de Trancoso Escola Profissional de Valongo - PROFIVAL Escola Profissional de Vila do Conde Escola Profissional de Viticultura e Enologia da Bairrada Escola Profissional de Vouzela Escola Profissional Desenvolvimento Rural de Abrantes, Mouriscas, Abrantes Escola Profissional do Alto Ave - Sociedade Unipessoal Ldª (Sede) Escola Profissional do Centro Juvenil de Campanhã Escola Profissional do Fundão (Sede) Escola Profissional do Infante Escola Profissional e Artística da Marinha Grande Escola Profissional Fialho de Almeida (Sede) Escola Profissional Gil Eanes de Portimão Escola Profissional Gustave Eiffel Escola Profissional Gustave Eiffel (Delegação de Arruda dos Vinhos) Escola Profissional Gustave Eiffel (Delegação) Escola Profissional Gustave Eiffel (Pólo da Amadora) Escola Profissional Gustave Eiffel (Sede) Escola Profissional Magestil Escola Profissional Metropolitana de Lisboa Escola Profissional Montemor-o-Velho Escola Profissional Nervir Escola Profissional Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Escola Profissional Novos Horizontes Escola Profissional Prática Universal de Bragança Escola Profissional Profitecla (Deleg.) Escola Profissional Profitecla (Deleg.)
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Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Profissional Profitecla (Deleg.) Escola Profissional Profitecla (Deleg.) Escola Profissional Profitecla (Deleg.) Escola Profissional Profitecla (Deleg.) Escola Profissional Profitecla (Sede) Escola Profissional Ruiz Costa Escola Profissional Tecnológica do Vale do Ave Escola Profissional Tecnológica e Agrária de Moimenta da Beira Escola Profissional Val do Rio Escola Profissional Val do Rio (Pólo Cascais) Escola Profissional Vale do Tejo Escola Profissional Vasconcellos Lebre (Propriedade da Escola Profissional da Mealhada Ldª.) Escola Profissional Vértice Escola Salesianos de Manique Escola Secundária Abade de Baçal, Bragança Escola Secundária Abel Salazar, São Mamede de Infesta, Matosinhos Escola Secundária Adolfo Portela, Águeda Escola Secundária Afonso de Albuquerque, Guarda Escola Secundária Afonso Lopes Vieira, Leiria Escola Secundária Alberto Sampaio, Braga Escola Secundária Alcaides de Faria, Barcelos Escola Secundária Alexandre Herculano, Porto Escola Secundária Alfredo Reis Silveira, Cavadas, Seixal Escola Secundária Alves Martins, Viseu Escola Secundária Alves Redol, Vila Franca de Xira Escola Secundária Amato Lusitano, Castelo Branco Escola Secundária André de Gouveia, Évora Escola Secundária António Gedeão, Cova da Piedade, Almada Escola Secundária António Inácio Cruz, Grândola Escola Secundária António Nobre, Porto Escola Secundária António Sérgio, Vila Nova de Gaia Escola Secundária Arquitecto Oliveira Ferreira, Praia da Granja, Vila Nova de Gaia Escola Secundária Augusto Gomes, Matosinhos Escola Secundária Avelar Brotero, Coimbra Escola Secundária Braancamp Freire, Pontinha, Odivelas Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Carnaxide, Oeiras Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Vila Nova de Famalicão Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Vila Real Escola Secundária Campos de Melo, Covilhã Escola Secundária Carlos Amarante, Braga
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Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Secundária Conde de Monsaraz, Reguengos de Monsaraz Escola Secundária Cristina Torres, Figueira da Foz Escola Secundária D. Afonso Henriques, Aves, Santo Tirso Escola Secundária D. Afonso Sanches, Vila do Conde Escola Secundária D. Dinis, Coimbra Escola Secundária D. Dinis, Lisboa Escola Secundária D. Dinis, Santo Tirso Escola Secundária D. Duarte, Coimbra Escola Secundária D. Egas Moniz, Resende Escola Secundária D. Inês de Castro, Alcobaça Escola Secundária D. Luísa de Gusmão, Lisboa Escola Secundária D. Manuel I, Beja Escola Secundária D. Pedro V, Lisboa Escola Secundária D. Sancho I, Vila Nova de Famalicão Escola Secundária D.João II, Setúbal Escola Secundária da Amadora Escola Secundária da Azambuja Escola Secundária da Baixa da Banheira, Vale da Amoreira, Moita Escola Secundária da Boa Nova, Leça da Palmeira, Matosinhos Escola Secundária da Cidadela, Cascais Escola Secundária da Lourinhã Escola Secundária da Lousã Escola Secundária da Maia Escola Secundária da Mealhada Escola Secundária da Moita Escola Secundária da Quinta do Marquês, Oeiras Escola Secundária da Ramada, Odivelas Escola Secundária da Sé, Guarda Escola Secundária da Sertã Escola Secundária Daniel Faria, Baltar, Paredes Escola Secundária de Albergaria-a-Velha Escola Secundária de Albufeira Escola Secundária de Alcácer do Sal Escola Secundária de Alcanena Escola Secundária de Alfena, Valongo Escola Secundária de Aljustrel Escola Secundária de Alpendurada, Marco de Canaveses Escola Secundária de Amarante Escola Secundária de Amares Escola Secundária de Arganil
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Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Secundária de Arouca Escola Secundária de Aurélia de Sousa, Porto Escola Secundária de Barcelinhos, Barcelos Escola Secundária de Barcelos Escola Secundária de Benavente Escola Secundária de Cacilhas-Tejo, Almada Escola Secundária de Caldas das Taipas, Guimarães Escola Secundária de Caldas de Vizela, Vizela Escola Secundária de Camarate, Loures Escola Secundária de Camões, Lisboa Escola Secundária de Campo Maior Escola Secundária de Caneças, Odivelas Escola Secundária de Cantanhede Escola Secundária de Carregal do Sal Escola Secundária de Carvalhos, Vila Nova de Gaia Escola Secundária de Cascais Escola Secundária de Casquilhos, Barreiro Escola Secundária de Castêlo da Maia, Maia Escola Secundária de Castro Daire Escola Secundária de Coruche Escola Secundária de Ermesinde, Valongo Escola Secundária de Esmoriz, Ovar Escola Secundária de Estarreja Escola Secundária de Fafe Escola Secundária de Felgueiras Escola Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo Escola Secundária de Figueiró dos Vinhos Escola Secundária de Gafanha da Nazaré, Ílhavo Escola Secundária de Gondomar Escola Secundária de Gouveia Escola Secundária de Loulé Escola Secundária de Lousada Escola Secundária de Marco de Canaveses Escola Secundária de Martins Sarmento, Guimarães Escola Secundária de Maximinos, Braga Escola Secundária de Mem Martins, Sintra Escola Secundária de Mira de Aire, Porto de Mós Escola Secundária de Mirandela Escola Secundária de Molelos, Tondela Escola Secundária de Monção
152 | Estudantes à Entrada do Secundário
Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Secundária de Monserrate, Viana do Castelo Escola Secundária de Monte da Caparica, Almada Escola Secundária de Montemor-o-Novo Escola Secundária de Montemor-o-Velho Escola Secundária de Moura Escola Secundária de Nelas Escola Secundária de Odivelas Escola Secundária de Oliveira do Bairro Escola Secundária de Oliveira do Douro, Vila Nova de Gaia Escola Secundária de Oliveira do Hospital Escola Secundária de Paços de Ferreira Escola Secundária de Padrão da Légua, Matosinhos Escola Secundária de Padre Benjamim Salgado, Vila Nova de Famalicão Escola Secundária de Palmela Escola Secundária de Paredes Escola Secundária de Peniche Escola Secundária de Pinhal Novo, Palmela Escola Secundária de Pinhel Escola Secundária de Pombal Escola Secundária de Ponte de Lima Escola Secundária de Ponte de Sôr Escola Secundária de Porto de Mós Escola Secundária de Póvoa de Lanhoso Escola Secundária de Rio Tinto, Gondomar Escola Secundária de S. Lourenço, Portalegre Escola Secundária de Sabugal Escola Secundária de Sacavém, Loures Escola Secundária de Sampaio, Sesimbra Escola Secundária de Santa Comba Dão Escola Secundária de Santa Maria da Feira Escola Secundária de Santa Maria do Olival, Tomar Escola Secundária de Santa Maria Maior, Viana do Castelo Escola Secundária de Santa Maria, Sintra Escola Secundária de São João da Talha, Loures Escola Secundária de São João do Estoril, Cascais Escola Secundária de São Pedro da Cova, Gondomar Escola Secundária de São Pedro do Sul Escola Secundária de Seia Escola Secundária de Senhora da Hora, Matosinhos Escola Secundária de Serpa
Estudantes à Entrada do Secundário | 153
Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Secundária de Silves Escola Secundária de Tábua Escola Secundária de Tondela Escola Secundária de Vagos Escola Secundária de Valbom, Gondomar Escola Secundária de Valongo Escola Secundária de Valpaços Escola Secundária de Vendas Novas Escola Secundária de Vila Cova da Lixa, Felgueiras Escola Secundária de Vila Nova de Paiva Escola Secundária de Vila Real de Santo António Escola Secundária de Vila Verde Escola Secundária de Vilar Formoso Escola Secundária de Vilela, Paredes Escola Secundária de Vouzela Escola Secundária Diogo de Gouveia, Beja Escola Secundária Diogo de Macedo, Olival, Vila Nova de Gaia Escola Secundária do Arco-Íris, Portela, Loures Escola Secundária do Cartaxo Escola Secundária do Entroncamento Escola Secundária do Forte da Casa, Vila Franca de Xira Escola Secundária do Fundão Escola Secundária do Lumiar, Lisboa Escola Secundária do Restelo, Lisboa Escola Secundária Dom Manuel Martins, Setúbal Escola Secundária Domingos Sequeira, Leiria Escola Secundária Doutor Solano de Abreu, Abrantes Escola Secundária Dr. António Granjo, Chaves Escola Secundária Dr. Augusto César da Silva Ferreira, Rio Maior Escola Secundária Dr. Bernardino Machado, Figueira da Foz Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, Olhão Escola Secundária Dr. Ginestal Machado, Santarém Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima, Esgueira, Aveiro Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, Ílhavo Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia, Peso da Régua Escola Secundária Dr. João Lopes de Morais, Mortágua Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho, Figueira da Foz Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, Valadares, Vila Nova de Gaia Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, Tavira Escola Secundária Dr. José Afonso, Arrentela, Seixal
154 | Estudantes à Entrada do Secundário
Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Secundária Dr. José Macedo Fragateiro, Ovar Escola Secundária Dr. Júlio Martins, Chaves Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves, Odemira Escola Secundária Dr. Manuel Gomes Almeida, Espinho Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira, Espinho Escola Secundária Dr. Mário Sacramento, Aveiro Escola Secundária Dr. Serafim Leite, São João da Madeira Escola Secundária Dr.ª Maria Cândida, Mira Escola Secundária Drª Laura Ayres, Quarteira, Loulé Escola Secundária Dra. Felismina Alcântara, Mangualde Escola Secundária du Bocage, Setúbal Escola Secundária Eça de Queirós, Lisboa Escola Secundária Eça de Queirós, Póvoa de Varzim Escola Secundária Emídio Garcia, Bragança Escola Secundária Emídio Navarro, Almada Escola Secundária Emídio Navarro, Viseu Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte, Marinha Grande Escola Secundária Fernando Lopes Graça, Parede, Cascais Escola Secundária Fernando Namora, Amadora Escola Secundária Fernando Namora, Condeixa-a-Nova Escola Secundária Fernão de Magalhães, Chaves Escola Secundária Fernão Mendes Pinto, Pragal , Almada Escola Secundária Ferreira de Castro, Oliveira de Azeméis Escola Secundária Ferreira Dias, Agualva, Sintra Escola Secundária Filipa de Vilhena, Porto Escola Secundária Fonseca Benevides, Lisboa Escola Secundária Francisco de Holanda, Guimarães Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, Leiria Escola Secundária Frei Heitor Pinto, Covilhã Escola Secundária Frei Rosa Viterbo, Sátão Escola Secundária Gabriel Pereira, Évora Escola Secundária Gago Coutinho, Alverca do Ribatejo, Vila Franca de Xira Escola Secundária Gama Barros, Cacém, Sintra Escola Secundária Garcia de Orta, Porto Escola Secundária Gil Eanes, Lagos Escola Secundária Gonçalo Anes Bandarra, Trancoso Escola Secundária Henrique Medina, Esposende Escola Secundária Henriques Nogueira, Torres Vedras Escola Secundária Homem Cristo, Aveiro Escola Secundária Ibn Mucana, Alcabideche, Cascais
Estudantes à Entrada do Secundário | 155
Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Secundária Inês de Castro, Canidelo, Vila Nova de Gaia Escola Secundária Infanta D. Maria, Coimbra Escola Secundária Infante D. Henrique, Porto Escola Secundária Jacôme Ratton, Tomar Escola Secundária Jaime Cortesão, Coimbra Escola Secundária João de Barros, Corroios, Seixal Escola Secundária João de Deus, Faro Escola Secundária João Gonçalves Zarco, Matosinhos Escola Secundária João Silva Correia, São João da Madeira Escola Secundária Joaquim de Araújo, Guilhufe, Penafiel Escola Secundária Jorge Peixinho, Montijo Escola Secundária José Afonso, Loures Escola Secundária José Belchior Viegas, São Brás de Alportel Escola Secundária José Cardoso Pires, Loures Escola Secundária José Estevão, Aveiro Escola Secundária José Falcão, Coimbra Escola Secundária José Gomes Ferreira, Lisboa Escola Secundária José Loureiro Botas, Vieira de Leiria, Marinha Grande Escola Secundária José Régio, Vila do Conde Escola Secundária José Saramago, Mafra Escola Secundária Júlio Dantas - Lagos Escola Secundária Júlio Dinis, Ovar Escola Secundária Latino Coelho, Lamego Escola Secundária Leal da Câmara, Rio de Mouro, Sintra Escola Secundária Luís de Freitas Branco, Paço de Arcos, Oeiras Escola Secundária Manuel Cargaleiro, Amora, Seixal Escola Secundária Manuel da Fonseca, Santiago do Cacém Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, Portimão Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, Lisboa Escola Secundária Maria Lamas, Torres Novas Escola Secundária Marques de Castilho, Águeda Escola Secundária Marquês de Pombal, Lisboa Escola Secundária Marquesa de Alorna, Almeirim Escola Secundária Matias Aires, Agulva, Sintra Escola Secundária Miguel Torga, Bragança Escola Secundária Miguel Torga, Monte Abraão, Sintra Escola Secundária Morgado de Mateus, Vila Real Escola Secundária Mouzinho da Silveira, Portalegre Escola Secundária n.º 1 de Penafiel Escola Secundária Nuno Álvares, Castelo Branco
156 | Estudantes à Entrada do Secundário
Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Secundária Padre António Macedo, Santiago do Cacém Escola Secundária Padre António Martins de Oliveira, Lagoa Escola Secundária Padre António Vieira, Lisboa Escola Secundária Pedro Alexandrino, Póvoa de Santo Adrião, Odivelas Escola Secundária Pedro Nunes, Lisboa Escola Secundária Pinhal do Rei, Marinha Grande Escola Secundária Pinheiro e Rosa, Faro Escola Secundária Poeta Al Berto, Sines Escola Secundária Poeta António Aleixo, Portimão Escola Secundária Poeta Joaquim Serra, Montijo Escola Secundária Prof. Doutor Flávio F. Pinto Resende, Cinfães Escola Secundária Professor Herculano de Carvalho, Lisboa Escola Secundária Professor José Augusto Lucas, Linda-a-Velha, Oeiras Escola Secundária Públia Hortênsia de Castro, Vila Viçosa Escola Secundária Quinta das Flores, Coimbra Escola Secundária Quinta das Palmeiras, Covilhã Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, Caldas da Rainha Escola Secundária Rainha Dona Amélia, Lisboa Escola Secundária Rainha Dona Leonor, Lisboa Escola Secundária Rainha Santa Isabel, Estremoz Escola Secundária Raul Proença, Caldas da Rainha Escola Secundária Rocha Peixoto, Póvoa de Varzim Escola Secundária Sá da Bandeira, Santarém Escola Secundária Sá de Miranda, Braga Escola Secundária São Pedro, Vila Real Escola Secundária Sebastião da Gama, Setúbal Escola Secundária Sebastião e Silva, Oeiras Escola Secundária Seomara da Costa Primo, Amadora Escola Secundária Severim de Faria, Évora Escola Secundária Soares Basto, Oliveira de Azeméis Escola Secundária Stuart Carvalhais, Massamá, Sintra Escola Secundária Tomás Cabreira, Faro Escola Secundária Tomaz Pelayo, Santo Tirso Escola Secundária Vergilio Ferreira, Lisboa Escola Secundária Viriato, Abraveses, Viseu Escola Técnica Empresarial do Oeste Escola Técnica Profissional do Ribatejo Escola Técnica Psicossocial de Lisboa Escola Técnico Profissional de Cantanhede Escola Tecnológica Artística e Profissional de Nisa
Estudantes à Entrada do Secundário | 157
Lista de Escolas Participantes no Questionário
Escola Tecnológica Artística e Profissional de Pombal Escola Tecnológica Artística e Profissional do Vale do Minho (Sede) Escola Tecnológica do Litoral Alentejano Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense Escola Tecnológica e Profissional da Sertã Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal (Sede) Escola Tecnológica e Profissional de Sicó (Deleg.) Escola Tecnológica e Profissional de Sicó (Sede) Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Vale do Minho (Deleg.) Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Vale do Minho (Deleg.) Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Vale do Minho (Deleg.) Escola Tecnológica, Artística e Profissional do Vale do Minho (Deleg.) ESPRODOURO - Escola Profissional do Alto Douro Esprominho - Escola Profissional do Minho (Deleg.) Esprominho - Escola Profissional do Minho (Sede) Externato "Camões" Externato "Capitão Santiago de Carvalho" Externato "Cedros" Externato "D. Dinis" Externato "D. Dinis" Externato "Delfim Ferreira" Externato "Flor do Campo" Externato "Frei Luís de Sousa" Externato "Infante D. Henrique" Externato "Oliveira Martins" Externato "Ribadouro" Externato Académico Externato Cooperativo da Benedita Externato D. Afonso Henriques Externato D. Fuas Roupinho Externato de Nª Srª de Fátima Externato de Nossa Senhora dos Remédios Externato de Penafirme Externato de S. Miguel de Refojos Externato de Vila Meã Externato João Alberto Faria Externato Marista de Lisboa Fundação Escola Profissional de Setúbal IEDP - Instituto de Educação e Desenvolvimento Profissional Insignare Associação de Ensino e Formação (Delegação)
158 | Estudantes à Entrada do Secundário
Lista de Escolas Participantes no Questionário
Insignare Associação de Ensino e Formação (Sede) Instituto "D. João V" Instituto "Jacob Rodrigues Pereira" (Casa Pia) Instituto "Pedro Hispano" Instituto "Vaz Serra" Instituto das Artes e da Imagem Instituto de Almalaguês Instituto de Educação e Desenvolvimento (INED) Instituto de Educação Técnica - INETE Instituto de Educação Técnica de Seguros Instituto de Educação Técnica de Seguros Instituto de Educação Técnica de Seguros (Deleg.) Instituto de Educação Técnica de Seguros (Deleg.) Instituto de Educação Técnica de Seguros (Deleg.) Instituto de Estudos Secundários Atlântico Instituto de Formação Profissional Instituto de Gouveia - Escola Profissional - Lda Instituto de Promoção Social de Bustos Instituto de S.Tiago - Cooperativa de Ensino, CRL Instituto Educativo do Juncal Instituto Militar dos Pupilos do Exército Instituto Multimédia - IM Instituto Nun´ Álvres Instituto para o Desenvolvimento Social Instituto Profissional de Transportes Instituto Técnico Artístico e Profissional de Coimbra Instituto Tecnológico e Profissional da Figueira da Foz INTEP- Instituto Tecnológico e Profissional (Deleg.) IPTA - Instituto Profissional de Tecnologias Avançadas ISCE - Colégio de Guimarães Oficina - Escola Profissional do Instituto Nun´ Álvres St. Peters´s School
Estudantes à Entrada do Secundário | 159
Anexos
Anexos
I. Caracterização dos Estudantes à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Gráfico 1.1 – Natureza do estabelecimento de educação e ensino frequentado (%)
76,2
23,8 Público
Privado
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Quadro 1.1 – NUTS III dos estabelecimentos de ensino frequentados (%) %
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
Minho Lima Cavado Ave Grande Porto Tâmega Entre Douro e Vouga Douro Alto Trás-os-Montes Baixo Vouga Baixo Mondego Pinhal Litoral Pinhal Interior Norte Dão Lafões Pinhal Interior Sul Serra da Estrela Beira Interior Norte Beira Interior Sul Cova da Beira Oeste Grande Lisboa Península de Setúbal Médio Tejo Lezíria do Tejo Alentejo Litoral Alto Alentejo Alentejo Central Baixo Alentejo Algarve
3,4 4,8 6,1 12,7 6,2 3,1 2,2 2,0 4,5 3,5 2,7 1,3 3,5 0,4 0,4 1,2 0,7 0,9 3,0 17,7 5,5 2,9 2,5 0,9 1,0 1,9 1,1 4,1
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 163
Anexos
Gráfico 1.2 – Sexo (%)
48,0
52,0 Masculino
Feminino
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Gráfico 1.3 – Distribuição por idade (%)
18,3
65,3
9,5 6,8 <=15 anos
16
17
>=18 anos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Gráfico 1.4 – Posse de nacionalidade portuguesa (%)
92,3
7,7
Sim
Não
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
164 | Estudantes à Entrada do Secundário
Anexos
Quadro 1.2 – Tipo de núcleo familiar (%) % Vive com os pais
74,2
Vive com a mãe
12,5
Vive com o pai
1,6
Vive com a mãe e com o padrasto
4,9
Vive com o pai e com a madrasta
0,8
Vive com outros familiares
3,2
Vive numa instituição
0,5
Outras situações
2,3
Total
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Gráfico 1.5 – Tempo de percurso casa-escola (%)
77,5
17,7 Menos de 30 minutos
Entre 30 e 50 minutos
4,8
Mais de 50 minutos
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Gráfico 1.6 - Situação face à escola e ao trabalho, segundo o tipo de certificação (%)
CCH
98,0
CPQ
1,6 0,4
92,2
0
20 Estudo
40
5,91,9
60
Estudo e trabalho
80
100
Estudo e estou desempregado
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 165
Anexos
Gráfico 1.7 – Relação entre profissão actual e expectativas profissionais (%)
95,7
4,3 Não
Sim
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
166 | Estudantes à Entrada do Secundário
Anexos
II. Desempenho Escolar à Entrada do Nível Secundário de Ensino
Quadro 2.1 – Anos de Interrupção ao longo do trajecto escolar (%)
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º
% 3,6 3,7 3,5 3,7 4,2 5,2 7,8 5,9 23,0 41,4 10,1
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11. N=1836
Estudantes à Entrada do Secundário | 167
Anexos
III. Escolhas e Avaliações da Escola e do Curso
Quadro 3.1 – Grau de concordância sobre as relações na escola, segundo a modalidade frequentada (%) CCH
CT
EAE
CEF
CP
07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11
Gosto do convívio com a maioria dos meus colegas
Boa relação entre a maioria dos funcionários e alunos
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo
93,9
91,2
92,1
90,6
91,3
92,5
93,3
78,6
89,6
86,4
5,0
6,9
6,6
7,3
8,7
5,7
5,2
14,3
8,4
10,4
1,1
1,9
1,3
2,1
-
1,8
1,5
7,1
1,9
3,2
100
100
100
100
100
100
100
100
100
72,0
75,6
76,5
78,0
85,5
90,1
81,5
74,4
80,3
80,7
23,6
18,8
19,7
17,5
12,8
8,8
16,3
23,3
16,5
14,9
4,4
5,6
3,9
4,4
1,7
1,1
2,2
2,3
3,3
4,4
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
72,8
73,3
73,7
70,3
81,3
85,5
69,7
55,8
73,6
68,7
21,3
19,7
21,0
21,6
17,5
10,7
22,2
23,3
20,6
23,1
5,9
7,0
5,3
8,2
1,2
3,7
8,2
20,9
5,9
8,2
Total Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo
100
100
100
100
100
100
100
100
100
-
66,2
-
67,4
-
77,9
-
61,9
-
71,2
-
29,0
-
27,4
-
19,1
-
33,3
-
24,1
-
4,8
-
5,2
-
3,1
-
4,8
-
4,7
Total
-
100
-
100
-
100
-
100
-
100
Total Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total
Sinto-me seguro nesta escola
Boa relação entre os órgãos de gestão/direcção e a maioria dos alunos
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 07/08 e 10/11.
168 | Estudantes à Entrada do Secundário
Anexos
Quadro 3.2 – Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e equipamentos da escola, segundo a modalidade frequentada (%) v
CCH
CT
EAE
CEF
CP
07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11
Biblioteca ou o centro de recursos
Espaços para a prática de educação física
Equipamentos e materiais para a formação específica do meu curso
Equipamento informático
Espaços de convívio dos alunos
Instalações físicas das salas de aula
Serviços de apoio
Infra-estruturas estão adequadas a pessoas com deficiências motoras
Concordo totalmente / Concordo
76,8
80,2
75,9
77,0
73,8
73,5
76,1
62,8
61,7
66,7
Nem concordo nem discordo
17,3
15,3
18,7
17,9
21,5
18,2
18,7
32,6
24,4
22,0
Discordo totalmente / Discordo
5,8
4,5
5,4
5,1
4,7
8,3
5,2
4,7
13,9
11,3
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
66,2
71,6
75,0
80,0
30,2
64,2
71,9
61,0
55,0
62,6
Nem concordo nem discordo
17,3
16,6
13,9
12,8
37,2
22,6
14,1
29,3
20,5
20,6
Discordo totalmente / Discordo
16,5
11,8
11,1
7,3
32,5
13,2
14,1
9,8
24,6
16,9
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
66,7
71,5
71,2
74,3
75,6
91,2
71,8
61,9
61,5
68,1
Nem concordo nem discordo
25,0
21,7
22,5
20,5
20,3
6,4
24,4
28,6
26,8
23,3
Discordo totalmente / Discordo
8,3
6,9
6,3
5,2
4,1
2,4
3,7
9,5
11,7
8,6
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
65,4
70,5
73,2
77,8
59,0
81,3
65,8
51,2
71,1
72,4
Nem concordo nem discordo
24,5
20,8
17,5
15,8
26,3
13,6
20,3
18,6
18,5
18,3
Discordo totalmente / Discordo
10,2
8,7
9,2
6,4
14,6
5,1
13,8
30,2
10,3
9,4
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
-
66,7
-
70,9
-
56,2
-
52,4
-
63,1
Nem concordo nem discordo
-
21,2
-
20,1
-
24,2
-
35,7
-
22,8
Discordo totalmente / Discordo
-
12,0
-
9,0
-
19,6
-
11,9
-
14,1
Total
-
100
-
100
-
100
-
100
-
100
Concordo totalmente / Concordo
-
64,6
-
66,6
-
85,5
-
52,4
-
70,6
Nem concordo nem discordo
-
21,1
-
22,8
-
10,3
-
28,6
-
19,7
Discordo totalmente / Discordo
-
14,2
-
10,7
-
4,2
-
19,0
-
9,7
Total
-
100
-
100
-
100
-
100
-
100
Concordo totalmente / Concordo
-
59,6
-
63,3
-
63,7
-
50,0
-
61,8
Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo
-
36,2
-
33,0
-
34,7
-
45,2
-
32,5
-
4,2
-
3,7
-
1,5
-
4,8
-
5,7
Total
-
100
-
100
-
100
-
100
-
100
Concordo totalmente / Concordo
-
48,2
-
44,4
-
68,1
-
30,2
-
50,2
Nem concordo nem discordo
-
23,1
-
26,4
-
18,2
-
27,9
-
24,0
Discordo totalmente / Discordo
-
28,7
-
29,2
-
13,6
-
41,9
-
25,9
Total
-
100
-
100
-
100
-
100
-
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 169
Anexos
Quadro 3.3 – Participação formal em actividades escolares, segundo a modalidade frequentada (%) Sim Eleição do delegado e/ou Não subdelegados de turma Total Sim Votação nas eleições para Não a associação de estudantes Total Sim Trabalho ou participação Não numa actividade da associação de estudantes Total Sim Participação num abaixoNão assinado na escola Total Participação na elaboração Sim Não e discussão do projecto educativo Total Sim Elemento de uma lista candidata à associação de Não estudantes Total Sim Contribuição para a elaboração do regulamento Não interno da escola Total
CCH 83,8 16,2 100 57,7 42,3 100 13,6 86,4 100 11,9 88,1 100 9,2 90,8 100 9,4 90,6 100 3,9 96,1 100
CT 77,2 22,8 100 43,8 56,2 100 18,2 81,8 100 10,3 89,7 100 19,0 81,0 100 10,0 90,0 100 7,0 93,0 100
EAE 82,8 17,2 100 43,8 56,2 100 17,0 83,0 100 15,9 84,1 100 9,1 90,9 100 3,1 96,9 100 2,2 97,8 100
CEF 42,9 57,1 100 34,1 65,9 100 9,8 90,2 100 7,3 92,7 100 7,3 92,7 100 9,8 90,2 100 7,1 92,9 100
CP 71,4 28,6 100 40,4 59,6 100 14,9 85,1 100 10,8 89,2 100 12,4 87,6 100 9,8 90,2 100 6,9 93,1 100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Quadro 3.4 – Participação não formal em actividades escolares, segundo a modalidade frequentada (%)
Visitas de estudo
Torneios desportivos
Debates ou sessões de esclarecimentos
Organização de festas ou eventos
Iniciativas solidárias
Clubes temáticos
Sim Não Não, mas gostaria Total Sim Não Não, mas gostaria Total Sim Não Não, mas gostaria Total Sim Não Não, mas gostaria Total Sim Não Não, mas gostaria Total Sim Não Não, mas gostaria Total
CCH 77,6 10,4 12,0 100 43,0 43,9 13,0 100 27,1 63,4 9,5 100 15,5 60,5 24,0 100 15,4 64,9 19,8 100 7,3 68,0 24,8 100
CT 65,9 19,1 15,0 100 71,4 18,9 9,7 100 20,2 71,8 8,0 100 30,5 48,8 20,7 100 12,1 74,3 13,5 100 8,0 75,7 16,3 100
EAE 84,6 6,2 9,3 100 26,3 55,1 18,6 100 34,4 54,5 11,1 100 14,4 52,3 33,3 100 10,6 60,8 28,6 100 9,1 48,0 42,9 100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
170 | Estudantes à Entrada do Secundário
CEF 54,8 28,6 16,7 100 30,0 50,0 20,0 100 12,2 73,2 14,6 100 12,5 65,0 22,5 100 9,8 73,2 17,1 100 4,9 70,7 24,4 100
CP 74,2 13,9 11,9 100 36,0 48,2 15,8 100 23,0 66,8 10,2 100 23,9 53,5 22,7 100 14,8 68,6 16,7 100 8,3 70,6 21,1 100
Anexos
Quadro 3.5 – Participação não formal em actividades escolares, segundo o sexo (%)
Visitas de estudo
Torneios desportivos
Debates ou sessões de esclarecimentos
Organização de festas ou eventos
Iniciativas solidárias
Clubes temáticos
Sim Não Não, mas gostaria Total Sim Não Não, mas gostaria Total Sim Não Não, mas gostaria Total Sim Não Não, mas gostaria Total Sim Não Não, mas gostaria Total Sim Não Não, mas gostaria Total
Masculino 72,1 14,5 13,4 100 53,8 31,7 14,5 100 22,0 67,7 10,3 100 20,9 58,2 20,8 100 12,3 74,1 13,6 100 7,3 76,1 16,6 100
Feminino 79,8 9,5 10,7 100 30,0 56,6 13,4 100 28,7 62,1 9,2 100 16,9 57,2 25,9 100 17,5 59,4 23,1 100 8,0 62,4 29,5 100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 171
Anexos
Quadro 3.6 – Participação não formal dos alunos em actividades fora do contexto escolar, segundo o sexo (%)
Associação / Clube desportivo
Associação cultural ou recreativa
Organização ou grupo religioso
Escoteiros / escuteiros/ Guias
Associação ou instituição de solidariedade
Partido/Juventude Política
Associação ecologista / ambientalista
Associação de defesa dos direitos humanos
Sim Não, mas gostaria Não Total Sim Não, mas gostaria Não Total Sim Não, mas gostaria Não Total Sim Não, mas gostaria Não Total Sim Não, mas gostaria Não Total Sim Não, mas gostaria Não Total Sim Não, mas gostaria Não Total Sim Não, mas gostaria Não Total
Masculino 41,3 11,7 47,0 100 11,9 8,8 79,3 100 11,7 3,6 84,7 100 6,2 7,1 86,7 100 4,1 9,3 86,6 100 3,9 7,4 88,7 100 2,6 9,5 88,0 100 2,2 8,5 89,3 100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
172 | Estudantes à Entrada do Secundário
Feminino 17,4 13,0 69,6 100 14,0 16,1 70,0 100 17,8 2,4 79,8 100 6,2 11,3 82,6 100 5,8 19,0 75,2 100 1,9 5,7 92,3 100 1,1 11,8 87,1 100 0,9 13,1 86,0 100
Anexos
Quadro 3.7 – Principais razões para a escolha do curso, segundo a modalidade de ensino frequentada (%) CCH
CT
EAE
CEF
CP
07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11 Permite-me seguir o que eu quero em termos de ensino superior
42,9
40,2
22,4
29,9
32,6
30,1
10,5
4,7
37,0
11,4
É um curso que dá boas oportunidades de emprego
40,4
39,9
30,5
21,2
16,3
14,5
50,8
27,9
47,0
43,3
Permite-me desempenhar a profissão que eu quero
31,4
28,8
36,1
37,8
40,7
42,9
24,5
14,0
15,7
21,7
É o que eu gosto de estudar
21,5
22,5
23,3
26,7
40,1
45,1
14,6
16,3
14,2
14,5
É um curso com qualidade
11,5
13,8
14,7
20,7
16,3
14,7
24,1
23,3
21,6
26,1
É um curso com muito prestígio
7,4
9,1
4,6
8,7
2,9
4,2
13,0
9,3
14,9
13,7
Não havia outro curso que eu gostasse
7,5
7,3
10,9
11,0
11,0
4,6
11,6
14,0
18,7
12,6
Tenho pessoas próximas que seguiram o mesmo curso
6,5
6,8
8,4
8,2
2,9
3,5
7,8
4,7
11,9
9,2
Os testes psicotécnicos indicaram que era o melhor para mim
5,6
5,2
4,9
3,8
1,7
3,1
2,4
-
3,0
2,2
É um curso muito prático
3,4
2,8
16,8
14,1
11,0
10,1
13,1
30,2
18,7
12,6
Porque era o curso que a minha família gostava que eu seguisse
1,8
2,0
0,9
0,9
0,6
0,7
1,2
-
0,7
1,3
Porque não tinha que mudar de escola
1,6
1,5
2,5
1,0
0,6
0,9
2,3
4,7
1,5
2,3
É um curso essencialmente teórico
0,7
0,8
0,6
0,2
0,6
-
0,3
4,7
1,5
0,5
Outra razão
4,9
4,7
6,4
4,3
6,4
6,4
7,9
23,3
11,2
8,7
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 07/08 e 10/11.
Quadro 3.8 – Principais razões para a escolha do curso, segundo a origem socioprofissional (%)
É um curso que dá boas oportunidades de emprego Permite-me seguir o que eu quero em termos de ensino superior Permite-me desempenhar a profissão que eu quero
Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais
Profissionais Trabalhadores Empregados Técnicos e de Operários Independentes Executantes Enquadramento
39,2
42,4
41,9
41,1
42,9
33,0
41,3
28,1
29,8
25,0
28,5
29,7
26,3
28,3
25,0
É o que eu gosto de estudar
22,2
23,9
19,2
19,0
17,0
É um curso com qualidade
17,8
13,9
19,1
17,1
20,6
É um curso com muito prestígio Tenho pessoas próximas que seguiram o mesmo curso Não havia outro curso que eu gostasse
11,6
8,0
10,3
9,3
11,0
7,5
5,9
8,3
7,9
8,2
7,1
6,2
9,8
9,8
11,0
É um curso muito prático Os testes psicotécnicos indicaram que era o melhor para mim Porque era o curso que a minha família gostava que eu seguisse Porque não tinha que mudar de escola
5,5
4,1
7,2
7,0
8,0
4,6
4,7
4,0
4,4
3,3
2,1
2,0
1,7
1,4
1,2
1,3
1,1
1,8
1,8
2,2
É um curso essencialmente teórico
0,7
0,5
0,7
0,7
0,7
Outra razão
4,7
4,1
5,6
5,7
6,0
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 173
Anexos
Quadro 3.9 – Principais razões para a escolha do curso, segundo o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%) Nenhum ano
1 ano
2 anos
>=3 anos
42,0
37,0
38,8
38,8
37,2
20,3
13,3
10,1
29,2
24,6
21,2
20,0
22,3
17,8
14,0
13,3
É um curso com qualidade
15,2
22,1
25,9
25,0
É um curso com muito prestígio
9,2
11,8
13,6
14,2
Não havia outro curso que eu gostasse Tenho pessoas próximas que seguiram o mesmo curso
7,0
12,1
14,0
14,1
6,9
8,9
9,9
10,8
É um curso muito prático
4,4
9,9
11,6
11,4
4,7
3,8
2,2
1,7
1,9
1,4
1,3
1,6
É um curso que dá boas oportunidades de emprego Permite-me seguir o que eu quero em termos de ensino superior Permite-me desempenhar a profissão que eu quero É o que eu gosto de estudar
Os testes psicotécnicos indicaram que era o melhor para mim Porque era o curso que a minha família gostava que eu seguisse Porque não tinha que mudar de escola
1,4
2,2
2,6
2,7
É um curso essencialmente teórico
0,6
0,9
0,9
0,8
Outra razão
4,4
7,7
8,9
10,9
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Quadro 3. 10– Existência de apoio na escolha do curso (%)
Tive apoio da minha família
Tive apoio dos meus amigos Na escola obtive informações sobre as profissões possíveis de desenvolver na minha área Tive apoio/esclarecimento de professores
Falei com pessoas que tinham seguido diferentes cursos Procurei na internet alguma informação sobre as opções dos cursos Recorri aos serviços de Psicologia e Orientação da Escola
Sim Não Total Sim Não Total Sim Não Total Sim Não Total Sim Não Total Sim Não Total Sim Não Total
07/08 90,5 9,5 100 85,3 14,7 100 65,5 34,5 100 61,1 38,9 100 54,1 45,9 100 -
10/11 89,0 11,0 100 84,3 15,7 100 75,4 24,6 100 73,5 26,5 100 65,3 34,7 100 64,3 35,7 100 61,1 38,9 100
Nota: Este quadro refere-se a uma pergunta de resposta múltipla. Fonte: Questionário OTES/GEPE – 07/08 e 10/11.
174 | Estudantes à Entrada do Secundário
Anexos
Quadro 3. 11– Existência de apoio na escolha do curso, segundo a modalidade frequentada (%) CCH
CT
EAE
CEF
CP
07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11 Tive apoio da minha família
Tive apoio dos meus amigos Na escola obtive informações sobre as profissões possíveis de desenvolver na minha área Tive apoio/esclarecimento de professores Recorri aos serviços de Psicologia e Orientação da Escola Falei com pessoas que tinham seguido diferentes Procurei na internet alguma informação sobre as opções dos cursos
Sim
92,0
91,5
88,9
88,3
86,9
88,7
88,4
76,2
85,8
84,6
Não
8,0
8,5
11,1
11,7
13,1
11,3
11,6
23,8
14,2
15,4
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Sim
87,4
86,6
86,3
87,1
81,8
87,8
81,8
76,2
80,6
79,8
Não
12,6
13,4
13,7
12,9
13,2
12,2
18,2
23,8
19,4
20,2
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Sim
-
78,6
-
73,6
-
75,3
-
63,4
-
69,8
Não
-
21,4
-
26,4
-
24,7
-
36,6
-
30,2
Total
-
100
-
100
-
100
-
100
-
100
Sim
69,7
77,4
64,2
71,8
65,9
79,6
58,5
71,4
70,1
66,6
Não
30,3
22,6
35,8
28,2
34,1
20,4
41,5
28,6
29,9
33,4
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Sim
-
70,3
-
60,2
-
51,9
-
27,9
-
45,0
Não
-
29,7
-
39,8
-
48,1
-
72,1
-
55,0
Total
-
100
-
100
-
100
-
100
-
100
Sim
65,5
69,3
62,6
70,1
70,7
71,9
53,4
54,8
41,8
57,7
Não
34,5
30,7
37,4
29,9
29,3
28,1
46,6
45,2
58,2
42,3
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Sim
56,4
66,4
49,7
64,1
70,7
71,7
50,8
52,4
36,6
60,7
Não
43,6
33,6
50,3
35,9
29,3
28,3
49,2
47,6
63,4
39,3
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 175
Anexos
Quadro 3.12 – Grau de concordância sobre algumas dimensões pedagógicas do curso, segundo a natureza do estabelecimento de ensino (%)
A maior parte dos professores têm qualidade
Os materiais de apoio utilizados no meu curso são adequados ao meu estudo Sinto que o curso me está a preparar convenientemente para a vida profissional Os instrumentos de avaliação dos alunos são geralmente adequados Os professores fazem um esforço para acompanhar os alunos com maiores dificuldades Sinto que as matérias das diferentes disciplinas estão interligadas entre si
A matéria dada é de um modo geral interessante
Os professores fazem um esforço para tornar as aulas mais interessantes
O ambiente da turma contribui para a minha aprendizagem
Público
Privado
Concordo totalmente / Concordo
78,4
87,6
Nem concordo nem discordo
15,8
9,6
Discordo totalmente / Discordo
5,8
2,8
Total
100
100
Concordo totalmente / Concordo
77,6
81,4
Nem concordo nem discordo
18,9
15,7
Discordo totalmente / Discordo
3,5
2,9
Total
100
100
Concordo totalmente / Concordo
74,7
84,4
Nem concordo nem discordo
20,1
12,5
Discordo totalmente / Discordo
5,2
3,1
Total
100
100
Concordo totalmente / Concordo
70,9
79,6
Nem concordo nem discordo
23,3
16,9
Discordo totalmente / Discordo
5,8
3,5
Total
100
100
Concordo totalmente / Concordo
69,0
79,3
Nem concordo nem discordo
23,7
16,4
Discordo totalmente / Discordo
7,3
4,3
Total
100
100
Concordo totalmente / Concordo
68,2
74,6
Nem concordo nem discordo
25,6
21,0
Discordo totalmente / Discordo
6,2
4,4
Total
100
100
Concordo totalmente / Concordo
63,7
74,5
Nem concordo nem discordo
28,3
20,7
Discordo totalmente / Discordo
7,9
4,7
Total
100
100
Concordo totalmente / Concordo
62,8
73,8
Nem concordo nem discordo
24,8
18,7
Discordo totalmente / Discordo
12,4
7,5
Total
100
100
Concordo totalmente / Concordo
53,3
57,6
Nem concordo nem discordo
29,9
27,7
Discordo totalmente / Discordo
16,8
14,7
Total
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
176 | Estudantes à Entrada do Secundário
Anexos
Quadro 3.13 – Grau de concordância sobre algumas dimensões pedagógicas do curso, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
A maior parte dos professores têm qualidade
Igual ou inferior ao 1.º CEB
Entre o 2.º e o 3.º CEB
Concordo totalmente / Concordo
82,9
81,7
79,7
79,0
Nem concordo nem discordo
13,3
14,1
14,9
14,6
Discordo totalmente / Discordo
3,8
4,2
5,5
6,5
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
78,4
78,1
76,9
75,1
17,8
18,0
18,2
18,9
Sinto que o curso me está a preparar Nem concordo nem discordo convenientemente Discordo totalmente / Discordo para a vida profissional Total Os materiais de apoio utilizados no meu curso são adequados ao meu estudo Os instrumentos de avaliação dos alunos são geralmente adequados Os professores fazem um esforço para acompanhar os alunos com maiores dificuldades Sinto que as matérias das diferentes disciplinas estão interligadas entre si Os professores fazem um esforço para tornar as aulas mais interessantes
A matéria dada é de um modo geral interessante
Ensino Ensino secundário superior
3,8
3,9
4,9
5,9
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
77,6
78,9
79,0
78,0
Nem concordo nem discordo
19,3
18,2
17,7
17,9
Discordo totalmente / Discordo
3,1
2,9
3,3
4,1
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
75,0
74,0
71,9
71,6
Nem concordo nem discordo
21,2
21,6
22,4
21,7
Discordo totalmente / Discordo
3,8
4,4
5,7
6,8
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
74,7
73,4
69,7
69,1
Nem concordo nem discordo
20,1
21,0
23,1
22,9
Discordo totalmente / Discordo
5,1
5,6
7,2
8,0
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
70,2
70,2
69,1
69,2
Nem concordo nem discordo
25,6
24,8
24,6
23,7
Discordo totalmente / Discordo
4,3
4,9
6,3
7,1
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
69,8
66,8
63,9
63,2
Nem concordo nem discordo
21,9
23,0
23,8
24,0
Discordo totalmente / Discordo
8,3
10,2
12,3
12,8
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
67,5
66,7
65,2
66,3
Nem concordo nem discordo
27,1
27,0
26,9
25,3
Discordo totalmente / Discordo
5,5
6,3
7,9
8,3
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
55,9
56,2
54,3
51,1
30,3
29,5
29,1
29,1
13,7
14,3
16,6
19,8
100
100
100
100
O ambiente da turma Nem concordo nem discordo contribui para a minha aprendizagem Discordo totalmente / Discordo Total
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 177
Anexos
Gráfico 3.14 – Grau de concordância sobre algumas dimensões pedagógicas do curso, segundo a origem socioprofissional (%)
Os materiais de apoio utilizados no meu curso são adequados ao meu estudo
A maior parte dos professores têm qualidade
Sinto que o curso me está a preparar convenientemente para a vida profissional
Os instrumentos de avaliação dos alunos são geralmente adequados
Sinto que as matérias das diferentes disciplinas estão interligadas entre si Os professores fazem um esforço para acompanhar os alunos com maiores dificuldades
A matéria dada é de um modo geral interessante
Os professores fazem um esforço para tornar as aulas mais interessantes
O ambiente da turma contribui para a minha aprendizagem
Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais
Profissionais Técnicos e de Enquadramento
Trabalhadores Independentes
Empregados Executantes
Operários
Concordo totalmente / Concordo
79,6
81,1
79,2
79,2
79,5
Nem concordo nem discordo
16,9
15,7
17,8
17,8
18,0
Discordo totalmente / Discordo
3,5
3,2
3,0
3,0
2,4
Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
79,1
80,5
81,7
81,9
82,8
Nem concordo nem discordo
14,8
13,9
14,0
13,9
13,4
Discordo totalmente / Discordo
6,1
5,6
4,3
4,2
3,8
Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
76,9
76,9
77,9
77,8
79,2
Nem concordo nem discordo
18,1
18,0
17,9
18,0
17,4
Discordo totalmente / Discordo
5,1
5,1
4,2
4,2
3,4
Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
72,7
72,4
73,9
74,2
75,4
Nem concordo nem discordo
21,1
21,8
21,2
21,4
20,9
Discordo totalmente / Discordo
6,2
5,8
4,9
4,4
3,7
Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
70,4
70,8
71,2
68,9
71,2
Nem concordo nem discordo
23,4
23,0
23,8
25,7
24,6
Discordo totalmente / Discordo
6,1
6,2
5,1
5,5
4,2
Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
70,0
70,1
73,3
72,2
75,1
Nem concordo nem discordo
22,5
22,9
20,8
21,5
20,3
Discordo totalmente / Discordo
7,5
7,1
5,8
6,3
4,6
Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
66,5
66,3
66,9
66,1
67,5
Nem concordo nem discordo
25,7
26,3
26,7
27,3
26,6
Discordo totalmente / Discordo
7,8
7,4
6,4
6,6
6,0
Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
63,2
63,2
67,6
65,8
69,1
Nem concordo nem discordo
24,0
24,3
22,2
23,6
21,7
Discordo totalmente / Discordo
12,8
12,4
10,2
10,6
9,2
Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
55,9
53,3
56,3
53,2
57,4
Nem concordo nem discordo
27,7
28,9
29,5
30,7
29,1
Discordo totalmente / Discordo
16,5
17,8
14,3
16,1
13,5
Total
100
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
178 | Estudantes à Entrada do Secundário
Anexos
Quadro 3.15 – Grau de concordância sobre algumas dimensões pedagógicas do curso, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
A maior parte dos professores têm qualidade
Os materiais de apoio utilizados no meu curso são adequados ao meu estudo
Os instrumentos de avaliação dos alunos são geralmente adequados
Os professores fazem um esforço para acompanhar os alunos com maiores dificuldades
Sinto que o curso me está a preparar convenientemente para a vida profissional
A matéria dada é de um modo geral interessante
Os professores fazem um esforço para tornar as aulas mais interessantes
Sinto que as matérias das diferentes disciplinas estão interligadas entre si
O ambiente da turma contribui para a minha aprendizagem
<= Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
Concordo totalmente / Concordo
70,2
80,3
80,2
84,4
Nem concordo nem discordo
16,0
15,2
14,1
10,5
Discordo totalmente / Discordo
13,8
4,5
5,6
5,2
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
64,5
77,8
80,0
84,6
Nem concordo nem discordo
22,6
19,1
16,8
12,5
Discordo totalmente / Discordo
12,9
3,1
3,2
2,8
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
61,7
73,1
72,6
76,6
Nem concordo nem discordo
28,7
22,4
21,7
17,4
Discordo totalmente / Discordo
9,6
4,5
5,7
6,0
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
61,3
72,3
70,3
73,0
Nem concordo nem discordo
25,8
21,8
22,5
20,8
Discordo totalmente / Discordo
12,9
6,0
7,2
6,2
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
58,5
76,7
77,2
79,7
Nem concordo nem discordo
25,5
18,9
18,0
15,7
Discordo totalmente / Discordo
16,0
4,4
4,7
4,6
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
54,3
64,4
66,1
73,5
Nem concordo nem discordo
28,7
28,4
26,6
20,3
Discordo totalmente / Discordo
17,0
7,2
7,3
6,2
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
54,3
66,4
63,4
64,9
Nem concordo nem discordo
23,4
23,2
24,1
23,6
Discordo totalmente / Discordo
22,3
10,5
12,5
11,5
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
51,1
68,5
70,2
77,3
Nem concordo nem discordo
33,0
26,0
23,8
17,5
Discordo totalmente / Discordo
16,0
5,5
6,0
5,2
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
47,3
54,7
54,0
56,7
Nem concordo nem discordo
30,1
30,5
28,6
25,7
Discordo totalmente / Discordo
22,6
14,8
17,3
17,5
Total
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 179
Anexos
Quadro 3.16 – Grau de concordância sobre algumas dimensões pedagógicas do curso, segundo o número de reprovações ao longo do trajecto escolar (%)
A maior parte dos professores têm qualidade
Os materiais de apoio utilizados no meu curso são adequados ao meu estudo
Sinto que o curso me está a preparar convenientemente para a vida profissional
Os instrumentos de avaliação dos alunos são geralmente adequados Os professores fazem um esforço para acompanhar os alunos com maiores dificuldades Sinto que as matérias das diferentes disciplinas estão interligadas entre si
A matéria dada é de um modo geral interessante
Os professores fazem um esforço para tornar as aulas mais interessantes
O ambiente da turma contribui para a minha aprendizagem
Nenhum ano
1 ano
2 anos
>=3 anos
Concordo totalmente / Concordo
80,6
80,3
81,5
79,3
Nem concordo nem discordo
14,2
15,0
14,1
15,0
Discordo totalmente / Discordo
5,2
4,7
4,4
5,8
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
80,6
76,6
74,5
71,5
Nem concordo nem discordo
16,7
19,7
21,4
22,7
Discordo totalmente / Discordo
2,8
3,7
4,1
5,8
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
76,6
77,2
78,5
78,0
Nem concordo nem discordo
18,7
18,6
17,2
16,8
Discordo totalmente / Discordo
4,8
4,2
4,3
5,3
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
72,9
72,8
74,6
70,9
Nem concordo nem discordo
21,8
22,4
20,8
22,4
Discordo totalmente / Discordo
5,4
4,8
4,6
6,7
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
70,7
72,2
73,9
73,1
Nem concordo nem discordo
22,6
21,8
19,9
19,0
Discordo totalmente / Discordo
6,7
6,0
6,2
7,9
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
69,9
69,2
70,6
66,7
Nem concordo nem discordo
24,3
25,4
24,4
25,6
Discordo totalmente / Discordo
5,8
5,4
5,0
7,7
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
65,5
66,5
68,4
64,1
Nem concordo nem discordo
27,1
26,8
25,2
26,9
Discordo totalmente / Discordo
7,4
6,6
6,4
9,1
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
63,5
66,8
70,1
69,0
Nem concordo nem discordo
24,5
22,7
20,7
20,8
Discordo totalmente / Discordo
12,0
10,4
9,2
10,2
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
54,8
53,2
55,2
53,6
Nem concordo nem discordo
29,1
30,7
29,8
29,4
Discordo totalmente / Discordo
16,1
16,1
15,0
17,0
Total
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
180 | Estudantes à Entrada do Secundário
Anexos
Quadro 3.17 – Grau de concordância sobre o ensino no curso, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
Existe uma boa relação entre a maioria dos professores e alunos A maioria dos professores estão interessados no bem-estar dos alunos
Concordo totalmente / Concordo
A maioria dos professores tratam os alunos de igual forma
Concordo totalmente / Concordo
Se precisar de ajuda extra seu que os meus professores me vão ajudar
Concordo totalmente / Concordo
Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total
Igual ou inferior ao 1.º CEB 84,5 12,8 2,7 100 80,1 16,6 3,3 100 64,9 22,5 12,6 100 76,4 20,6 3,0 100
Entre o 2.º Ensino Ensino e o 3.º CEB secundário superior 83,3 81,8 80,3 13,3 14,0 14,7 3,4 4,2 4,9 100 100 100 79,1 76,8 76,1 17,2 18,6 18,4 3,7 4,6 5,5 100 100 100 62,5 58,9 58,6 22,6 23,5 22,5 14,9 17,6 18,9 100 100 100 75,5 73,3 72,9 21,1 22,4 22,1 3,3 4,2 4,9 100 100 100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Quadro 3.18 – Grau de concordância sobre o ensino no curso, segundo a origem socioprofissional (%)
Existe uma boa relação entre a maioria dos professores e alunos A maioria dos professores estão interessados no bem-estar dos alunos Se precisar de ajuda extra seu que os meus professores me vão ajudar A maioria dos professores tratam os alunos de igual forma
Concordo totalmente / Concordo Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo
Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais
Profissionais Técnicos e de Enquadramento
81,8 13,7 4,5
82,6 13,8 3,6
Trabalhadores Empregados Operários Independentes Executantes
84,0 12,6 3,5
82,9 13,6 3,5
84,9 12,4 2,7
Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
76,8 18,2 5,1
78,5 17,1 4,4
79,6 16,6 3,8
78,1 18,2 3,7
80,8 16,0 3,2
Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
74,1 21,4 4,5
74,3 21,6 4,2
75,0 21,6 3,4
74,8 21,8 3,4
76,6 20,7 2,7
Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total
100
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
59,0 22,2 18,8 100
60,0 22,4 17,6 100
63,6 22,1 14,3 100
61,9 22,9 15,2 100
63,3 22,9 13,8 100
Nem concordo nem discordo Discordo totalmente / Discordo Total
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Entrada do Secundário | 181
Anexos
Quadro 3.19 – Grau de concordância sobre o ensino no curso, segundo a média final das classificações no 9.ºano ou equivalente (%)
Existe uma boa relação entre a maioria dos professores e alunos A maioria dos professores estão interessados no bem-estar dos alunos
<= Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
Concordo totalmente / Concordo
75,5
82,1
82,4
86,2
Nem concordo nem discordo
13,8
14,2
13,5
10,6
Discordo totalmente / Discordo
10,6
3,7
4,1
3,2
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
74,5
77,6
77,6
82,3
Nem concordo nem discordo
14,9
18,3
17,8
13,8
Discordo totalmente / Discordo
10,6
4,1
4,6
3,9
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
72,3
74,0
73,8
78,7
19,1
22,4
22,0
17,7
8,5
3,6
4,2
3,6
Total
100
100
100
100
Concordo totalmente / Concordo
49,5
61,5
58,9
63,8
Nem concordo nem discordo
19,4
23,1
23,1
19,8
Discordo totalmente / Discordo
31,2
15,4
18,0
16,4
Total
100
100
100
100
Se precisar de ajuda extra seu que Nem concordo nem discordo os meus professores me vão Discordo totalmente / Discordo ajudar A maioria dos professores tratam os alunos de igual forma
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
182 | Estudantes à Entrada do Secundário
Anexos
IV. Mobilidade de Escola e Curso durante o Ensino Secundário
Quadro 4.1 – Alunos que mudaram de escola, segundo o sexo (%) Masculino
Feminino
Sim
10,9
9,5
Não
89,1
90,5
Total
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Quadro 4.2 – Alunos que mudaram de escola, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%) Igual ou inferior ao 1.º CEB
Entre o 2.º e o 3.º CEB
Ensino secundário
Ensino superior
Sim
10,2
9,4
9,3
12,0
Não
89,8
90,6
90,7
88,0
Total
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Quadro 4.3 – Alunos que mudaram de escola, segundo origem socioprofissional (%) Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais
Profissionais Técnicos e de Enquadramento
Sim
9,5
7,5
9,8
10,3
7,8
Não
90,5
92,5
90,2
89,7
92,2
Total
100
100
100
100
100
Trabalhadores Empregados Independentes Executantes
Operários
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Quadro 4.4 – Expectativas de mudança de modalidade de ensino e/ou curso (%) % Sim, e vou fazê-lo
5,0
Sim, mas não vou fazê-lo
7,3
Não
87,7
Total
100 Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Estudantes à Saída do Secundário | 183
Anexos
V - Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário
Quadro 5.1 – Formação esperada pelos alunos no pós-secundário, segundo tipo de certificação (%) CCH
CPQ
Total
Um curso de Educação e Formação de Tipo 7
0,5
1,8
0,8
Um curso de Especialização e Tecnológica
1,5
4,4
2,2
Um curso de aprendizagem
0,3
0,8
0,4
Um curso de Qualificação e Reconversão Profissional
0,5
1,7
0,7
Um curso superior na universidade
79,0
62,9
75,3
Um curso superior no politécnico
2,1
6,5
3,1
Não sabe
14,1
16,9
14,8
Outros
2,0
5,0
2,7
Total
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 10/11.
Quadro 5.2 – Expectativas de percurso escolar, segundo a modalidade frequentada (%) CCH
Sair antes de acabar o 12.º ano
CT
EAE
07/08
10/11
1,1
1,0
3,2
3,1
CEF
CP
07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11 07/08 10/11 1,7
0,7
8,1
16,3
4,2
4,6
Fazer o 12.º ano e deixar de estudar
6,9
5,4
27,3
17,4
8,7
5,7
45,9
37,2
40,7
34,9
Fazer o 12.º ano e continuar a estudar
82,4
83,6
50,7
61,6
72,2
82,4
19,3
27,9
34,1
37,4
Não sei
9,6
10,0
18,8
17,9
17,4
11,2
26,7
18,6
21,0
23,1
Total
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 07/08 e 10/11.
184 | Estudantes à Entrada do Secundário