Esquematizar E Resumir Um Texto_ft

  • November 2019
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As viagens no tempo das descobertas

Eram muitos os que compunham a armada. Cada tripulante tinha as suas funções. O capitão-mor era o comandante; seguia-se-lhe o mestre (dirigia as manobras e a tripulação), o piloto (manejava os instrumentos de orientação), o contramestre (substituía o mestre), os despenseiros (distribuíam a comida), cozinheiros, carpinteiros, tanoeiros, um barbeiro, um cirurgião, um capelão e, ainda, os marinheiros e os grumetes. Para além destes, seguia também na armada o escrivão. Este era responsável por registar tudo o que acontecia na viagem. A vida a bordo das caravelas era difícil. Eram muitos os perigos e privações que tinham de enfrentar. Tinham de estar sempre alerta para controlarem as velas e conseguirem bolinar, ou seja, navegar contra o vento. O piloto tinha de ter em atenção as correntes e orientar-se pêlos astros e pelas cartas de marear. Durante as tempestades morriam muitos homens e perdiam-se muitos alimentos, o que era muito grave, já que a alimentação era escassa e não se sabia ao certo a duração da viagem. A alimentação a bordo era feita sobretudo à base de biscoitos, carne ou peixe salgados ou fumados, bacalhau, frutos secos, feijão, azeite, mel, pão e vinho. Era ainda costume levar no convés alguns animais vivos, como galinhas, ovelhas e outros, para terem carne fresca; contudo, eram insuficientes. Como não comiam vegetais nem produtos frescos, os marinheiros eram muitas vezes atacados por doenças como o escorbuto. As más condições de higiene eram também causa de muitas doenças. Os cheiros dentro do navio eram nauseabundos. Não havia casas de banho, as pessoas para pouparem a água não se lavavam, os animais circulavam pelo convés, a comida armazenada apodrecia. As roupas eram lavadas no mar e secavam no corpo. Os marinheiros andavam descalços, dormiam no convés, mal abrigados do frio, e com a roupa molhada. Era difícil a vida no mar! Mas havia momentos de lazer. Para ocuparem os seus tempos livres os marinheiros pescavam, jogavam aos dados e conversavam. Aos domingos e dias festivos havia missa cantada. Por vezes faziam-se procissões. Quando paravam nas praias, aproveitavam para recolher alguns alimentos e lenha, abastecer-se de água doce e limpar o navio. Matavam os ratos e os insectos e desinfectavam o navio com enxofre ou alcatrão.

Pedro Almiro Neves e outros, Clube HGP5, Porto Editora

1. Completa o esquema

2. Resume o texto no máximo de dez linhas, a partir do esquema anterior.

Solução

As viagens no tempo das descobertas

Elementos da armada: capitão-mor; mestre; piloto; contramestre; despenseiros; cozinheiros; carpinteiros; tanoeiros; barbeiro; cirurgião; capelão; marinheiros; grumetes; escrivão.

Dificuldades: os ventos, as correntes, os instrumentos de navegação, as tempestades que provocavam a morte de homens e a perda de alimentos, a duração incerta da viagem.

Alimentação -Alimentos: biscoitos, carne ou peixe salgados ou fumados, bacalhau, frutos secos, feijão, azeite, mel, pão e vinho; carne fresca; não havia vegetais nem produtos frescos.

- Consequências: doenças como o escorbuto.

Condições: -de higiene: cheiros nauseabundos provocados por: a) inexistência de casas de banho; b) falta de cuidados de higiene pessoal; c) circulação livre dos animais, d) apodrecimento de alimentos. Limpavam e desinfectavam o navio apenas quando paravam nas praias. -de vida: os marinheiros lavavam a roupa no mar; andavam descalços; dormiam no convés; passavam frio.

Lazer: pesca, jogo de dados e conversa; missa cantada (domingos e dias festivos); procissões.

COMO RECONHECER UM CIENTISTA

Para reconhecer um verdadeiro cientista, não há um método cem por cento seguro, mas a descrição seguinte pode constituir um bom método de trabalho. Em primeiro lugar, uma pessoa que leve debaixo do braço um exemplar do New Scientist não é necessariamente um cientista. A maioria dos cientistas lêem essa revista à socapa e nunca o referem. Alguém que use a expressão "rato de biblioteca" não é um cientista, a menos que coma a primeira parte da mesma. Uma pessoa que vista uma bata branca será, provavelmente, um cientista, a menos que esteja acompanhada por outra pessoa vestida do mesmo modo que leve um colete-deforcas. A presença de vários instrumentos de escrita a caírem do bolso superior é um indicador de confiança de que estamos a lidar com um espécime verdadeiro. É claro que há outras pessoas que também usam batas brancas, como os médicos ou os que anunciam pastas dentífricas na televisão, mas não costumam ter nódoas sinistras nem partes carcomidas por ácidos. Atenção à tabulafilia, que pode definir-se como uma obsessão pouco saudável por quadros e que é um indicador seguro da presença de físicos. Se um físico isolado pode comunicar com um leigo, embora com dificuldade, dois físicos só podem conversar entre si na presença de um quadro preto, no qual desenham freneticamente símbolos cabalísticos. Se não houver um quadro à mão, não terão quaisquer problemas em utilizar alegremente a parede da sala. O comportamento anómalo nos lavabos também pode constituir uma pista. Se vir alguém a lavar as mãos antes de fazer chichi, pode catalogar essa pessoa, sem qualquer dúvida, como químico. Todavia, o teste perfeito é olhá-lo nos olhos, que são um livro aberto, desde que tenha um pouco de prática. Os olhos do cientista verdadeiro mostram desespero contido. As razões são de duas ordens:

1. O facto de nunca ser possível provar que as teorias científicas são correctas. Apenas c possível provar que são incorrectas. E isto de algum modo pesa fortemente no inconsciente científico colectivo; 2. O facto de o cientista saber, com toda a segurança, que o seu trabalho é o mais importante de todos, uma vez que lida com a própria estrutura do universo, e não com as mesquinhas e inconsequentes actividades humanas, e que, apesar disso, a sua profissão tem um estatuto social algures entre o de varredor de ruas e o de político. Se qualquer outra coisa falhar, o estudo da gramática, da sintaxe e dos padrões de discurso do indivíduo costuma desempatar o jogo. Os cientistas dizem coisas como "tudo depende do que pretende dizer com...", "numa primeira abordagem...", "dentro dos limites dos erros experimentais...", "defina o termo..." e "ordens de grandeza" (que nada têm a ver com instruções militares). Finalmente, e o que é mais interessante, os cientistas conseguem falar com parágrafos numerados e ordenados, como é costume proceder-se em revistas especializadas. Quem domina esta técnica com mestria consegue mesmo usar asteriscos e notas de rodapé. Não aconselhamos esta experiência a novatos sem que antes tenham uma boa dose de prática.

Brian Malpass, O Especialista Instantâneo em Ciência, Ed. Gradiva, 1996 (texto adaptado)

1. Esquematiza a informação que este texto apresenta, de acordo com estes passos: a. Sublinha, em cada parágrafo, as palavras ou ideias principais (atenção: sublinhar tudo é o mesmo que não sublinhar nada!). b. Anota, à margem de cada parágrafo, uma palavra ou frase curta que indique a ideia a reter. c. Escolhe o esquema gráfico que contenha essas palavras ou ideias--chave e que mostre a relação entre elas.

2. Redige o resumo do texto a partir do esquema que construíste.

Solução Proposta de esquema:

Pistas para reconhecer um cientista I. Não é necessariamente um cientista quem: a. lê a New Scientist, b. usa a expressão "rato de biblioteca".

II. É provavelmente um cientista quem: a. veste uma bata branca, com instrumentos de escrita no bolso superior e nódoas sinistras ou partes carcomidas por ácidos; b. tem obsessão por quadros pretos (principalmente se for um físico); c. lava as mãos antes de urinar (trata-se de um químico); d. revela um desespero contido no olhar.

Razões: -nunca se poder provar a correcção das teorias científicas; - o baixo estatuto social da sua profissão.

e. usa determinadas expressões no seu discurso;

f. fala/escreve com parágrafos numerados e ordenados.

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