Epidemio Aula Flavia Farias

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MBA em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos

Profª Flávia Farias



Filmes:

O

risco dos alimentos

 Alimentos  Dr

contaminados com coliformes fecais

Bactéia - DTAs

Epis => em cima de, sobre; Demos => povo, população; Logos => estudo

População Saúde Cura

Doença Óbito

Sequela

Ciência que estuda os fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas e dos fatores causais responsáveis por essa distribuição.

 Saúde

Lazer

Educação

Habitação

Saúde

Alimentação

Assistência Fatores genéticos

Renda

“Saúde é o completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença” (Organização Mundial da Saúde)

“Direito de todos e dever do Estado, Estado garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços, para sua promoção, proteção e recuperação” (Constituição de 1988)

“Saúde é um dos itens de bem-estar social, social o que termo relacionado à possibilidade de vida digna, onde os indivíduos tenham liberdade de realizar as escolhas que lhes sejam valorozas” (Amartya Sen)

“Saúde é um estado de relativo equilíbrio de forma e função do organismo, que resulta de seu ajustamento dinâmico, satisfatório às forças que tendem a perturbá-lo. Não é um interrelacionamento passivo entre a matéria orgânica e as forças que agem sobre ela, mas uma resposta ativa do organismo no sentido do reajustamento” (Perkins)

 Fisiopatologia  Processo

mental  Simbologismo

dor sofrimento

Séc XVII:

“a doença é algo concreto e externo ao ser humano, mas que pode invadir o corpo causando doenças. Os sintomas são o resultado da briga do corpo com a doença.” (Machado & Focoault)



Doenças são levadas aos seres humanos através de uma ‘nuvem’ de sujeiras de odor fétido que pairam sobre um indivíduo (doença) ou sobre uma comunidade (epidemia). Essas sujeiras eram chamadas de miasma.

 Hospitais

– instituições para escória da sociedade: leprosos, loucos, prostitutas com doenças venéreas, marginais etc.

 Doença  Dimensão

do cuidado médico: consultas, uso de medicação, cuidados de enfermagem, presença ou não de feridas e outros sinais físicos, necessidade de outros cuidados multiprofissionais (fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, odontologia e outros)

 Doença  Dimensão

religiosa: atrelamento dos eventos negativos na saúde a castigo por conduta não correta (‘pecado’) 



Como explicar o adoecimento de padres, madres, freiras, pessoas caridosas...? Como explicar a sobrevivência de ‘malandros’, bêbados, viúvas (bruxaria?) às epidemias.

 Doença  Dimensão

da culturas, mitos e tabús. Ex.: exposição ao ‘sereno’, frio, calor, sujeiras...   

Golpe de ar: resfriados Sorvete: amigdalite Praia: micoses, insolação, verminoses...

 Integravam

a teoria miasmática: doenças que ‘encarnavam’ nas cidades

O

saneamento e a limpeza das cidades, o tratamento da água não resolveu as epidemias

 Determinaram

a separação de doentes e não doentes nos hospitais e a divisão em enfermarias

 Marcam

a entrada dos médicos nas instituições hospitalares

 Estudantes

de medicina observavam e anotavam todos os achados clínicos associados (instituição de formação)

 Subdivisão

dos doentes por enfermarias

Primeiras classificações de doenças, baseadas na taxonomia vegetal

Surgimento da anatomo-clínica:  “Não

há doença fora do corpo”

 Associação

dos achados de necropsia com os

sintomas apresentados pelo paciente em vida  Quebra

do mito dos miasmas

“Conjunto de processos interativos (hospedeiro-agente-fatores ambientais) que afetam a origem, o desenvolvimento e o desenlace das enfermidades.”

meio ambiente

Hospedeiro

agente

DOENÇA

“A doença pode ser resultado da interação entre o hospedeiro, o agente e o meio ambiente. Na prevenção tenta-se quebrar esta interação de alguma forma.”

AGENTE CAUSADOR

HOSPEDEIRO

MEIO DOENÇA

 Evolução aguda, por vezes fatal  Evolução aguda, clinicamente evidente e com recuperação rápida  Evolução crônica progressiva, se tornando incompatível com a vida  Evolução crônica com períodos assintomáticos e períodos de agudização

 antecipar,

preceder, tornar impossível por meio de uma providência precoce. Exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural, a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença

 utiliza

o conhecimento moderno para desenvolver a saúde, evitar a doença e a invalidez, e prolongar a vida (boa assistência médica para indivíduos e famílias e bons serviços de saúde pública para as comunidades)

Prevenção Primária

Prevenção Secundária

Prevenção Terciária

- Proteção específica

- Diagnóstico

- Reabilitação

- Promoção da saúde

-Tratamento precoce - Limitação da invalidez

Vacinação populacional, promoção da higiene pessoal, saúde ocupacional, proteção contra acidentes, proteção contra substâncias carcinogênicas, controle de vetores, saneamento ambiental, tratamento de águas, esgotos e lixo e a promoção da saúde através da promoção de moradias adequadas, alimentação saudável, aconselhamento matrimonial, educação sexual, lazer, educação e cultura. 

2

etapas: diagnóstico e tratamento precoce através de medidas individuais e coletivas para descoberta de casos, pesquisas de triagem exames seletivos com os objetivos de curar e evitar o processo da doença; e evitar a propagação de doenças contagiosas; e limitação da invalidez, através de tratamento adequado para interromper o processo mórbido e evitar futuras complicações e seqüelas; provisão de meios para limitar a invalidez e evitar a morte; evitar complicações e seqüelas; encurtar o período de invalidez

 Prestação

de serviços hospitalares e comunitários para reeducação e treinamento; educação do público e indústria; garantia de emprego tão completo quanto possível; terapia ocupacional em hospitais; utilização de asilos.

Aumentar a saúde e o bem-estar gerais- A educação e a motivação sanitária - Promover saúde inclui bom padrão de nutrição, ajustado a várias fases do desenvolvimento - Estratégia promissora para enfrentar os múltiplos problemas de saúde que afetam as populações humanas na época atual.

 Proposta:

articulação de saberes técnicos e populares, mobilização de recursos institucionais e comunitários públicos e privados

  “Embora anteriormente tenha sido entendida como um dos níveis da medicina preventiva, hoje a promoção da saúde é encarada como um enfoque de abordagem que compreende aspectos políticos e técnicos em torno do processo saúdedoença-cuidado, podendo ser desenvolvida em qualquer etapa do setor saúde.”

 Definiu

a promoção da saúde como “processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo” Refere-se também a uma combinação de estratégias: - Ações do Estado (políticas públicas saudáveis); - Da comunidade (reforço da ação comunitária); - De indivíduos (desenvolvimento de habilidades pessoais); - Do sistema de saúde (reorientação do sistema); 

- De parcerias intersetoriais.

 Atualmente

a promoção da saúde pode ser dividida em dois grandes grupos:

  1) Atividades dirigidas à transformação do indivíduo, focando no estilo de vida e localizando-o nas famílias; 2) A construção dos determinantes gerais do processo saúde incorporando aspectos relacionados às condições de vida.

 Carta

de Ottawa propõe cinco campos centrais de ação:

ORIGENS:  Surge com a consolidação da clínica e da medicina, se aprimora com a utilização da estatística e da computação. OBJETIVOS  Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas;  Apresentar dados para o planejamento, execução e avaliação de ações de prevenção, controle e tratamento de doenças;  Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades;  Identificar grupos populacionais susceptíveis à doenças.

UTILIDADE PRÁTICA Permite conhecer adequadamente uma situação de agravo à saúde da população, pode ser utilizada com o propósito de intervir para melhorar condições insatisfatórias, permite comparações populacionais e pode ser utilizada para fins prognósticos (prever ocorrências futuras).



ÁREA TEMÁTICAS Doenças Infecciosas  Carências de micronutrientes  Doenças Crônico-degenerativas (DCD)  Utilização dos Serviços de Saúde 

PREMISSAS Agravos à saúde não acontecem ao acaso na população  A distribuição desigual dos agravos se deve a presença de fatores que se distribuem desigualmente na população  Os fatores responsáveis pela ocorrência de doenças devem ser elucidados  Medidas preventivas e curativas devem tomar como base esses fatores 

DETERMINAÇÃO DO RISCO DE DOENÇAS    Risco

é a probabilidade da ocorrência de um determinado evento (p. ex doença)

   INCIDÊNCIA

é o número de casos novos da doença em um determinado grupo populacional ou área geográfica em determinado período temporal.

   PREVALÊNCIA

é a quantidade de casos existentes de uma doença em uma dada população, em um certo momento.

 RISCO

RELATIVO: mostra quantas vezes o

risco é maior (ou menor) em um grupo populacional ou área geográfica quando comparado a outro.    RISCO

ATRIBUÍVEL: indica a diferença na

incidência entre dois grupos, atribuída à exposição ao fator de risco.

PRINCIPAIS TERMOS 

ENDEMIA: presença esperada ou “normal” de casos de uma doença ou agravo em determinada área geográfica ou grupo populacional.

 SURTO:

ocorrência da doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo, também excedendo a previsão, porém em um pequeno espaço geográfico (bairro, cidade).



PRINCIPAIS TERMOS



EPIDEMIA: ocorrência da doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo, excedendo a ocorrência prevista em uma região geográfica ou grupo populacional.

 PANDEMIA:

ocorrência da doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo, também excedendo a previsão, com larga distribuição espacial, atingindo várias nações (abrangência global).



Pandemias

 Gripe

A H1N1

 ESTUDO

DE CASO-CONTROLE: estudo comparativo entre dois grupos, um deles afetado pela doença. Tem a finalidade de investigar os fatores envolvidos com a doença.

   ESTUDO

DE COORTE: observação de grupos comprovadamente expostos a fatores de risco.

 ESTUDO

DE PREVALÊNCIA: investigação da prevalência de uma determinada doença em grupos e momentos específicos.

 ESTUDO

ECOLÓGICO: estudo com área geográfica delimitada com a finalidade de analisar e comparar variáveis de saúde.

 VARIÁVEIS

NOMINAIS: elementos de estudo de natureza qualitativa, resultante de um processo de classificação e que se expressa nominalmente (sexo, cor, estado civil, motivo de óbito etc).

 VARIÁVEIS

ORDINAIS OU CATEGÓRICAS: elementos de estudo de natureza qualitativa, resultante de um processo de ordenação (nível de escolaridade, nível sócio-econômico etc)



VARIÁVEIS DISCRETAS: elementos de estudo de natureza quantitativa, expressa por números inteiros, resultantes de um processo de contagem (número de filhos, número de desnutridos em uma enfermaria, número de leitos de hospitais etc)

 VARIÁVEIS

CONTÍNUAS: elementos de estudo de natureza quantitativa, expressa através de escalas que admitem valores fracionados, resultam de um processo de medida.

 DADO

PRIMÁRIO: dado colhido por pesquisadores ou membros treinados da equipe de pesquisa.

 DADO

SECUNDÁRIO: dado colhido por terceiros e utilizado por pesquisadores.

Levantamento de informações necessárias para programação e avaliação de medidas de controle de doenças e situações de agravo à saúde. Inclui procedimentos de coleta, processamento, análise e divulgação de estatísticas vitais.

 Funções:   Coleta

de dados  Processamento de dados  Análise e interpretação de informações  Determinar medidas de controle apropriadas aos resultados encontrados  Implementar ações indicadas  Avaliar eficácia das medidas adotadas  Divulgação de informações pertinentes

 No

Brasil, a FUNASA é responsável pela coordenação do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), que colhe dados das unidades de saúde de qualquer nível de complexidade e das três esferas de governo (municipal, estadual e federal)

 Nível

Federal: MS

 Nível

Estadual: SES, Conselhos Estaduais de Saúde

 Nível

Municipal: SMS, Conselhos Municipais de

Saúde, postos de saúde, centros de saúde, laboratórios, escolas, igrejas etc. Realizam diagnóstico e notificação de doenças investigando novos casos, surtos, tratando ou encaminhando ao tratamento.

NOTIFICAÇÃO: comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou não, para fins de adoção de medidas pertinentes. 

Disque Saúde 0800 61 1997

 Principal

instrumento de coleta de dados sobre agravos considerados prioritários. Mesmo a suspeita destes casos deve ser notificada.

  TIPOS DE VIGILÂNCIA   ATIVA: quando as agências de saúde solicitam frequentemente notificações da doença  PASSIVA: quando agências de saúde esperam o envio e consolidação das informações pelas fontes notificadoras  EVENTO SENTINELA: tipo especial de vigilância utilizada em hospitais e clínicas onde é comum o atendimento de pacientes com alguns diagnósticos, como HIV, sífilis etc.

               

Botulismo carbúnculo (Antraz) Cólera Coqueluche Dengue Difteria Doença de Chagas Doença Meningocócica e outras meningites Esquistossomose em área não endêmica Febre amarela Febre maculosa Febre tifóide Hanseníase Hantaviroses Hepatite B Hepatite C HIV em gestantes e crianças

• • • • • • • • • • • • •

Leishmaniose Leptospirose Malária em área não endêmica Poliomelite Paralisia flácida aguda Raiva humana Rubéola Síndrome da Rubéola Congênita SIDA Tétano Tularemia Tuberculose Varíola

 Epidemiologia

populacional => fenômenos demográficos e sociais que tem impacto no perfil de morbimortalidade e repercussões para a assistência médico-sanitária

mortalidade  ↓ fecundidade  ↓ crescimento populacional  ↑ expectativa de vida  ↑ população idosa  Urbanização/ industrialização  Precarização dos vínculos empregatícios ↓



Estilo de vida moderno: Exposição à violência  Exposição à poluição ambiental  Estresse  Sedentarismo  Alimentação inadequada  Ganho de peso  Fumo  Utilização de álcool e alucinógenos ilícitos  Extensão do trabalho até o lar c/ a virtualização das tarefas  Acidentes de trânsito 



alguns destes fenômenos já estavam presentes, o que determinou uma mudança nas principais causas de mortalidade de Doenças Infectoparasitárias (DIP) para Doenças Crônico-degenerativas e causas externas.



Mudança nas demandas por serviços de saúde, principalmente devido a necessidade de pronto-atendimento e serviços de acompanhamento de longa duração.



Assim, os Sistemas de Saúde precisaram se adaptar e implementar algumas tecnologias de ↑ custo

↑ tempo ou recidiva de internações hospitalares  ↑ utilização de serviços médicos  ↑ utilização de equipamentos médicohospitalares  ↑ utilização de fármacos 

 Doença

Coronariana Aterosclerótica  Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)  Acidente Vascular Cerebral (AVC)  Cânceres  Diabetes Mellitus  Doenças bronco-pulmonares

 Depressão  Ansiedade  Neurose  Doenças

Psicossomáticas  Abuso de álcool e drogas (dependência)  Distúrbios nutricionais  Osteoarticulares (coluna)

ruídos  Aglomerações  Atividade laborativa insatisfatória  Insegurança, medo, solidão ↑

 indutores

de adoecimento psíquico, isolamento e depressão.



transição epidemiológica atípica, com rápido surgimento de DCD e incapacitantes, distúrbios sociais etc, com a coexistência das ↑ taxas de natalidade => explosão demográfica

 coexistem

por um grande período os dois tipos de causas de óbito: DIP e DCD/ causas externas, dificultando a formulação de políticas públicas de combate aos agravos à saúde.

TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA INCOMPLETA  Grandes

diferenças regionais e intraregionais  Longo processo de transição  ressurgimento de doenças erradicadas (malária, tuberculose, dengue, cólera)  polarização epidemiológica (heterogeneidade entre grupos sócio-econômicos)

Doenças Cardiovasculares  Neoplasias  Doenças Mentais  Causas externas 

Principais causas externas:  Violência Urbana por armas de fogo, armas brancas e agressões, o que ↑ demanda por atendimento médico de urgência e emergência

Sabendo que a epidemiologia estuda os fenômenos relacionados às condições de saúde da população, a epidemiologia nutricional é um ramo da epidemiologia geral que tem a nutrição como aspecto de interesse vinculado à saúde ou doença da população. A nutrição é vista como resultante de processos complexos que se correlacionam de modo diferenciado, de acordo com a situação do indivíduo ou população.



... pode ser considerada a ciência que estuda os aspectos de nutrição que ocorrem nas coletividades (integrada a outras ciências), permitindo o estudo descritivo sobre a análise dos determinantes de nutrição (de risco e proteção).

O estudo do diagnóstico nutricional de forma descritiva e quantitativa sobre a distribuição de freqüência dos fenômenos de interesse, a população atingida e o local de ocorrência se mostra um importante instrumento para identificar desequilíbrios entre suprimento, gasto e necessidade de nutrientes e energia. Esta afirmação se baseia no entendimento de que o estado nutricional reflete o grau com que as necessidades fisiológicas de nutrientes e energia estão sendo atendidas.

Estudos dietéticos: registro alimentar, recordatório de 24 horas, freqüência alimentar*  Estudos antropométricos*  Estudos bioquímicos  Estudos clínicos 

* são os estudos mais utilizados em razão do baixo custo e menor complexidade de execução.

Objetivam identificar a relação (causal) entre exposição nutricional ou dietética e condições (ou agravos) à saúde. Definem os fatores de risco e fatores de proteção para determinadas doenças (por exemplo, a influência do consumo de lipídios na DCV).

 Fator

de Risco: atributo ou exposição que aumenta a probabilidade de ocorrência de uma determinada doença ou resultado específico. É um fator determinante, nem sempre tem relação causal estabelecida.

 Fator

de Risco modificável: determinante que pode ser modificado por intervenção e, como resultado, reduz-se a probabilidade de ocorrência de doença/ agravo.

 Marcador

de risco: atributo ou exposição que está associado com o aumento da probabilidade de um resultado específico, tal como a ocorrência de doença, mas não é um fator determinante.

“Estudos de exposição dietética buscam identificar padrões alimentares envolvidos na complexidade da cadeia de determinantes do processo de saúde e doença. O enfoque está na composição dos alimentos (nutrientes ou não) e seus efeitos na relação exposição nutricional – desfecho”.

 Extremamente

complexa => alimentação é componente de vida permeado por valores religiosos, culturais, sociais, de tal forma que dificilmente as pessoas contam, observam e recordam em detalhes do seu padrão alimentar ao longo do tempo

 Outros

produtos (cigarros, por exemplo) => em geral os indivíduos sabem informar com precisão o consumo diário, marca, início do hábito, tentativas de abandono, etc  Também por isso a relação entre fumo e ocorrência de doenças/ agravos é bem estabelecida

A dieta representa um complexo conjunto de exposições que estão correlacionados de forma que, a maioria dos indivíduos consumo carboidratos, lipídios, proteínas, fibras, vitamina A, portanto é necessário caracterizar os diversos graus de consumo.

Dificultam os estudos de exposição dietética o fato de a maioria dos indivíduos raramente se lembrarem das mudanças em seus padrões alimentares e não se preocuparem com a quantidade de alimentos consumida, a menos que já tenha um processo mórbido estabelecido.

Pesquisas têm estabelecido o envolvimento de fatores nutricionais e a ocorrência de alguns agravos à saúde, principalmente aqueles de natureza crônicodegenerativa. Sabe-se que o estilo de vida e as atitudes pessoais contribuem fortemente para o desenvolvimento destas doenças.

Os resultados destas investigações sinalizaram para fatores que funcionam como protetores e promotores de diferentes condições de saúde, mas cabe ressaltar que esses achados não são conclusivos, representam fortes possibilidades.

 relacionados

a cânceres de esôfago e estômago, hipertensão arterial, infarto  “2

CLORO-4METIL-TIOBUTANATO”: substância presente no peixe japonês salgado e conservado com alto potencial carcinogênico.



relacionados a cânceres de mama, cólon, reto, próstata, ovário, endométrio e pâncreas. DCV. O

tipo e a quantidade de gordura são importantes.

 Óleos

ricos em ácidos graxos monoinsaturados (exemplo oliva e canola)

 proteção

contra câncer de cólon e mama

 proteção

contra cânceres de esôfago, estômago, fígado, cólon, mama e próstata

“As orientações para uma dieta saudável e protetora incluem o consumo diário de mais de 2 litros de líquidos, uso de óleos vegetais ricos em AG monoinsaturados, alimentos ricos em carboidratos complexos, tubérculos, arroz, macarrão, produtos integrais ricos em fibras e 5-10 porções de vegetais.”

 Objetivo

geral: reduzir a incidência das DTA no Brasil, a partir do conhecimento do problema e de sua magnitude, com vistas a subsidiar as medidas de prevenção e controle, contribuindo para melhoria da qualidade de vida da população.

 Objetivos  conhecer

específicos:

o comportamento das DTA na população;  detectar mudanças no comportamento das DTA, por Unidade Federada;  identificar tecnologias ou práticas de produção e prestação de serviços e locais de maior risco de DTA;  identificar os locais, alimentos e os agentes etiológicos mais envolvidos em surtos de DTA;  detectar, intervir, prevenir e controlar surtos de DTA;



Objetivos específicos:  identificar

e disponibilizar subsídios às atividades e condutas relacionadas à assistência médica das DTA;  identificar e disponibilizar subsídios científicos com vistas a definição de  medidas de prevenção e controle de DTA;  desenvolver atividades de educação continuada para profissionais de  saúde, produtores de alimentos e prestadores de serviços de alimentação e  consumidores.

Vigilância da Saúde – modelo assistencial voltado para a superação da dicotomia entre as chamadas práticas coletivas (vigilância epidemiológica e sanitária) e as práticas individuais (assistência ambulatorial e hospitalar), pela incorporação das contribuições da nova geografia, do planejamento urbano, da epidemiologia, da administração estratégica e das ciências sociais, tendo como suporte políticoinstitucional o processo de descentralização e reorganização dos serviços e das práticas de saúde do nível local. 

 Vigilância

Sanitária – conjunto de ações capaz de eliminar,diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente,da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde abrangendo: o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, relacionem-se com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos da produção ao consumo e o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.

 Vigilância

Epidemiológica – conjunto de ações que proporcionam o conhecimento a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças e agravos.

 Doença

Transmitida por Alimentos – DTA : Síndrome originada pela ingestão de alimentos e/ou de água que contenham agentes etiológicos ( biológicos, toxinas, físicos ou substâncias químicas) em quantidades tais que afetem a saúde do consumidor em nível individual ou grupo de população; as intolerâncias e alergias de hipersensibilidade individual a determinados alimentos não são consideradas DTA.

Caso de DTA: episódio em que uma pessoa apresenta sinais e sintomas após ingerir alimento considerado contaminado por evidência clínicaepidemiológica e/ou laboratorial; 

Surto de DTA: episódio no qual duas ou mais pessoas apresentam, num determinado período de tempo, sinais e sintomas após ingestão de um mesmo alimento considerado contaminado por evidência clínica-epidemiológica e/ou laboratorial. Quando se tratar de caso não usual, um caso constitui surto. 



Investigação epidemiológica: atividade a ser realizada a partir de ações integradas, devendo-se dispor de meios para:

I – coletar informações básicas necessárias ao controle do surto de DTA; II – analisar a distribuição da DTA na população sob risco; III – identificar os fatores de risco associados ao surto;

IV- diagnosticar a doença e identificar os agentes etiológicos relacionados ao surto; V – propor medidas de intervenção, prevenção e controle pertinentes; VI – divulgar os resultados da investigação epidemiológica às áreas envolvidas e à comunidade.

 Atividade

de campo: Ação, imediata à notificação, integrante da investigação epidemiológica do surto de DTA, caracterizase pelo deslocamento de uma equipe ao(s) local (ais) envolvido (s) com a ocorrência, com a finalidade de obtenção de informações epidemiológicas e intervenção, se necessário, em pontos críticos a partir da introdução de medidas sanitárias de controle.

 Integrantes

da equipe de atividade de campo: Integram em caráter permanente a equipe de atividade de campo, os profissionais das áreas das vigilâncias epidemiológica e sanitária. Os profissionais das áreas de laboratório, assistência à saúde e educação em saúde irão compor a equipe sempre que possível e/ou necessário. Em função da natureza do surto, poderão ser convocadas as áreas de vigilância ambiental e saneamento e de inspeção defesa e vigilâncias zoo e fitossanitária.



Nível federal: caberá ao Centro Nacional de Epidemiologia da Fundação Nacional de Saúde do Ministério da Saúde – CENEPI FNS/MS

 Nível

estadual e Distrito Federal: caberá às Secretarias de Estado da Saúde e do Distrito Federal

 Nível

municipal: caberá às Secretarias Municipais de Saúde, ou aos órgãos municipais que respondam por suas obrigações

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