Elisl Regina

  • November 2019
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  • Pages: 15
25 ANOS DE SAUDADES

Elis Regina Carvalho da Costa Nasceu em Porto Alegre, e desde 11 anos se apresentava na Rádio Farroupilha, cantando. Fez parte do elenco fixo da emissora, onde trabalhou por algum tempo. Em 1959 assinou o primeiro contrato profissional, na Rádio Gaúcha e no ano seguinte foi para o Rio de Janeiro, onde gravou o primeiro compacto, pela Continental. A mesma gravadora em 1961, lançou o seu Primeiro LP, “Viva a Brotolândia” com calipsos e rocks, e em 1962 o segundo “Poema de Amor” .

BABY FACE Versão Fred Jorge MURMURIO Luis Antonio & Djalma Ferreira AMOR, AMOR Versão Carlos Imperial POEMA Fernando Dias Dá-me um Beijo Carol Anne Danell/ Armando Trovaioli Canção de Enganar Despedida Walter Branco/ Joluz

Em seguida voltou para Porto Alegre, onde ficou até 1964, quando regressou definitivamente para o Rio. Cantou no Beco das Garrafas, reduto da bossa nova, onde teria aprendido com o bailarino americano Lennie Dale a célebre coreografia que lhe valeu o apelido de "Hélice Regina". Contratada pela TV Rio, passa a trabalhar ao lado de Jorge Ben, Wilson Simonal e outros., .

Tornou-se conhecida nacionalmente em 1965, ao sagrar-se vencedora do I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, defendendo a música "Arrastão", de Edu Lobo e Vinicius de Moraes. Em seguida gravou "Dois na Bossa" ao lado de Jair Rodrigues, com tal êxito que nos anos seguintes foram lançados os volumes 2 e 3. Foi ao lado de Jair que apresentou um dos programas musicais mais importantes da música brasileira…

O Fino da Bossa, estreado em 1965 na TV Record. O programa foi o responsável pelo lançamento de diversos artistas e sucessos, como "Canto de Ossanha" (Baden Powell/ Vinicius de Moraes), "Louvação" (Gilberto Gil/ Torquato Neto) e "Lunik 9" (Gil). A partir daí a carreira solo de Elis decola. Seu disco "Elis", de 1966, traz "Canção do Sal", de Milton Nascimento, gravado aí pela primeira vez. Elis foi a primeira intérprete a gravar músicas de alguns compositores que se tornariam consagrados, como Milton, Ivan Lins ("Madalena"), Tavito/ Zé Rodrix ("Casa no Campo") e Belchior ("Como Nossos Pais").

Participou de festivais e de movimentos político-musicais, como a "passeata contra as guitarras", que visava à preservação das "raízes" da MPB contra a invasão estrangeira. Intensificou sua carreira no exterior em 1969, ano em que fez show nas principais capitais européias e latino-americanas. Um de seus discos mais marcantes, "Elis e Tom" (com Tom Jobim), foi gravado em 1974 nos Estados Unidos, onde também tornou-se popular.

No ano de 1979 participou do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, e gravou um de seus maiores sucessos, "O Bêbado e a Equilibrista", de Aldir Blanc e João Bosco, dupla que lhe forneceria inúmeros sucessos, como "Caçador de Esmeraldas", "Mestresala dos Mares", "Dois pra Lá, Dois pra Cá". Outras interpretações que entraram para a história foram "Upa, Neguinho" (Edu Lobo/ G. Guarnieri), "Águas de Março" (Tom Jobim), "Ponta de Areia" (Milton Nascimento/ Fernando Brant), "Folhas Secas" (Nelson Cavaquinho/ Guilherme de Brito) e "Romaria" (Renato Teixeira).

A "pimentinha", como era chamada, tinha - como João Gilberto - a perfeição como meta. Exigia muito de seus músicos e compositores, exigia de sua gravadora, exigia de sua voz. Ganhávamos nós, o público.

Transferindo-se para São Paulo, encontrou a cidade de braços abertos. Foi aqui que Elis chegou a perfeição, e foi aqui que se transformou numa tradição, tal qual sua amiga Rita Lee. Elis virou São Paulo, que a acolheu e a recolheu, quando se foi aos 36 anos, em 19 de janeiro de 1982.

Foi a primeira pessoa que inscreveu sua voz como instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil. E era. A voz de Elis soava como instrumento afinado, não perdendo, nem por um minuto, o carisma e a emoção em cada canção.

Envolveu-se com tudo de forma radical - com a música, com a política, com a vida. Maldita para muitos, Elis tinha sempre a frase certeira, a mente afiada, propósitos firmes: "Cara feia pra mim é bode... Sou mais ardida que pimenta!".

Elis Regina embarcou num brilhante “Trem Azul”, mas nos deixou de presente a eternidade da sua voz e uma imensa SAUDADE ! Fotos e Discografia – pesquisa na Internet Produção :

® BY MALULIN

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