Cores Apostila Dg

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quero exprimir o pensamento de uma cabeça pela irradiação de um tom claro num fundo escuro” e “procurei exprimir com o vermelho e o verde as terríveis paixões humanas”. Van Gogh

“A forma é o corpo da cor, a cor é a alma da forma” Karl Gerstner

“Há pintores que pintam de ouvido” Cândido Portinari

O CAMINHO

DA

COR - O

“ O mundo não é uma coleção de objetos naturais com formas repetitivas, testemunhadas pela evidência ou pela ciência; o mundo são cores. A vida não é uma série de funções da substância organizada desde a mais humilde até a de maior requinte; a vida são cores.Tudo é cor...” Carlos Drummond de Andrade

Cor é Luz. Luz são ondas eletromagnéticas conhecidas como fótons (fluxo de partículas energéticas sem massa) que se propagam no vácuo a aproximadamente 300.000 Km. A luz, ou ondas eletromagnéticas são refratadas em diversos comprimentos de ondas, que variam devido ao encontro com outras partículas, oxigênio etc. Essas diferenças no comprimento das ondas é o que vemos como Cor. Mas... cor é tudo: • a cor é luz: é o espectro visível das ondas eletromagnéticas, portanto cor é Física. • a cor é substância: MATERIAL COM QUE PODEMOS REPRESENTAR (TINTAS), ENTÃO COR É Química. • cor é percepção: processo que tem início em nossos olhos, portanto, é Fisiologia. • cor é sensação: impulso que o cérebro capta e transmite ao corpo, cor é Psicologia. • cor é estrutura de tons: matizes de cores são calculados em porcentagens, cor é Matemática. O processo de visão das cores exerce nas pessoas uma ação tripla: 1. Impressiona 2. Expressa, Sente 3. Constrói Primeiro a cor é vista, impressiona a retina, depois ela é sentida no cérebro que expressa uma sensação para o corpo que por último constrói uma linguagem que comunica uma idéia. Temos aqui então o caminho da cor. Luz » Olho (Retina » Ponto Cego » Nervo Óptico) » Cérebro » Corpo

“O homem inicia a conquista da cor ao iniciar a própria conquista da condição humana” Israel Pedrosa

Essa conquista de visão das cores começou com o homem das cavernas e continua até hoje. O antigo homem das cavernas

QUE É

COR

via tudo em preto, branco e cinza, as cores (luz) começaram a ser percebidas devido a necessidade de se sair de dentro das cavernas para caçar. Com as caçadas mais constantes, as suas retinas foram ficando cada vez mais sensíveis a luz, já que dentro das cavernas quase não entrava luminosidade e com isso o processo de visão das cores foi se iniciando e continua em constante evolução até hoje. O espectro solar visível, por nós aqui da Terra, é extremamente pequeno se comparado à todos os demais raios de luz existentes, isso significa que, se nossos olhos começarem a se adaptar a outros tipos de raios, com certeza veremos muitas outras cores, que hoje, não seríamos capazes de imaginar como seriam. Por exemplo: se vivêssemos em um planeta onde a atmosfera fosse de enxofre, em vez de oxigênio, teríamos outras cores que não são essas que vemos aqui, isso foi comprovado cientificamente, por um zoosistemicista chamado Louis Bec, que recriou em laboratório uma atmosfera de enxofre onde encontrou ondas eletromagnéticas completamente diferentes das nossas, lógico que ele não viu essas cores pois, sua retina não estava acostumada com essa atmosfera, mas comprovou a existência dessas ondas que foram gravadas em computadores para análise e comparação com as do nosso sistema solar. Isso pode ser mais fácil de se entender. Pense que, se você que vive aqui, no Brasil, de repente muda-se para o Pólo Norte. Com certeza, os esquimós de lá, responderiam para você (caso perguntasse, por exemplo, “aonde é a padaria mais próxima”). “Fica ali depois daquele iceberg azul escuro, ao lado daquele iglu cinza em frente a outro amarelado”. Você, com certeza, estaria enxergando tudo como um branco só ou no máximo um azulzinho, porque sua retina não está acostumada com aquele ambiente. Por isso dizemos que o processo de visão das cores é infinito.

“A cor é a ilusão mais séria é um pó do viver da aventura na arte de ser destilada” Maud Perl

SINESTESIA DAS CORES “Normalmente, meu espírito está inteiramente tomado pelas leis das cores. Ah, se elas nos tivessem sido ensinadas em nossa juventude” Vincent van Gogh

Aprender a usar a cor de maneira que ela seja capaz de causar em um público específico tudo aquilo que queremos é mais umas das chaves para um bom planejamento gráfico. Alegria, angústia, tristeza, solidão, juventude, fome, erotismo, tudo isso, e muito mais, conseguimos transmitir com as cores. Basta saber como e qual a relação entre as cores e as sensasções fisiológicas e/ou psicológicas que desejamos. O pintor citado acima, por exemplo, Vincent van Gogh, expressava com as cores tudo aquilo que sentia e que queria demonstrar às pessoas. Ele descrevia seus quadros com algumas das seguintes frases: “quero exprimir o pensamento de uma cabeça pela irradiação de um tom claro num fundo escuro” e “procurei exprimir com o vermelho e o verde as terríveis paixões humanas”. Essa capacidade de passar sem palavras um certo sentimento pode ser alcançada por qualquer pessoa que conheça as relações sinestésicas das cores e como elas acontecem.

“A forma é o corpo da cor, a cor é a alma da forma” Karl Gerstner

Em primeiro lugar precisamos entender a afirmação acima. Tudo aquilo que vemos é exatamente aquilo que não existe. Quero dizer com isso que quando olhamos a bandeira do Brasil, por exemplo, nós vemos verde, amarelo, azul e branco, mas na realidade o que existe ali é: vermelho, roxo, laranja e preto, que são exatamente suas cores opostas. Isso ocorre pelo seguinte: a luz (que é cor) de encontro com uma superfície tem seus comprimentos de onda absorvidos. De acordo com o tipo de superfície (partículas existentes em sua composição) certas ondas são absorvidas pela superfície (corpo - forma) e outras não. Aquelas que não são absorvidas, são refletidas isoladamente como uma cor específica (alma - cor). A luz branca é a soma de todos os raios eletromagnéticos. Depois de absorvidos alguns, vemos apenas o que sobra, ou seja, aquele que não existe em determinada superfície e por isso é refletido. Uma superfície branca não possui nenhuma onda, por isso reflete todas, resultando na

cor branca. Já uma superfície preta possui todas as ondas e não reflete nada. A luz ou cor, refletida será sempre a oposta ou complementar a que mais foi absorvida. Portanto uma superfície que reflete amarelo, possui mais o roxo, que é a sua complementar. Cor complementar é aquela que fica exatamente do lado oposto a outra no círculo cromático. As básicas são: Amarelo » « Roxo Azul » « Laranja Vermelho » « Verde Preto » « Branco A cor complementar, a que não vemos, só é captada pelo cérebro depois da saturação da retina, que é o que acontece quando ficamos olhando fixo para um lugar e a vista começa a arder. Essa sensação de ardor é a saturação da retina. Um modo fácil de comprovar isso é olhando para a bandeira do Brasil durante 30 segundos sem piscar e depois olhar para uma superfície branca.Você verá a bandeira com as cores complementares o que significa que o seu cérebro, a partir daquele momento, deixou de captar o que você estava vendo para captar o que você não vê. Por isso as cores devem ser usadas de maneira subliminar, ou seja, não devem ser colocadas em um lugar onde uma pessoa ficará olhando fixo, mais sim dentro da área de visão periférica, quer dizer, em um lugar que não seja a linha direta da visão do público. Devemos sempre analisar se no uso da cor será necessário que apliquemos a relação existente da cor que vemos ou da que não vemos, ou seja, devemos responder a seguinte questão: a cor estará em uma linha de visão direta ou perfiférica?

“Há pintores que pintam de ouvido” Cândido Portinari

Como alguém pode pintar de ouvido? Através da sinestesia. Sabe aquela relação entre uma música que você escute e uma época de sua vida, um perfume que lembra uma ocasião, uma comida que lembra uma música, ou as frases: eu estou roxo de ciúmes, verde de inveja, cara amarela de doente.Tudo isso é sinestesia. Você comeria uma bela picanha cheirosa assada que quando partida fosse verde por dentro? Morderia uma maçã cheirosa mais azul? Tomaria água fresquinha marrom?

Com certeza sua resposta foi não. Por quê, se era uma picanha de verdade, maçã perfeita e água pura? Por causa da cor que não é aquela que estamos acostumados. Como uma maçã pode ter cheiro de maçã e ser azul? O cheiro da maçã é vermelho? Perguntas com respostas sinestésicas. O que acontece é que cada cor tem uma associação psicológica, fisiológica e sinestésica, ou seja toda cor possui uma sensação, reação, som, ritmo, forma, cheiro, sabor. Todas essas relações têm início no nosso cérebro que transmite para o resto do organismo. Vale lembrar que o uso de combinação entre cores opostas resulta em 100% de comunicação cromática, já que uma completa a informação da outra. Mas, devem ser usadas com cuidado. As relações psicológicas, fisiológicas e sinestésicas de cada cor, suas combinações positivas e negativas e cores opostas são: ATENÇÃO: Todas as combinações citadas como negativas, estão relacionadas à composição de blocos de texto sobre fundos, essas relações podem ser positivas se forem combinadas como fundo e box, tarjas, marcas d’água etc ou usadas em títulos com fontes grandes. A combinação se torna positiva quando aumentamos a área de cada cor, diminuindo a repetição da mesma em curtos intervalos (como textos coloridos em que suas linhas se repetem de acordo com o entrelinhamento do bloco de texto). As combinações das cores opostas quando relacionadas à elementos gráficos ao invés de textos se tornam positivas, pois, temos 100% de comunicação cromática, um resultado que é sempre bom alcançar porque acelera o processo de percepção das cores pelo cérebro. Mas, esse mesmo sistema quando usado em fundo/texto, pode se tornar negativo devido a intença velocidade cromática que se forma. Devemos levar em conta também o processo de saturação da retina, ou seja, o tempo que o leitor irá ficar observando aquela cor, se o tempo de observação direta for superior a 30 segundos, o cérebro começa a receber o efeito da cor oposta àquela usada, devido a saturação, cansaço, da retina em absorver a mesma onda de luz emitida e, acontecendo isso, devemos pensar no efeito da oposta e não da que vemos. Vele lembrar também que todas as associações fisiológicas aparesentadas aqui, como uma cor dar fome, acalmar etc não tem nada a ver com cromoterapia, são reações comprovadas cientificamente. Amarelo: alerta, expectativa, luz, verão, egoísmo. Aumenta um pouco a pressão sanguínea e favorece indigestões e gastrites. Cor de pessoas espiritualizadas com tendências as frustrações. É a alquimia do triângulo, tem o

som agudo como um trompete, seu ritmo, a bossa nova, seu sabor, o italiano das massas e o aroma, doce e feminino. É a cor que possui velocidade cromática maior, portanto, chega mais rápido à retina causando irritação e dificuldade de leitura. Sua cor oposta é o roxo. Devemos tomar cuidado ao usar as seguintes combinações de amarelo: Combinações negativas: fundo preto com letras amarelas, fundo branco com letras amarelas, vermelho ou laranja com letras amarelas. Combinações positivas: cinza médio com letras amarelas, roxo com letras amarelas, marrom com letras amarelas, verde com amarelo. Não é muito indicada para finalidades editorias, mas, pode ser usada com cuidado em assuntos relacionados a esportes, alegria, energia vital etc... Laranja: alegria, bom humor, euforia, juventude, pôr do sol, aurora. Acelera a produção de suco gástrico dando fome, é anti-séptico. Cor das pessoas criativas e produtivas mas com tendências ambiciosas. Sua forma é a mutação do triângulo para o quadrado (cruze dois quadrados um em cima do outro), tem o som de um contralto, seu ritmo bossa nova, balanço, disco. Com sabor doce das frutas tem aroma cítrico ou floral feminino. Sua velocidade cromática vem logo após a do amarelo. Sua cor oposta é o azul. Combinações negativas: verde escuro e laranja, vermelho e laranja, amarelo e laranja, roxo e laranja, marrom e laranja. Positivas: azul e laranja, branco e laranja, preto e laranja. Editorialmente é indicada para assunto relacionados a comida, cozinha, esportes, juventude, alegria etc. Vermelho: perigo, erotismo, vida, conquista, coragem, euforia, agressividade, dinamismo, guerra, mulher. Eleva a pressão arterial acelerando a respiração e batimentos cardíacos, provoca inquietação e agressividade, bem dosada ajuda no desempenho esportivo. Cor erótica, de pessoas sensuais e volúveis. Sua forma é o quadrado, seu som o de uma fanfarra, seu ritmo o rock, o samba, de aroma afrodisíaco feminino, ativa a sexualidade masculina, com sabor forte e picante. Cor erótica feminina. Cor oposta é o verde. Combinações negativas: vermelho e verde, laranja e vermelho, preto e vermelho, amarelo e vermelho, roxo e vermelho. Positivas: azul claro e vermelho, cinza e vermelho, branco e vermelho. Editorialmente é indicada para assuntos relacionados a mulher, sexo, sensacionalismo, poder, força, vitalidade, sangue, morte, paixão etc... Roxo/Lilás: misticismo, esoterismo, calma, miséria, solidão, engano, auto-cotrole, erotismo, sonho, homem, noite, igreja. Corresponde a introversão e a dualidade, não sendo indicada para pessoas inseguras. Cor das pessoas altamente criativas e inovadoras é a cor da arte e da cultura. Sua forma é um octágono, seu som é o erotismo do sax, seu ritmo o tango, o rock. Seu aroma é afrodisíaco masculino, estimula as mulheres e seu sabor dos doces, chocolates etc. Cor erótica masculina. Sua cor oposta é o amarelo. Combinações negativas: roxo e verde, roxo e vermelho, roxo e azul, roxo e preto, marrom e roxo. Po-

sitivas: branco e roxo, amarelo e roxo, cinza claro e roxo, rosa e roxo. Editorialmente é indicada para assuntos relacionados a cultura, arte, cinema, esoterismo, misticismo, espiritualismo, erotismo, sexo, sedução, morte, homem etc... Verde: umidade, frescor, bem-estar, tranqüilidade, descanso, serenidade, ciúme, inteligência. Tonifica o sistema nervoso, é tranqüilizante. Cor das pessoas confiáveis, melancólicas e introvertidas. Seu formato é irregular e arredondado, seu som é o de uma orquestra de violinos, seu ritmo o jazz. Tem o sabor natural das comidas light, diet, macrobióticas etc. Seu aroma é cítrico ou floral masculino. A cor oposta é o vermelho. Combinações negativas: laranja e verde, azul com verde, vermelho e verde, marrom e verde, preto e verde escuro. Positivas: roxo e verde, amarelo e verde, preto e verde claro, branco e verde, verde claro e verde escuro. Editorialmente é indicada para assuntos relacionados a economia, política, saúde, ecologia, inteligência, liberdade, esportes etc... Azul: amizade, meditação, paz, frio, mar. É sedativo e curativo, diminui a pressão arterial. Cor das pessoas equilibradas, altruístas, cor dos pensadores. Sua forma é um círculo, seu som grave como um violoncelo, com ritmo romântico e clássico. Tem aroma doce masculino e possui o sabor dos mares. Laranja é sua cor oposta. É a cor com a menor velocidade cromática, ou seja, é a última que o nosso cérebro percebe. Combinações negativas: verde e azul, amarelo e azul, roxo e azul, vermelho e azul. Positivas: azul e laranja, cinza claro e azul escuro ou vice versa, preto e azul claro, azul claro e azul escuro, branco e azul. Editorialmente é indicada para assuntos relacionados a pesca, mar, ecologia, liberdade, esportes, saúde, meditação, educação, segurança, tranquilidade etc... Branco: por ser a soma de todas as cores é a cor mais irritante de todas pois possui todos os efeitos em um só. Ao contrário do que se sabe e se usa, o branco nunca deveria ser usado em hospitais, pois irrita o sistema nervoso. Tem como significado apenas psicológico a calma, paz, tranqüilidade, coisa que na realidade não transmite. Seu oposto é o preto e sua combinações são as mais variadas devemos tomar cuidado com o uso do branco com amarelo e cores com tonalidades muito claras. Preto (não é cor): o preto não é cor ele é justamente a ausência de luz/cor portanto não causa nada. Tem como significado psicológico solidão, seriedade, sobriedade, morte, mas na realidade não causa nada disso. Seu oposto é o branco e também pode ser usado de um modo bem variado. Os cuidados ficam na combinação com roxo, vermelho e amarelo. Com isso podemos encontrar cores específicas para cada público, impresso, mercado, necessidade etc. Exemplos:

Um jornal que precise transmitir seriedade, segurança, calma usaria que cor? Azul ou Verde Transmitir força, vitalidade, erotismo? Vermelho Jornal infantil, com alegria e jovialidade? Laranja Não podemos esquecer de levar em consideração, no caso de um jornal institucional, a cor já existente na empresa, que deve sempre ser mantida. No caso de não ser a ideal, podemos adicionar alguma, mas nunca mudar a cor de um logotipo. Somente se o cliente pedir.

SINESTESIA DAS CORES

Conto Sinestésico Sabe aquilo que sente aquele corredor amarelo, que de tanto correr e não ganhar, fica verde de raiva? Sabe? Ai que raiva... eu acabei ficando preta de tanta raiva daquilo tudo que me aconteceu, foi isso que eu senti naquele dia chegando lá e vendo aquelas paredes vermelhas, e não era um bordel... árvores enormes que também eram vermelhas e acima um céu amarelo com o sol branco, no mato um cavalo lilás passeava... fui embora revoltada com tudo aquilo que via e te encontrei, lembra? Num belo dia nos conhecemos e tudo passou a ficar cor de rosa... saímos por uma praia prateada onde a areia era meio verde clarinha e contrastava com tudo.... era a coisa mais bela que já tinha visto... no rádio, a canção do U2, que saía dos auto-falantes, enchia o carro de cores como amarelo, rosa e verde, nunca tinha visto nem sentido nada parecido em toda a minha vida! Lá fora o azul do céu trazia uma tranquilidade... da mesma forma que o azul-prata do mar um liberdade infinita. Ficamos juntos naquele dia e de noite junto à luz azul que vinha da janela foram-se embora as mínimas rendas pretas que vestia para te torturar... As paredes rosa tornaram-se neve em meio ao fogo. No dia seguinte, acordei e tinha em minha cabeceira um lindo ramalhete de rosas azuis... como fiquei feliz que coisa diferente e... romântica. Me vesti então, de preto bem elegante e fui olhar o mar!!! Vermelho?? Com as gaivotas amarelas voando... capturando seus alimentos uns peixes transparentes rosas e verdes... não acreditava no que meus olhos viam e diante de tudo isso achei melhor voltar para minha cidade, pois estava ficando tonta. Me desesperei, parei e pensei: será que estou louca? Fui para casa e decidi esperar anoitecer e ver as estrelas pretas, a lua lilás e o céu branco como sempre foi. Percebi então, que o mundo continuava o mesmo e tudo aquilo tinha sido um pesadelo. Fechei os olhos e viajei com todas as cores, afinal o mundo das cores tem que estar em perfeita sincronia, se não já viu no que pode dar. Acordei no dia seguinte verde e preta de tanta raiva e de nervoso por tudo aquilo que passei com esse pesadelo... então me lembrei dos nossos corpos vermelhos de fogo banhados pelo brilho azul da lua ao receber um ramalhete de rosas azuis com meu nome escrito em vermelho. Será que tudo isso foi mesmo um pesadelo ou terá sido um sonho?

ASSOCIAÇÕES

CROMÁTICAS EXSITENTES NO TEXTO:

Trecho ........................................................................... Ass. Material • paredes vermelhas, e não era um bordel .............................. bordel • praia prateada onde a areia era meio verde clarinha .......... praia e areia • de noite junto à luz azul que vinha da janela ........................ noite - madrugada • mínimas rendas pretas que vestia para te torturar ............ lingerie • preto bem elegante ..................................................................... roupas • nome escrito em vermelho ...................................................... caneta - tinta Trecho ........................................................................... Ass. Sinestésica • corredor amarelo......................................................................... impaciência - aflição - energia • verde, preta de tanta raiva ............................................................. incomum (psicológica se fosse vermelha de raiva) • paredes vermelhas, e não era um bordel .............................. sexo • árvores enormes que também eram vermelhas e acima um céu amarelo com o sol branco, no mato um cavalo lilás passeava ............................................. incomum • a canção do U2, que saia dos auto-falantes enchia o carro de cores como amarelo, rosa e verde ....... música - sensação • azul-prata do mar um liberdade infinita ................................. liberdade - vento • paredes rosa tornaram-se neve em meio ao fogo .............. estranheza (neve/fogo) • ramalhete de rosas azuis... como fiquei feliz que coisa diferente e... romântica ............ incomum - romantismo • o mar!!! vermelho... com as gaivotas amarelas voando... capturando seus alimentos uns peixes transparentes rosas e verdes ...................................... incomum • estrelas pretas a lua lilás e o céu branco ............................... incomum • nome escrito em vermelho ...................................................... sexo - amor Trecho ........................................................................... Ass. Psicológica • nos conhecemos e tudo passou a ficar cor de rosa .......... rosa com felicidade • mínimas rendas pretas que vestia para te torturar ............ preto com sexo • ramalhete de rosas azuis... como fiquei feliz que coisa diferente e... romântica ............................................ azul com romantismo • nome escrito em vermelho ...................................................... vermelho com amor Trecho ........................................................................... Ass. Fisiológica • paredes vermelhas, e não era um bordel .............................. vermelho causando exitação • azul do céu trazia uma tranquilidade ...................................... azul acalmando • mínimas rendas pretas que vestia para te torturar ............ preto exitando • corpos vermelhos de fogo...pelo brilho azul da lua ............ vermelho exitando e azul relaxando

ALGUMAS

COMBINAÇÕES PARA AVALIAÇÃO

O CÉREBRO - O SUBLIMINAR - A SEMIÓTICA Tudo que o nossa visão capta é transmitido para o cérebro que transmite impulsos ou reações para o resto do corpo. Existe um modo correto ou mais eficaz de se posicionar elementos visuais para que o cérebro “leia” essas informações mais facilmente e mandandoas, exatamente, para aquele lugar que nós desejamos. Para isso temos que conhecer como se processa o caminho até o cérebro e como ele se divide. O cérebro se divide em dois hemisférios, o direito e o esquerdo. Antes da imagem visual ou verbal chegar no cérebro, ela passa pela nossa visão, que por sua vez, transmite essa imagem para determinadas áreas do cérebro. Se pensarmos que temos 2 hemisférios e 2 olhos, seria comum achar que o olho direito manda mensagens para o cérebro direito e vice-versa, certo? Errado! Quando falamos em cérebro e visão a relação é inversa. O HD (hemisfério direito) comanda o lado esquerdo do nosso corpo e recebe informações do olho esquerdo. O HE (hemisfério esquerdo) comanda o lado direito do nosso corpo e recebe informações do olho direito. É só trocar: Olho Dir. » HE » comanda lado direito Olho Esq. » HD » comanda o lado esquerdo Conhecidos os hemisférios cerebrais, nos resta saber suas funções. Sim, porque cada um comanda ou determina alguma coisa. O HD: lado paradgmático, analógico, da similaridade, do ícone, da poesia, da qualidade, da arte, da anarquia coordenada, da emoção. É o lado não-verbal e é no lado direito onde encontramos a parte do cérebro responsável pela percepção das cores, pela informação visual. O HE: lado sintagmático, lógico, da contigüidade, do símbolo, do cálculo, da quantidade, da ciência, da hierarquia subordinada, da razão. É o lado verbal, responsável por todas as informações escritas. Agora que sabemos o lado do cérebro e o que cada um representa fica mais fácil imaginar onde é o lugar mais adequado para se colocar imagens visuais. Do lado direito ou esquerdo? Esquerdo, porque o olho esquerdo manda informações para o lado direito, que é o visual. Um exemplo: se em uma matéria você quiser favorecer um candidato a um partido político, por exemplo, diagrame a imagem dele à esquerda da página e não no centro como a maioria faz achando que o centro é o

melhor lugar. Se em outra matéria, onde você fale de culinária, quiser que os seus leitores fiquem realmente com água na boca e fome, diagrame-a do lado esquerdo alguma coisa em cor laranja (como já devem saber o laranja provoca fome). Na minha aula, por exemplo, eu posso estar usando elementos subliminares de assimilação, que podem estar na cor da minha roupa, em como me posiciono etc. Esse tipo de aplicação onde o posicionamento de uma imagem, cor ou informação é colocado de modo que o cérebro capte melhor é o que chamamos de Subliminar. Subliminar são maneiras de se transmitir informações para o nosso cérebro sem que a gente se dê conta disso. Para obter imagens ou textos subliminares, o indicado levar em conta o que chamamos de visão periférica, ou seja, o que fica fora da nossa linha principal da visão. Faça o seguinte teste: fique sentado, ou pé, olhando um objeto fixo à sua frente, observe que mesmo com a visão parada em um determinado foco, existem outras informações visuais em volta do foco principal. A área onde essas imagens, fora do eixo principal, se encontram, é o que chamamos de visão periférica. Mesmo que você não preste atenção nessas “informações periféricas” o cérebro capta e transmite ao corpo. Normalmente, essas imagens tem uma influência muito maior sobre as pessoas, do que as imagens posicionadas no eixo focal principal da visão. O elemento subliminar, não precisa ser uma imagem ou texto, podemos usar o subliminar através das cores, formas, sons, músicas, aromas etc... A Semiótica O estudo das partes do cérebro, o que cada um representa e como funciona, o subliminar, as cores etc, fazem parte dos estudos da Semiótica. Semiótica é o estudo dos símbolos, a teoria da Gestalt em psicologia. Nós todos convivemos com símbolos desde a nossa infância. Esses símbolos são assimilados pelo nosso inconsciente e ficam lá a espera de sair e mostrar toda a carga de associações neles existentes. Exemplos: • Toda criança ao desenhar um sol faz um círculo com tracinhos e normalmente esse sol tem uma carinha de

feliz, você já viu algum sol realmente assim? Temos aqui símbolos, ícones de luz, alegria, infância. • Uma estrela de 5 pontas pode tanto representar Deus

como o Diabo

, depende da

maneira que colocamos a estrela; • Trevo de 4 folhas - sorte; número 13 - azar • Estrela de 6 pontas

o que ela te faz lembrar?

• E um círculo vermelho? • Bruxas e fadas dos desenhos infantis: roxo traz associações com bruxaria (todas as bruxas da Disney vestem roxo); rosa, azul e verde claro, lembram infância, magia (as fadas da Bela Adormecida: Fauna que era verde; Flora, rosa e a Primavera, que usava azul); • Os 7 anões - Duendes - símbolos de bondade, magia, encanto e sorte. Tudo isso com certeza existe no seu cérebro e não vá dizer que não... a não ser que nunca tenha visto nenhuma espécie de desenhos quando criança. Além disso, carregamos símbolos próprios relacionados a acontecimentos particulares, como, por exemplo, uma cor de roupa que estava usando quando alguma coisa horrível aconteceu, uma música que ouviu quando alguém partiu etc. Todos possuem símbolos próprios e símbolos que fazem parte do inconsciente coletivo em que vivemos (símbolos comuns a uma sociedade). Relacionando a semiótica à comunicação, podemos dizer que há duas formas básicas de comunicação: a sincrônica e a diacrônica e para essa comunicação existir é preciso que haja sempre um emissor e um receptor. Comunicação diacrônica ou sintagmática. É o processo de comunicação existente no nosso dia a dia, onde o receptor é passivo e apenas recebe a informação. As idéias são passadas uma após as outras e todas juntas formam um conjunto de idéias objetivo, simples, direto. Exemplos: jornais, revistas, programas televisivos do tipo Faustão, Hebe, Ratinho, Filmes de cinema comerciais etc... É a Comunicação Linear Comunicação sincrônica ou paradigmática. É o contrário da diacrônica. O receptor tem liberdade para formar uma idéia sobre o que está vendo, tirar suas próprias conclusões e interferir. Aqui, ao invés das informações serem passadas umas atrás das outras, várias informações são transmitidas simultaneamente. O receptor pode entender ou não, receber ou não o que o transmissor desejou, ou ainda, receber de uma maneira distinta ao que foi imaginado pelo transmissor, de acordo com sua

vivências e símbolos próprios. Exemplos: pinturas, esculturas, filmes de arte etc... É a Comunicação Poética. Seria possível, agora, completar o relação dada mais acima e traçar um esquema completo relacionando os hemisférios cerebrais, as cores, os textos, a visão e a semiótica. Comunicação sincrônica = comunicação paradigmática = comunicação poética = hemisfério direito = paradgmático = analógico = similaridade = ícone = poesia = qualidade = arte = anarquia = emoção = não-verbal = cores = visual = música = desejos = teatro = filmes de arte. Comunicação diacrônica = comunicação sintagmática = comunicação linear = hemisfério esquerdo = sintagmático = lógico = contigüidade = símbolo Û cálculo = quantidade = ciência = hierarquia subordinada = razão = verbal = textos = números = filmes comerciais.

Gestalt É o estudo da relação entre figura e fundo. Para entender a gestalt, primeiramente devemos ser capazes de identificar em um conjunto visual o que é figura e o que é fundo. Figura: é sempre o objeto principal da visão Fundo: é o background, ou seja, fundo, dessa imagem principal. Segundo a gestalt, o fundo de uma imagem pode conter mais informações do que a figura nela representada e, com isso, o fundo acaba se tornando figura e assim por diante. Combinações de textos e cores, personagens e cenário, eu dando aula e a classe, são exemplos de figura e fundo. Usando minha aula como exemplo, imagine que quando eu estou falando com vocês eu sou a figura e a lousa é o fundo, quando eu paro a explicação verbal para demonstrar algo na lousa a situação se inverte, a lousa passa a ser figura e eu fundo. Outro exemplo: a lousa sem nada escrito em cima é uma figura que tem como fundo a parede, no momento em que começo a escrever sobre a lousa, ela passa a ser fundo para o giz. Essa alternância entre a figura e o fundo exemplifica o conceito da gestalt, onde a sensação de profundidade pode ser alterada de acordo com o ângulo de visão do receptor da mensagem. Essa relação entre figura e fundo também se aplica a formas de comunicação não visuais. Podemos ter a rela-

ção de figura e fundo em músicas (a voz e o ritmo), perfumes (o aroma e o objeto que faz lembrar esse aroma), paladar (textura e sabor) etc... Existem algumas ilustrações bem conhecidas, onde esse conceito de figura e fundo é perfeitamente demonstrado como uma figura de uma taça que também pode ser dois perfis de pessoas um de frente para o outro, ou um outro que pode ser uma jovem ou uma senhora. Imagens que mudam conforme o ângulo de visão. A gestalt acaba sendo uma forma de comunicação subliminar, já que o fundo, que é parte integrante da nossa visão periférica pode conter imformações que ajudem o receptor a assimilar a informação principal.

A Patafísica Teoria da comunicação que se baseia no conceito de que tudo se movimenta em ciclos espirais, portanto tudo que for criado ou construído com base desse princípio, consegue informar mais rapidamente e objetivamente. Seu símbolo é o “Ouroboros” a “Cobra mordendo o rabo” que significa que tudo começa e termina no mesmo lugar, que a vida gira dentro de uma espiral onde o início e o fim se encontram. O DNA, as células, o cliclo da vida. De acordo com essa teoria, todo elemento de comunicação que tenha o princípio do ouroboros em sua criação será mais bem recebido. Ou seja o transmissor ajudando o receptor a entender e assimilar melhor uma idéia. Como esse conceito dificilmente é percebido pelas pessoas nos meios de comunicação, por isso, ele acaba se tornando um elemento de comunicação subliminar. Para empregar o princípio da patafísica devemos usar no início e no fim elementos visuais ou não visuais que sejam iguais. Isso faz com que uma pessoa que esteja assistindo um filme ou lendo uma matéria, onde no final exista algum elemento que já tenha aparecido no seu início, lembre melhor de tudo que foi visto/lido durante aquele tempo. Esse elemento, visual ou não, repetido funciona como um link, um botão de “start” que faz com que o receptor relembre o que foi absorvido entre os dois objetos repetidos. Portanto, não se esqueça, tudo que tem no seu fim algo que lembre o seu início, vai ser melhor assimilado pelo cérebro.

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