Cintilografia Renal

  • Uploaded by: Joao Bruno Oliveira
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  • May 2020
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Cintilografia renal Existem dois tipos de cintilografia renal: cintilografia renal dinâmica e a cintilografia renal estática quantitativa. A primeira é feita com um radio fármaco chamado DTPA marcado com Tc 99m. Indicações da cintilografia renal dinâmica 1 - Dilatação pelvico-caliciana 2 - Planejamento cirúrgico 3 - Avaliação da função diferencial 4 - Avaliação de transplante renal 5 - Avaliação de hipertensão arterial sistêmica (diagnóstico diferencial hipertensão renovascular) 6 - Trauma 7 - Refluxo vésico-uretral 8 - Tumor renal Radio fármacos Os fármacos utilizados na cintilografia renal dinâmica estão enquadrados em duas categorias: 1 - Radio fármacos que são excretados por filtração glomerular 2 - Radio fármacos que são excretados principalmente por secreção tubular O agente de filtração glomerular DTPA-Tc 99m é o mais utilizado no Brasil para este tipo de exame e ele apresenta a vantagem de medir o rítmo de filtração glomerular individual e global. O MAG3 também marcado com Tc 99m é utilizado na cintilografia renal dinâmica. Não é necessário qualquer preparo prévio. Para a realização do exame o paciente deve deitar em decúbito dorsal e com o detector da gama camara posicionado embaixo da mesa do equipamento. Injeta-se o radio fármaco por via intra venosa e de imediato é iniciada a aquisição das imagens. Geralmente faz-se um forte garroteamento de uma veia do braço, para a injeção do medicamento, sendo este o único incomodo que o paciente sente durante todo o procedimento. A sua duração é de mais ou menos 30 minutos. Este exame serve para avaliar a função renal global, estudar problemas renovasculares, avaliar transplantes renais, estudar a função renal nos portadores de cálculos renais, etc. Uma variante deste exame (cintilografia renal dinâmica com captopril) é particularmente útil no diagnóstico da hipertensão reno-vascular. A cintilografia renal estática quantitativa é feita com uma substância chamada DMSA também marcada com Tc 99m. Também não é necessário qualquer preparo prévio. Geralmente, o paciente é injetado durante a manhã e retorna à clínica 6 horas depois para realização do exame. Como no exame anterior, o detector de radiação é posicionado embaixo da mesa do equipamento. A aquisição das imagens demora em torno de 10 minutos. Ela é muito importante em crianças que apresentam infecção urinária recorrente ou refluxo uretral, pois este tipo de exame identifica locais de cicatrização na córtice renal provocados pela pielonefrite (infecção urinária renal).

Este tipo de infecção é relativamente comum em crianças (3% em meninas e 1% em meninos). A infecção urinária pode acometer tanto o trato urinário inferior, causando cistite, ou o trato urinário superior, comprometendo, então, o rim (pielonefrite). A pielonefrite é a maior causa da presença de cicatriz na córtice renal em crianças. 10 a 20% destes casos podem evoluir para hipertensão posteriormente. A identificação eficaz e o seguimento a longo prazao é, portanto, importante. A prevenção da cicatriz inicial é ainda mais importante. A tomografia computadorizada tem sensibilidade e especificidade semelhantes à da cintilografia renal com DMSA, na detecção de pielonefrite aguda, contudo com a tomografia temos o risco de reação ao contraste e uma dose de radiação maior. A ressonância nuclear magnética também pode ser usada, mas o seu custo é bem mais elevado que o da cintilografia. A cintilografia renal é mais sensível que o ultra-som na detecção de cicatrização da córtice renal e mostra o rim que está em maior perigo de desenvolver cicatrização. Além de fornecer uma boa definição da silhueta renal, a cintilografia com DMSA mostra a distribuição relativa do radio fármaco no tecido funcional. Esta distribuição pode ser quantificada através de programas especiais. Os exames de laboratório convencionais nem sempre são confiáveis para o diagnóstico de pielonefrite aguda. Os sintomas são, muitas vezes, os mais variados e confusos. O paciente pode apresentar febre, dor no flanco, lassidão, irritabilidade, leucocitose e bacteriúria. Entretanto, estes achados nem sempre são indicadores fiéis de infecção renal parenquimatosa. Nos recém nascidos os sinais clínicos são ainda mais inespecíficos. Indicações comuns para a cintilografia renal com DMSA: 1 - Pielonefrite aguda 2 - Cicatriz renal 3 - Avaliação da massa renal funcionante 4 - Tecido renal ectópico (rim pélvico) 5 - Rim em ferradura 6 - Alergia aos contrastes iodados

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