Cardiopatias Hipercinéticas
Insuficiencia cardíaca Estado
patológico no qual o coração é ineficaz para a manutenção do débito cardíaco necessário para suprir as exigências metabólicas dos órgãos e tecidos
Processo
dinâmico, iniciado por agressão ao miocárdio, resultando em ativação de sistemas neuro-humorais com a finalidade de manter a pressão arterial e de preservar a perfusão dos órgãos de alto débito.
Coração normal
Cardiomiopatia dilatada
Síndromes de alto débito Situações
clínicas como tireotoxicose, beriberi, fístulas arteriovenosas, anemia e D. de Paget
O
coração é incapaz de manter um débito suficientemente elevado para impedir o surgimento de sintomas de insuficiência cardíaca
Difere
da insuficiência de baixo débito pelo fato do paciente apresentar extremidades quentes e roseas, pressão de pulso normal ou elevada e uma diferença artério-venosa de O2 normal ou diminuída.
Alto débito Aumento
do volume sanguíneo Aumento da pressão no átrio direito Aumento da pressão diastólica na artéria pulmonar e ventriculo esquerdo Descompensação cardíaca por dilatação de camaras com sinais de Insuficiencia cardíaca
Métodos diagnósticos Radiologia
convencional Ultrassonografia • Ecocardiograma (anatomia/fisiologia/modo
M) • Ecodoppler Tomografia
Computadorizada helicoidal multislice Ressonância Magnética em aparelhos de 1.5 T de alta performance
Sinais radiológicos de IC Radiologia convencional
1. Indice cardiotorácico aumentado 2. Hipertensão pulmonar 1. Redistribuição do fluxo pulmonar 2. Edema
VCS Ao
AP
AE VD VE
AA
TAP VCS
AO
APE
AD AE VD
VE VCI
APE APD
Ao
AD
AE
VD
VE
Dilatação global das câmaras cardíacas
1.Indice cardiotoracico
A / B = 0.5
A
B
Indice cardiotorácico
ICT = 0.5
2.Redistribuição do fluxo pulmonar Circuito
pulmonar é de baixa resistencia e baixa pressão Possuímos em repouso uma enorme quantidade de capilares aguardando ser recrutados quando o fluxo sanguíneo pulmonar aumentar – um grande de fluxo pode ocorrer sem a resistencia pulmonar O pulmão tem capacidade de redistribuir o fluxo sangüineo
Posição ortostática A distribuição do fluxo depende da relação entre pressão alveolar, pressão arterial pulmonar e pressão venosa Ápices = pAlveolar mantém os vasos colapsados 1/3 médio = pArteriolar supera a pAlveolar no início da sístole (perfusão periódica) Bases = perfundidas o tempo todo
Hipertensão pulmonar IC
leva a dificuldade de esvaziamento das vv pulmonares no AE com da pressão nas veias pulmonares
Aumento
exagerado da pressão venosa gera acumulo de fluidos nos capilares alveolares
Acima
de 12 mm Hg temos extravasamento de fluido para o intersticio – a quantidade de fluido deve ser 6 vezes o normal para observarmos alterações radiográficas.
Severidade da hipertensão venocapilar pulmonar 1. Redistribuição do fluxo para os ápices (pvP ~ 12 mm Hg) 2. Aumento da agua intersticial pulmonar Espessamento dos septos interlobulares (Kerley) Edema vascular e peribrônquico (pVP ~18 mm Hg)
3. Edema alveolar Liquido no espaço aéreo (pVP ~ 25 mm Hg)
4. Estágio final (evolução crônica) Deposição de hemossiderina e cálcio no
Sinais radiológicos Grau
I
• Equalização dos diâmetros dos vasos do ápice e base
com dilatação dos vasos apicais (dificil de ver)
Grau
II
• Aumento de líquido intersticial Borramento dos hilos Edema peribrônquico Linhas A,B e C de Kerley (A =lobos superiores, B=seios costofrênicos, C=oblíquas nas bases) Espessamento de cissuras
Grau III
Edema alveolar
Grau IV
Depósito de cálcio e hemossiderina
Cefalização do fluxo pulmonar Redistribuição
do fluxo pulmonar para lobos superiores (difícil caracterização)
Edema pulmonar Hipertensão pulmonar Grau II Linhas septais = linhas B de Kerley
Edema pulmonar Hipertensão pulmonar Grau III Àrea cardíaca nos limites superiores da normalidade Má função ventricular direita: •Edema alveolar •Dilatação da VCS
Edema pulmonar
Paciente anterior – controle evolutivo demonstrando desaparecimento do edema pulmonar e da dilatação da VCS
TC helicoidal
Corte axial pós contraste ao nível da valva mitral Dilatação do VE
Ressonância magnética Estudo
funcional (cine-RM)
Final da diástole
Final da sístole
Ressonância Magnética Cálculo
da fração de ejeção
Ressonância Magnética Imagens axiais obliquas oblíquas
Final da diástole
Final da sistole
Dilatação das câmaras cardíacas com redução da contractilidade (miocardiopatia isquemica)
Ecocardiografia
Ecocardiograma modo M Registro
gráfico da posição e movimento das estruturas cardíacas Registra simultâneamente ECG, ruídos cardíacos e ondas de pulso O transdutor passa por 3 zonas: 1. Ventrículos Estimativa do volume sistólico e fração de ejeção
2. Folhetos mitrais anterior e posterior 3. Aorta, valva aórtica e Atrio esquerdo
Ecocardiograma modo M Miocardiopati a dilatada Imagem obtida ao nível da valva mitral demonstrando VE dilatado e com baixa
contractilidade Seta mostra dilatação do VE
Ecocardiograma modo M Miocardioptia dilatada VD e VE dilatados e com baixa contractilidade
US bidimensional Imagens
tomográficas de cortes tomográficos selecionados do coração 4 visualizações mais comuns • Eixo longo (acesso paraesternal) • Eixo curto (acesso paraesternal) • Apice Quatro camaras Duas camaras • Incisura supra-esternal
http://www.echoincontext.co m
Acessos: Paraesternal, subcostal, apical e supraesternal
Eixo longo Acesso paraesternal
Eixo curto Acesso paraesternal
Eixo longo / Acesso apical / 2 camaras
Eixo longo / Acesso apical / 4 camaras
Ecocardiograma Mede as dimensões das câmaras durante o ciclo cardíaco Neste caso: insuficiência diastólica
Final da diástole
Final da diástole
Collor Doppler Cardiomiopatiacom regurgitação mitral Imagem sistólica apical
RV
Regurgitação (MR) em AE dilatado VE dilatado compare com VD
Estados hipercinéticos Anemia Hipertireoidismo Fistula
(cardiotireotoxicose)
AV Deficiencia vitaminica (beri-beri cardíaco)
Anemia Aumento
do débito cardíaco Redução da resistencia vascular periférica
Hipertireoidismo Efeitos
cardiovasculares
• efeitos combinados do hormônio tireoideano
e da estimulação simpática • aumento do consumo de oxigênio pelo miocárdio • síndrome de alto débito angina pectoris e/ou insuficiência cardíaca congestiva
Beri-beri Doença
decorrente da deficiencia de tiamina (vit B1) • Alcoolatras, uso crônico de diuréticos de
alça,diarréia crônica, hemodiálise • Exercício, febre e infecções aumentam a necessidade de tiamina
2 variantes: Bb úmido BB úmido: • Sinais de IC de alto débito • Retenção de sódio e agua • Vasodilatação periférica • Falência biventricular
e BB seco
Fontes de tiamina Grãos
integrais, cereais Carne de porco, aves e peixes Vegetais Derivados do leite Alimentos refinados são pobres em tiamina
Deficiencia de tiamina Vasodilatação
periférica Queda do fluxo sangüineo renal e cerebral Aumento do fluxo sangüineo muscular
Retenção de Na+ e líquidos Elevação da pressão venosa periférica
Aumento de câmaras cardíacas Pneumonia de aspiração no lobo inferior direito
Conclusão Para
avaliação das Cardiopatias Hipercinéticas necessitamos: • • • •
História clínica e exame físico ECG RX de tórax Ecocardiografia
Métodos
complementares:
• Tomografia Coputadorizada • Ressonancia Magnética • Medicina Nuclear