Campanha antibulling movimenta alunos do SESI
Cerca de 40% dos alunos de uma sala de aula estão envolvidos com algum tipo de bulling (brincadeiras que machucam), prática que atinge principalmente crianças e adolescentes entre 10 e 15 anos. Os dados, divulgados pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), foram apresentados nesta quinta-feira, no encerramento da Campanha Antibulling, que mobilizou durante dois dias os 480 alunos do ensino fundamental da escola Dra. Émina Barbosa Mustafa, da Rede SESI Amazonas de Educação. Para a psicóloga Hilda Costa, a proposta do SESI é orientar os alunos para que cresçam e aprendam a respeitar a integridade física e moral do outro, vivendo em sociedade com mais dignidade e crescendo para se tornarem bons profissionais. De acordo com a psicóloga, o bulling acontece também nas empresas e na sociedade de modo geral. “É um preconceito que anula o outro e se refere a todas as formas agressivas adotadas por um ou mais estudante contra outros mais novos ou frágeis”, explicou. Para Hilda Costa, o SESI se antecipa formando cidadãos que aprendem a respeitar o próximo. De acordo com a psicóloga, a função do professor em sala de aula é fundamental nesse processo de orientação contra o bulling. O professor, segundo Hilda, é o primeiro a fazer a intervenção, ajudando o aluno a refletir e parar com o comportamento agressivo, encaminhando o aluno para especialistas que possam ajudar. Segundo os dados da Abrapia, são vários os tipos de bulling: sexual (assediar, induzir ou abusar); exclusão social (ignorar, isolar e excluir); psicológico (perseguir, amedrontar, intimidar e manipular), além do bulling virtua (perseguição através dos sites de relacionamento). Os pais podem identificar sintomas do bulling, de acordo com os especialistas, observando a resistência ou mal-estar da criança na hora de ir à escola, baixo rendimento escolar, isolamento e depressão, roupas e material escolar danificados.