Biografia De Charles Finney

  • May 2020
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  • Words: 2,012
  • Pages: 5
Charles G. Finney ( Pequena Biografia ) ( O Apóstolo dos Avivamentos )

Este abençoado servo de Deus já foi

considerado como um dos mais ungidos evangelistas dos últimos tempos. Estima-se que mais de 250 mil pessoas entregaram suas vidas para Jesus através de suas pregações. Charles Finney nasceu em Warren, Connecticut, Estados Unidos, no dia 29 de Agosto de 1792. Aos dois anos de idade, sua família se mudou para Hannover, estado de Nova Iorque. Quando pequeno, a única experiência que tinha de igreja era assistir a cultos frios. Formou-se advogado, e de tanto ler citações bíblicas nos livros de Direito, começou a inquietar-se com respeito a onde passaria a eternidade. Numa noite, quando estava com 29 anos de idade, assentou-se para resolver o problema da salvação de sua alma. Ajoelhado diante de Deus, viu todo seu orgulho, reconheceu que era pecador e se arrependeu. Experimentou um poderoso batismo no Espírito Santo, o qual descreveu assim: "Era como uma onde de energia que percorreu todo meu ser com ondas de amor líquido." No dia seguinte, informou o seu primeiro cliente: "Não posso mais defender sua causa, tenho um chamado para defender a causa de nosso Senhor Jesus Cristo." Em pouco tempo estava pregando pelo seu estado de Nova Iorque. Uma das suas pregações mais populares era: "Os pecadores estão obrigados a

mudar seus próprios corações." Aos 31 anos tornou-se pastor da Igreja Presbiteriana de Saint Lawrence e, entre 1824 a 1832, iniciou o processo que ficou conhecido como "o fogo dos nove anos." Durante os 40 anos que atuou como evangelista escreveu 17 livros, sendo quatro deles impressos até hoje. Poderoso na palavra, na oração e no testemunho, através de suas pregações várias igrejas foram renovadas, novas congregações foram implantadas, milhares de pessoas deixaram seus vícios e foram avivadas pelo Espírito Santo. Conta-se que depois de pregar numa cidade não houve baile nem teatro durante 6 anos tamanho o impacto causado nas pessoas. Uma pesquisa apontou que 85% das pessoas que se convertiam através de suas pregações permaneciam fiéis a Deus. Em 1832 começou a pastorear uma igreja na cidade de Nova Iorque e, tres anos depois, montou o Seminário Teológico Oberlin num antigo colégio, onde também dava aulas. Apesar disso, nunca abandonou o evangelismo. Era um homem que orava muito, sem cessar. Gostava de passar dias inteiros em jejuns secretos e tirava dias para estar a sós com Deus. Ficou viúvo duas vezes e teve tres esposas. Com Lydia Andrews teve 6 filhos. A segunda esposa foi Elizabeth Atkinson, que também faleceu. A última foi Rebecca Rayl. As tres compartilharam do trabalho de reavivamento acompanhando-o em em viagens e ministrações paralelas. Charles Finney faleceu em 1875, aos 83 anos de idade, vítima de um problema cardíaco. Até o dia de hoje seus escritos continuam influenciando e edificando os cristãos em todo mundo. Charles estava estudando para ser advogado. Enquanto lia Blackstone’s Law Commentaries (Comentários de Blackstone Acerca da Lei), a autoridade final sobre o assunto, ele foi surpreendido pelas referências constantes que o autor (um cristão) fazia à Bíblia, tendo-a como base de toda lei civil e moral. Ele adquiriu um exemplar das Escrituras Sagradas e começou a estudá-las seriamente. Sua conversão se assemelha a algo do Livro de Atos. Sob a convicção profunda da Escritura e guiado pelo Espírito Santo, ele prometeu, em uma tarde de domingo do outono de outubro de 1821, “se fosse possível resolver a questão da salvação da minha alma de uma vez por todas, eu faria as pazes com Deus” (Finney, Autobiography [Autobiografia], p. 12) Durante os dois dias posteriores, sua convicção aumentava, mas ele não conseguia orar nem chorar; sentia que, se pudesse ficar sozinho e clamar a Deus voz alta, algo poderia acontecer. Na noite de terça-feira, ele ficou tão nervoso que sentiu que, se não clamasse, desceria para o inferno, mas sobreviveu até a manhã. Ao dirigir-se para o trabalho, ele foi subitamente confrontado por uma “voz interior” que o imobilizou na frente do escritório. “O que você está esperando? Você não prometeu dar seu coração a Deus? O que você está tentando fazer? Ser justificado pelas obras de suas próprias mãos?”

A essência da conversão foi-lhe aberta no meio da rua de uma forma que ele chamou de “uma maneira maravilhosa”; viu que a obra de Cristo era completa e que necessitava parar de pecar e submeter-se à Sua justiça. A voz prosseguiu: “Você O aceitará agora? Hoje?” Finney prometeu: “Sim; vou aceitá-Lo hoje ou morrerei tentando” (Finney, Autobiography, p. 15). A Convicção do Pecado Saindo às escondidas rumo a uma pequena floresta onde ele gostava de passear, evitando que alguém pudesse perguntar-lhe o que estava fazendo, o jovem advogado travou uma batalha com seu orgulho. Várias vezes, ele tentou orar, mas os estalos das folhas o interromperam friamente; ele pensou que alguém estivesse chegando ou fosse vê-lo tentando falar com Deus. Enfim, à beira do desespero, pensando que tivesse jurado imprudentemente e que sua dureza de coração havia afastado e entristecido o Espírito Santo, ele teve uma súbita revelação a respeito de seu orgulho: “Foi impressionante a maneira como tomei consciência da minha maldade e me envergonhei diante de Deus, clamando com toda a minha voz... Eu não deixaria aquele lugar nem se todos os homens da terra e todos os demônios do inferno me cercassem... O pecado surgiu, horrível e infinito, e me fez chorar diante de Deus” (Finney, Autobiography, p. 17). Foi então que um versículo bíblico pareceu “pingar em sua mente com um dilúvio de luz”: “Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.12,13). No entanto, Finney não se lembrava de tê-lo lido anteriormente. Porém, este versículo transmitiu-lhe fé para tomar uma decisão racional. Afinal, ele sabia que um Deus incapaz de mentir havia falado com ele, e que sua promessa seria ouvida. Silenciosamente, voltando para a aldeia, ele provou tamanha sensação de paz que “parecia ser ouvida por toda natureza”. Então, percebeu que era meio-dia, e que muitas horas haviam-se passado sem que ele tivesse consciência da passagem do tempo. Uma Manifestação Divina De volta ao escritório, seu chefe, o juiz Wright, havia saído para almoçar. Finney pegou seu rabecão e começou a tocar e a cantar alguns hinos. “Porém, assim que comecei a cantar as palavras santas, chorei. Parecia que meu coração se liquefazia; meus sentimentos encontravam-se em tal estado que eu não conseguia ouvir minha própria voz cantando sem que minha sensibilidade transbordasse... Tentei conter as lágrimas, mas não consegui” (Finney, Autobiography, p. 20). Durante toda aquela tarde, repleto de um profundo sentimento de ternura, doçura e paz, ele ajudou o juiz Wrigh a mudar o escritório. O trabalho terminou, e ele desejou boa noite ao chefe. “Eu o havia acompanhado até a porta; assim que fechei a porta e me virei, meu coração pareceu derreter-se dentro de mim. Todos os meus sentimentos pareceram vir à tona e transbordar, e a expressão do meu coração foi: ‘Quero derramar a minha alma para Deus’” (Finney, Autobiography, p. 21). Ele correu em direção a um cômodo que ficava atrás do gabinete para orar, e, então, aconteceu:

“Não havia fogo ou luz no ambiente; entretanto, pareceu-me como se estivesse perfeitamente iluminado. Assim que entrei e fechei a porta, foi como se eu encontrasse o Senhor Jesus Cristo face a face. No momento – nem por algum tempo depois - , não reparei que se tratava de uma concepção mental. Ao contrário, parecia que eu O via como vejo qualquer outro homem. Ele não disse nada, mas olhou para mim de tal forma que me prostrei diante de Seus pés... Parecia ser realidade o que acontecia: Ele permanecia em minha frente, e eu caía aos Seus pés e Lhe derramava a minha alma. Chorei em voz alta como uma criança e fiz o maior número possível de confissões chocado e soluçando. Era como se eu lavasse Seus pés com minhas lágrimas ainda que eu não tivesse a impressão de tê-lo tocado” (Finney, Autobiography, p. 21). Batizado pelo Espírito Durante um longo período de tempo, Finney continuou nesse estado; eventualmente, ele fazia um intervalo e voltava para o escritório frontal, onde o fogo na lareira tinha quase queimado. Quando ele estava prestes a sentar-se perto do fogo, recebeu, segundo suas próprias palavras, “o poderoso batismo com o Espírito Santo. Sem esperar ou imaginar que houvesse tal coisa para mim, o Espírito Santo desceu de uma maneira que pareceu atravessar-me, o corpo e a alma. Eu sentia como se fosse uma corrente elétrica passando por mim repetidas vezes. De fato, eu não conseguiria descrever o que aconteceu de outra forma. Parecia o fôlego de Deus. Posso recordar-me claramente que era como se asas imensas sobre mim soprassem. “Nenhuma palavra pode exprimir o amor maravilhoso que foi derramado em meu coração. Chorei por sentir tanta alegria e amor. Não sei, mas acho melhor dizer que eu literalmente exprimi em voz alta as inundações inexprimíveis do meu coração. As ondas continuavam a passar sobre mim, uma após as outras, até eu clamar: ‘Eu morrerei se essas ondas continuarem a passar sobre mim.’ Falei: ‘Senhor, não posso mais suportar’. Todavia, não tive medo de morrer” (Finney, Autobiography, p. 22). Posteriormente, um membro do coral da igreja, batendo à sua porta, encontrou-o chorando e perguntou se ele estava doente ou se sentia dor. Eventualmente capaz de falar, Finney respondeu: “Não, mas me sinto feliz demais para viver”. O Princípio de um Ministério Poderoso Na manhã seguinte, com a luz do sol, seu batismo de poder e amor retornou, e, com ele, veio o chamado ministerial. Durante todo dia, cada encontro com o perdido gerava forte convicção e conversão. O primeiro homem com quem falou (seu chefe: o juiz) foi tomado de tal convicção do pecado que não conseguiu encará-lo; saiu do escritório com uma certeza profunda e; poucos dias depois, foi convertido na mesma floresta onde o próprio Finney foi salvo.

O segundo visitante, que era cliente e diácono da igreja e tinha um caso para o advogado recém-convertido tentar resolver às 10h da manhã, também não escapou. O jovem advogado saudou-o com as palavras: “Tenho uma procuração do Senhor Jesus Cristo para defender Sua causa e não posso defender a sua” (Finney, Autobiography, p. 26). O próximo, um universalista que encontrou na loja de um sapateiro cristão, teve seus argumentos demolidos por Finney. Ao sair da loja, dirigiu-se rumo à mata e à salvação. A partir daquele dia, Finney percebeu que teria de desperdir-se de sua profissão legal. Foi então que deu início à uma vida de fogo e poder, comparável a poquíssimas vidas na história cristã. Charles Finney foi um grande evangelista. Suas campanhas eram marcadas por fatos extraordinários. O missionário Orlando Boyer mostra o impacto que Finney causava como mensageiro de Cristo: “Perto da aldeia de New York Mills, no século dezenove, havia uma fábrica de tecidos movida pela força das águas do Rio Oriskany. Certa manhã, os operários se achavam comovidos, conversando sobre o poderoso culto da noite anterior, no prédio da escola pública. Não muito depois de começar o ruído das máquinas, o pregador, um rapaz alto e atlético, entrou na fábrica. O poder do Espírito Santo ainda permanecia sobre ele; os operários, ao vê-lo, sentiram a culpa de seus pecados a ponto de terem de se esforçar para poderem continuar a trabalhar. Ao passar perto de duas moças que trabalhavam juntas, uma delas, no ato de emendar um fio, foi tomada de tão forte convicção, que caiu em terra, chorando. Segundos depois, quase todos em redor tinham lágrimas nos olhos e, em poucos minutos, o avivamento encheu todas as dependências da fábrica. O diretor, vendo que os operários não podiam trabalhar, achou que seria melhor se cuidassem da salvação da alma, e mandou que parassem as máquinas. A comporta das águas foi fechada e os operários se ajuntaram em um salão do edifício. O Espírito Santo operou com grande poder e dentro de poucos dias quase todos se converteram.”

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