Aula Chagas

  • November 2019
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  • Words: 777
  • Pages: 49
Tripanossomíase americana

Doença de Chagas

Doença de Chagas Agente etiológico: Trypanosoma cruzi  Descoberta em 1909 em Lassance, MG, por Carlos Chagas;



Os precursores da pesquisa no Brasil, em 1910. Sentados da esquerda para a direita: Godoy, Gomes de Faria, Cardoso Fontes, Giemsa, Oswaldo Cruz, Prowazek e Adolfo Lutz. Em pé, da esquerda para a direita: Carlos Chagas, Rocha Lima, Figueiredo Vasconcelos, Henrique de Aragão e Arthur Neiva.

 Morfologia:  Tripomastigotas delgadas, largas e metacíclicas;  Amastigotas;  Epimastigotas.  As formas amastigotas e tripomastigotas são infectantes in vitro.

Ninho de Amastigot as

Tripomastigot as sanguíneas

Epimastigotas

Mecanismos de Transmissão Vetorial Transfusão de sangue; Congênita; Acidentes de laboratório; Oral; Coito; Transplantes.

Patogenia  Fase aguda:  Pode ser

sintomática ou assintomática, sendo a segunda mais freqüente.  Manifestações locais;

Sinal de Romanã

• As manifestações gerais são febre, edema localizado e generalizado, hepatomegalia, esplenomegalia, e ás vezes, insuficiência cardíaca e perturbações neurológicas. • O óbito, quando ocorre, é devido a meningoencefalite aguda ou a insuficiência cardíaca, devido a miocardite aguda difusa, uma das mais violentas que se tem notícia.

Fase crônica 

A doença de Chagas pode provocar lesões especialmente dos órgãos ocos, levando a cardiopatia chagásica e aos megas.  A patogenia vai depender de fatores: Do parasito:  Polimorfismo, tropismo, virulência, número de parasitos inoculados, etc. Do hospedeiro:  Constituição genética, sexo, idade, raça, resposta imunológica, fatores nutricionais, etc.

Forma crônica indeterminada: • Caracterizada pelos seguintes parâmetros:  Positividade de exames parasitológicos ou sorológicos;  Ausência de sintomas;  Eletrocardiograma convencional normal;  Coração, esôfago e cólon radiológicamente normais. • 50% dos paciente chagásicos que passaram pela fase aguda pertencem a

Fase crônica sintomática • Cardiopatia chagásica crônica sintomática:  Insuficiência cardíaca, devido a diminuição da massa muscular, que se encontra muito destruída;  Arritmias cardíacas, devido a destruição do SNA simpático e parassimpático;  Fenômenos tromboembôlicos, que podem provocar infartos no coração,

Cardiopatia chagásica

Megas • Os megas são dilatações permanentes e difusas das vísceras ocas (megacólon, megaesôfago, megaduodeno, megabexiga, etc), não provocadas por obstrução. • Causados por alterações morfológicas e funcionais.

Diagnóstico Clínico • Origem do paciente, presença dos sinais de entrada, acompanhados de febre irregular ou ausente, hepatoesplenomegalia, taquicardia, edema generalizado ou dos pés. • As alterações cardíacas (reveladas pelo eletrocardiograma), do esôfago e do cólon (reveladas pelo raio X) fazem suspeitar da fase crônica da doença.

Laboratorial • São utilizados métodos diferentes para a fase aguda e a fase crônica:  Na fase aguda, observa-se alta parasitemia podendo ser utilizados métodos diretos de busca do parasito.  Na fase crônica, a parasitemia é baixíssima, fazendo-se necessário métodos imunológicos.

Pesquisa do parasito: • Esfregaço sanguíneo corado pelo Giensa; • Métodos de concentração; • Xenodiagnóstico; • Hemocultura.

Xenodiagnóstico

Métodos sorológicos • Reação de precipitação; • RIFI; • Reação de fixação do complemento (RFC); • Reação de Hematoaglutinação indireta; • ELISA • Lise mediada pelo complemento; • Sondas de DNA (PCR); • Anticorpos monoclonais.

ELISA

Critério de cura • É considerado curado todo paciente que apresentar a negativação parasitológica, da sorologia convencional e da sorologia não convencional (Lise mediada pelo complemento e citometria de fluxo).

Epidemiologia • Histórico e evolução; • Elos da cadeia epidemiológica:  Mamíferos silvestres e seus ninhos;  Triatomíneos silvestres;  T. cruzi;  Cafua e animais domésticos;  Triatomíneos domiciliados;  Homem.



Reservatórios Masurpiais (Gambá)



Edentados (Tatu)

Habitações humanas

Os Triatomíneos • Ordem Heteroptera  Família Reduviidae  Sub-família Triatominae • Três gêneros principais: 1. Triatoma 2. Rhodnius 3. Panstrongylus

Família Reduviidae  

6.000 espécies em 23 sub-famílias; Podem ser distinguidos dos outros Heteroptera pela seguinte combinação de características: Pescoço nítido;  Antena filiforme de 4 segmentos lateralmente inserida;  Probóscide 3-segmentada relativamente curta;  Presença do sulco estridulatório no proesterno. 

Fitófago

Predador

Hematófago

Sub-família Triatominae 5 tribos, 14 gêneros e 119 espécies;  Todos hematófagos, sendo que metade pode natural ou experimentalmente infectado com T.cruzi;  Mais ou menos uma dúzia tem importância epidemiológica;  Entre eles: 

Triatoma infestans  Panstrongylus megistus  Rhodnius prolixus  Triatoma brasiliensis  Triatoma dimidiata 

Ciclo Panstrongylus megistus

Tribos

Gêneros

Alberproseniini

Alberprosenia (2 spp.)

Bolboderini

Belminus (4 spp.) Bolbodera (1 sp.) Microtriatoma (2 spp.) Parabelminus (2 spp.)

Cavernicolini

Cavernicola (2 spp.)

Rhodniini

Psammolestes (3 spp.) Rhodnius (12 spp.)

Triatomini

Dipetalogaster (1 sp.) Eratyrus (2 spp.) Linshcosteus (5 spp.) Panstrongylus (13 spp.) Paratriatoma (1 sp.) Triatoma (68 spp.)

Triatoma

Rhodnius

Panstrongylus

• Condições para que um triatomíneo seja um bom transmissor de Chagas. 1. Adaptação à habitação humana; 2. Alto grau de antropofilia; 3. Curto espaço de tempo entre a hematofagia e a defecação; 4. Larga distribuição geográfica.

Mamíferos silvestres

Controle • Programa de erradicação

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