Aula 3 Mod Comput

  • Uploaded by: Pedro Lemba
  • 0
  • 0
  • October 2019
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Aula 3 Mod Comput as PDF for free.

More details

  • Words: 1,452
  • Pages: 20
Análise Dimensional Teoria de Semelhança e Modelos Reduzidos

1 G. Silva - DEC/FCT/UNL

. Revisão de conceitos da Física . Grandezas caracterizadoras de fenómenos físicos (velocidade, aceleração, pressão, força, atrito) . Caracterização dimensional La Mb Tc . Validade de leis físicas versus sistemas de unidades h= Nº. Alunos x 0.085 (h em metros) i.e. valor numérico de grandezas depende de escala de medida de sistema de unidades

Relações funcionais que representem leis físicas têm que ser dimensionalmente homogéneas

2

Fórmulas Dimensionalmente Incorrectas Sedimentologia Fórmulas de Transporte Sólido

Dynamique Fluviale, J. C. Lebreton, Eyrolles

3

Bridgman Qualquer grandeza secundária pode exprimir-se através de um produto de potências das grandezas primárias. # Quer relacionar-se o espaço z percorrido na queda de um objecto de massa m, com o tempo t consumido. Pode admitir-se que as quantidades envolvidas são (m, t, g, z)



z =α gamb tc



[L ] = [L T − 2 ]a M b T c

⎧1 = a ⎪ 0 = − 2 a + c∴ z = α gt 2 ⎨ • ⎪0 =b ⎩ i.e. z é proporcional a gt2 sem intervenção de m.

Passos associados à análise dimensional 1. Definir que variáveis devem integrar o modelo para representar o fenómeno. 2. Definir as quantidades primárias. 3. Exprimir,

dimensionalmente,

cada

uma

das

restantes quantidades em termos das quantidades primárias.

4

1.

Se quiser mudar as dimensões da barra, à escala h/H, o que fazer com as forças, para gerar iguais tensões?

2.

E se quiser usar escala transversal diferente, ao distorcer coluna, haverá outras consequências?

λ=

P

H ⇒ ( Area ) p = λ 2 h

( Area ) m

( Area ) p ⎡ Força ⎤ σ=⎢ ⇒ ( Força ) p = ⎥ ( Area ) m ⎣ Area ⎦ ( Força ) p = λ 2

( Força ) m

( Força ) m

Q H h Q P

- Se a escala transversal for diferente de λ, é essa escala transversal que deve ser considerada para converter as forças e garantir iguais tensões. - Não.

Porém, se se pretendesse estudar encurvadura, a distorção interviria: 4 λ ⎧ ⎧ I ⎛ ⎞ transversal 2 λ = = απ (P ) E Euler 2 ⎜ 2⎟ ⎪ ⎪ Euler p λ H ⎝ ⎠ longitudinal p ⇒ ⎨ ⎨ ⎪ ⎪ λ = λ2 σ = σ transversal p m ⎩ ⎩ forças

5

Teorema de Buckingham ou dos Pis Buckingham, E. On physically similar systems; illustrations of the use of dimensional equations. Phys. Rev. 4, 345-376 (1914). Buckingham, E. The principle of similitude. Nature 96, 396-397 (1915). Buckingham, E. Model experiments and the forms of empirical equations Trans. A.S.M.E. 37, 263-296 (1915).

É condição necessária e suficiente para que haja homogeneidade dimensional que a relação entre as variáveis caracterizadoras de um fenómeno se possa escrever sob a forma de expressão que dependa apenas de números adimensionais. Existindo n grandezas físicas a considerar, sendo p as grandezas ou quantidades primárias, então pode achar-se

F(Π 1 ,Π 2 ,...,Π n − p ) = 0 ou

Π 1 =f (Π 2 ,Π 3 ,...,Π n −p ) Um enunciado mais dirigido a aplicações apresenta-se a seguir 6

Fórmulas Dimensionalmente Incorrectas

Fórmula de Manning (1889)

V = C R 2/3 S1/2 (Velocidade, raio hidráulico, declive)

Fórmula UBC Período fundamental de Edifício

0.05 hn T= D hn= altura de prédio em pés; D = dimensão paralela à direcção de aplicação de força em pés; T período fundamental estimado, em segundos 7

Enunciado 2

• Teorema dos Pis Se a equação f(q1,q2,...,qn)=0 for a única relação entre q1,q2,...,qn e se for válida quaisquer que sejam as unidades em que são medidas aquelas quantidades, então existe

f(Π1, Π2,..., Πm)=0 em que Π1, Π2,...,Πn são produtos adimensionais dos q's.

Se k for o número mínimo de quantidades primárias necessárias para exprimir as dimensões dos q's, então é n-m=k

Langhaar, Dimensional Analysis and the Theory of Models, Wiley, 1951, acrescenta que o número de Π's (independentes) é igual à diferença entre o número total de variáveis e a característica da matriz dimensional. 8

PROPRIEDADE Montando a matriz dimensional, o teorema implica que o número de Π’s independentes é igual à diferença entre o número total de variáveis e a característica dessa matriz.

Exemplo #1 O escoamento de certos fluidos a partir de um reservatório depende de p= pressão, v= velocidade, l= característica geométrica longitudinal do contentor, λ= característica geométrica transversal, η= característica geométrica das irregularidades da parede, ρ = massa volúmica do fluido, μ= viscosidade dinâmica, σ= coeficiente de tensão superficial, e= coeficiente de compressibilidade volumétrica 10 grandezas : três da dinâmica do escoamento:p, v, g; três da geometria: l, λ e η; e quatro do fluido:ρ, μ, σ, ε 3 quantidades primárias; portanto, 7 grandezas adimensionais e independentes 9

Matriz Dimensional

p

v

g

l η

λ

L M

−1 1

1 0

1 0

1 1 0 0

1 0

T

− 2 −1 − 2 0 0

0

ρ

μ

ε

σ

− 3 −1 −1 1 1 1

0 1

−1 − 2 − 2

0

pC 1 vC 2 lC 3 λC 4 ηC 5 ρ C 6 μC 7 σ C 8 ε C 9 gC 10 = cons tan te p 1v 2g 3i 4 η 5λ 6ρ 7μ 8ε 9σ C

C

C

C

C

C

C

C

C

−C 1 + C 2 + C 3 + C 4 + C 5 + C 6 − 3C 7 − C 8 −C 9

L

.T

C 10

.M

= constan te

C 1 +C 7 +C 8 + C 9 +C 10

−2C 1 −C 2 − 2C 3 −C 8 −2C 9 −2C 10

=L M T 0

0

0

C1 C2 C3 −1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 −2 −1 −2 0 0

C4 1 −3 −1 −1 0 0 C5 0 1 1 1 1 =0 C6 0 0 −1 −2 −2 0 C7 C8 C9 10 C10

.

Escolhendo por exemplo C2, C3 e C8 como independentes, com menor ≠0

−C1 + C 4 + C 5 + C6 − 3C7 − C 9 1 1 −1 C2 C +C +C + C 1 7 9 10 0 0 1 C3 = − −2C − 2C − 2C 1 9 10 −1 −2 −1 C8

p Π1 = 2 ρv σ Π5 = ρvl 2 i.e.

λ η μ , Π2 = , Π3 = , Π4 = l l ρvl ε , Π6 = 2 ρv

gl , Π7 = 2 v

p λ η μ σ ε gl f( 2 , , , , , 2 , 2)= 0 2 ρv l l ρvl ρvl ρv v

ou

λ η μ p σ ε gl , , 2 = Φ( 2, 2 , 2) l l ρvl ρvl ρv v ρv 11

v =F gh

Froude

ρvl =R m σ σ 2 ⇒ 2 =W ρvl ρvh

Reynolds Weber

v F = gl corresponde ao quociente das forças de inércia pelas de gravidade [ρ dx dy dz (dv/dt)] : [ρ g dx dy dz], com dz/dt=v. Por isso, se o número de Froude for alto é um índice revela maior importância relativa das forças de inércia 12

λ geom

Semelhança de Froude e resistência mecânica Em modelo construido para satisfazer a semelhança de Froude, e.g. em casos de estudo de estabilidadede quebramares, a preservação de

v F = gl

implica

lp lm = t m lm t p lp lm tm = lp tp

[λ ]

1 /2

geom

[

= λ tempo

]

Se se usar no modelo o mesmo material, como o volume diminui proporcionalmente a λ3 , as forças volúmicas também assim diminuem. Resulta que as tensões associadas a essas forças, porque as áreas apenas são divididas pelo quadrado de λ, são diminuidas no modelo à 13 escala geométrica.

Satisfação simultânea de semelhança de Froude e de Reynolds?

⎧ρmvmlm ρpvplp = ⎪⎪ μ μp m ⎨ v vp m = ⎪ gphp ⎪⎩ gmhm

⎧ ⎪⎪ ⎨ ⎪ ⎪⎩

vm lp = vp lm vp vm = hm hp

⎧ vm lp = ⎪⎪ v l p m ⎨v h ⎪ m= m hp ⎪⎩ vp

⎧[λv ]=1/λgeom ⎨ λ = λgeom ⎩[ v ]

Impossível !

Para escoamentos turbulentos, no modelo e no protótipo, se os números de Reynolds estiverem acima da zona de transição de escoamento laminar para turbulento, ainda que diferentes, a semelhança é satisfatória (Teoria da Semelhança", V. F. Mota, ed. URGS).

14

Considerandos sobre Froude e Reynolds

15

16

Reading – Ocean Engineering- MIT Free Ware

17

18

Ver página da cadeira!

19

20

Related Documents

Aula 3 Mod Comput
October 2019 10
Mod 3
November 2019 8
Mod 3
November 2019 11
Aula 3
November 2019 26
Aula 3
August 2019 34
Aula 3
June 2020 13

More Documents from ""