VARIAÇÃO NO AMBIENTE FÍSICO Aula 2 - parte 02
UFABC 2009
Variação no Ambiente Físico
Introdução
• Variação no ambiente físico determina biodiversidade – distribuição e adaptação. • É fundamental a compreensão do ambiente físico e dos determinantes dessa variação • Clima = elemento mais importante 2
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Introdução Variação considerável no ambiente físico do planeta determina biodiversidade. •Condições “desenham”: •Distribuição espacial •Adaptação •Terra: •zonas climáticas •Topografia •Solo
•Posição do sol; •Padrões de mudança temperatura e precipitação
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Que fatores geram variação climática e como explicam a distribuição de biomas? •Modelo de causas proximais. •Configuração do planeta. •Efeitos locais. •Causas da variação temporal.
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O que provoca...
1. Ritmo circadiano dia/noite? Rotação da Terra sobre seu eixo. 2. Variação da TºC na dependência da inclinação da Terra (23º do eixo) e sua órbita em torno do sol.? 3. Variação sazonal da Temperatura aumenta com a distância a partir do equador 4. Amplitude térmica N > S ? 5. Ventos oblíquos em relação N-S? 5
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Modelo conceitual Radiação Solar temperatura ventos e correntes precipitação
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Clima: variação espacial •Previsível •Padrão global = latitude •Padrão regional = forma e posição de bacia, continente, montanhas •Imprevisível •Eventos estocásticos = localização e extensão
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Clima: variação temporal •Previsível •Padrão sazonal •Padrão circadiano •Imprevisível •Macro-escala = El Niño, ciclones •Micro-escala = tempo 8
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Terra: máquina solar Padrões de temperatura e precipitação estabelecidos pela energia da radiação solar.
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•Absorção diferencial de energia solar pela superfície e atmosfera. •Redistribuição = ventos, correntes •Dissipação para o espaço •Conseqüências interrelacionadas •Latitude = temperatura, precipitação •Circulação = massas de ar e água 9
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Padrão Climático Global • Latitude = Temperatura = Precipitação Pólos: •Raios solares dispersos por área maior •Percurso mais longo •A variação sazonal na TºC aumenta com a distância a partir do equador •Especialmente no hemisfério Norte onde há menos áreas de oceano para moderar as mudanças de TºC.
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Latitude = Temperatura
Latitudes mais altas, a luz do sol atinge a superfície da Terra em um ângulo mais baixo e se espalha sobre uma grande área. O efeito do aquecimento do sol é maior no Equador. O sol está mais próximo à perpendicular no equador e brilha diretamente contra a superfície da terra no meio do dia. 11
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Variação sazonal •Noite dura 24 hs •Solstício de inverno •22 de dezembro
•O dia dura 24 hs •Solstício de verão •21 de junho
23,5 S em 21/12
23,5 N em 21/6
•O dia dura 24 hs dentro do circulo polar antártico
Inclinação do eixo da terra – variação sazonal na área próxima ao equador que recebe maior quantidade de luz solar. “Equador Solar” – paralelo de latitude localizado diretamente sob o Zênite solar (o momento em que o Sol incide verticalmente sobre um lugar). Orientação do eixo da Tera em relação ao Sol muda entre o inverno e o verão – variação sazonal do clima;
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Amplitude Térmica N > S Temperatura aumenta – distância. Nas altas latitudes do hemisfério Norte, as médias de temperaturas variam de 30 C com extremos de 50 C anualmente; A 60 N, omês mais frio -12/C e o mês mais quente 16 C, uma
difenrença de ~ 28 C. Nos trópicos essas médias são muito superiores e diferem por somente 2 a 3 graus.
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Células de Hadley O calor do sol aquece uma massa de ar no trópicos; essa massa de ar sobe e se espalha para o norte e para o sul nas camadas superiores da atmosfera. Este ar que se espalha é substituído pelo ar ao nível da superfície vindo de latitudes subtropicais. Dessa forma a massa de ar ascendente começa a se resfriar à medida que irradia o calor de volta para o espaço. Quando esse ar se desloca para cerca de 30° ao N e ao S do equador ele já se tronou denso o suficiente para descer de volta para a superfície terrestre e se espraiar para o N e o s completando desse nodo uma reciclagem de ar na atmosfera. Padrão de circulação e chamado de Célula de Hadley
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Zona de Convergência Intertropical: A região dentro da qual as correntes superficiais de ar dos subtrópicos Norte e Sul se encontram, perto do Equador , e iniciam a subida sob o aquecimento do Sol. Ar carregado de umidade sob e começa a resfriar-se dentro da área de convergência, a umidade se condensapara formar nuvens e precipitação (ar frio capacidade menor de reter água). Trópicos são mais úmidos – H2O circula mais rapidamente.
Cinturões Tropicais de Alta Pressão: A massa de ar que se movimenta no alto da atmosfera para o N e para o S afastando-se da Convergência Intertropical, já perdeu grande parte de sua água pela precipitação nos trópicos. Pelo fato de ter se resfriado ele torna-se mais denso e começa a descer. Essa massa descendente de ar pesado cria uma alta pressão atmosférica, por essa razão, essas regiões ao N e ao S do Equador são conhecidas como C T de Alta Pressão.
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Precipitação = 30º A medida que o ar desce e começa a se aquecer novamente nas latitudes subtropicais, sua capacidade de evaporar e reter água aumenta; Quando o ar desce ao nível do solo e se espalha para o N e para o S, ele retira a umidade da terra e cria Zonas de Clima árido centradas nas latitudes de cerca de 30° N e S do Equador. Grandes desertos recaem nos cinturões tropicais de alta precipitação.
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Rotação e Ventos de superfície A Veloc. De rotação da terra perto do equador é mais alta do que nas latitudes superiores, assim a rotação da terra distorce os fluxos de superfície nas células de Hadley. Os fluxos de superfícies são deslocados para oeste nos Trópicos, onde o ar se move para longe do equador e para leste nas latitudes intermediárias onde o ar se move na direção do equador. •Coriolis •Alísios •Correntes de jato
Distribuição de vapor de H2O 17
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Sombras de chuva As montanhas forçam o ar para cima, fazendo com que ele se resfrie e perca sua umidade como precipitação na porção de onde vem o vento e se encontra com a cadeia montanhosa; A medida que o ar desce as encostas a sotavento e vai embora através das terras baixas, ele retira a umidade e cria ambientes áridos denominados de “ Sombras de Chuva”.
Ex: Desertos da Grande bacia do oeste dos EUA e o deserto de Gobi da Ásia – Sombras de chuvas de extensas cadeias montanhosas. 18
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Correntes e Zonas de Ressurgência Grandes bacias oceânicas, a água fria circula na direção dos trópicos ao longo das costas ocidentais do continente e a água quente circula na direção das latitudes temperadas ao longo das costas orientais. Qualquer movimento para cima da água no oceano é chamado de ressurgência, e pode ocorrer onde quer que correntes superficiais venham a divergir, como no oceano pacifico tropical ocidental. Quando as correntes superficiais se movem para longe uma das outras , elas tendem a puxar a água para cima a partir das camadas inferiores; Substituição por águas de profundidades maiores, mais ricas em nutrientes regiões de alta produtividade biológica. Ex: Corrente de bengala, Corrente do peru, etc.... 19
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Zonas de Ressurgência •água fria •rica em nutrientes •alta produtividade
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Oscilação do Equador Solar e Sazonalidade
Nos trópicos pode-se observar que o movimento do equador Solar para o N e para o s determina a sazonalidade da chuva; A convergência Intertropical segue o E S e produz um cinturão móvel de precipitação; Assim, a sazonalidade da chuva é mais pronunciada em largos cinturões latitudinais situados a cerca de 20° ao N e ao S do equador.
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Adaptação ao Ambiente II
A maioria dos aspectos do clima parecem imprevisíveis. Condições extremas acontecem com baixa freqüência, mas podem afetar organismos desproporcionalmente; Corrente do Peru – empresas pesqueiras, aves... Massa de água fria que flui para o Norte ao longo da costa oeste da América do sul e se devia para longe da costa no equador em direção ao Arquipélago de Galapagos; Ao Norte deste ponto águas costeiras tropicais e quentes prevalecem ao longo da costa. A cada ano, uma contra corrente quente conhecida como El Niño se move para o Sul ao longo da costa na direção do Peru. •Reversão de áreas de pressão (OS = oscilação sul) e dos ventos que sopram entre elas. •2 a 10 anos •1982-1983 – pesca, algas, reprodução de aves, mortandade de corais, chuva no deserto do Chile. 22
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Topografia Caracteristicas topograficas e geológicas = provocam variações locais no clima; Tanto a topografia quanto a egologia podem modificar o ambiente numa escala local. Por ex. em áreas montanhosas a inclinação da Terra e sua exposição ao sol influenciam a temperatura e o teor de umidade do solo. Solos de encostas íngrimes têm boa drenagem, frequentemente causam estresse de seca para a vegetação da encosta ao mesmo tempo em que a água satura o solo nas terras baixas e os leitos de rio sazonais podem sustentar florestas; Assim, devido a maior ou menor insolução na encosta desenvolvem-se as formas resitentes à seca - Xerófilas e as que exigem a umidade – as Mésicas. 23
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Efeito da altitude
A T°C do ar diminui com a altitude por cerca de 6° a 10°C para cada aumento de 1.000m n elevação, dependendo da região; A diminuição da T°C que é causada pela expansão do ar nas pressões atmosféricas mais baixas em altitudes superiores é chamada de “ resfriamento adiabático”. 24
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Zonação altitudinal Mudança da vegetação em crescentes altitudes; Desde altitudes menores representados pelos desertos até as mais altas ou elevadas onde predominam árvores grandes.
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Zonação altitudinal Sonora Inferior = • ~ Desertos (Mojave, Sonora, Chihuahua). •Arbustos de deserto (Larrea tridentata) e suculentas •300-1300 m •250mm
Sonora Superior = •Florestas de carvalhos Quercus, Pinus e Juniperus , chaparral do Arizona (coriáceas), campo, subdeserto •1300-2300 m •500 mm.
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Zonação altitudinal Transição = •Floresta aberta de Pinus . •2000-3000m •620 mm
Hudsoniana (Canadense) = •Espruce e abeto. •2700-3500 m. •1000 mm.
Ártica-Alpina = •~ Tundra •Acima da linha de árvores. •Rocha + líquens / Musgo + gramíneas •3500-3800 m. •1000mm, neve (Nov-Abr).
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Solo “ a camada de material alterado quimicamente e biologicamente que recobre a rocha ou outros materiais inalterados na superfície terrestre”. A diversificação do solo é determinada pelo clima e pela rocha matriz adjacente à ele. Suas características advém do clima, do material parental, da vegetação ao redor, da topografia local e até certo ponto da idade . O solo apresenta 4 grandes divisões ou horizontes.
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Horizontes do Solo O – Matéria orgânica: serapilheira (material de origem vegetal), resíduos não decompostos. A – Solo superficial: mineral + orgânico. Contém raízes. Lixiviação (a extração ou solubilização) = perda de Fe, Al, argila, M.O. E - Zona de eluviação: + clara. B – Subsolo: acumula material iluvial de A. C – Substrato: fragmentos da rocha-mãe. Pode acumular excedente de B. Qto maior a profundidade, menor a influência dos fatores climáticos e bióticos sobre os horizontes do solo. 29
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