As Caracteristicas Da Complexidade

  • October 2019
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Educação

AS CARACTERÍSTICAS DA COMPLEXIDADE NA LINGUAGEM DIGITAL: UM REFERENCIAL PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA Marcus Túlio de Freitas Pinheiro1

RESUMO As novas tecnologias da comunicação reduziram o tempo e comprimiram o espaço das relações sociais. A não-localidade e a velocidade das transmissões de informação trazem uma configuração relativa para o espaço e o tempo, duas categorias físicas cuja imbricação nunca esteve tão em evidência. A linguagem digital é uma das mais fortes expressões da sociedade contemporânea, as tecnologias que a utilizam são consideradas tecnologias intelectuais, pois, como a oralidade e a escrita, também participam ativamente do processo cognitivo, modificando ações, transformando conceitos em um estado de virtualização, de potencialização e de atualização das categorias cognitivas do ser humano em seu complexo contexto social. Palavras-chave: tecnologia; informação; linguagem; humano.

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Graduado em Física, pela UFBA, Especializado em Educação e Novas Tecnologias da Comunicação e Informação e Mestrando em Engenharia de Produção, na área de Mídia e Conhecimento, pela UFSC. Professor de Tecnologia da Informação e Informática Aplicada à Comunicação e de Linguagem de Programação, Pesquisa Operacional e Sistemas Operacionais. E-mail: [email protected] - [email protected]

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Uma das maiores problemáticas contemporâneas é a percepção da realidade. Estamos inseridos em um turbilhão de acontecimentos concomitantes que, décadas atrás não seriam percebidos com tanta clareza. As redes de comunicação de rádio e televisão, as transmissões via satélite, a telefonia celular, as redes locais e não locais de computadores, ou seja, os avanços tecnológicos, tomaram dimensões de celeridade impressionante no final do século passado, colocando-nos em processos dinâmicos de ressignificação da realidade em curtíssimos espaços de tempo. Esse fator da comunicação generalizada é para Gianni VATTIMO (1991) um marco para a pósmodernidade. Os valores determinantes do modernismo, a linearidade, a progressão e a unicidade da história já não são possíveis, pois não se admite mais um centro único em torno do qual se recolhem e se ordenam os acontecimentos. O papel determinante do mass media, a caracterização da sociedade como complexa, faz emergir múltiplas visões de mundo. Nesse contexto, a configuração da realidade é caracterizada pela multiplicidade de visões de mundo, sendo possível considerar múltiplas realidades. Observar a tomada de palavra por grupos minoritários da sociedade, propondo formas, podendo ser conhecidos, relativisando a realidade e gerando uma tomada de consciência relativa de valores, de culturas locais e de limitação do seu próprio sistema em detrimento de outros sistemas, é de fundamental importância para a compreensão da sociedade contemporânea. Outro ponto importante para o entendimento da sociedade contemporânea é sua configuração em termos do espaço e do tempo. As práticas cotidianas determinam o movimento do indivíduo, criando uma relação entre os fatores sociais e o espaço-tempo. Esse movimento dá origem às “trilhas da vida no espaço-tempo”, a partir das quais são realizadas as transações sociais que ocorrem no âmbito geográfico em “estações” (lugares) e “domínios” (interações sociais). Para FOUCAULT (citado por HARVEY, 1997, p.196), o espaço do corpo é considerado como elemento irredutível do nosso esquema social, pois sobre o corpo se exercem forças sociais de repressão, socialização, disciplina e punição. A luta do corpo com as forças sociais não depende do tempo, necessariamente. A resistência do corpo às forças sociais mobiliza a luta de libertação do desejo humano. O espaço é tratado como algo a ser conquistado, liberando processos de vir a ser. CERTEAU (citado por HARVEY, 1997, p.197) descreve o espaço como enunciação, espaços sociais como instâncias mais abertas à criatividade e ação do homem. Os caminhos dão forma aos espaços, ligando lugares. Os indivíduos não são localizados, são responsáveis pela espacialização. As cidades são criadas através de atividades e movimentos, por um conjunto de ações da intenção humana. As práticas geradas por essas ações são convertidas nas totalizações do espaço e do tempo organizados e controlados de maneira racional. Já a configuração dada por BOURDIEU (citado por HARVEY, 1997, p.198) mostra a relação dialética entre o corpo e uma organização estruturada do espaço e do tempo determinando as práticas e representações comuns. As ordenações simbólicas do espaço e do tempo fornecem uma estrutura para a experiência mediante a qual aprendemos quem ou o que somos. A partir dessas experiências, impõem-se esquemas duradouros de espaço, de pensamento e de ação, habitus. O espaço poético de BACHELARD (citado por HARVEY, 1997, p.200) leva ao autoconhecimento, a partir de uma seqüência de fixações nos espaços da estabilidade do ser. As lembranças são imóveis e fixadas no espaço, onde o tempo é memorizado, não como fluxo, mas como lembrança de lugares e espaços vividos. A partir das visões descritas, percebemos a necessidade de encontrar maneiras de descrever as práticas espaciais e temporais, inerentes ao processo de reprodução e de transformação das relações sociais: “...a história da mudança social é parte apreendida pela história das concepções, além disso,

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Educação todo projeto de transformação da sociedade deve apreender a estrutura de transformação das concepções e práticas espaciais e temporais”. (HARVEY, 1997, p.201). O espaço-tempo concebido nas relações sociais nos remete a uma transferência do referencial de observação, que deixa de ser de fora para uma observação no contexto. É como se entrássemos no objeto de estudo e encontrássemos uma teia de relações que dão origem ao movimento, consolidando o espaço-tempo. As novas tecnologias da comunicação reduziram o tempo e comprimiram o espaço das relações sociais. A não-localidade e a velocidade das transmissões de informação trazem uma configuração relativa para o espaço e o tempo, duas categorias físicas cuja imbricação nunca esteve tão em evidência. A entidade espaço-tempo não faz mais parte de ensaios mentais e sim de uma realidade palpável e de fácil percepção. As conseqüências da compressão do espaço-tempo recaem sobre a configuração das práticas políticoeconômicas, do equilíbrio do poder, bem como sobre a vida social e cultural. Com a disseminação facilitada da informação criou-se um mercado voraz, em que o consumo é ressignificado e galgado na volatilidade e efemeridade dos produtos, da moda, das técnicas de produção, dos processos de trabalho, das idéias e ideologias e dos valores e práticas estabelecidos, como dito por HARVEY (1997). Esse movimento frenético de fluxos instáveis na estrutura social, a multiplicidade de visões de mundo e a rede de comunicação que engendra os processos e dá uma configuração de teia às relações do campo social nos levam a perceber uma face complexa, não linear e imprevisível quantitativamente. A sensação é de perda de referencial, de queda das configurações estáveis, de incerteza, de falta de previsibilidade. Esse é o nosso momento, momento de ressignificações, de repensar conceitos e de estar sempre no estado de vir a ser. A necessidade instantânea é de encontrar referenciais para essa postura complexa da sociedade, entender o funcionamento em rede e reestruturar os nossos conceitos levando em consideração essa nova forma que se nos apresenta. Segundo Pierre LÉVY (1997), as tecnologias intelectuais, assim chamadas por não serem simples instrumentos, mas por influírem no processo cognitivo do indivíduo, vão ser os parâmetros utilizados nessa busca de compreensão da estrutura caótica social. Essas tecnologias sempre estiveram presentes na sociedade e, de certa, forma influenciam na percepção e conceitualização do mundo. É obrigatório mencionar Pierre Lévy para que possamos entender a evolução dessas tecnologias. Ele traça um quadro comparativo entre o que chama de “os três Pólos do Espírito”, a saber: o da oralidade primária, o da escrita e o informático-mediático. Os referenciais utilizados para a comparação entre os três pólos são: figuras do tempo, dinâmica cronológica, referencial temporal da ação e dos efeitos, pragmática da comunicação, distância do indivíduo em relação à memória social, formas canônicas do saber e critérios dominantes (LÉVY, 1997, p.127). O que verificamos nas comparações é uma forma de interação muito grande entre os pólos e a configuração social daquele espaço-tempo referente a maior intensidade do pólo. Isso nos leva a considerar as tecnologias intelectuais como estruturantes sociais, pois o espaço-tempo social carrega em si características marcantes das tecnologias intelectuais que o permeia, refletindo no seu movimento a natureza dessas tecnologias. É bom frisarmos que há uma coexistência dos pólos com intensidades variáveis. Os referenciais ligados ao pólo informático-mediático de Lévy mostram-nos uma configuração sistêmica, em rede de conexões através de segmentos e pontos. Evidenciam uma dinâmica plural de deveres imediatos em oposição a uma única realização histórica. No imediatismo das ações, os atores da comunicação interagem em tempo real, diminuindo a objetividade por parte do emissor e, em

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conseqüência, diminuindo também a universalidade da informação. A memória social está em permanente transformação. O saber se apresenta através de modelização operacional e simulação, sendo os critérios dominantes: a eficácia, a pertinência local, as mudanças e as novidades. Essas características nos transportam para um comportamento complexo da sociedade e de sua linguagem. No processo de cognição, a linguagem exerce a função semiótica, ou seja, evidencia a capacidade do indivíduo de distinguir o significado do significante. Porém, a construção do discurso lingüístico não depende somente da função semiótica da linguagem, mas também da contextualização espaço-temporal e causal da organização das representações. A partir da contextualização e da função semiótica, no sentido restrito, o indivíduo é capaz de representar ações, situações, fatos e poderá construir referenciais espaço-temporais que o levam às possibilidades de imaginar, prever, antecipar. Essas possibilidades são chamadas por Piaget de aspecto figurativo do processo cognitivo. O autor divide esse aspecto em três tipos de conhecimento: a percepção, que funciona exclusivamente em presença do objeto e por intermédio de um campo sensorial; a imitação, no sentido amplo (gestual, fônico, gráfico etc.), funcionando na presença ou na ausência do objeto, manifestada pela produção motora; e a imagem mental, que só funciona na ausência do objeto e pela produção interiorizada (RAMOZZI-CHIARTTINO, 1998, p.60). Além do aspecto figurativo, Piaget define o aspecto operativo da cognição, que caracteriza a forma do conhecimento, modificando o objeto ou acontecimento a ser conhecido, transformando ações, coordenações e operações preestabelecidas. Dessa forma, o processo cognitivo do indivíduo é formado por dois aspectos complementares, o aspecto figurativo e o aspecto operativo. A possibilidade de o indivíduo construir representações conceituais é uma das condições necessárias para que ele receba a influência do meio e para que possa adquirir a linguagem. A inteligência conceitual é, então, criada pela interação do indivíduo com o meio social, adquirindo a estrutura lógica e representativa dos signos das representações coletivas. O caráter sistêmico de conceito, para Piaget, fica claro nas palavras de Zélia RAMOZZI. “O verdadeiro conceito implica sistemas de classes, portanto, conjuntos de objetos agrupados segundo relações de encaixe, hierárquicos (parte e todo) e sistemas de relações particulares, agrupadas segundo sua natureza assimétrica e simétrica” (1998, p.65). Essa perspectiva é fundamental para entendermos o problema da interação entre a linguagem e o conceito. A possibilidade de construir representações conceituais é uma das condições necessárias à aquisição da linguagem. Por sua vez, os conceitos estão ligados aos sistemas de signos organizados. A evolução conceitual se dá dentro da evolução da linguagem e vice-versa. Nos três tempos do espírito de Pierre Lévy, encontramos três formas de linguagem: a oral, a escrita e a da informática, que passarei a denominar linguagem digital. Este nome é uma referência à natureza presente nessa tecnologia intelectual ascendente, a codificação digital que se afasta do plano material da composição convencional e se apresenta como uma matéria predisposta à metamorfose, possibilitando uma generalidade no tratamento das composições de origens diferentes, podendo conectar em um mesmo espaço-tempo todas as técnicas de comunicação e de processamento da informação conhecidas. A maleabilidade da linguagem digital traz consigo o conceito de interface, que trata o domínio da comunicação como um todo. Os pensamentos e sentidos podem se transformar em composições digitais. Essas características nos levam a uma inevitável posição dominante dessa linguagem em detrimento das linguagens oral e escrita, não de forma excludente, mas sim de forma aglutinada, imbricada.

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Educação A linguagem digital é uma das mais fortes expressões da sociedade contemporânea. As tecnologias que utilizam essa linguagem são consideradas também tecnologias intelectuais, pois, como a oralidade e a escrita, também participam ativamente do processo cognitivo, modificando ações, transformando conceitos em um estado de virtualização, de potencialização e de atualização das categorias cognitivas do ser humano em seu contexto social. Graças à simulação de modelos mentais, o sistema cognitivo introjeta parcialmente os sistemas de representação e os algoritmos operativos cujo o uso foi adquirido por ele. As tecnologias intelectuais, ainda que pertençam ao mundo “sensível”, também participam de forma fundamental no processo cognitivo. Os processos intelectuais não envolvem apenas a mente, colocam em jogo coisas e objetos técnicos complexos de função representativa e os automatismos operatórios que os acompanharem (LÉVY, 1997, p.160). Considerando a interação do meio como determinante da linguagem e a linguagem como determinante do meio, através da construção dos conceitos, signos e de formas representativas, o caráter complexo da sociedade e da linguagem digital não é uma coincidência, mas uma constatação da reciprocidade, da troca, da ambigüidade dessas estruturas. A partir do perfil complexo da contemporaneidade, faz-se necessário o entendimento das características dos sistemas dinâmicos. A percepção de que vivemos em uma configuração complexa não basta para propormos teorias e práticas nesse meio. Sem o conhecimento do comportamento dinâmico poderão ser ignorados pontos qualitativos que aflorarão nos processos estudados, modificando parcial ou totalmente as propostas iniciais, o que pode inviabilizar ou ressignificar o objeto de pesquisa de forma profunda. Para as proposições de teorias e práticas sociais e, no nosso caso específico, teorias e práticas pedagógicas contemporâneas, é preciso compreender os sistemas dinâmicos estudados. A superficialidade no tratamento de um sistema caótico pode levar a conclusões, projeções, hipóteses bastantes inconsistentes, já que esses sistemas são altamente sensíveis às condições iniciais de contorno, acarretando resultados totalmente diferentes, com variações pequenas dos conteúdos das variáveis consideradas no processo. É de fundamental importância considerar as características da complexidade como: as iterações,2 processos não lineares realimentados pelos seus próprios resultados, dando origem ao auto-reforço do sistema; o delineamento de uma ordem interna causada pelas iterações; a topologia, em que todas dimensões lineares podem ser reconfiguradas, torcidas, modificadas, preocupando-se com as características qualitativas do sistema; os espaços de fase e as trajetórias neste espaço como representação do movimento do sistema (atratores); a análise topológica, transferindo os indicadores quantitativos para indicadores qualitativos; a geometria fractal, dimensionando o grau de complexidade do sistema através da dimensão fractal de auto-similaridade, evidenciando os padrões dentro de padrões, colocando à vista a ordem da complexidade. A preocupação é conduzir o objeto de estudo para uma estrutura básica no processo cognitivo, a linguagem digital. Identificar e estudar as características da complexidade nessa estrutura pode ser o caminho para compreensão de processos que se apresentam com um alto grau de complexidade.

2 “Um laço de realimentação corresponde a um tipo especial de processo não-linear conhecido como iteração (palavra que em latim significa ‘repetição’) na qual uma função opera sobre si mesma.” (CAPRA, 1998, p.107).

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Toda forma de interação imposta a uma rede de relações que não carregue consigo características da complexidade funciona como um bisturi cortando um tecido, causando lesões, distorções profundas na sua autoforma, quebrando as iterações e a vibração natural dessa rede. O problema consiste em identificar, nas propostas atuais, a ausência das características fundamentais da complexidade. Muitas dessas propostas ditas “contemporâneas” trazem um caráter ambíguo de funcionamento em rede, mas não vibram em rede e sim, dicotomicamente, causando efeitos colaterais no meio social. Alguns desses efeitos são descritos com propriedade por Leonardo Boff, quando critica o neoliberalismo e a sua forma excludente de funcionamento. Para que se exponha uma proposta de relações econômicas mais viável, é necessário encontrar nessa proposta as características da complexidade que serão responsáveis pela sua absorção, pela rede, sem modificar drasticamente os padrões que permeiam a auto-organização social. Transpondo o problema para o campo educacional, a imposição das novas tecnologias como meros instrumentos nas escolas fere o funcionamento em rede, causando distorções profundas no processo de aquisição do conhecimento. Para entendermos o problema, temos que analisar as propostas emergentes e verificar a ausência de características complexas nesse processos, a fim de propor novos processos que contenham um caráter complexo, levando-se em consideração a interação básica das tecnologias intelectuais, principalmente as tecnologias intelectuais emergentes, as tecnologias digitais. Do acoplamento sujeito/ objeto surge a linguagem digital, como fluido vital desse imbricamento. Estudar as características complexas desse fluido nos levará à construção de um referencial teórico que poderá fundamentar propostas futuras de estruturas pedagógicas, currículos e de funcionamento dos sistemas escolares.

CONCLUSÃO As considerações citadas reforçam a existência de vários espaços de aprendizagem com características comuns que possibilitam a construção do conhecimento científico. As novas tecnologias da comunicação e informação são decisivas para o repensar das estruturas formais institucionalizadas dedicadas à construção e disseminação do saber científico. Sistemas lineares de ensino definidos no âmbito físico e de natureza linear são instrumentos de estratificação do conhecimento e, principalmente, de estratificação social. Pensar os espaços dinâmicos de aprendizagem não-locais e de forma topológica nos traz a possibilidade de abranger um grau maior de pessoas, reduzindo as exclusões sociais produzidas pelos atuais processos seletivos e as diferenciações dos atores nos meios de produção do conhecimento.

REFERÊNCIAS CAPRA, Fritjo. A teia da vida. 9.ed. São Paulo: Cultrix, 1998. HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1997. LEVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. 4.ed. São Paulo: Ed. 34, 1997. RAMOZZI-CHIARTTINO, Zélia. Psicologia e epistemologia genética de Jean Piaget. São Paulo: EPU, 1998. (Temas básicos de psicologia, 19). VATTIMO, Gianni. Sociedade transparente. Lisboa: Edições 70, 1991.

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