1 – Introdução Em 2004, no último debate televisionado entre os candidatos a prefeito de Salvador, César Borges (PFL) perguntou a João Henrique (PDT) como ele sendo prefeito conseguiria recursos federativos para a cidade de Salvador, se seu partido fazia oposição tanto ao governo federal quanto ao estadual. Percebam a mensagem implícita na pergunta de César Borges; o eleitor de Salvador considera um bom administrador o prefeito que consegue mais recursos para o município. Este fato ocorreu em Salvador, mas poderia ter ocorrido em qualquer município da Bahia ou do Brasil. Estes recursos (fiscalmente conhecidos como transferências voluntárias) do governo federal e/ou estadual que um município recebe, dependem da capacidade de articulação do prefeito com executivo federal e/ou estadual, e isso é considerado importante para os eleitores. Este é o senso comum da população de Salvador, mas será que ele está corretamente fundamentado? As transferências voluntárias são mesmo politicamente motivadas? Antes de respondermos a esta pergunta, vamos fazer uma breve revisão da literatura econômica sobre o assunto para mostrarmos como ela se insere na literatura e como ela já foi respondida. O presente artigo está organizado da seguinte forma; este é o capítulo da introdução, no segundo capítulo explicaremos o modelo dos ciclos político-orçamentários a partir do trabalho seminal de Rogoff (1990), no terceiro capítulo explicaremos como Bugarin e Ferreira (2003, 2004) adaptaram o modelo ao federalismo fiscal brasileiro tendo como objeto de análise o município, no quarto capítulo realizaremos o teste econométrico, e no quinto capítulo se encontra a conclusão do artigo.
2 – Os Ciclos Político-Orçamentários As coincidências entre eleições e desempenho econômico sempre intrigaram os economistas e os levaram a construírem teorias sobre o assunto. A teoria de ciclos políticos de negócios do qual destacamos o trabalho de Nordhaus (1975), utiliza a Curva de Phillips
como referência para afirmar que através da política monetária os políticos tendem a reduzir o desemprego nos períodos próximos a eleição gerando uma inflação maior no período seguinte, ocorrendo ciclos nos quais os governantes combateriam a inflação no início do mandato aumentando-a progressivamente até o período eleitoral, o contrário ocorreria com o desemprego que aumentaria no começo do mandato se reduziria progressivamente até a eleição. Contudo essa teoria não explica por que eleitores racionais permitem que suas expectativas sobre a performance pós-eleitoral do candidato sejam influenciadas pelas atitudes pré-eleitorais? O trabalho de Rogoff (1990) é um refinamento desta teoria em duas frentes; a primeira modificação é que ele pressupõe que os agentes (governantes e eleitores) além de autointeressados, são também racionais; a segunda mudança é no foco da análise da política monetária para a política fiscal, o que amplia seus objetos de estudos. Rogoff constrói um modelo em que o eleitor representativo maximiza sua função utilidade (Γt) assim como os governantes que além de serem eleitores têm também um adicional de utilidade, “ego rents”, por estar no cargo. A função de produção dos bens públicos no modelo é; (1)
Gt + kt+1 = τt + εt
No qual: G, corresponde aos gastos públicos (per capita); K, corresponde aos investimentos público (per capita) que só serão do conhecimento do eleitor no período seguinte (t+1); τ, corresponde aos impostos arrecadados; ε, corresponde a competência do governante. A competência do governante no período t, é dada por; (2)
εt = αt + αt+1
αt é o choque de competência do governante no período t, sendo idêntica e independentemente distribuída, podendo assumir dois valores αH e αL; sendo αH > αL >0. Seguindo a distribuição da probabilidade de αH, ρ= prob (αt = αH), sendo 0>ρ>1.
No modelo de informação assimétrica apesar dos eleitores não poderem observar αt antes do período t+1, eles forma crenças (“beliefs”) sobre αt, a partir de Gt e τt. na equação (2) percebe-se que a competência (potencial) de cada governante se modifica de acordo com um processo de média móvel. A principal conclusão deste trabalho é que governantes competentes são capazes de sinalizar aos eleitores a sua competência através os ciclos políticos-orçamentários. “A percepção popular é que os ciclos políticos orçamentários são uma coisa ruim. Mas a conclusão central aqui, é que ele às vezes é um mecanismo socialmente eficiente para a difusão de informações sobre a competência do governante. Esforços para reduzir o ciclo podem facilmente também reduzir o bem-estar, impedindo a transmissão de informação ou induzindo os políticos a utilizar modos socialmente mais custosos de sinalizar.” (Rogoff, 1990, tradução nossa)
3- Adaptações para o Federalismo Fiscal Brasileiro Em dois trabalhos similares (2003, 2004) Maurício Soares Bugarin e Ivan Fecury Sydrião Ferreira adaptaram o modelo de Rogoff ao federalismo fiscal brasileiro, tendo como objeto de estudo a relação entre transferências voluntárias e os ciclos eleitorais em municípios. A análise deles modifica a função de produção dos bens públicos (1) para a seguinte; (3)
Gt + kt+1 = τt + εt + Ft
Sendo a variável Ft, o montante de transferências que o município recebeu no período t.. A partir de testes econométricos os autores constataram que parte das transferências (as transferências voluntárias originárias do executivo estadual) são politicamente motivadas.
Ao adaptar a realidade brasileira ao modelo de Rogoff, os autores tiraram as seguintes conclusões: “Em resumo, apesar do ciclo político-orçamentário ocorrer em equilíbrio em nosso modelo, ele nem sempre consegue levar à escolha do candidato mais competente. Dependendo do montante destinado a transferências voluntárias, existe a possibilidade de o prefeito ser incompetente, com baixa popularidade e ainda assim, o eleitor decidir reelegê-lo. Ou então, pode ocorrer que o prefeito seja competente, popular, e ainda assim, o eleitor preferir o candidato da oposição. A primeira hipótese é viabilizada quando o prefeito e o governador pertencem ao mesmo partido; a segunda hipótese pode acontecer quando o governador do estado for do mesmo partido do candidato da oposição.” (BUGARIN, FERREIRA, 2004)
4- O Teste Econométrico Testarei se existe evidência empírica da motivação política nas transferências voluntária do Estado e da União para os municípios a partir da seguinte equação: (4) TVt = α1 + α2POP + α3POP2 + α4POP3 + α5Dpt-psb + α6Dpsdb + α7Dpfl + α8D02 + α9D04 + α10TVt-1 + εt Na qual a variável TV representa uma proxy do montante de transferências voluntárias, calculada somando as “demais transferências correntes da união”, “demais transferências correntes dos estados”, “transferências de capital da união”, “transferências de capital dos estados” e “outras receitas de transferências de capital”. A variável dummy D02 assume o valor 1 se for ano de eleição para governador e presidente; a variável dummy D04 assume o valor de 1 se for ano de eleição para prefeito; a variável dummy Dpt-psb assume o valor de 1 se o prefeito do município em questão for do PT ou do PSB; a variável dummy Dpsdb assume o valor de 1 se o prefeito do município em questão for do PSDB; a variável dummy Dpfl
assume o valor de 1 se o prefeito do município em questão for do PFL; a variável POP se refere ao tamanho da população do referido município assim como POP2 e POP3. O universo é formado pelos 420 municípios baianos. Os dados populacionais são do censo do IBGE de 2000, os dados eleitorais são do TSE, que não os disponibilizou para 3 municípios, os autores deliberadamente excluíram dois municípios da amostra (Salvador e Feira de Santana), os dados orçamentários foram coletados no Tesouro Nacional e não estão disponíveis para vários municípios, especialmente os menores e no ano de 2004, portanto a amostra nos quatros anos (2001, 2002, 2003 e 2004) contêm respectivamente 380, 355, 330 e 225 municípios, totalizando 1290 observações. Foi utilizado o método de MQO para todas as equações. Em todas com exceção da primeira foram utilizados erros padrão robustos quanto a heterocedasticidade pelo método de White. Utilizou-se a população do município como variável de controle, e não o orçamento municipal (apesar do orçamento ser corrigido ano a ano, ao contrário da população, deixando um viés de tendência temporal), no intuito de evitar a auto-correlação. Os dados foram disponibilizados na tabela em ordem alfabética e em intervalos de anos, como podese perceber nos anexos das equações 3 e 6, evitando assim a correlação serial. O principal objetivo deste teste é verificar o coeficiente e a significância das variáveis políticas (α5Dpt-psb; α6Dpsdb; α7Dpfl; α8D02; α9D04). Os números em parênteses se referem ao probability da variável.
x Variável Dependente Intercepto População do Município População2 População3 Prefeitos do PT e PSB Prefeitos do PSDB Prefeitos do PFL Ano de 2002 Ano de 2004 TVs do ano anterior R2 Ajustado F-statistic D-Watson st.
1ºEquação Todas as TVs nos 4 anos 13142.15 (0.9812) 44.12169 (0.0081) -7.66 (0.1565) 4.05 (0.0399) 257681.3 (0.8766) -11279.40 (0.9927) 79657.06 (0.8989) 956064.0 (0.1432) -953140.9 (0.2239) -0.495102 (0.0000) 0.488007 133.7000 2.566920
2ºEquação Todas as TVs nos 4 anos
3ºEquação Todas as TVs em 2002
-
-
39.77138 (0.0027) -6.45 (0.0387) 3.63 (0.0751) -
37.08293 (0.0000) -8.96 (0.0000) 6.39 (0.0000) 919605.3 (0.3032) 70536.50 (0.7305) 53410.81 (0.6177) -
1096191. (0.0473) -0.493505 (0.2159) 0.489392 2.549644
0.998406 1.852509
4ºEquação TVs do Governo do Estado nos 4 anos -63754.59 (0.3985) 12.60586 (0.0125) -2.31 (0.0905) 1.77 (0.0626) -60372.55 (0.7978) -161591.1 (0.0233) 95894.37 (0.0480) 328347.3 (0.0367) -361935.6 (0.3884) -0.578825 (0.1791) 0.585472 197.6353 2.565610
5ºEquação TVs do Governo do Estado nos 4 anos -
6ºEquação TV do Governo do Estado em 2002 -
11.54613 (0.0094) -2.00 (0.0930) 1.66 (0.0651) -130587.1* (0.1221) -130587.1* (0.1221) 65831.82 (0.1478) 296840.6 (0.0627) -390155.0 (0.3402) -0.578942 (0.1787) 0.586109 2.565526
7.385855 (0.0006) -1.41 (0.0001) 2.16 (0.0000) -28191.9* (0.7980) -28191.9* (0.7980) 69670.94 (0.2057) 0.998924 1.889179
* Estes dados se referem ao conjunto dos prefeito de partidos de oposição ao governo do estado (PT, PSB, PDT, PV e PSDB). A partir das equações acima é possível perceber que o ano de 2004, em que ocorre a eleição para prefeito, não é estatisticamente significante para as transferências voluntárias, já o ano de 2002, quando ocorre a eleição para governador e presidente, é estatisticamente significante. Esta conclusão confirma a tese de Bugarin e Ferreira sobre a existência de um “ciclo fiscal de meio de mandato” para o prefeito. Quando consideramos todas as transferências voluntárias, não é possível verificar a existência de tratamento municipal diferenciado em relação ao partido do prefeito, contudo quando consideramos os recursos advindos do executivo estadual existe uma tendência aos prefeitos mais próximos do governador receberam mais recursos, esta evidência esta de acordo com as encontradas por Bugarin e Ferreira.
5- Conclusão Os dados referentes aos municípios baianos no último ciclo eleitoral, 2000 a 2004, estão de acordo com as hipóteses levantas por Bugarin e Ferreira. Para dar continuidade a este pesquisa outros testes econométricos serão realizados no futuro como; o da influência das transferências voluntárias na reeleição dos prefeitos; e a influência das transferências voluntárias na evolução dos indicadores sociais e econômicas.
Referências: BUGARIN, Maurício Soares. FERREIRA, Ivan Fecury Sydrião. Ciclo PolíticoOrçamentário no Federalismo Fiscal Brasileiro: O Papel das Transferências Voluntárias no Resultado das Eleições Municipais. XXVI Encontro Brasileiro de Econometria, 2003 – Disponível em . Acesso em 09/05/2006. BUGARIN, Maurício Soares. FERREIRA, Ivan Fecury Sydrião. Transferências Voluntárias no Federalismo Fiscal Brasileiro: Efeito do Ciclo Fiscal de Meio de Mandato sobre as Eleições Municipais. 1º colocada no concurso de monografias do Tesouro Nacional, Tópicos Especiais de Finanças Públicas, 2004. Disponível em <www.stn.fazenda.gov.br/Premio_TN/IXpremio/financas/1tefpIXPTN/1premio_tfdp.pdf> Acesso em 27/06/2006. JUNIOR, Ari Francisco de Araújo. SILVA, Márcia Cristina Da. SHIKIDA, Cláudio Djissey. Federalismo Fiscal, Ciclos Políticos e Reeleição: uma breve análise do caso mineiro. Working Paper, Ibmec-MG, 2003 - Disponível em . Acesso em 10/05/2006. NORDHAUS, William D. The Political Business Cycle. The Review of Economic Studies, Vol.42, No. 2 (Apr., 1975), pp 169-190.
ROGOFF, Kenneth. Equilibrium Political Budget Cycles. The American Economic Review, Vol.80, No. 1 (Mar., 1990) pp 21-36. Secretaria do Tesouro Nacional. Documento Finanças do Brasil, disponível em . Acesso em: 19/06/2006. STOCK, James H. WATSON, Mark W. Econometria. São Paulo, Addison Wesley, 2004.
Anexos: Equação 01: Dependent Variable: TV Method: Least Squares Date: 07/02/06 Time: 21:05 Sample(adjusted): 1 1682 Included observations: 1254 Excluded observations: 428 after adjusting endpoints Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. POP*POP -7.66E-05 5.40E-05 -1.417898 0.1565 PT 257681.3 1659729. 0.155255 0.8766 PSDB -11279.40 1226077. -0.009200 0.9927 PFL 79657.06 626613.2 0.127123 0.8989 POP 44.12169 16.63098 2.652981 0.0081 POP*POP*POP 4.05E-11 1.97E-11 2.056815 0.0399 TV2 -0.495102 0.027258 -18.16363 0.0000 A2002 956064.0 652723.9 1.464730 0.1432 A2004 -953140.9 783282.2 -1.216855 0.2239 C 13142.15 556280.6 0.023625 0.9812 R-squared 0.491685 Mean dependent var 1247687. Adjusted R-squared 0.488007 S.D. dependent var 13903738 S.E. of regression 9948636. Akaike info criterion 35.07171 Sum squared resid 1.23E+17 Schwarz criterion 35.11265 Log likelihood -21979.96 F-statistic 133.7000 Durbin-Watson stat 2.566920 Prob(F-statistic) 0.000000
Equação 02:
Dependent Variable: TV Method: Least Squares Date: 07/02/06 Time: 21:48 Sample (adjusted): 1 1682 Included observations: 1267 after adjustments White Heteroskedasticity-Consistent Standard Errors & Covariance Variable
Coefficient
Std. Error
t-Statistic
Prob.
POP
39.77138
13.23974
3.003939
0.0027
POP*POP
-6.45E-05
3.12E-05
-2.069044
0.0387
POP*POP*POP
3.63E-11
2.04E-11
1.781445
0.0751
A2002
1096191.
552191.9
1.985163
0.0473
TV2
-0.493505
0.398621
-1.238029
0.2159
R-squared
0.491005
Mean dependent var
1243425.
Adjusted R-squared
0.489392
S.D. dependent var
13832529
S.E. of regression
9884288.
Akaike info criterion
35.05473
Sum squared resid
1.23E+17
Schwarz criterion
35.07503
Log likelihood
-22202.17
Durbin-Watson stat
2.549644
Equação 3: Dependent Variable: TV Method: Least Squares Date: 07/02/06 Time: 22:15 Sample: 422 841 Included observations: 351 White Heteroskedasticity-Consistent Standard Errors & Covariance Variable
Coefficient
Std. Error
t-Statistic
Prob.
POP
37.08293
4.397674
8.432396
0.0000
POP*POP
-8.96E-05
9.28E-06
-9.648386
0.0000
POP*POP*POP
6.39E-11
3.34E-12
19.15678
0.0000
PT
919605.3
891863.9
1.031105
0.3032
PSDB
70536.50
204646.4
0.344675
0.7305
PFL
53410.81
106920.7
0.499537
0.6177
R-squared
0.998429
Mean dependent var
2264161.
Adjusted R-squared
0.998406
S.D. dependent var
25944624
S.E. of regression
1035891.
Akaike info criterion
30.55637
Sum squared resid
3.70E+14
Schwarz criterion
30.62237
Log likelihood
-5356.643
Durbin-Watson stat
1.852509
Equação 4: Dependent Variable: BA Method: Least Squares Date: 07/02/06 Time: 22:34 Sample (adjusted): 1 1682 Included observations: 1254 after adjustments White Heteroskedasticity-Consistent Standard Errors & Covariance Variable
Coefficient
Std. Error
t-Statistic
Prob.
POP
12.60586
POP*POP
-2.31E-05
5.041358
2.500489
0.0125
1.37E-05
-1.694023
0.0905
POP*POP*POP
1.77E-11
9.49E-12
1.863850
0.0626
A2002
328347.3
157001.7
2.091362
0.0367
PFL
95894.37
48447.37
1.979351
0.0480
PT
-60372.55
235625.0
-0.256223
0.7978
PSDB
-161591.1
71131.85
-2.271713
0.0233
C
-63754.59
75486.95
-0.844578
0.3985
A2004
-361935.6
419501.8
-0.862775
0.3884
BAB
-0.578825
0.430549
-1.344389
0.1791
R-squared
0.588450
Mean dependent var
449801.7
Adjusted R-squared
0.585472
S.D. dependent var
7259388.
S.E. of regression
4673872.
Akaike info criterion
33.56082
Sum squared resid
2.72E+16
Schwarz criterion
33.60176
Log likelihood
-21032.63
F-statistic
197.6353
Prob(F-statistic)
0.000000
Durbin-Watson stat
2.565610
Equação 5: Dependent Variable: BA Method: Least Squares Date: 07/02/06 Time: 23:38 Sample (adjusted): 1 1682 Included observations: 1254 after adjustments White Heteroskedasticity-Consistent Standard Errors & Covariance Variable
Coefficient
Std. Error
t-Statistic
Prob.
POP
11.54613
4.439463
2.600795
0.0094
POP*POP
-2.00E-05
1.19E-05
-1.681310
0.0930
POP*POP*POP
1.66E-11
8.98E-12
1.846152
0.0651
A2002
296840.6
159341.3
1.862923
0.0627
A2004
-390155.0
408905.7
-0.954144
0.3402
PFL
65831.82
45456.07
1.448251
0.1478
OPO
-130587.1
84398.01
-1.547278
0.1221
BAB
-0.578942
0.430246
-1.345607
0.1787
R-squared
0.588421
Mean dependent var
449801.7
Adjusted R-squared
0.586109
S.D. dependent var
7259388.
S.E. of regression
4670282.
Akaike info criterion
33.55770
Sum squared resid
2.72E+16
Schwarz criterion
33.59045
Log likelihood
-21032.68
Durbin-Watson stat
2.565526
Equação 6: Dependent Variable: BA Method: Least Squares Date: 07/03/06 Time: 00:01 Sample: 422 841 Included observations: 351 White Heteroskedasticity-Consistent Standard Errors & Covariance Variable
Coefficient
Std. Error
t-Statistic
Prob.
POP
7.385855
2.133417
3.461983
0.0006
POP*POP
-1.41E-05
3.55E-06
-3.972258
0.0001
POP*POP*POP
2.16E-11
1.19E-12
18.18662
0.0000
PFL
69670.94
54949.36
1.267912
0.2057
OPO
-28191.95
110047.9
-0.256179
0.7980
R-squared
0.998936
Mean dependent var
920112.4
Adjusted R-squared
0.998924
S.D. dependent var
13270487
S.E. of regression
435327.3
Akaike info criterion
28.81973
Sum squared resid
6.56E+13
Schwarz criterion
28.87472
Log likelihood
-5052.862
Durbin-Watson stat
1.889179