Arquitetura Bizantina.pdf

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IDADE MÉDIA: ARQUITETURA BIZANTINA

DISCIPLINA: História e Teoria da Arquitetura I

Período: 2019.1

CONTEXTUALIZANDO IDADE MÉDIA -A passagem da Antiguidade para a Idade Média é marcada, como todas as etapas de transição, pela convivência entre elementos do período anterior e pelo estabelecimento de novas práticas culturais, sociais, políticas e econômicas. -Idade das Trevas

ALTA IDADE MÉDIA E BAIXA IDADE MÉDIA Alta Idade Média - Invasoes bárbaras em áreas do Antigo Império Romano. - Origem dos feudos - Atividade agrária domina cenário econômico

- No oriente surgem duas civilizações: a bizantina e a muçulmana. Baixa Idade Média - Crescimento urbano e comercial na Europa Ocidental. - Centralização monárquica e a queda do poder da Igreja, crise do mundo bizantino, fim do feudalismo e o surgimento da burguesia.

ESTRUTURA URBANA MEDIEVAL Os burgos, vilas ou povoados têm um papel na estruturação do território que excede muito a propriamente administrativa. Todos eles foram trabalhando e estruturando o território europeu ao longo de muitos séculos a partir de uma trama em grande parte vigente ainda em nossos dias. Em suma, a estrutura urbana europeia se cristalizou nos séculos medievais.

Burgo Feudal

ESTRUTURA URBANA MEDIEVAL A origem de todas as cidades se vincula diretamente ao renascer comercial, assumindo as infraestruturas da nova economia de intercâmbio mercantil ou cultural como diretrizes para seu desenvolvimento urbano: as cidades comerciais e universitárias, das quais Paris é um exemplo paradigmático.

ESTRUTURA URBANA MEDIEVAL

O MONASTÉRIO A inspiração para realizar a cidade de Deus sobre a Terra tem sua primeira expressão medieval no monastério. Os monges se dedicavam tanto à oração quanto ao estudo e ao trabalho. As sociedades monásticas multiplicaram suas funções sagradas e profanas, tornando os monastérios verdadeiros centros urbanos de colonização, possuidores de grandes propriedades de cuja exploração viva a comunidade. Tudo isso implica uma série de atividades que refletem a complexidade e a diferenciação da organização monástica na distribuição de seus edifícios.

O MONASTÉRIO

REALIDADE SOCIAL E REALIDADE URBANA Após a cidade dos homens, surge a cidade de Deus. Este conceito idealista e platônico terá influência decisiva no mundo ocidental ao longo de toda a Idade Média, e dele partiremos para a definição e o estudo da cidade medieval.

ARQUITETURA BIZANTINA O Império Bizantino (fim do século IV ao século XV) foi uma continuação do Império Romano do Oriente que conseguiu se manter forte, diferentemente do Império Romano do Ocidente que foi enfraquecido por constantes ataques e invasões. Sua capital, Bizâncio, posteriormente chamada de Constantinopla, se tornou desde a queda de Roma a maior cidade do mundo por cerca de quatrocentos anos.

ARQUITETURA BIZANTINA

ARQUITETURA BIZANTINA -Assim como os romanos, os bizantinos utilizaram a arquitetura como uma ferramenta política. Basicamente desenvolvida em edificações religiosas. Essas edificações, mesmo que inspiradas nas construções reproduzidas anteriormente, mostram uma mudança significativa devido ao surgimento do cristianismo e o fim do politeísmo. -Durante o século I o cristianismo era amplamente perseguido e não aceito pelos romanos.

-Arquitetura cristã primitiva pode ser dividida em duas fases, antes e depois de Constantino se tornar cristão e liberar o culto, em 313 d.C.

ARQUITETURA BIZANTINA A primeira fase é marcada pela arquitetura mais simples, usada para que os cristãos pudessem celebrar seus cultos sem serem perseguidos. - Catacumbas (eram subterrâneas e dispunham de pinturas murais, sem proporções). - Cemitérios para os cristãos mortos.

ARQUITETURA BIZANTINA

ARQUITETURA BIZANTINA

ARQUITETURA BIZANTINA

A EVOLUÇÃO DOS ESPAÇOS ATÉ À BASÍLICA

“Após 313, a arquitetura cristã derivou, em grande parte, dos precedentes romanos, e as edificações paleocristãs e bizantinas seguem certos aspectos da antiguidade clássica... As mudanças de estilo desse período contribuíram para as edificações posteriores do estilo medieval, criando, então, uma transição do passado clássico para a era medieval na Europa Ocidental.”

“O processo trilhado pela arte primitiva cristã, que, de simples e grosseira nas catacumbas passa a ser rica e apurada nas basílicas, prediz mudanças que determinam uma nova época na História da Humanidade, e indica o grau de comprometimento entre arte e doutrina cristã, que se tornará maior a cada dia e se consolidará na Idade Média.”

ARQUITETURA BIZANTINA

ARQUITETURA BIZANTINA

ARQUITETURA BIZANTINA

ARQUITETURA BIZANTINA A secunda fase é a basilical, fase promovida principalmente por Constantino, para aumentar sua popularidade e aceitação entre os cristãos. - Édito de Milão (responsável pela liberdade cristã).

“Deliberamos conceder aos cristãos, e a quem quer que seja, a liberdade de praticar a religião de sua preferência a fim de que a Divindade que nos céus reside venha a ser favorável e propícia a nossos súditos. Parece-nos ser medida boa, razoável, não negar a nenhum de nossos súditos, seja ele cristão ou adepto de qualquer outro culto, o direito de seguir a religião que melhor lhe convenha. Assim sendo, a Divindade que cada um reverenciar a seu modo, livremente, poderá também estender a nós a sua benevolência e seus habituais favores.”

ARQUITETURA BIZANTINA -

Império Romano seria neutro em relação ao credo religioso de cada um;

- Acaba oficialmente a perseguição a todos os que não seguem as crenças romanas, em particular os cristãos;

- Devolveu os lugares de culto e as propriedades que haviam sido confoscadas aos cristãos; - Desestabeleceu o paganismo como religião oficial do Império; - Deu a todas as religiões estatuto de legitimidade.

ARQUITETURA BIZANTINA

ARQUITETURA BIZANTINA

LIBERDADE DE CULTO: A BASÍLICA As basílicas já eram adotadas pelos gregos e pelos romanos como um lugar civil, com o Édito os cristãos começaram a utilizar esses edifícios para realizar suas celebrações. As principais características dessa arquitetura eram a espiritualidade, o simbolismo, a simplicidade e a inspiração em temas bíblicos.

LIBERDADE DE CULTO: A BASÍLICA

LIBERDADE DE CULTO: A BASÍLICA As basílicas possuíam três naves e a abside elevada para o leste. A nave central era sempre mais alta que as duas laterais. Elas possuíam um longo corredor, formado por colunatas de pilares que separavam as naves da basílica. A sua cobertura era feita de madeira e elas possuíam pequenas janelas sem vidros, protegidas por tecidos ou mármore. O revestimento interno era feito de mosaicos que representavam passagens do antigo e novo testamento.

LIBERDADE DE CULTO: A BASÍLICA Elas ainda possuíam um transepto, estrutura perpendicular a nave que lembra a cruz de Jesus, Geralmente eram construídas em formato de cruz latina. A abside era uma construção semi-circular, normalmente abobadada e utilizada como santuário. O nartéx, que era o pórtico que ficava na entrada da igreja. O átrio que era um pátio na entrada da igreja, ao redor dele outras construções a circundavam, como nas basílicas romanas. Geralmente eram o batistério, a sala de Catecismo (cathecumeneum), as capelas de mártires e funerárias, escritórios e salas para acomodações clero.

LIBERDADE DE CULTO: A BASÍLICA

LIBERDADE DE CULTO: A BASÍLICA

LIBERDADE DE CULTO: A BASÍLICA

LIBERDADE DE CULTO: A BASÍLICA

LIBERDADE DE CULTO: A BASÍLICA

A BASÍLICA PALEOCRISTÃ

MOSAICO Os mosaicos formam imagens a partir do arranjo de pequenos pedaços coloridos de pedra, vidro entre outros materiais.

ARTE SACRA

SISTEMA CONSTRUTIVO Os bizantinos inovaram a técnica da cúpula, possibilitando sua construções em plantas quadradas através de um sistema de arcos, conhecida como cúpula sobre pendentes.

Sobre as paredes, erguiam-se quatro arcos, os espaços entre eles formavam triângulos curvilíneos, que juntos promoviam a base circular necessária para a construção da cúpula arredondada. Outra variação desta técnica era a que utilizava um tambor entre a base circular e a cúpula, o que garantia as construções maior verticalidade.

SISTEMA CONSTRUTIVO

SISTEMA CONSTRUTIVO

SISTEMA CONSTRUTIVO

SISTEMA CONSTRUTIVO

SISTEMA CONSTRUTIVO

BASÍLICA DE SANTA SOFIA A basílica símbolo da arquitetura bizantina é a de Hagia Sophia ou Santa Sofia, construída para ser a catedral de Constantinopla. Levou apenas cinco anos para ficar pronta, de 532 a 537 d.C, chamou atenção pela sua cúpula projetada pelos matemáticos Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto, e por seu interior repleto de mosaicos. A basílica de Hagia Sofia, passou por várias reconstruções ao longo da história, devido aos danos que sofreu por terremotos, mas em 1453, após a invasão do Império Otamano em Constantinopla que a basílica se tornou uma mesquita, situação que durou até 1931. Neste período grande parte de seus mosaicos foram caiados, além dos minaretes implantados à sua volta. Só em 1931 que começaram o processo de recuperação desses mosaicos, e em 1935 ela foi inaugurada como museu, funcionando como tal até os dias de hoje.

BASÍLICA DE SANTA SOFIA

BASÍLICA DE SANTA SOFIA O traçado de Hagia Sophia apresenta uma combinação única de elementos: o eixo longitudinal de uma basílica paleocristã, mas com a nave formando ao centro um quadrilátero coroado por uma imensa cúpula, apoiada nos extremos em semicúpulas. Pode-se dizer que a cúpula de Hagia Sophia foi inserida entre as duas metades de uma Igreja de planta centrada, e ela está assentada em quatro arcos em uma técnica que permite a construção de cúpulas mais leves e mais altas do que as anteriores .

BASÍLICA DE SANTA SOFIA

BASÍLICA DE SANTA SOFIA

BASÍLICA DE SANTA SOFIA

BASÍLICA DE SANTA SOFIA

BASÍLICA DE SANTA SOFIA

BASÍLICA DE SANTA SOFIA

BASÍLICA DE SÃO VITAL

BASÍLICA DE SÃO VITAL

BASÍLICA DE SÃO MARCOS

BASÍLICA DE SÃO MARCOS

BASÍLICA DE SÃO BASÍLIO

BASÍLICA DE SÃO BASÍLIO

BASÍLICA DE SÃO BASÍLIO

CATEDRAL METROPOLITANA ORTODOXA – SÃO PAULO

CÚPULAS

ARQUITETURA ROMÂNICA Enquanto no Oriente bizantino e muçulmano a arquitetura se desenvolve de maneira magnificente, no Ocidente o progresso no campo das criações mantêmse estagnada: falta de tempo, falta de tranqüilidade, escassez de recursos. Assistimos a luta inaudita, a procura incansável de um sistema estrutural seguro, de fácil construção e dotado de beleza, que tinha de ser condicionado à realização por via de um material contra-indicado sob todos os aspectos: a pedra. A designação "Românico" surgiu no séc. XIX e significava "semelhante ao romano".

ARQUITETURA ROMÂNICA Podemos citar como característica das construções românicas a preocupação em se cobrir grandes vãos e os desejos em anular esforços e empuxos proveniente de cargas brutais de blocos de pedra. Tentativas de se transpor para o exterior das igrejas os apoios internos. Devido em grande parte ao desastres e incêndios causados em razão de invasões e pilhagens, que se resolveu abobadar os edifícios, uma idéia que rapidamente se difundiu. Em quase toda a arquitetura religiosa dos períodos cristão primitivos, o telhado era feito de madeira, material abundante na Europa. Mas vemos na Idade Média trágicas descrições de incêndios que devastaram igrejas com telhados de madeira.

ARQUITETURA ROMÂNICA

Caracteriza-se por construções austeras e robustas, com paredes grossas e minúsculas janelas, cuja principal função era resistir a ataques de exércitos inimigos e invasões bárbaras

ARQUITETURA ROMÂNICA - Igrejas - Mosteiros

- Castelos A arquitetura em pedra vem reforçar a característica de monumentalidade e fortaleza, possível depois de toda a evolução dos meios construtivos. Os conjuntos arquitectónicos seguem, geralmente, a planta basilical, uma, três ou cinco naves (geralmente três), colunas que sustentavam as abóbadas e um aspecto maciço e horizontal. As paredes são cegas, pois não é possível, ou é muito difícil, abrir grandes janelas nas paredes, já que elas servem como estrutura e suportam todo o teto.

IGREJA ROMÂNICA Com a instituição da fé católica romana, uma onda de construção de igrejas varreu a Europa feudal de 1050 a 1200. Os construtores tomaram elementos da arquitetura romana, como colunas e arcos redondos. No entanto, como os prédios romanos tinham tetos de madeira, fáceis de incendiarem, os artesãos medievais passaram a fazer os tetos das igrejas com abóbadas de pedra. Abóbadas essas que podiam ser cilíndricas ou com arestas apoiadas em pilastras o que resultava em grandes espaços, livres de colunas e obstáculos.

IGREJA ROMÂNICA

IGREJA ROMÂNICA DE PERIGRINAÇÃO As igrejas de peregrinação foram muito características desse período. Elas ficavam no caminho para os locais sagrados, como Santiago de Compostela, Roma e Jerusalém, e serviam de apoio e pouso para os peregrinos, além de oferecer como atrativo as relíquias, objetos supostamente pertencentes a Jesus Cristo, a Maria e aos santos, como os cravos que pregaram as mãos e pés de Jesus, ou os espinhos da coroa, ou ainda fios de cabelo da Virgem.

IGREJA ROMÂNICA DE PERIGRINAÇÃO Arquitetura românica de peregrinação Cluny e Santiago de Compostela são provavelmente os melhores exemplos de igrejas de peregrinação.

A planta é em cruz latina com três a 5 naves abobadadas em pedra. A cabeceira ou charola é constituída por abside, absidíolos e deambulatório. Estas igrejas eram dotadas para receber grandes multidões e procissões, pelo que havia a ecessidade do deambulatório, que permitia o decorrer normal das cerimônias simultaneamente com as procissões passando atrás do altar.

Plano Arquitetônico da Catedral de Santiago de Compostela

IGREJA ROMÂNICA DE PERIGRINAÇÃO

IGREJA ROMÂNICA DE PERIGRINAÇÃO

IGREJA ROMÂNICA

IGREJA ROMÂNICA

IGREJA ROMÂNICA

Igreja de Nossa Senhora a Maior, em Poitiers

IGREJA ROMÂNICA

Sé de Lisboa, Portugal

IGREJA ROMÂNICA

Sé de Lisboa, Portugal

ARQUITETURA ROMÂNICA As características mais significativas da arquitetura românica são: • abóbadas em substituição ao telhado das basílicas; • pilares maciços e paredes espessas; • aberturas raras e estreitas usadas como janelas; • torres que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; • arcos em 180 graus. A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o seu tamanho. Elas são sempre grandes e sólidas. Daí serem chamadas: fortalezas de Deus. A explicação mais aceita para as formas volumosas, estilizadas e duras dessas igrejas é o fato da arte românica não ser fruto do gosto refinado da nobreza nem das ideias desenvolvidas nos centros urbanos, é um estilo essencialmente clerical. A arte desse período passa, assim a ser encarada como uma extensão do serviço divino e uma oferenda à divindade.

CASTELO ROMÂNICO A morfologia do castelo românico assenta em dois princípios fundamentais: o do comando e o da defesa passiva: •Confia na sua capacidade de resistência, com muros espessos e altos; •Possui uma cerca (ou muralha) de planta quadrada, composta por silhares de pedra; •Podem existir recintos secundários que permitam o abrigo das populações, como é o caso do Castelo de Castro Laboreiro; •A torre de menagem, estrutura central do castelo, define-se como principal ponto de poder e último reduto de defesa. Esta torre é mais alta do que a cerca de muralha, permitindo o tiro directo para fora desta e é de planta quadrangular, com a entrada no primeiro piso, sendo o acesso apenas possível por uma escada de madeira, facilmente removível ou eliminada se fosse o caso de perda do resto das estruturas.

CASTELO ROMÂNICO

CASTELO ROMÂNICO

CASTELO ROMÂNICO

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