Agrupamento De Escolas De Freiria

  • November 2019
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Agrupamento de Escolas de Freiria Moção de descontentamento com o novo modelo de avaliação do desempenho docente Exmo. Sr. Presidente da República Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República Exmo. Sr. Primeiro - Ministro Exmo. Sr. Procurador Geral da República Exma. Sra. Ministra da Educação Os professores e educadores do Agrupamento de Escolas de Freiria, reunidos em Plenário no dia 30 de Outubro de 2008, consideram o seguinte. I. A avaliação de desempenho deve servir para a melhoria das aprendizagens dos alunos e para uma verdadeira valorização do trabalho dos professores e dos educadores – o que não acontece com o actual modelo. II. Os resultados escolares dos alunos não dependem exclusivamente do trabalho individual de cada professor mas, e também, do conselho de turma e, sobretudo do contexto económico, social e cultural de cada aluno. Partindo deste pressuposto, não é justo avaliar os docentes pelas notas dadas aos seus alunos, tal como consta das recomendações do Conselho Científico Para a Avaliação de Professores - Julho 2008. III. Os professores avaliadores não sentem legitimidade científica e pedagógica para procederem à avaliação do trabalho dos seus pares, atendendo à diversidade disciplinar criada pelos novos mega-departamentos e à falta da respectiva formação em supervisão pedagógica. Esta impreparação dos “avaliadores” também vem referida nas recomendações do CCAP. IV. As duas considerações anteriores são um exemplo, entre muitos, da clara discordância entre as recomendações do CCAP e as orientações indiscutíveis emanadas da Tutela, sabendo que aquela estrutura foi criada pelo Ministério da Educação, com enquadramento legal. V. A prática está a confirmar que o actual modelo, devido à sua complexidade, está completamente desenquadrado da realidade. Revelou-se inconsistente a nível teórico e científico; é profundamente burocrático, inexequível e inútil para a melhoria do ensino. Só tem contribuído para um enorme gasto de tempo e energia de professores e órgãos de gestão, afastando todos da principal e fundamental missão – ensinar. VI. O actual modelo, ao acentuar perigosamente a tendência para o trabalho individual em detrimento do trabalho entre pares, provoca incertezas e desconfianças geradoras de um clima de conflitualidade, o qual tem a origem no estabelecimento de quotas na avaliação e na criação de duas categorias que, só por si, determinam que muitos docentes não chegarão ao topo da carreira. VII. É notório o desvio entre as recomendações do CCAP e as directrizes do Conselho de Escolas, bem como as diferentes orientações veiculadas pelos Centros de Formação. Esta disparidade irá, obviamente, resultar em aplicações diferentes do modelo de avaliação nas escolas, agravando as arbitrariedades deste processo. Sendo assim, propõe-se, nesta Reunião Geral de Professores, a suspensão imediata deste modelo de avaliação de desempenho. (Adaptação de textos produzidos pelos colegas da Escola de Arraiolos, do Agrupamento de Escolas do Concelho de Vila do Bispo e da Escola Secundária com 3º Ciclo de Madeira Torres – Torres Vedras)

Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Freiria, 30 de Outubro de 2008

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