A Lista Dos Pecados

  • June 2020
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17 Pecados §1849 O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Foi definido como “uma palavra, um ato ou um desejo contrários à lei eterna”. §1850 O pecado é ofensa a Deus: “Pequei contra ti, contra ti somente; pratiquei o que é mau aos teus olhos” (Sl 51,6). O pecado ergue-se contra o amor de Deus por nós e desvia dele os nossos corações. Como o primeiro pecado, é uma desobediência, uma revolta contra Deus, por vontade de tornar-se “como deuses”, conhecendo e determinando o bem e o mal (Gn 3,5). O pecado é, portanto, “amor de si mesmo até o desprezo de Deus”. Por essa exaltação orgulhosa de si, o pecado é diametralmente contrário à obediência de Jesus, que realiza a salvação.

17.1 Pecados Mortais “Quem não ama permanece na morte” §1033 Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: “Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” (1Jo 3,14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra “inferno”.

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17.1.1 Condições: matéria grave, pleno conhecimento, pleno consentimento §1858 A matéria grave é precisada pelos Dez mandamentos, segundo a resposta de Jesus ao jovem rico: “Não mates, não come-tas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não dó fraudes ninguém, honra teu pai e tua mãe” (Mc 10,19). A gravidade dos pecados é maior ou menor: um assassinato é mais grave que um roubo. A qualidade das pessoas lesadas é levada também em consideração. A Violência exercida contra os pais é em mais grave que contra um estranho. §1859 O pecado mortal requer pleno conhecimento e pleno consentimento. Pressupõe o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, de sua oposição à lei de Deus. Envolve também um consentimento suficientemente deliberado para ser uma escolha pessoal. A ignorância afetada e o endurecimento do coração não diminuem, antes aumentam, o caráter voluntário do pecado.

17.1.2 Consequências do Pecado Mortal §1855 O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave da lei de Deus; desvia o homem de Deus, que é seu fim último e sua bemaventurança, preferindo um bem inferior.

17.1.3 Ato sexual fora do Matrimônio §2390 Existe união livre quando o homem e a mulher se recusam a dar uma forma jurídica e pública a uma ligação que implica intimidade sexual. A expressão é enganosa: com efeito, que significado pode ter uma união na qual as pessoas não se comprometem mutuamente e revelam, assim, uma falta de confiança na outra, em si mesma ou no futuro? A expressão abrange situações diferentes: concubinato, recusa do casamento enquanto tal, incapacidade de assumir compromissos a longo prazo. Todas essas situações ofendem a dignidade do matrimônio, destroem a própria idéia da

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família, enfraquecem o sentido da fidelidade. São contrárias à lei moral. O ato sexual deve ocorrer exclusivamente no casamento; fora dele, é sempre um pecado grave e exclui da comunhão sacramental.

17.1.4 Blasfêmia contra o Espírito Santo §1864 “Todo pecado, toda blasfêmia será perdoada aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada” (Mt 12,31). Pelo contrário, quem a profere é culpado de um pecado eterno. A misericórdia de Deus não tem limites, mas quem se recusa deliberadamente a acolher a misericórdia de Deus pelo arrependimento rejeita o perdão de seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. Semelhante endurecimento pode levar à impenitência final e à perdição eterna.

17.1.5 Perdão dos pecados mortais pela contrição perfeita §1452 Quando rota do amor de Deus, amado acima de tudo, contrição é “perfeita” (contrição de caridade). Esta contrição perdoa as faltas veniais e obtém também o perdão dos pecado mortais, se incluir a firme resolução de recorrer, quando possível, à confissão sacramental. §1856 O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital, que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da Reconciliação: Quando a vontade se volta para uma coisa contrária à caridade pela qual estamos ordenados ao fim último, há no pecado, por seu próprio objeto, matéria para ser mortal... quer seja contra o amor a Deus, como a blasfêmia, o perjúrio etc., quer seja contra o amor ao próximo, como o homicídio, o adultério etc. Por outro lado, quando a vontade do pecador se dirige às vezes a um objeto que contém em si uma desordem, mas não é contrário ao amor a Deus e ao próximo, como por exemplo palavra ociosa, riso supérfluo etc., tais pecados são veniais'

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17.1.6 Penas eternas reservadas a quem morre em pecado mortal §1033 Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: “Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” (1Jo 3,14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra “inferno”. §1035 O ensinamento da Igreja afirma a existência e a eternidade do inferno. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente após a morte aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, “o fogo eterno”. A pena principal do Inferno consiste na separação eterna de Deus, o Único em quem o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e às quais aspira.

17.1.7 O pecado venial deixa subsistir a caridade §1861 O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, como o próprio amor. Acarreta a perda da caridade e a privação da graça santificante, isto é, do estado de graça. Se este estado não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre, sem regresso. No entanto, mesmo podendo julgar que um ato é em si falta grave, devemos confiar o julgamento sobre as pessoas à justiça e à misericórdia de Deus.

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17.1.8 Imputabilidade da culpa §1860 A ignorância involuntária pode diminuir ou até escusar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se que ninguém ignora os princípios da lei moral inscritos na consciência de todo ser humano. Os impulsos da sensibilidade, as paixões podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações patológicas. O pecado por malícia, por opção deliberada do mal, é o mais grave.

17.2 Pecados Venais Condições da matéria do conhecimento e do consentimento §1862 Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento.

17.2.1 Distinção entre pecado mortal e pecado venial §1854 A gravidade do pecado: pecado mortal e venial Convém avaliar os pecados segundo sua gravidade. Perceptível já na Escritura, a distinção entre pecado mortal e pecado venial se impôs na tradição da Igreja. A experiência humana a corrobora.

17.2.2 Confissão dos pecados veniais §1458 Apesar e não ser estritamente necessária, a confissão das faltas cotidianas (pecados veniais) é vivamente recomendada pela Igreja. Com efeito, a confissão regular de nossos pecados veniais nos ajuda a formar a consciência, a lutar contra nossas más tendências, a deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo mais frequentemente, por meio deste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como ele; Quem confessa os próprios pecados já está agindo em harmonia com Deus. Deus acusa teus pecados; se tu também os acusas, tu te associas a Deus. O homem e o pecador são,

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por assim dizer, duas realidades: quando ouves falar do homem, foi Deus quem o fez; quando ouves falar do pecador, é o próprio homem quem o fez. Destrói o que fizeste para que Deus salve o que Ele fez... Quando começas a detestar o que fizeste, é então que tuas boas obras começam, porque acusas tuas más obras. A confissão das más obras é o começo das boas obras. Contribui para a verdade e consegues chegar à luz. §1863 O pecado venial enfraquece a caridade; traduz uma afeição desordenada pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral; merece penas temporais. O pecado venial deliberado e que fica sem arrependimento dispõe-nos pouco a pouco a cometer o pecado mortal. Mas o pecado venial não quebra a aliança com Deus. É humanamente reparável com a graça de Deus. “Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade nem, por conseguinte, da bem-aventurança eterna.” O homem não pode, enquanto está na carne, evitar todos os pecados, pelo menos os pecados leves. Mas esses pecados que chamamos leves, não os consideras insignificantes: se os consideras insignificantes ao pesá-los, treme ao contá-los. Um grande número de objetos leves faz uma grande massa; um grande número de gotas enche um rio; um grande número de grãos faz um montão. Qual é então nossa esperança? Antes de tudo, a confissão.

17.3 Lista de Pecados Mt 15,19Do coração procedem as más intenções, os assassínios, os adultérios, as prostituições, os roubos, os falsos testemunhos e as blasfêmias. 20É isto que torna o homem impuro. Mas comer com as mãos por lavar não torna o homem impuro. Mc 7,21Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, assassínios, 22 adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios. 23Todas estas maldades saem de dentro e tornam o homem impuro.

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Lc 11,39O Senhor disse-lhe: “Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e de maldade. 40 Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? 41Antes, dai esmola do que possuís, e para vós tudo ficará limpo. Rm 1,28 E como não julgaram por bem manter o conhecimento de Deus, entregou-os Deus a uma inteligência sem discernimento. E é assim que fazem o que não devem: 29estão repletos de toda a espécie de injustiça, perversidade, ambição, maldade; cheios de inveja, homicídios, discórdia, falsidade, malícia; são difamadores, 30 maldizentes, inimigos de Deus, insolentes, orgulhosos, arrogantes, engenhosos para o mal, rebeldes para com os pais, 31estúpidos, desleais, inclementes, impiedosos. 32Esses, muito embora conheçam o veredito de Deus de que são dignos de morte os que tais coisas praticam não só as fazem, como até aprovam os que as praticam. Rm 13,13Como quem vive em pleno dia, comportemo-nos honestamente: nada de orgiasa e bebedeiras, nada de devassidão e libertinagens, nada de discórdias e invejas. 14Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não vos entregueis às coisas da carne, satisfazendo os seus desejos. 1Cor 5,11Não. Escrevi que não devíeis associar-vos com quem, dizendo-se irmão, fosse devasso, avarento, idólatra, caluniador, beberrão ou ladrão. Com estes, nem sequer deveis comer. 12 Porventura, compete-me, a mim, julgar os de fora? Não são os de dentro que tendes de julgar? 13Os de fora, Deus os julgará. Afastai o mau do meio de vós. 1Cor 6,9Ou não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não vos iludais: nem os devassos, nem os idólatras, nem

[a] Orgias: s.f.1[história da religião] na Antiguidade, ritual festivo geralemnte realizado à noite em honra do deus chamado Dioniso (entre os gregos) ou Baco (entre os romanos); bacanal 2festividade na qual se sobressaem atos de euforia, excesso de bebidas, desregramento e libertinagem; bacanal 3qualquer reunião que se caracterize pela lubricidade, pela orgia sexual entre mais de duas pessoas; bacanal, esbórnia, pândega, suruba.

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os adúlteros, nem os efeminadosa, nem os pedófilosb, 10 nem os ladrões, nem os avarentosc, nem os beberrões, nem os caluniadores, nem os salteadores herdarão o Reino de Deus. 11E alguns de vós eram assim. Mas vós cuidastes de vos purificar; fostes santificados, fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus. 2Cor 12,20De fato, temo que à minha chegada, possa não vos encontrar como desejaria e que vós não me encontreis como desejaríeis. Temo que haja entre vós contendas, invejas, rixas, dissensões, calúnias, murmurações, arrogâncias e desordens. Gl 5,19Mas as obras da carne estão à vista. São estas: fornicação d, impurezae, devassidãof, 20idolatriag, feitiçariah

[a] Efeminado: m.q. Afeminado: adj. s.m. 1que ou aquele que não tem ou perdeu os modos viris 2diz-se de ou homossexual masculino 3que é exageradamente delicado. [b] Pedófilo: adj.s.m. que ou quem sente a impulsão da pedofilia e/ou a pratica. Pedofilia: s.f. Psicopatologia 1perversão que leva um indivíduo adulto a se sentir sexualmente atraído por crianças 2prática efetiva de atos sexuais com crianças. [c] Avarento: adj.s.m. 1que ou aquele que é obcecado por adquirir e acumular dinheiro 2que ou quem não é generoso, 3agiota, avaro, cobiçoso, fominha, mão-de-vaca, mão-fechada, mesquinho, miserável, mísero, mofino, morrinha, morto-a-fome, muquirana, pão-duro, pelintra, sórdido, sovina, usurário, usureiro, vilão. [d] Fornicação: s.f. 1ato de fornicar; prática sexual, coito, especialmente com prostitutas 1.1religião ato sexual que não é entre cônjuges [fora do casamento]; o pecado da luxúria; pecado da carne. [e] Impureza: /ê/ s.f. 1falta de pureza, de limpidez 2qualidade, estado ou condição de impuro; poluição falta de pudor, de castidade; imoralidade, impudicícia, impuridade 3ausência de asseio, de limpeza; imundícia 4m.q. impiedade ('desprezo') contrário à castidade, pureza. [f] Devassidão: s.f. 1qualidade, caráter ou procedimento de devasso 2 depravação de costumes; libertinagem, licenciosidade. [g] Idolatria: s.f. 1culto que se presta a ídolos 2fig. amor excessivo, admiração exagerada [a coisas e pessoas: dinheiro, bens, status, etc]. [h] Feitiçaria: s.f. 1Ocutismo, obra de feiticeiro 2m.q. Bruxaria.

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[feitiçoa], inimizadesb, contendac, ciúmed, fúriase, ambições, discórdias, partidarismos, 21 invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Sobre elas vos previno, como já preveni: os que praticarem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Ef 4,30E não ofendais o Espírito Santo de Deus, selo com o qual fostes marcados para o dia da redenção. 31 Toda a espécie de azedume, raiva, ira, gritaria e injúria desapareça de vós, juntamente com toda a maldade. 32Sede, antes, bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo. Ef 5, 3Mas de prostituição e qualquer espécie de impureza ou ganância nem sequer se fale entre vós, como é próprio de santos; 4nem haja palavras obscenas, insensatas ou grosseiras; são coisas que não convêm; haja, sim, ação de graças. 5Porque, disto deveis ter a certeza: nenhum fornicador, impuro ou ganancioso - o que equivale a idólatra - tem herança no Reino de Cristo e de Deus. 6Ninguém vos engane com palavras ocas; pois são estas coisas que provocam a ira de Deus contra os rebeldes. 7 Não sejais, pois, cúmplices deles. 8É que outrora éreis trevas, mas agora sois luz, no Senhor. Procedei como filhos da luz 9pois o fruto da luz está em toda a espécie de bondade, justiça e verdade - 10 procurando discernir o que é agradável ao Senhor. 11 E não tomeis parte nas obras infrutíferas das trevas; pelo [a] Feitiço: s.m. 1ação ou prática própria de feiticeira ou feiticeiro; sortilégio, bruxaria, enfeitiçamento 2utilização de hipotéticas forças mágicas, com finalidade divinatória e intenções malfazejas. [b] Inimizades: s.f. falta de amizade; ódio, indisposição, malquerença, divisão. [c] Contenda: s.f. ato de contender 1luta, combate, guerra, 2altercação, rixa, discussão; discórdia 3litígio, disputa ou controvérsia judicial. [d] Ciúme: s.m. 1estado emocional complexo que envolve um sentimento penoso provocado em relação a uma pessoa de que se pretende o amor exclusivo; receio de que o ente amado dedique seu afeto a outrem 2medo de perder alguma coisa 3m.q. inveja [e] Fúrias: s.f. 1exaltação de ânimo; delírio que se manifesta por ações violentas; ira, raiva, cólera 2estado de arrebatamento, paixão; delírio, sanha 3 4 desejo extremado; entusiasmo, fervor procedimento precipitado, sem 5 consideração por consequências, pessoa fora de si, cheia de raiva, furiosa 6 mulher desgrenhada, de aspecto malcuidado, cólera, danação, indignação, intensidade, ira, ódio, raiva, rancor, selvageria, violência, zanga.

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contrário, denunciai-as. 12 Porque o que por eles é feito às escondidas, até dizê-lo é vergonhoso. 13Mas tudo isso, se denunciado, é posto às claras pela luz; 14 pois tudo o que é posto às claras é luz. Por isso se diz: “Desperta, tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo brilhará sobre ti”. 15 Portanto, vede bem como procedeis: não como insensatos, mas como sensatos, 16 aproveitando o tempo, pois os dias são maus. 17 Por isso mesmo, não vos torneis néscios, mas tratai de compreender qual é a vontade do Senhor. 18 E não vos embriagueis com vinho, que leva à vida desregrada, mas deixaivos encher do Espírito; 19 entre vós, cantai salmos, hinos e cânticos espirituais; cantai e louvai o Senhor com todo o vosso coração; 20sem cessar, dai graças por tudo a Deus Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Cl 3,5Crucificai os vossos membros no que toca à prática de coisas da terra: fornicação, impureza, paixão, mau desejo e a ganância, que é uma idolatria. 6Estas coisas provocam a ira de Deus sobre os que lhe resistem. 7Entre eles também vós caminhastes outrora, quando vivíeis nessas coisas. 8Mas agora rejeitai também vós tudo isso: ira, raiva, maldade, injúria, palavras grosseiras saídas da vossa boca. 9Não mintais uns aos outros, já que vos despistes do homem velho, com as suas ações, 10e vos revestistes do homem novo, aquele que, para chegar ao conhecimento, não cessa de ser renovado à imagem do seu Criador. 1Tm 1,8Mas nós sabemos que a lei é boa, contanto que dela se faça um uso legítimo 9e tendo em conta que a lei não foi feita para o justo, mas para os maus e rebeldes, para os ímpios a e pecadores, para os sacrílegosb e profanadores, para os

[a] Ímpio: adj. s.m. 1que ou aquele que não tem fé ou que tem desprezo pela religião 2que ou aquele que não respeita os valores comumente admitidos. 3que denota ou revela impiedade. [b] Sacrílego: adj. 1que tem o caráter de sacrilégio; em que há sacrilégio 2 relativo àquele que é sacrílego ou aos seus atos adj.s.m. 3que ou aquele que comete sacrilégio 4ladrão de objetos sagrados; daí, profanador.

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parricidasa e matricidasb, homicidas, 10impudicosc, pederastasd, traficantes de escravos, mentirosos, perjurose, e tudo aquilo que está em contradição com a sã doutrina, 11segundo o Evangelho da glória do Deus bem-aventurado, que me foi confiado. 1Tm 6,2fIsto é o que deves ensinar e recomendar. 3Se alguém ensinar outra doutrina e não aderir às sãs palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo e ao ensinamento conforme à piedade, 4é um obcecado pelo orgulho, um ignorante, um espírito doentio dado a querelas e contendas de palavras. Daí nascem invejas, rixas, injúrias, suspeitas maldosas, 5altercações entre homens de espírito corrompido e desprovidos de verdade, que julgam ser a piedade uma fonte de lucro. 6A piedade é, realmente, uma grande fonte de lucro para quem se contenta com o que tem. 7 Pois nada trouxemos ao mundo e nada podemos levar dele. 8 Tendo alimento e vestuário, contentemo-nos com isso. 9Mas os que querem enriquecer caem na tentação, na armadilha e em múltiplos desejos insensatos e nocivos que precipitam os homens na ruína e na perdição. 10Porque a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro. Arrastados por ele, muitos se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições. 2Tm 3,1Fica sabendo que, nos últimos dias, surgirão tempos difíceis. 2As pessoas tornar-se-ão egoístas, interesseiras, arrogantes, soberbas, blasfemas, desrespeitadoras dos pais, ingratas, ímpias, 3sem coração, implacáveis, caluniadoras, descontroladas, desumanas e inimigas do bem, 4traidoras, insolentes, orgulhosas e mais amigas dos prazeres do que de Deus. 5Conservarão uma aparência de piedade, mas negarão a sua essência. Procura evitar essa gente. [a] Parricida: adj.2g.s.2g. que ou aquele que matou o pai, a mãe, ou qualquer outro ascendente. [b] Matricida: s.2g. pessoa que comete matricídio. Matricídio: s.m. crime cometido pelo indivíduo que mata a própria mãe. [c] Impudico: /dí/ adj.s.m. 1que ou quem não tem pudor 2que ou o que é impudente, lascivo, luxurioso, sensual. [d] Pederasta: s.m. (1877 cf. MS7) indivíduo que pratica a pederastia. Pederastia: s.f. 1prática sexual entre um homem e um rapaz mais jovem 2 homossexualidade masculina. [e] Perjuro: adj.s.m. que ou aquele que perjura, que falta a seu juramento

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Tt 3,3Pois também nós éramos outrora insensatos, rebeldes, extraviados, escravos de toda a espécie de paixões e prazeres, vivendo na maldade e na inveja, odiados e odiando-nos uns aos outros. 1Pd 4,3Já basta que, no tempo passado, tenhais procedido à maneira dos pagãos, vivendo em devassidão, paixões desonestas, embriaguez, excessos no comer e no beber e em nefandos cultos de falsos deuses.

17.3.1 Blasfêmia §2148 A blasfêmia opõe-se diretamente ao segundo mandamento. Ela consiste em proferir contra Deus interior ou exteriormente - palavras de ódio, de ofensa, de desafio, em falar mal de Deus, faltar-lhe deliberadamente com o respeito ao abusar do nome de Deus. São Tiago reprova “os que blasfemam contra o nome sublime (de Jesus) que foi invocado sobre eles” (Tg 2,7). A proibição da blasfêmia se estende às palavras contra a Igreja de Cristo, os santos, as coisas sagradas. É também blasfemo recorrer ao nome de Deus para encobrir práticas criminosas, reduzir povos à servidão, torturar ou matar. O abuso do nome de Deus para cometer um crime provoca a rejeição da religião. A blasfêmia é contrária ao respeito devido a Deus e a seu santo nome. E em si um pecado grave.

17.3.2 Homicídio §2268 O HOMICÍDIO VOLUNTÁRIO O quinto mandamento proscreve como gravemente pecaminoso o homicídio direto e voluntário. O assassino e os que cooperam voluntariamente com o assassinato cometem um pecado que clama ao céu por vingança.

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O infanticídioa, o fratricídiob, o parricídioc e o assassinato do cônjuged são crimes particularmente graves, devido aos laços naturais que rompem. Preocupações de eugenismo e ou de higiene pública não podem justificar nenhum assassinato, mesmo a mando dos poderes públicos.

17.3.3 Inveja Inveja: substantivo feminino - sentimento em que se misturam o ódio e o desgosto, e que é provocado pela felicidade, prosperidade de outrem; desejo irrefreável de possuir ou gozar, em caráter exclusivo, o que é possuído ou gozado por outrem. Sinônimos > ciúme, invídia, zelotipia §2539 A inveja é um vício capital. Designa a tristeza sentida diante do bem do outro e do desejo imoderado de sua apropriação, mesmo indevida. Quando deseja um grave mal ao próximo, é um pecado mortal: Santo Agostinho via na inveja “o pecado diabólico por excelência”. “Da inveja nascem o ódio, a maledicência, a calúnia, a alegria causada pela desgraça do próximo e o desprazer causado por sua prosperidade.”

[a] Infanticídio: s.m. 1 assassínio de uma criança, esp. de um recém-nascido 2 [termo juridico] morte do filho provocada pela mãe por ocasião do parto ou durante o estado puerperal. [b] Fratricídio: s.m. 1delito de homicídio cometido contra o próprio irmão ou irmã 2matança entre povos da mesma raça, cidadãos do mesmo país etc. [c] Parricídio: s.m. crime cometido por um parricida ¤ etim lat. parricidìum,ìi 'assassinato de um parente; atentado contra a pátria'; [d] Conjugicídio: é o assassinato do cônjuge. Uxoricídio: /cs/ s.m. assassínio de mulher cometido por quem era seu marido. Mariticídio: s.m. assassínio do marido pela esposa. [e] Eugenismo: s.m. Ciência que estuda as condições favoráveis à manutenção e preservação da qualidade da espécie humana. / Teoria social baseada nesta ciência. Eugenia: s.f. medicina teoria que busca produzir uma seleção nas coletividades humanas, baseada em leis genéticas ¤ etim lat.cien. eugenia 'aperfeiçoamento da espécie via seleção genética e controle da reprodução.

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Gn 26,14 Possuía rebanhos de toda a espécie, de gado miúdo e graúdo, e numerosos servos. Por isso, os filisteus tiveram inveja de Isaac. Gn 30, 1 Vendo que não dava à luz filhos a Jacob, Raquel começou a ter inveja da irmã e disse a Jacob: “Dá-me filhos ou, então, morro!” 1 Sm 2, 32 Verás com inveja o bem que Eu farei a Israel, enquanto na tua casa jamais haverá um ancião. 1 Sm 2, 33 Entretanto, nem todos os teus descendentes afastarei do meu altar, para que os teus olhos chorem de inveja e a tua alma desfaleça; todos os outros morrerão na flor da idade. 1 Mc 8, 16 Cada ano, confiavam a autoridade suprema a um só homem, que dominava em todo o território e todos obedeciam a este homem único, sem que houvesse, entre eles, inveja nem ciúme. Jó 5, 2 A ira mata o insensato, e a inveja mata o imbecil. Sl 73, 3 ao sentir inveja dos ímpios, ao ver a prosperidade dos maus. Sl 106, 16 No acampamento, tiveram inveja de Moisés e de Aarão, o ungido do Senhor. Pr 14, 30 Um coração tranquilo é a vida do corpo, mas a inveja é doença para os ossos. Ecl 4, 4 Vi também que todo o esforço e todo o êxito de uma obra não passam de inveja de uns para com os outros. Também isto é ilusão e correr atrás do vento. Ecl 9, 6 O seu amor, ódio e inveja pereceram juntamente com eles; e nunca mais terão parte em tudo quanto se faz debaixo do céu. Sb 2, 24 Por inveja do diabo é que a morte entrou no mundo, e hão-de prová-la os que pertencem ao diabo. Sb 6, 23 Não caminharei com aquele que se consome de inveja, pois esta nada tem a ver com a sabedoria. Eclo 30, 3 Aquele que instrui o filho, causará inveja ao seu inimigo, e, entre os amigos, exultará por causa dele.

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Eclo 30, 24 A inveja e a ira abreviam os dias, e a inquietação faz chegar à velhice antes do tempo. Is 11, 13 Cessará a inveja de Efraim e terminarão os rancores de Judá: Efraim não mais invejará Judá, nem Judá terá rancor contra Efraim. Mt 20, 15 Ou não me será permitido dispor dos meus bens como eu entender? Será que tens inveja por eu ser bom?' Mt 27, 18 Ele sabia que o tinham entregado por inveja. Mc 7, 22 adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios. Mc 15, 10 Porque sabia que era por inveja que os sumos sacerdotes o tinham entregado. At 5, 17 Surgiu, então, o Sumo Sacerdote com todos os seus sequazes, isto é, o partido dos saduceus; encheram-se de inveja At 13, 45 A presença da multidão encheu os judeus de inveja, e responderam com blasfêmias ao que Paulo dizia. At 17, 5 Mas os judeus, cheios de inveja, aliciaram alguns indivíduos da escória do povo, provocaram ajuntamentos e espalharam a agitação pela cidade. Assaltaram a casa de Jasão, à procura de Paulo e Silas, para os levarem à assembleia do povo. Rm 1, 29 estão repletos de toda a espécie de injustiça, perversidade, ambição, maldade; cheios de inveja, homicídios, discórdia, falsidade, malícia; são difamadores, Fl 1, 15 É certo que alguns é por inveja e rivalidade, mas outros é mesmo com boa intenção que pregam a Cristo: Tt 3, 3 Pois também nós éramos outrora insensatos, rebeldes, extraviados, escravos de toda a espécie de paixões e prazeres, vivendo na maldade e na inveja, odiados e odiando-nos uns aos outros. Tg 3, 14 Mas, se tendes no vosso coração uma inveja amarga e um espírito dado a contendas, não vos vanglorieis nem falseeis a verdade. Tg 3, 16 Pois, onde há inveja e espírito faccioso também há perturbação e todo o género de obras más.

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Tg 4, 2 Cobiçais, e nada tendes? Então, matais! Roeis-vos de inveja, e nada podeis conseguir? Então, lutais e guerreais-vos! Não tendes, porque não pedis.

17.3.4 Ira §2302 A PAZ Ao lembrar o preceito “Tu não matarás” (Mt 5,21), Nosso Senhor pede a paz do coração e denuncia a imoralidade da cólera assassina e do ódio. A cólera é um desejo de vingança. “Desejar a vingança para o mal daquele que é preciso punir é ilícito, mas é louvável impor uma reparação para a correção dos vícios e a conservação da justiça”. Se a cólera chega ao desejo deliberado de matar o próximo ou de feri-lo com gravidade, atenta gravemente contra a caridade, constituindo pecado mortal. O Senhor disse: “Todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal” (Mt 5,22).

17.3.5 Maldade §1860 A ignorância involuntária pode diminuir ou até escusar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se que ninguém ignora os princípios da lei moral inscritos na consciência de todo ser humano. Os impulsos da sensibilidade, as paixões podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações patológicas. O pecado por malícia, por opção deliberada do mal, é o mais grave.

17.3.6 Mentira §2484 A gravidade da mentira se mede segundo a natureza da verdade que ela deforma, de acordo com as circunstâncias, as intenções daquele que a comete, os prejuízos sofridos por aqueles que são suas vítimas. Embora a mentira, em si, não constitua senão um pecado venial, torna-se mortal quando fere gravemente as virtudes da justiça e da caridade.

17.3.7 Ódio §2303 O ódio voluntário é contrário à caridade. O ódio ao próximo é um pecado quando o homem quer deliberadamente seu mal. O ódio ao próximo é um pecado grave quando se lhe deseja deliberadamente um grave dano. “Eu, porém, vos digo: amai

234 VOSSOS inimigos e orai pelos que vos perseguem; desse modo vos tornareis filhos de vosso Pai que esta nos céus...” (Mt 5 ,44-45).

17.3.8 Pecados contra a esperança §2091 O primeiro mandamento visa também aos pecados contra a esperança, que são o desespero e a presunção. Pelo desespero, o homem deixa de esperar de Deus sua salvação pessoal, os auxílios para alcançá-la ou o perdão de seus pecados. O desespero opõe-se à bondade de Deus, à sua justiça porque o Senhor é fiel a suas promessas e à sua misericórdia.

17.3.9 Pecados contra a fé §2088 O primeiro mandamento manda-nos alimentar e guardar com prudência e vigilância nossa fé e rejeitar tudo o que se lhe opõe. Há diversas maneiras de pecar contra a fé. A dúvida voluntária sobre a fé negligencia ou recusa ter como verdadeiro o que Deus revelou e que a Igreja propõe para crer. A dúvida involuntária designa a hesitação em crer, a dificuldade de superar as objeções ligadas à fé ou, ainda, a ansiedade suscitada pela obscuridade da fé. Se for deliberadamente cultivada, a dúvida pode levar à cegueira do espírito. §2089 A incredulidade é a negligência da verdade revelada ou a recusa voluntária de lhe dar o próprio assentimento. “Chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do Batismo, de qualquer verdade que se deve crer com fé divina e católica, ou a dúvida pertinaz a respeito dessa verdade; apostasia, o repúdio total da fé cristã; cisma, a recusa de sujeição ao Sumo Pontífice ou da comunhão com os membros da Igreja a ele sujeitos.”

17.3.10 Sacrilégio §2120 O sacrilégio consiste em profanar ou tratar indignamente os sacramentos e as outras ações litúrgicas, bem como as pessoas, as coisas e os lugares consagrados a Deus. O sacrilégio é um pecado grave, sobretudo quando cometido contra a Eucaristia, pois neste sacramento o próprio Corpo de Cristo se nos torna substancialmente presente.

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17.3.11 Transgressão da obrigação Eucaristia nos dias de preceito

de

participar

da

§2181 A Eucaristia do domingo fundamenta e sanciona toda a prática cristã. Por isso os fiéis são obrigados a participar da Eucaristia nos dias de preceito, a não ser por motivos muito sérios (por exemplo, uma doença, cuidado com bebês) ou se forem dispensados pelo próprio pastor. Aqueles que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem pecado grave.

17.4 “Pecados que clamam ao céu” §1867 A tradição catequética lembra também que existem “pecados que bradam ao céu”. Bradam ao céu o sangue de Abela, o pecado dos sodomitasb; o clamor do povo oprimido no Egitoc; a queixa do estrangeiro, da viúva e do órfãod; a injustiça contra o assalariadoe. [a] Gn 4,10 Iahweh disse: “Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama da terra até mim.” O QUINTO MANDAMENTO: Não matarás (Ex 20,13). Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal (Mt 5,21-22). 2258 “A vida humana é sagrada porque desde sua origem ela encerra a ação criadora de Deus e permanece para sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. Só Deus é o dono da vida, do começo ao fim; ninguém, em nenhuma circunstância, pode reivindicar para si o direito de destruir diretamente um ser humano inocente.” I. O respeito à vida humana – O TESTEMUNHO DA HISTÓRIA SAGRADA 2259 A Escritura, no relato do assassinato de Abel por seu irmão Caim, revela, desde o começo da história humana, a presença da cólera e da cobiça no homem, consequências do pecado original. O homem se tornou inimigo de seu semelhante. Deus expressa a atrocidade deste fratricídio: “Que fizeste? Ouço o sangue de teu irmão, do solo, clamar por mim. Agora, és maldito e expulso do solo fértil que abriu a boca para receber de tua mão o sangue de teu irmão” (Gn 4,10-11). 2260 A aliança entre Deus e a humanidade está cheia de lembranças do dom divino da vida humana e da violência assassina do homem: Pedirei contas do sangue de cada um de vós ... Quem derramar o sangue do homem, pelo homem terá seu sangue derramado. Pois à imagem de Deus o homem foi feito (Gn 9,5-6).

[b] Gn 18,20Disse então Iahweh: “O clamor contra Sodoma e Gomorra é muito grande! Seu pecado é muito grave!” (Sodomia: s.f. coito anal entre indivíduos do sexo masculino ou entre um homem e uma mulher.); Gn 19,13Pois vamos destruir todas estas terras, porque o clamor que se eleva contra os seus habitantes é enorme diante de Iahweh, e Ele enviou-nos para os aniquilar.” [c] Ex 3,7 Iahweh disse: “Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egito, e ouvi o seu clamor diante dos seus inspetores; conheço, na verdade, os seus sofrimentos. 8Desci a fim de o libertar da mão dos egípcios e de o fazer subir desta terra para uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel, terra do cananeu, do hitita, do amorreu, do perizeu, do heveu e do jebuseu. 9E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e vi também a tirania que os egípcios exercem sobre eles. 10E agora, vai; Eu te envio ao faraó, e faz sair do Egito o meu povo, os filhos de Israel.” [d] Ex 22,20Não usarás de violência contra o estrangeiro residente nem o oprimirás, porque foste estrangeiro residente na terra do Egito. 21Não maltratarás nenhuma viúva nem nenhum órfão. 22Se tu o maltratares, e se ele clamar a mim, hei-de ouvir o seu clamor; 23a minha ira inflamar-se-á e matar-vos-ei à espada, e as vossas mulheres ficarão viúvas e os vossos filhos ficarão órfãos.

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17.5 Pecados capitais geradores de outros pecados §1866 Os vícios podem ser classificados segundo as virtudes que contrariam, ou ainda ligados aos pecados capitais que a experiência cristã distinguiu seguindo São João Cassiano e São Gregório Magno. São chamados capitais porque geram outros pecados, outros vícios. São o orgulho, a avareza, inveja, a ira, a impureza, a gula, a preguiça ou acídia.

17.6 Pecados contra a Igreja e contra Comunhão Não cumprir os mandamentos da Igreja que são: §2042 O primeiro mandamento da Igreja (“Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”) ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias. O segundo mandamento (“Confessar-se ao menos uma vez por ano”) assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo. O terceiro mandamento (“Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição”) garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia Cristã. 2043 O quarto mandamento ("Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja") determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração. O quinto mandamento ("Ajudar a Igreja em suas necessidades") recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades.

[e] Dt 24,14Não explorarás o trabalhador pobre e necessitado, seja um dos teus irmãos ou um dos estrangeiros que estão na tua terra, nas tuas cidades. 15Dá-lhe o seu salário no próprio dia, antes do pôr-do-sol, porque ele é pobre e espera-o com ansiedade. Assim, ele não clamará contra ti ao Senhor, e não serás acusado desse pecado. Tg 5,4Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo!

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