RELATÓRIO TÉCNICO CINEMA MENINOS DE ARAÇUAÍ FEVEREIRO / MARÇO / ABRIL 2009
INTRODUÇÃO O projeto “Cinema Meninos de Araçuaí” insere-se no contexto de um projeto mais amplo, denominado “Araçuaí: Cidade Sustentável”, resultado da convergência de tecnologias sociais e da combinação de esforços integrados de 13 organizações brasileiras, com histórias e experiências variadas de atuação junto aos diversos setores da sociedade, unidas em torno de um objetivo comum: contribuir para a transformação social da população de Araçuaí.
O projeto faz parte do foco
“Cultura” e está integrado a outros focos temáticos do projeto global – Araçuaí: Cidade Sustentável: Cultura/Água/Energia/Habitação/Alimentação/Educação/Trabalho. O Cinema Meninos de Araçuaí completou um ano de existência, mais um ano de história que se faz no Vale do Jequitinhonha. Faz parte do reconhecimento da cidade como um projeto coletivo, em constante transformação, realizando o possível, necessário e urgente trabalho de construção de dignidade, educação plena, criação de oportunidades e geração de cultura para toda a comunidade. Hoje, Araçuaí dispõe de um espaço cultural não apenas para a exibição de filmes, mas um ponto cultural gerador de aprendizagem, cidadania e desenvolvimento cultural.
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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Formação dos Agentes Comunitários de Cultura O time de agentes comunitários de cultura está em formação permanente. Todo início de ano, o grupo se reúne para discutir e reforçar os objetivos do projeto e planejar as atividades propostas. Essa formação se dá por intermédio das rodas de conversas, de reflexões sobre prática, planejamento e ação. Formar esse time é importante e assim aprendemos que estamos juntos por uma causa e que o potencial de cada um é primordial para o alcance dos objetivos. Os instrumentos utilizados com textos, dinâmicas de grupo, exercícios práticos de solidariedade e cooperação têm como pretexto levantar o potencial de cada um da comunidade e fazer com que haja uma participação mais efetiva na construção e no crescimento de uma equipe compromissada com o trabalho e em contribuir com a transformação social. A formação técnica se dá a partir de ações do CPCD e dos parceiros do projeto para o melhor desenvolvimento do trabalho, promovendo conhecimento e habilidades na área de formação cinematográfica. O grupo teve a oportunidade de participar de uma oficina de documentário ministrada pela Associação Filmes de Quintal, em parceria com a Secretaria Estadual da Cultura. Durante uma semana, o grupo estudou o conceito de documentário a partir do ponto de vista da Associação Filmes de Quintal e discutiu a construção de perspectivas sobre documentários, levantando algumas indagações: para que fazer um documentário? Como fazer? Quais as atitudes do documentarista? O grupo também debateu o documentário a partir do ponto de vista de cada um e o analisou com base em três palavras básicas: acontecimento, experiência e encontro. Na formação técnica, o grupo participou de uma Oficina de Técnica de Filmagem e Edição ministrada pelo Jênus, editor da TV Araçuaí. A oficina de audiovisual e de técnicas de edição foi um estudo teórico e prático sobre os equipamentos e técnicas utilizadas na produção de vídeos. Na oportunidade, o grupo aprendeu sobre tipos de câmeras, imagens analógicas e digitais, formas de armazenamento de imagens, edição não linear, iluminação, programas de edição, enquadramentos, formatos e conversão de imagens e trabalhos com áudio.
Formação cinematográfica Temos como objetivo formar um time de agentes que sejam verdadeiros apreciadores de cinema e de filmes de qualidade. Estimular nos jovens o prazer em assistir filmes é muito importante para a formação educacional e o espírito crítico, tornando-os um público exigente, seletivo e crítico. Para isso,
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o grupo tem se reunido não só para assistir aos filmes da programação, mas também para ver outros filmes que trazem boas discussões de valores, aprendizagem, conhecimento, informação e temas vividos no nosso cotidiano. O grupo passou a se interessar pela pesquisa dos temas que são retratados nos filmes e que estão presentes no nosso dia-a-dia. São assuntos que contam histórias de cinema, que mostram curiosidades, que falam de cineastas e premiações. Essas pesquisas são levadas para a roda com o intuito de promover conversas, bate-papos, troca de opiniões e trabalhos em grupo. Com isso, tem-se evidenciado a participação, o interesse e a visão de mundo de cada um. O grupo tem tido a oportunidade de aprender técnicas com pessoas capacitadas e, com isso, tem evoluído na prática. Essa formação técnica também tem acontecido entre a própria equipe, que organiza esquemas de formação e troca de experiência entre as pessoas. As oficinas são organizadas e coordenadas pelos jovens e cada grupo tem um processo de desenvolvimento durante duas semanas. Depois, eles vão trocando entre si, levando em conta que todos devem ter a oportunidade de aprender um pouco de tudo. Essas ações têm como resultado fazer com que os jovens se apropriem gradualmente do projeto, de sua metodologia, agindo como verdadeiros protagonistas e criando uma relação de aprendizado e de troca de saberes e fazeres. Formação de público Araçuaí está tendo a oportunidade de ganhar um presente que jamais imaginávamos receber: uma sala de cinema em um espaço bonito e agradável, uma tela grande, com projetor de 35mm, tudo da melhor qualidade. É um espaço de entretenimento e cultura que, com certeza, será uma referência para as gerações futuras. Por isso, o grupo vem discutindo e elaborando MDIs, buscando alternativas para desenvolver nas pessoas o prazer de ir ao cinema, de ver filmes. Essa formação de público tem começado com os próprios jovens agentes comunitários de cultura. Eles serão os mediadores e formadores de público, começando por suas famílias. A sessão casada de cinema, criada pelo grupo todas as quartas-feiras,é realizada com esse intuito: estimular os jovens a trazer outras pessoas para assistir aos filmes, participando também das rodas de conversa sobre os filmes assistidos e o cinema. O cinema tem buscado outras formas de chegar à comunidade, e a escola é um dos caminhos para isso.
O grupo de agentes comunitários de cultura tem visitado mais as escolas para divulgar o
trabalho, conversando com os professores e incentivando os alunos a participarem do cinema. A
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confecção das carteirinhas tem sido uma forma de estimular o jovem a ser um “Amigo do Cinema”. As escolas passaram a frequentar mais o cinema e os filmes assistidos são usados como instrumentos de trabalho pedagógico para discussão e aprendizado em sala de aula. Criação de cineclubes O cineclube faz parte de um processo de formação de público: trazer para o cinema pessoas que realmente gostam de filmes e que irão estimular outras pessoas a fazer o mesmo. Esse é um dos nossos propósitos: ter um dia na semana dedicado à transmissão de bons filmes, promovendo depois um debate sobre eles. Para isso, será criada a “Quinta Clássica”, ou seja, toda quinta-feira teremos o Clube do Vídeo com a exibição de clássicos do cinema. Serão momentos de aprendizado e conhecimento, com o propósito de formar um público exigente, seletivo, crítico e apreciador da sétima arte. Produção de vídeo e amostras O grupo vem discutindo sobre o seu desenvolvimento na criação dos vídeos. O que se tem aprendido durante esse período de um ano de cinema como ponto cultural é que fazer vídeo é bem mais que pegar uma câmera e sair por aí filmando a esmo: é dar sentido à história que se quer criar. Aprender a desaprender, sair da caixa, do formato, deixar de lado o padrão da Rede Globo e criar a sua identidade, produzindo valores de ética, cidadania e aprendizagem que tenham como objetivo o compromisso com a vida e a natureza e que possam gerar satisfação econômica. O cinema é um lugar de arte, cultura, cidadania, um lugar onde um aprende com o outro. A equipe vem discutindo e aprendendo a utilizar técnicas de vídeo como um meio de estímulo ao resgate e à valorização dos saberes, fazeres e quereres do povo do nosso Vale. As produções feitas nas oficinas servem como subsídios de discussão e avaliação de conteúdo e técnica daquilo que se aprende. O grupo tem participado do projeto “Cidades Invisíveis”, inspirado no livro “As Cidades Invisíveis”, de Ítalo Calvino. O projeto começou em outubro do ano passado, com a participação dos pontos de cultura nas oficinas e seminários realizados em Belo Horizonte e Cataguases. Os dispositivos criados pelos pontos de cultura com base no projeto Cidades Invisíveis originaram roteiros e filmagens de vídeos de um minuto que serão exibidos pela Rede Minas nos intervalos de programação da emissora. Em fevereiro, aconteceu a terceira fase do projeto, com as filmagens e a edição dos vídeos. O grupo de agentes comunitários de cultura recebeu a equipe da Contato para a realização das filmagens dos
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vídeos. Os dispositivos e roteiros foram criados pelo grupo, que conduziu todo o processo de entrevistas com os personagens escolhidos. A edição também teve a participação do grupo, que analisou as imagens junto com o editor e foi construindo a história do vídeo. Todas essas experiências têm contribuído para o conhecimento e o aprendizado da equipe, motivando-a a querer aprender e a experimentar novos desafios. O Festival do Minuto é um dos desafios para o grupo, que vem conversando, discutindo ideias, assistindo a alguns vídeos ganhadores de prêmios no Festival do Minuto, promovendo rodas de discussão e debates. Gestão A roda tem sido uma ação constante para o planejamento e a avaliação do trabalho. Aos poucos, o grupo vai se apropriando do espaço, tomando iniciativas e construindo MDI, para organizar melhor o dia-a-dia. O grupo vem amadurecendo aos poucos e as mudanças de atitude vão surgindo à medida que se vai trabalhando o protagonismo nos jovens. Cada um vai se responsabilizando e criando seu espaço em tempos diferentes. A apropriação acontecerá de maneira mais rápida para alguns e mais lenta para outros. O processo de se criar no grupo uma liderança é importante, no sentido de que esses líderes contagiem os outros a assumirem compromissos e responsabilidades naquilo que fazem. Este ano, o grupo perdeu alguns jovens, que tiveram que deixar o projeto por motivos particulares, mas ganhou novos jovens, que vieram em busca da oportunidade de aprender e contribuir com os nossos objetivos. Hoje, o grupo é formado por 13 jovens, que estão aprendendo, com essa nova fase de suas vidas, a serem protagonistas e a escreverem mais uma história que ficará para os que virão dar continuidade ao projeto.
ENVOLVIMENTO DAS FAMÍLIAS E DA COMUNIDADE O projeto sempre realiza encontros com os pais, com o intuito de fazê-los participar mais e se envolverem efetivamente com o trabalho. O papel dos pais na formação dos jovens é de suma importância para estimulá-los e incentivá-los a fazer aquilo que gostam. Alguns pais participam mais que outros, mas a maioria reconhece no projeto uma oportunidade de crescimento, amadurecimento e aprendizagem para seus filhos. A comunidade vem, aos poucos, fazendo parte da nossa roda. Algumas pessoas já se sentem bastante à vontade para chegar, entrar e participar. Isso é importante, pois juntos vamos opinando e discutindo estratégias para o melhor funcionamento do trabalho.
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ENVOLVIMENTO COM OS PROJETOS E AS ESCOLAS O envolvimento com os projetos e as escolas se dá a partir das sessões realizadas. O cinema vem desenvolvendo, junto com os projetos, ações capazes de promover a integração dos jovens e dos educadores. O Clube do Vídeo, os saraus de poesia, as exposições, assim como as rodas de batepapo e planejamento conjunto, têm servido para que os projetos estejam mais próximos e busquem juntos alcançar o objetivo de contribuir para uma cidade melhor de se viver. As escolas estão sempre participando, seja visitando para conhecer o espaço, seja nas sessões agendadas para ver filmes que farão parte do aprendizado nas salas de aula.
DESEMPENHO DA EQUIPE A equipe está passando por um processo de aprender a desaprender, sair do modelo copiado e buscar uma cara nova para o trabalho, uma identidade própria. O desafio dessa equipe é escrever a própria história, buscando estudar, aprender, correr atrás do conhecimento e trazê-lo para as rodas, discutir, falar, opinar, colocar seu ponto de vista e criar um novo jeito de ver as coisas. Se a equipe está a todo tempo aprendendo, pesquisando, discutindo, realizando algo, o seu desempenho, com certeza, será melhor. O trabalho de equipe é muito importante e para isso é preciso que as pessoas estejam em constante processo de formação.
DIFICULDADES ENCONTRADAS
- Evasão de alguns jovens que se mudaram de Araçuaí em busca de emprego. - Fazer as pessoas irem com mais freqüência ao cinema. - Encontrar técnicos na área disponíveis para dar continuidade à formação técnica dos jovens.
ÍNDICES QUALITATIVOS
- Troca de conhecimento - Protagonismo - Autonomia - Aprendizado
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- Oportunidade - Participação - Visão de mundo - Interação com o público - Jovens mais interessados em assuntos ligados ao cinema - Melhor organização do trabalho - Apropriação e compromisso - Habilidades desenvolvidas
ÍNDICES QUANTITATIVOS
- 12 agentes comunitários de cultura atuantes - 03 documentários produzidos - 02 vídeos produzidos com storyboard. - 02 vídeos de 1 minuto produzidos a partir do projeto “Cidades Invisíveis” - 01 programa de rádio - 30 carteirinhas do cinema - 02 sessões de Cine Pipoca - 95 sessões realizadas - 05 sessões com escolas - 25 novos filmes no acervo - Público de 750 pessoas de janeiro a abril.
BREVE SÍNTESE O trabalho, aos poucos, vai se moldando e tomando novos rumos. Com isso, a equipe vai aprendendo a caminhar com seus próprios passos, construindo conhecimentos, habilidades e atitudes que vão norteando sua conduta no trabalho. O aprendizado com as rodas, com as dinâmicas de grupo e com os filmes assistidos é levado para a vida inteira. Advete Santana - Coordenadora Cinema Meninos de Araçuaí
ANEXOS
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Depoimentos “Achei muito bons os vídeos! Vocês souberam escolher os temas e é bom mostrar a cultura que temos oculta em nossa cidade.” Josino Fonseca
“Eu já estava esperando que fossem assim, muitos bons, os vídeos. Ainda mais que os temas são todos voltados para a cultura de nossa região.” Horsajera Fonseca
“Foi muito boa a experiência de acompanhar e participar das filmagens com o pessoal da Contato. O grupo das filmagens, durante três dias, foi muito proveitoso para nossa equipe, pois conhecemos novas técnicas e tiramos algumas dúvidas. Acompanhamos também o processo de edição, que foi muito legal, e aprendemos que o editor não pode ter muito apego aos vídeos e sim olhar para aquilo que é preciso.” Mirlane Coelho - ACC
“Estou tendo a oportunidade que talvez nunca tenha tido em minha vida e quero agarrá-la com força. Aqui no Cinema, aprendo de tudo um pouco e isso tem sido importante para mim.” Anália Pereira
“Sentir-se feliz com o que se faz é muito importante. Quando somos felizes no que fazemos, nos dedicamos mais. O projeto procura fazer de tudo para que as pessoas se sintam bem e felizes.” Katiane Souza
Algumas pesquisas feita pelo grupo de Agentes Comunitários de Cultura O que é roteiro? O roteiro ou argumento ou guião é a forma escrita de qualquer espetáculo audiovisual, escrito por um ou vários profissionais, que são chamados de roteiristas ou argumentistas ou guionistas. A descrição objetiva das cenas, sequências e diálogos entre as personagens do espetáculo são partes essenciais do roteiro. O roteiro é atualmente utilizado para espetáculos como cinema, teatro ou programas de televisão. Cada um dos espetáculos antes elaborados possuem seus tipos de roteiro, como no teatro, por exemplo, em que o roteiro é dividido em atos. Já no cinema é dividido em cenas. "Roteiro: texto que desenvolve um argumento e que indica como deve realizar-se qualquer tipo de obra
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audiovisual." "O roteiro é a ferramenta básica da indústria de cinema e televisão." O roteiro será o documento-chave, no qual todos os outros profissionais envolvidos com a realização de um produto audiovisual basearão seu trabalho. "Roteiro é (...) um discurso verbal, escrito de forma a permitir a pré-visualização do filme por parte do diretor, dos atores, dos técnicos e dos possíveis financiadores. Um instrumento de trabalho e de convencimento. (...) Uma utopia criativa a serviço de um objetivo fundamentalmente econômico: uma boa definição não só de roteiro, mas da própria essência do cinema." O elenco pode ser bom, o diretor pode ser razoável, mas se o filme não tiver um roteiro bem estruturado, o filme todo dança. É, sem dúvida, a função mais importante. Mistérios e curiosidades do cinema Por vários séculos, as civilizações buscaram um meio de reproduzir a realidade. A primeira projeção de um filme aconteceu em 22 de março de 1895, quando os irmãos Auguste e Lumière apresentaram “A saída dos operários da fábrica Lumière” a um público convidado ao evento em Paris. A primeira exibição comercial de filmes, porém, foi feita por eles em 28 de dezembro do mesmo ano, no Grand Café do Boulevard des Capucines, também em Paris. O preço da entrada foi um franco por pessoa. Em 1927, criou-se uma festa para a consagração dos grandes filmes e astros, conhecida como Oscar, realizada anualmente em Hollywood. Os filmes concorrem hoje a 24 prêmios, além dos especiais: Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Filme de Animação, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Diretor, Melhor Documentário, Melhor Documentário em Curta-metragem, Melhor Montagem, Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Maquiagem, Melhor Trilha Sonora, Melhor Canção, Melhor Filme, Melhor Curta de Animação, Melhor Curta de Ficção, Melhor Efeito Sonoro, Melhor Som, Melhor Efeito Visual, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Roteiro Original. No ano de 2002, tivemos a primeira premiação a uma atriz negra, Halle Berry, com o filme “A última ceia”. O filme “Titanic”, de 1997, ganhou o maior número de estatuetas da história do cinema, 11 ao todo, nas categorias Direção de Arte, Diretor, Edição de Som, Efeitos Especiais, Figurino, Filme, Montagem, Roteiro Original, Som e Trilha Sonora Original. O filme foi também campeão de
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bilheteria, rendendo 1,8 bilhão de dólares. Já o menos lucrativo foi o filme “Heanen’s Gate”, de 1980, que custou 40 milhões de dólares e faturou apenas 39 mil dólares. Brasil O cinema no Brasil surgiu em 8 de julho de 1896, com a inauguração de um omniographo (aparelho que reproduz numa tela o movimento de uma sequência de fotografias), na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro. História do Cinema CAFRI Você só entende o cinema CAFRI quando conhece a verdadeira história do CAFRI. Entenda o que aconteceu nesses 10 anos de luta pela confraria. Há muito tempo atrás, em uma cidade não muito distante, um grupo de amigos discutia uma nova filosofia, uma nova maneira de ver o cinema, que pretendia mudar as bases de uma visão cinematográfica muito praticada pelos críticos, mas pouco admirada por eles. Nascia o CAFRI, uma associação de cinéfilos com uma visão: interpretar o mundo do cinema como um universo paralelo e não mais como um retrato da sociedade. O nome CAFRI, que representa a essência desse pensamento, apesar de não ser capaz de transmitir a ideia por traz do nome, passou a ser utilizado para definir um tipo de filme, de ideia, de visão de cinema. Aquela era uma nova ideia, uma boa ideia, e os fundadores queriam dividi-la com os outros. No começo, eram sessões CAFRI e reuniões em que a confraria se reunia para ver e se divertir com os clássicos do novo gênero. Mas eles queriam mais: queriam atingir mais pessoas, algumas linhas de HTML foram escritas, um punhado de imagens reunidas e, em 1996, a primeira versão para a Internet do CAFRI estava criada. Visitas, assim como mensagens, começaram a chegar. O CAFRI percebia que não estava só, que outros também compartilhavam de sua visão de cinema. Uma nova versão da página foi criada, mas a simplicidade e o amadorismo de seus jovens fundadores tornara sua manutenção rara e complicada, e a página caiu no esquecimento. Seria aquele o fim de tão nobre projeto? Tudo indicava que sim. Mas o espírito de Rocky Balboa não os abandonaria facilmente, e em pouco tempo um novo projeto renascia das cinzas. Aquele era um projeto audacioso: criar um grande portal brasileiro de cinema. Seriam necessários desenvolvedores, designers, escritores e meses de dedicação de toda a equipe, mas eles estavam dispostos a fazê-lo. As primeiras reuniões, que se estendiam até altas horas da noite, trouxeram à tona toda a criatividade do grupo, e os momentos mais inspirados são resultados dessas
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noites insones. Faltava ainda colocar em prática aquilo que estava no papel. Para isso, foi desenvolvido um complexo banco de dados que fosse capaz de organizar as informações de forma a satisfazer os visitantes e os exigentes críticos da confraria. Esses, por sua vez, dedicavam-se a estudar e a compreender Hollywood, e a ver, ver e ver filmes (foi um trabalho estafante). Em 1º de junho de 2002, após mais de seis meses de trabalho, nascia, novo e melhorado, o portal cinemaCAFRI, e a confraria estava, mais uma vez, online! Como um portal de cinema estruturado de forma a otimizar o acesso de seus visitantes a um banco de dados contendo milhares de críticas, comentários, notícias, biografias e reportagens, além de um grande acervo de conteúdo multimídia, o cinemaCAFRI acabou atraindo milhares de visitantes diários e se tornou fonte de referência de uma grande variedade de pessoas interessadas em cinema. A qualidade do cinemaCAFRI chamou a atenção de distribuidoras, e a equipe passou a participar ativamente de vários eventos relacionados à sétima arte (cabines de imprensa, pré-estreias, coletivas etc.). Durante os anos que se seguiram, o site teve o prazer de entrevistar diversas estrelas do cinema nacional (Fernando Meirelles, Walter Salles, Nelson Pereira dos Santos, Antonio Fagundes, Rodrigo Santoro, Paulo José, Hugo Carvana, entre outros) e internacional (Ralph Fiennes, Danny Glover, Eva Mendes, Allen Daviau – diretor de fotografia indicado a 5 Oscars –, Gael García Bernal etc.). O portal também marcou presença em uma série de importantes festivais, sendo credenciado para os principais eventos do país. Tudo parecia bem quando, em 2006, seus fundadores voltaram à prancheta. Eles queriam mais! Queriam um cinemaCAFRI mais interativo, mais bonito, com mais informações e mais estruturado. Começava o desenvolvimento da quarta geração do portal de cinema do CAFRI. Muitos alegaram que seria um passo maior que as pernas, mas, auxiliados por mais de 10 anos de experiência no setor, o projeto ambicioso se transformou no cinemaCAFRI que temos hoje. Maior, melhor e sem cortes! Hoje o cinemaCAFRI tem mais de 10 anos de existência e recebe milhares de visitantes diariamente. São cinéfilos que compartilham o ponto de vista CAFRI, mandam mensagens, fazem comentários e sempre voltam para conferir as novidades. Com muito esforço e trabalho diário, foi possível construir tudo isso. É por isso que o CAFRI agradece a sua visita, incentiva sua participação, esperando que goste. Afinal, este não é um site com meros propósitos comerciais: é um portal de cinema feito de cinéfilo para cinéfilo. A essência CAFRI Ao visitar o cinemaCAFRI pela primeira vez, a maioria das pessoas não compreende completamente o significado da palavra CAFRI ou o que é um filme CAFRI. A Essência CAFRI tenta explicar tudo isso.
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Há muito, já se dizia: “Não se pode dizer o que é o CAFRI, que você tem de vê-lo com seus próprios olhos”. Compreender o significado da palavra CAFRI é mergulhar na essência dos filmes denominados como CAFRI, entender suas peculiaridades, assistir a seus maiores clássicos e ter no cafômetro a medida de sua adequação à filosofia CAFRI. Um filme CAFRI é o típico filme hollywoodiano, feito para entreter o público, para servir como uma válvula de escape do universo essencialmente cult. Um filme CAFRI é aquele que você assiste acompanhado da pipoca e não do dicionário. Para ser CAFRI, o filme deve possuir o entretenimento como objetivo principal e conter alguns sintomas de CAFRIEDADE. Vamos a alguns exemplos do que se pode encontrar em um filme CAFRI (não deixe de conferir os exemplos): Sintomas de um filme CAFRI As Regras de Ouro - Ninguém morre sem antes dizer as últimas palavras. [Exemplo] - Qualquer pessoa de qualquer parte do mundo, até os alienígenas, sabe falar inglês fluentemente. [Exemplo] - Todo mafioso é italiano e vice-versa. [Exemplo] Coisas fáceis para se fazer em um filme CAFRI: - Desarmar bombas é fácil: basta cortar o fio vermelho. - Descobrir senhas de computador é fácil: basta saber o dia em que a pessoa nasceu. [Exemplo] - Derrubar alguém com uma cacetada na cabeça é normal, sempre resulta em desmaio. - Abrir fechadura com grampo de cabelo, clip ou cartão de crédito é fácil. Relações Mocinho x Bandido - A munição do vilão só acaba quando o mocinho está rendido, com a arma na cabeça, pronto para ser executado. - O vilão só tenta matar o mocinho depois de explicar todo seu plano diabólico para ele. - O vilão só tenta matar o mocinho das maneiras mais complicadas, com máquinas complexas que nunca funcionam. [Exemplo] - O mocinho sempre tem dó do vilão e o salva da morte para depois ser atacado de novo. - O mocinho apanha, apanha e apanha do vilão. Quando você acha que ele já era, ocorre uma pausa na luta, quando o mocinho tem tempo para refletir sobre seu pai ou seu mentor, reúne forças e
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vence o vilão repentinamente. [Exemplo] - Um tiro no ombro dói muito no começo, mas o mocinho se recupera completamente depois de um minuto. [Exemplo] - Para pegar um supervilão, o mocinho solta outro supervilão (lembrando que o segundo vilão foi preso injustamente e no final se converte e salva o mocinho). - Steven Segal nunca perde o penteado, não importa o quanto lute, pule, nade ou role no chão. [Exemplo] - O presidente dos EUA é um ex-militar e salva o mundo (luta, pilota aviões, caça terroristas) com as próprias mãos, dando uma de mocinho. [Exemplo] Tinha uma mulher no meio do caminho... - Se, em uma perseguição, a mulher cai, ela não se levanta até o mocinho ir ajudá-la. - Se existe uma mulher e um homem em um filme (de qualquer gênero), os dois vão arrumar tempo para beijos e/ou sexo, não importa quão desconhecidos eles sejam. [Exemplo] - Veículos e outras maneiras de andar por aí: aviões, helicópteros, jet-skis e espaçonaves são muito fáceis de pilotar. [Exemplo] - Carro sempre explode em qualquer batida. - Andar em cima de trem é muito fácil e prender o pé no trilho do trem também: basta pisar no trilho e o personagem fica preso. - Se o personagem está em uma linha de trem, pode ter certeza de que o trem vai passar exatamente naquela hora; se ele for atravessar uma ponte, então, o trem sempre passa quando o personagem está exatamente no meio da mesma. - Quando um trem, carro ou qualquer coisa em movimento tenta atropelar um personagem, ele sempre corre para frente, na mesma direção do veículo, em vez de virar para um dos lados. [Exemplo] Reflexões sobre a importância de animais em enredos: - Baleias, golfinhos, cachorros e dinossauros são mais inteligentes que o homem. [Exemplo] - Cachorros são indestrutíveis! Se acontecer de um cachorro morrer, pode ter certeza que o filme tem algo de cult e isso representará um grande drama na vida do personagem. - Todo adolescente revoltado, quando encontra um cachorro ou outro "bichinho", se torna dócil e o salva dos predadores maus.
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A um passo do filme trash: - Em filmes de catástrofes ou de terror, os personagens sempre morrem em ordem crescente de cachê. [Exemplo] - Filmes de terror sempre terminam por falta de elenco. [Exemplo] - Todo oriental (japonês, chinês, coreano etc.) sabe lutar artes marciais, não importa idade ou sexo. [Exemplo] Detalhes que deixamos para o final: - Por mais absurda que seja a história do filme, ela sempre pode ser explicada cientificamente pela física, informática ou engenharia genética. [Exemplo] - O som se propaga no vácuo. [Exemplo] - Personagens de desenho animado nunca desafinam, todos sabem a letra de qualquer música, não importa o número de personagens que a cantem. [Exemplo] - “Os estranguladores” (1908), reconstituição de um crime famoso, foi o primeiro grande sucesso de ficção produzido pela profícua sociedade do cinegrafista português Antônio Leal. O Brasil levou para concorrer ao Oscar e ao Globo de Ouro o filme “Abril despedaçado”, de Walter Salles. O diretor brasileiro já foi premiado em 1999 com “Central do Brasil”, mas neste ano Salles não chegou a levar nenhum dos prêmios considerados os maiores do cinema norte-americano. O filme, estrelado por Rodrigo Santoro, ainda é inédito no Brasil. Cafômetro Entender o cafômetro é fundamental para que se aprenda a utilizar essa ferramenta como forma de separar os tipos de filme que gostamos dos que não gostamos. Em pouco tempo, você passará a ir ao cinema ou à locadora com uma chance muito maior de acertar na escolha do filme. O cinemaCAFRI criou uma classificação que divide os filmes não por gêneros, não por qualidade, mas por essência de conteúdo. O cafômetro é um indicador que mostra em qual categoria esse filme foi classificado, e essa informação, uma vez compreendida, muito ajudará na escolha do filme antes de se ir ao cinema ou à locadora. O cafômetro expressa o índice de cafriedade do filme, em uma escala crescente, e uma vez que você conheça qual o seu índice de cafriedade, a combinação dessas duas informações resultará em uma ótima escolha de filme. Veja as categorias do cafômetro abaixo e pense qual seria a sua essência. Se você é CAFRI, deve
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procurar por filmes CAFRI; se é cult, veja filmes cult, e assim por diante. Tenha sempre em mente que a essência das pessoas varia com o humor do dia. Então, é provável que prefira ver um filme CAFRI após um longo dia de trabalho estafante, mesmo que sua essência seja cult. CULT – Filmes intelectualizados, artísticos e viscerais. Os filmes cult são normalmente elogiados pela crítica, mas dificilmente atingem o grande público e sua adoração acaba se restringindo a um pequeno número de pessoas. A exibição de filmes cult normalmente não ocorre em grandes complexos de cinema e sim em pequenos cinemas de rua, tendo em vista o seu pequeno apelo comercial. “Cult é aquele filme que você teve de assistir três vezes para entender e seu professor de filosofia ainda insiste que você não compreendeu o porquê da obra.” Exemplos de filmes cult: "Não Estou Lá", "Fonte da Vida", "O Veneno da Madrugada", "Uma Vida Iluminada", "Manderlay". PAPO-CABEÇA – Levemente intelectualizado, utiliza atores de renome para fazer o espectador pensar e refletir sobre algum tema universal. Os filmes papo-cabeça são os mais prestigiados pela Academia e concorrem anualmente ao Oscar. Diferentemente dos filmes cult, os papo-cabeça são bem aceitos pelo grande público, por dosar arte e reflexões em doses homeopáticas. “O papo-cabeça é quase um cult, mas os produtores não se esqueceram de que um filme deve ter começo, meio e fim para facilitar o entendimento da Academia.” Exemplos de filmes papo-cabeça: "Quem quer ser um milionário?", "Milk - A voz da igualdade", "O Leitor", "Leonera", "Feliz Natal". MEIO A MEIO - Fundamentados na observação da realidade, mas sem descaracterizar o entretenimento aguardado pelo público, filmes meio a meio misturam elementos dos dois extremos do cafômetro. Histórias realistas que retratam o cotidiano, o amor, o preconceito, fatos históricos, entre outros temas, são contadas sem deixar a veia comercial de lado. “Alguns filmes meio a meio tendem a ser excessivamente açucarados, ou seja, cuidado para não melar o sofá.” Exemplos de filmes meio a meio: "O Curioso Caso de Benjamin Button", "Vicky Cristina Barcelona", "Wall-E", "Estômago", "The Rolling Stones - Shine a Light".
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PSEUDO-CAFRI – Entretenimento com uma mensagem ao fundo faz dos pseudo-CAFRI, filmes que levam a essência CAFRI espalhada por toda película, mas não resistem a passar uma mensagem ou propor algum nível de reflexão. Normalmente, são capazes de atrair um grande público, mas não por puro entretenimento: todos possuem uma veia cult e essa pode aparecer onde menos se espera. “Filmes pseudo-CAFRI têm algo de falso em sua essência CAFRI. Então, não se surpreenda se algum problema universal for discutido entre uma perseguição de carro e outra.” Exemplos de filmes pseudo-CAFRI: "Watchmen - O Filme", "Marley e Eu", "Queime Depois de Ler", "O Ultimato Bourne", "Ratatouille". “Filmes pseudo-CAFRI têm algo de falso em sua essência CAFRI. Então, não se surpreenda se algum problema universal por discutido entre uma perseguição de carro e outra.” Exemplos de filmes Pseudo-CAFRI: "Watchmen - O Filme", "Marley e Eu", "Queime Depois de Ler", "O Ultimato Bourne" e "Ratatouille". CAFRI – É a excelência do puro entretenimento hollywoodiano. O único objetivo é divertir o público durante a projeção. Os filmes CAFRI são arrasa-quarteirões, formam filas gigantescas na estreia, criam-se fã clubes, publicidade aos montes, merchandising de tudo relacionado à obra, faturamento milionário é garantido. O roteiro deixa de lado a vida cotidiana e parece construir um universo paralelo em que tudo é possível. É a magia do cinema criando o inimaginável. “Não se deixe enganar por roteiros inspirados ou diretores bem intencionados: o objetivo de um filme CAFRI é ganhar muito dinheiro. Quando você não encontrar criaturas estranhas (animais extintos, alienígenas etc.) ou muitos tiros e explosões, espere encontrar algum casal de "sex symbols" vivendo alguma catástrofe histórica.” Exemplos de filmes CAFRI: "007 - Quantum of Solace", "O Bom, o Mau e o Bizarro", "Mamma Mia! - O Filme", "Trovão Tropical", "Batman - O Cavaleiro das Trevas". TRASH – Filmes sem nenhum comprometimento com a realidade ou com a moral, muitas vezes de gosto duvidoso. Alguns se caracterizam por total falta de qualidade técnica, o que pode ser intencional ou não, mas essa não é uma regra. Não confunda trash com lixo. Um filme trash não é necessariamente ruim, apenas exige um estado de espírito que o permita enxergar a obra com olhos irônicos e sarcásticos, o suficiente para saber apreciar um bom trash. Poucas pessoas conseguem
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identificar o valor do trash. “Se o filme tem zumbis, ele é trash. Isso é quase uma regra, uma tara de diretores trash. O morto-vivo é a representação máxima do trash.” Exemplos de filmes trash: "O Albergue", "Blade Trinity", "Zatoichi", "Madrugada dos Mortos", "Malditas Aranhas!". Oficina de Audiovisual - Técnica em edição Introdução A Oficina de Audiovisual e Técnicas de Edição é uma necessidade de capacitar os jovens agentes comunitários de cultura a desenvolverem atividades de vídeo. Como Araçuaí está distante dos grandes centros e seus moradores não tinham contato com a sétima arte, a partir da inauguração do Cinema Meninos de Araçuaí os jovens sentiram a necessidade de obter mais conhecimento sobre a sétima arte. A oficina também capacitará os jovens a produzir vídeos com qualidade profissional, além de filmes. Como a nossa região é conhecida por sua grande produção cultural, a oficina pode revelar grandes talentos escondidos no Vale do Jequitinhonha. A Oficina de Audiovisual e Técnicas de Edição é um estudo teórico e prático sobre os equipamentos e técnicas utilizadas para a produção de vídeos. Na oportunidade, o grupo obteve conhecimento sobre tipos de câmeras, imagens analógicas e digitais, formas de armazenamento de imagens, edição não linear, iluminação, programas de edição, enquadramentos, formatos e conversão de imagens e trabalhos com áudio. A oficina teve duração de 42h/aula, sendo ministrada em três dias da semana: terça, quarta e quintafeira, cada uma com duração de duas horas. Na terça e na quarta-feira, eram realizadas aulas teóricas e na quinta-feira acontecia a aula prática. Atividades desenvolvidas Na primeira semana, foram feitas rodas de conversas sobre a metodologia do trabalho e as expectativas de cada um em relação à oficina. O Jênus, editor da TV Araçuaí, iniciou a oficina discutindo sobre a história do cinema, as primeiras filmagens, como surgiu etc. Assistimos a algumas cenas das primeiras imagens exibidas, ocorridas na China, por volta de 5.000 aC, além de imagens feitas com as mãos, projetadas na sombra e um trecho do primeiro filme da história de cinema, “O
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trem vindo”. Vimos ainda alguns trechos do filme “Marcelino Pão e Vinho” e o “Homem de Ferro” e discutimos sobre a evolução do cinema e da computação gráfica. Discutimos também a função de um editor e de um cinegrafista, os cuidados com os equipamentos, os pontos relevantes antes de sair para uma filmagem. Na segunda semana, foram trabalhadas análises de ângulos, enquadramento utilizado em vídeos, documentários, curtas metragens e filmes. Foram exibidos alguns trechos de filmes, para que o grupo pudesse fazer essas observações. O Jênus falou sobre o que é storyboard, uma espécie de história em quadrinhos em que desenhamos cada cena da forma como será filmada e anotamos várias observações. É uma técnica muito utilizada em Hollywood. Falamos também sobre peças publicitárias de curta e longa metragens. Depois de tudo pronto, foi também trabalhado o conhecimento da câmera e suas funções, enquadramento, tipo de iluminação favorável para a realização das melhores imagens, como diferenciar câmera analógica de câmera digital, modos de gravação, como XP, RP, EP, SP e FR. O mais utilizado para as nossas filmagens é o SP, porque faz gravações durante cerca de duas horas em um DVD. O grupo experimentou, na prática, os diversos planos para filmagens e enquadramentos. Em dupla, os jovens filmaram uns aos outros e, logo após, assistiram às gravações com o propósito de observar e discutir alguns erros, os melhores ângulos e os mais usados para os diversos momentos, como o plano médio, que mostra o personagem da cintura pra cima, muito usado para entrevistas, e o close, no qual o enquadramento é feito na altura do peito, como uma foto ¾, enfatizando o estado emocional da pessoa. Para a melhor prática desses planos, foi proposta a produção dois vídeos. A equipe foi dividida em dois grupos para discutir sobre os temas dos vídeos e colocar em prática o storyboard. Cada grupo criou seu vídeo à sua maneira: um foi educativo e o outro abordou uma história de criança. Na terceira e quarta semanas, foram apresentados os storyboards para serem discutidos e avaliados de acordo com o que o grupo aprendeu. Nessa mesma fase, cada grupo se dividiu em suas funções para a produção dos vídeos. Depois de tudo pronto, foram distribuídas as funções para cada um nas filmagens e os personagens. Os espaços de filmagem foram escolhidos em praças, no próprio cinema e em uma escola. O grupo conversou com a diretora para filmar uma cena na sala de aula. Foi bem bacana, porque os alunos gostaram muito de participar do vídeo. Na quinta semana, houve apresentação do equipamento utilizado na edição de imagens, como a ilha de edição e os programas específicos utilizados na produção de vídeos, a apresentação dos
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programas e de seu layout de trabalho. Ou seja, explicou-se como o programa funciona, como fazer capturas de imagens e organização de imagens dentro do programa. O Jênus deu várias dicas de sonoplastia para serem utilizadas nos vídeos. Foram apresentadas algumas siglas e traduções da linguagem do mundo audiovisual, como NTSC, que é o sistema nacional de televisão (o Brasil utiliza esse sistema apenas em DVDs players), PAL, HDTV, VHS, CD, DV e HD. Falamos também sobre frame, que são os quadros por segundo – quanto menor a qualidade, maior a sensação de menos detalhes em uma cena filmada. Aprendemos a utilizar efeitos do Adobe Première, que é o programa de edição que usamos. Como são muitos, trabalhamos um pouco com os mais utilizados em nosso trabalho. Considerando que é uma coisa que se aprende mais na prática, é preciso sempre procurar, nas horas vagas, conhecer os tantos outros que existem e suas variadas funções. Entre os efeitos, vimos o chromakey, que consiste em colocar uma imagem sobre outra, anulando uma cor padrão, como o verde (para pessoas) e o azul (para cenário ou objeto). Para exercitar esse efeito na prática, foi montado um fundo com a cor padrão verde, no qual cada um pôde escolher um movimento básico para experimentar. Foram experiências muito legais e até mesmo engraçadas, apesar de nossos movimentos terem sido limitados, tendo em vista o pouco espaço que tivemos. Mas foi possível ver as inúmeras coisas que podem ser feitas com esse efeito. Cada um procurou uma cena de filme ou uma imagem para utilizar o efeito do chromakey e ver como funciona. Na sexta e última semana, o Jênus exercitou a edição junto com o grupo, apresentando todo o programa. Como o idioma do programa é o inglês, foi feita uma tradução de cada função, para que todos pudessem conhecer melhor e saber o que estavam fazendo na hora da edição. O processo de edição dos vídeos foi acompanhado pelo Jênus, que depois foi discutindo e fazendo suas observações. O resultado foi a produção de dois vídeos. A proposta é que façamos um curta-metragem, colocando em prática tudo o que aprendemos na oficina. O grupo tem discutido algumas idéias para a produção desse filme. A princípio, discutimos a possibilidade de fazer a “Dona Maria Cheirosa”. Índices quantitativos - 02 story board - 02 vídeos criados
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Índices qualitativos - Aprendizado - Conhecimento e habilidade no desenvolvimento das técnicas - Parceria - Participação - Troca de experiência
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Anexos Depoimentos “A oficina tem sido de suma importância, além de estar sendo bastante descontraída. Conhecemos muitas coisas novas que, com certeza, serão bem utilizadas nas nossas filmagens.” Joabe Teixeira - ACC
“A oficina está envolvendo tanto cinegrafistas quanto editores e roteiristas. Estamos tendo a chance de experimentar de tudo um pouco. As linguagens também estão sendo bem valiosas para o nosso aprendizado.” Marcelo Barreto - ACC
“Outro fato que é muito positivo é que o Jênus é da nossa cidade. Isso é muito bom, pois temos um contato bem frequente com ele e, mesmo depois que a oficina terminar, poderemos ter diálogos constantes e tirar quaisquer dúvidas que vierem a surgir nos nossos trabalhos diários.” Jéssica Borges - ACC
“Eu estou adorando vir para o cinema e fazer essa oficina com vocês! Tenho aprendido muito com vocês também. Nunca tive tempo de fazer o que estou fazendo e, de certa forma, eu vou aprendendo também comigo e com vocês.” Jênus Colares - Coordenador da Oficina
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Relatório - Oficina Audiovisual Técnica de Documentário - Filmes de Quintal Introdução A transformação social é o grande objetivo desse trabalho. Fazer da nossa cidade um lugar melhor para se viver é um desafio para todos e cada um precisa fazer sua parte para que possamos ver na nossa cidade uma perspectiva de vida melhor. Hoje, Araçuaí tem um cinema, presente do Coral Meninos de Araçuaí. Em parceria com a Secretaria da Cultura e a Associação Filmes de Quintal, foi realizada uma oficina de técnica de documentários com a equipe de agentes de cultura. A oficina aconteceu durante uma semana, reunindo uma equipe de 16 jovens agentes comunitários de cultura integrantes do projeto Cinema Meninos de Araçuaí. Atividades desenvolvidas O primeiro dia da oficina começou com uma roda de apresentação. Cada participante se dirigia ao centro e dizia seu nome, enquanto o restante da roda fechava os olhos e a pessoa emitia algum som que a representasse, como se fosse sua identidade. A dinâmica trouxe a discussão da identidade de cada um. Como no audiovisual som e imagem são componentes da memória, o silêncio tem grande importância, pois pode ser interpretado como fala. O próximo passo foi discutir a respeito do documentário. O Pedro e a Cacá deixaram que todos falassem sobre o que achavam de um documentário, expressando seus pontos de vista. Foi uma conversa muito boa. As pessoas começaram a falar de alguns documentários que haviam assistido, alguns disseram que não gostavam, outros que tinham bastante dúvida em caracterizar um filme como documentário. O grupo levantou vários pontos que, a seu ver, podem ser considerados características de um filme documentário: entrevista, pauta, informação, reportagem etc. Nessa conversa é que fomos percebendo a diferença entre documentário e jornalismo. A idéia de documentário é muito ampla e se difere muito por ter como base três palavras-chave: acontecimento, experiência e encontro. Ou seja, é o olhar da pessoa sobre o que ela vai fazer, o ponto de vista de cada um, a relação que eu vou estabelecer com o real, uma relação de conversa e não de entrevista jornalística. A entrevista pressupõe um tipo de relação específica, em que um entrevistador pesquisa sobre determinado tema e elabora uma série de perguntas pertinentes ao assunto. Pressupõe certo tipo de
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preparo mais formal. Já a conversa se dá de outra maneira, ou seja, pode-se dizer que o foco da entrevista é o tema abordado e o foco da conversa é a pessoa. A partir disso, observou-se que, ao contrário da entrevista, não tem como programar exatamente o que acontecerá em uma conversa, quais serão os caminhos que ela vai tomar. É um tipo de interação que envolve um risco: “o risco do real”. A conversa pode não dar certo, pois corre-se o risco de não saber o que dizer, de ter que suportar o silêncio, de alguém entrar gritando, de um carro passar etc. Todos esses eventos, tidos muitas vezes como erros, acabam sendo incorporados ao documentário como algo de extrema importância, pois ajudam a configurar o contexto da conversa. É claro que não significa fazer as coisas de qualquer jeito, temos que buscar o equilíbrio. O importante é entender que o documentário, nessa concepção, é algo que está aberto ao acontecimento. Depois de toda essa conversa, foi exibido o documentário “Lingston Perli Cherlie”, que mostra um pouco a ficção e a história real de Lingston, produtor do documentário. A proposta de produção durante a semana foi a de fazer três documentários. Foram formados três grupos e os temas foram propostos para que todos pensassem e trouxessem depois para a roda. O mais importante era pensar sobre o que me motiva a fazer esse filme, ou seja, poderia ser algo que eu tivesse curiosidade de conhecer melhor ou algo que levantasse uma questão. Foram várias as ideias de tema: a transformação que a chuva causa na natureza, a música, o teatro, a vida dos produtores rurais que trazem seus produtos para serem vendidos na feira, pessoas que partem de Araçuaí e deixam sua família, a venda do seu Lidirico, a vida de Maria Cheirosa. Depois de propostos os temas, discutiu-se a demanda de tempo que cada um iria levar, o que seria interessante produzir naquele momento e por quê. No final, os temas escolhidos foram: “Música”, no sentido de mostrar um pouco a diversidade e o sentido que tem a música para as pessoas; “Ausência”, mostrando o sentimento das pessoas que convivem com a ausência de familiares; “A venda do seu Lidirico”, que é um estabelecimento antigo, cujo dono é uma pessoa carismática, com muita história para contar, inclusive da venda, que tem fama de ter tudo e parece não ter nada. Após a definição dos temas, os grupos se dividiram para experimentar os equipamentos. Começou com uma abordagem na porta do cinema, pois estava chovendo muito. O objetivo era abordar algumas pessoas e tentar fazer um exercício da nossa conversa, levando em consideração o que foi discutido sobre o que é um documentário. Esse primeiro exercício foi bem difícil, principalmente porque o grupo abordava as pessoas na forma de entrevista e já ia focando o tema proposto, quando
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na verdade era para estabelecer um encontro de conversa. Depois dessa experiência, fomos assistir às imagens e conversar sobre elas, avaliando como foi para cada um, como cada pessoa se sentiu, o que deu certo e o que não deu, e levantamos várias questões que ainda tomam o rumo da entrevista. Para as filmagens dos vídeos, o grupo foi dividido nas funções de direção, som direto, fotografia, produção. Discutimos a possibilidade de deixar que as pessoas que ainda não faziam cinegrafia pudessem experimentar, enquanto os outros foram escolhendo o que gostariam de fazer. A produção ficou por conta de organizar tudo, entrar em contato com as pessoas envolvidas no vídeo, conversar sobre a proposta, agendar o horário disponível para as filmagens, enfim, acertar tudo antes de começar. Os outros foram experimentando os equipamentos e conversando sobre a direção. Depois que as imagens estavam prontas, o grupo aprendeu uma nova técnica, que é fazer a “minutagem” antes de editar. A “minutagem” consiste em assistir às imagens no monitor e ir organizando as que serão utilizadas no vídeo, definindo o tempo de início e fim. Quando a minutagem é bem feita, fica mais fácil e rápido fazer a edição, sobretudo porque se captura apenas o que vai ser utilizado, o que torna a montagem do vídeo mais prática e rápida. Todos os grupos fizeram esse exercício com suas imagens antes de editar. Houve alguns problemas com a câmera na hora de capturar as imagens e isso atrapalhou um pouco em função do reduzido tempo, pois tivemos que fazer muito mais rápido para dar tempo de finalizar. Em alguns grupos, a própria equipe da Filmes de Quintal teve que editar. No último dia de oficina, assistimos aos vídeos e fizemos algumas observações e avaliações, verificando que algumas imagens não tinham ficado boas. Como era uma oficina de documentário e não de aprendizado de técnicas, deveríamos ter discutido mais sobre quem iria fazer as filmagens. Nesse caso, deveriam ter sido as pessoas que já têm algum conhecimento, o que evitaria problemas básicos, como imagens ruins – nas quais apareciam microfones - que foram utilizadas por falta de outras melhores, enfim, coisas que devemos tomar mais cuidado. Índices quantitativos - 01 documentário sobre a venda de Seu Lidirico - 01 documentário com o tema “Ausência” - 01 documentário com o tema “Música” (Josino Medina)
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- 16 jovens participantes - 05 pessoas da comunidade envolvidas Índices qualitativos - Conhecimento sobre documentário - Participação - Envolvimento com pessoas da comunidade Dificuldades encontradas - Pouco tempo para finalizar os vídeos, que foram feitos às pressas. - Problemas nos equipamentos de filmagem. - Falta de pontualidade de algumas pessoas. - Cansaço no sábado e domingo. - Demora em resolver os problemas nos equipamentos. Breve síntese A oficina serviu para que pudéssemos refletir sobre algumas questões de grupo, de compromisso, de postura. Foi um aprendizado mais teórico. Talvez tenhamos que ter mais tempo para colocar em prática o que foi discutido sobre a produção de um documentário, para obter melhor resultado. Mas de tudo podemos tirar o que há de melhor e que poderá contribuir com o nosso trabalho.
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Anexos Depoimentos “Eu gostei da oficina, pois trouxe algo novo que ainda não tínhamos experimentado. E isso poderá contribuir com o nosso trabalho.” Lucrécio Borges - ACC
“A oficina foi muito corrida, mas acho que o que ela teve de melhor, com certeza, iremos aproveitar e colocar em prática.” Marcos Paulo - ACC
“Foi mais uma oportunidade para o nosso grupo aprender coisas novas, ter mais conhecimento e trocar experiência com outras pessoas.” Claudirene Souza - ACC
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MPRA - Monitoramento de Processos e Resultados de Aprendizagem Fevereiro a abril 2009
- 12 agentes de cultura iniciaram o ano de 2009, mas nesse período tivemos algumas desistências. Em março, entraram outros quatro jovens e atualmente contamos com um grupo de 1. Quantos iniciaram a atividade e/ou 13. projeto?Quantos concluíram? - Duas desistências por motivo de trabalho (Prefeitura e comércio). - Uma desistência para estudar fora.
2. Quanto tempo gastamos ou necessitamos para realizar a atividades e/ou o módulo? Foi suficiente?
Atualmente, estamos tentando organizar melhor o tempo das atividades, principalmente aquelas que já foram assimiladas como cotidianas, a exemplo da divulgação e da projeção de filmes (funcionamento semanal). Sentimos que essas atividades ainda tomam muito tempo, que nos falta para investir nas oficinas técnicas e na produção de vídeos e em produtos do cinema. O tempo precisa ser otimizado.
3. Quantos produtos e/ou materiais de apoio e/ou instrução foram feitos? Eles atendem aos objetivos do projeto?
- Várias pesquisas relacionados a cinema (filmes, diretores, produções e temáticas discutidas com a equipe). - Revisão do projeto do vídeo “Cidade Invisíveis”. - Um pré-roteiro do projeto “Caminho das Águas”. - Reuniões de planejamento de atividades. - Reuniões de avaliação.
5. Como as atividades foram realizadas: foram lúdicas? Foram inovadoras? Foram educativas?
Todas as atividades são planejadas a partir do MDI (Maneiras Diferentes e Inovadoras). Isso permite o surgimento de novas ideias, que impedem que o trabalho caia na rotina. Portanto, podemos afirmar que as atividades são inovadoras e que todo o processo é muito educativo, mas precisamos trabalhar mais a ludicidade no nosso dia-a-dia, aproveitando as situações cotidianas com mais humor e alegria.
6. O que pode ser sistematizado? É possível construir uma “teoria do conhecimento” já?
Durante esse período, podemos sistematizar três coisas para o processo de evolução da nossa equipe de trabalho: - Investir na formação dos jovens é imprescindível para que a comunidade reconheça o valor do cinema. - A compreensão e a apropriação do projeto parte do desenvolvimento da sensibilidade da capacidade de percepção. - As atividades reflexivas devem ser planejadas a partir do que os jovens respondem.
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- A formação de um time realmente coeso e conhecedor dos 7. O que necessita ser ainda objetivos do projeto. praticado para alcançar os objetivos? - Estudar sistematicamente as metas e propostas do projeto cinema.
8. Se o projeto encerrasse hoje, ele estaria longe ou perto do objetivo?
As atividades desenvolvidas têm contribuído para a formação dos jovens e compreensão da metodologia, alcançando objetivos específicos que compõem o objetivo geral do projeto, que ainda estamos longe de atingir.
9. Há necessidade de “correção de rumo” nas atividades? Na metodologia?
Na metodologia, não não há necessidade de correções. Entretanto, é preciso organizar melhor as atividades, de maneira a otimizar o tempo e o aprendizado. Ou seja, exercitar o MDI como prática diária. Precisamos encontrar formas de avaliar as experiências do MDI, sistematizando melhor e buscando novas ideias.
É possível perceber a alegria e o prazer nos jovens e nos 10. O nosso prazer, a alegria e a educadores em relação ao trabalho e ao conhecimento vontade em relação ao projeto: adquirido. aumentaram? Diminuíram? Por quê? Aumentou a insegurança em relação à cooperativa, pois precisamos estudar e compreender melhor esse formato de associação.
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Plano de Trabalho e Avaliação Projeto Cinema Meninos de Araçuaí - 2009
Objetivo: contribuir com a transformação social por meio das atividades do Cinema Meninos de Araçuaí Objeto
Dimensões
Perguntas importantes
Transformação social
Compromisso ambiental
Como utilizar as técnicas de rádio e vídeo para conscientizar as pessoas a terem compromisso com o meio ambiente?
Transformação social
Empoderamento comunitário (autonomia)
Como promover empoderamento comunitário (autonomia) por meio do trabalho no cinema?
Atividades, técnicas e instrumentos - Produção de vídeos educativos de um minuto sobre o tema água. - Produção de vídeos utilizando técnicas de animação sobre temas ambientais que falam da nossa realidade. - Produção de vídeo sobre o projeto “Caminho das Águas”. - Rodas de planejamento e avaliação. - Sessões casadas todas as quartas-feiras. - Pesquisa sobre assunto relacionado ao cinema. - Oficinas coordenadas pelos próprios jovens. - Rodas de bate-papo com pessoas ligadas à
Indicadores e evidências
Público-alvo
- Informação - Conhecimento da realidade - Divulgação e conscientização do cuidado com o meio ambiente. - Participação - Conhecimento do trabalho do projeto.
Comunidade
- Participação - Envolvimento - Valorização - Aprendizado proporcionado pelos filmes. - Informação - Conhecimento - Gosto pelo cinema - Troca de experiência e de aprendizado - Protagonismo
Agentes comunitários de cultura
Tempo e responsável Durante o ano / equipe do cinema
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cultura. - Atividades integradas com as fabriquetas.
- Intercâmbio cultural - Integração dos jovens - Participação - Troca de saberes
Transformação social
Valores humanos e culturais
Como resgatar a cultura local utilizando técnicas de vídeo e rádio?
- Pesquisa - Produção de documentários e de curtas locais. - Exibição de pequenos filmes produzidos nas comunidades.
- Conhecimento - Participação - Protagonismo - Valorização - Integração - Envolvimento - Valorização cultural da comunidade.
Transformação social
Satisfação econômica
Como gerar renda com o trabalho no cinema?
- Produção de propagandas comerciais. - Divulgação de eventos locais. - Exibição de filmes.
- Número de propagandas produzidas. - Envolvimento com o comércio. - Número de filmes exibidos.
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MDI - Gestão
Ações
Ação
Tempo
Responsável
Resultado
Manutenção de equipamentos, limpeza e organização.
Segundas-feiras, na parte da manhã.
Produção e divulgação
Terça-feira pela manhã.
Claudia e Katiane
- Apropriação - Compromisso - Autonomia - Agilidade - Público no cinema - Conhecimento do trabalho do cinema - Aproximação do público
Assistir aos filmes das sessões
Terça-feira à tarde
Katiane
- Garantir uma exibição perfeita dos filmes na hora da sessão.
Edição de vídeos
Todos os dias, pela manhã e à tarde.
Cláudia Mirlane
- Agilidade - Vídeos editados dentro dos prazos estabelecidos.
- Equipamentos bem cuidados - Espaço limpo e organizado
- De quantas maneiras diferentes e inovadoras podemos organizar melhor as atividades no cinema?
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MDI - Clube do Vídeo
Ações
Ação
Rodas de conversas com as pessoas que sempre vêm no cinema.
- De quantas maneiras diferentes e inovadoras podemos incentivar as pessoas a participarem do Clube do Vídeo?
Sessão clássica.
Fazer as carteirinhas dos associados.
Tempo
Responsável
Resultado
26 de março
- Avaliação do projeto Cinema. Advete, Cleber e - Sugestões de atividades para o cinema. Mirlane - Interesse em participar do Clube do vídeo.
Todas as quintafeiras
Equipe do cinema
- Formação de público. - Conhecimento dos filmes clássicos. - Rodas de bate-papo sobre os filmes.
Nídio e Marcelo
- 30 carteirinhas prontas - Maior número de pessoas vindo ao cinema após a confecção das carteirinhas. - Público com novas pessoas que ainda não tinham vindo ao cinema.
Todos os dias
www.cpcd.org.br
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