2008 Eai - Efolio-a Resolucao

  • December 2019
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View 2008 Eai - Efolio-a Resolucao as PDF for free.

More details

  • Words: 3,996
  • Pages: 8
Nome: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . B. I.: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

N0 de Estudante: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Licenciatura: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Unidade Curricular: Elementos de An´alise Infinitesimal I Data: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Docente: Fernando Pestana da Costa

C´ odigo: 21030

Ano Lectivo: 2008/09

Classifica¸c˜ ao: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

˜o do e-F´ Para a resoluc ¸a olio A, aconselha-se que: • Preencha devidamente o cabe¸calho do exemplar. • O e-F´olio ´e composto por seis grupos de quest˜oes, num total de 2 p´aginas e termina com a palavra FIM. As suas respostas `as quest˜oes deste e-F´olio n˜ao podem ultrapassar nove p´aginas A4; p´aginas adicionais n˜ao ser˜ao classificadas. • Escreva sempre com letra leg´ıvel ou usando um processador de texto matem´atico conveniente. • Depois de ter realizado o e-F´olio produza um u ´ nico documento digital (de preferˆencia pdf) que deve incluir esta folha de rosto e insira-o na p´agina moodle da unidade curricular em “e-F´olio A” at´e ao dia 17 de Novembro.

˜o e cotac ˜ o: Crit´ erios de avaliac ¸a ¸a • A cota¸c˜ao total deste e-F´olio ´e de 4 valores. • Para a correc¸c˜ao das quest˜oes constituem crit´erios de primordial importˆancia, al´em da ´obvia correc¸c˜ao cient´ıfica das respostas, a capacidade de escrever clara, objectiva e correctamente, de estruturar logicamente as respostas e de desenvolver e de apresentar os c´alculos e o racioc´ınio matem´atico correctos, utilizando nota¸c˜ao apropriada. • Justifique cuidadosa e detalhadamente todos os c´alculos, racioc´ınios e afirma¸c˜oes que efectuar. N˜ao ser´a atribu´ıda classifica¸c˜ao a uma resposta n˜ao justificada.

1

1. Conjecture uma express˜ao para o valor da soma 1 1 1 1 + + +···+ 1·3 3·5 5·7 (2n − 1) · (2n + 1) e use o princ´ıpio de indu¸c˜ao para provar que a sua conjectura ´e v´alida. 2. Considere o conjunto

  (x − 3)2 Ω= x∈R: >0 . log |x − 1|

a) Escreva Ω sob a forma de um intervalo, ou de uma reuni˜ao de intervalos. b) Determine o interior, o exterior e a fronteira de Ω. c) Indique quais das afirma¸c˜oes seguintes s˜ao verdadeiras e quais s˜ao falsas: (i) Toda a sucess˜ao crescente de termos em Ω ∩ R− ´e convergente para um ponto de Ω. (ii) Existem sucess˜oes xn e yn de termos em Ω tais que xn + yn n˜ao est´a em Ω. (iii) N˜ao existem sucess˜oes un em R \ Ω, estritamente crescentes e convergentes para 3. 3. Calcule, se existirem, ou prove que n˜ao existem, os limites das seguintes sucess˜oes: a) un = (n + 1)α − nα , onde α ∈ R ´e uma constante independente de n.  n−1 3n . b) vn = n+1

4. a) Considere as sucess˜oes reais xn e yn definidas por xn+1 =

xn + yn √ , yn+1 = xn yn , 2

n∈N

e suponha que 0 < y1 < x1 . Mostre que as sucess˜oes xn e yn s˜ao ambas sucess˜oes convergentes e conclua que convergem para o mesmo limite. b) Seja un o termo geral de uma sucess˜ao mon´otona e vn o termo geral de uma sucess˜ao limitada. Seja wn uma sucess˜ao positiva convergente para zero. Suponha que se verifica a condi¸c˜ao ∀n ∈ N, |un − vn | < wn . Prove que un ´e limitada. Prove que un e vn s˜ao ambas convergentes e que os seus limites s˜ao iguais. 5. Determine a natureza das seguintes s´eries num´ericas ∞ X n=5

1 , (n − 2)(n − 4)

∞ X n=1

n2 − 1 , (n2 + n − 1)β

∞ X cos(πn) log n n=1

n

,

e determine o valor da soma da primeira delas. P 6. Seja an uma sucess˜ao positiva tal que n an ´e uma s´erie convergente. Seja bn = Estude a natureza das s´eries X X X an bn , bn , b2n . n

n

fim 2

n

a1 +···+an . n

˜o do e-Fo ´ lio A resoluc ¸a 1. Comecemos por calcular a soma dada no enunciado para alguns valores de n a fim de observar se conseguimos inferir da´ı alguma regularidade: n=1 : n=2 : n=3 : n=4 : n=5 :

1 1·3 1 1·3 1 1·3 1 1·3 1 1·3

=

1 3

1 3·5 1 + 3·5 1 + 3·5 1 + 3·5 +

6 2 = 15 5 1 45 3 + = = 5·7 105 7 1 1 420 4 + + = = 5·7 7·9 945 9 1 1 1 4725 5 + + + = = 5 · 7 7 · 9 9 · 11 10395 11 =

´ agora ´obvio, por observa¸c˜ao destes casos particulares, que a conjectura quanto ao E valor da soma, para um n ∈ N arbitr´ario, deve ser 1 1 1 1 n + + +···+ = . 1·3 3·5 5·7 (2n − 1) · (2n + 1) 2n + 1 Provemos isto por indu¸c˜ao: A verifica¸c˜ao do caso n = 1 est´a feita acima e n˜ao ´e necess´ario repeti-la. Verifiquemos agora a hereditariedade: suponhamos que, para um dado n, natural, fixo, se tem 1 1 1 1 n + + +···+ = 1·3 3·5 5·7 (2n − 1) · (2n + 1) 2n + 1 e vejamos o que podemos concluir quanto a 1 1 1 1 1 + + +···+ + . 1·3 3·5 5·7 (2n − 1) · (2n + 1) (2(n + 1) − 1) · (2(n + 1) + 1) Utilizando a hip´otese do que se passa para n podemos escrever 1 1 1 1 1 + + +···+ = + 1·3 3·5 5·7 (2n − 1)(2n + 1) (2(n + 1) − 1)(2(n + 1) + 1) | {z } n = 2n+1

n 1 n 1 + = + 2n + 1 (2(n + 1) − 1)(2(n + 1) + 1) 2n + 1 (2n + 1)(2n + 3) ((2n + 1) + 2)n + 1 (2n + 3)n + 1 = = (2n + 1)(2n + 3) (2n + 1)(2n + 3) (2n + 1)(n + 1) (2n + 1)n + 2n + 1 = = (2n + 1)(2n + 3) (2n + 1)(2n + 3) n+1 n+1 = = , 2n + 3 2(n + 1) + 1

=

o que prova que a hereditariedade ´e v´alida e que, portanto, a conjectura ´e verdadeira para todos os valores de n ∈ N. 3

2.a) Sabendo que (x − 3)2 > 0 para todos os valores reais de x excepto x = 3 e que, para (x−3)2 este, o seu valor ´e igual a 0, o estudo do sinal da fun¸c˜ao x 7→ log fica reduzido |x−1| ao estudo do sinal de log |x − 1|. Das propriedades conhecidas da fun¸c˜ao logaritmo sabe-se que log u = 0 se e s´o se u = 1 e que ´e negativa se 0 < u < 1 e positiva se u > 1. Isto permite concluir que os sinais da fun¸c˜ao que define Ω s˜ao os indicados na tabela seguinte: x (x − 3)2

−∞

0

1

+ + +

2

3

+∞

+0+

log |x − 1|

+0− − 0 + +

(x − 3)2 log |x − 1|

+ − −

+0+

Consequentemente, por simples inspec¸c˜ao da u ´ ltima linha do quadro, tem-se Ω =] − ∞, 0[∪]2, 3[∪]3, +∞[. 2.b) Como o conjunto Ω ´e a reuni˜ao de trˆes intervalos abertos disjuntos ´e, consequentemente, tamb´em um conjunto aberto, pelo que intΩ = Ω. Pela mesma raz˜ao, a fronteira de Ω ´e a reuni˜ao das fronteiras dos trˆes intervalos abertos disjuntos cuja reuni˜ao forma Ω (note-se que isto n˜ao ´e necessariamente v´alido se alguns dos intervalos n˜ao forem abertos ou n˜ao forem disjuntos); portanto, frontΩ = {0, 2, 3}. Por fim, como R = (intΩ) ∪ (frontΩ) ∪ (extΩ) e estes trˆes conjuntos s˜ao disjuntos, conclui-se que extΩ = R \ (intΩ ∪ frontΩ) =]0, 2[. 2.c)(i) Sabendo que Ω∩R− =]−∞, 0[, ´e evidente que se podem ter sucess˜oes neste conjunto que sejam crescentes e que convirjam para 0, o qual n˜ao ´e um ponto do conjunto; um exemplo ´e a subsucess˜ao un = − n1 . Consequentemente a afirma¸c˜ao ´e falsa. ´ at´e muito f´acil encontrar sucess˜oes xn e yn , ambas 2.c)(ii) A afirma¸c˜ao ´e verdadeira. E em Ω e tais que a soma n˜ao esteja em Ω. Por exemplo, considerem-se as sucess˜oes constantes xn = −3 e yn = 4: ambas est˜ao em Ω e xn + yn = 1 ∈ extΩ 6⊂ Ω. 2.c)(iii) Comecemos por reparar que R \ Ω = [0, 2] ∪ {3}. Suponhamos que a afirma¸c˜ao ´e falsa, i.e., suponhamos que existe pelo menos uma sucess˜ao vn nas condi¸c˜oes do enunciado: uma sucess˜ao estritamente crescente, tal que vn ∈ [0, 2] ∪ {3} e convergente para 3. O facto de convergir para 3 significa que, para qualquer ε > 0, existe uma ordem p a partir da qual (i.e., para todos os n > p) se tem |vn − 3| < ε, ou seja 3 − ε < vn < 3 + ε. Sendo vn estritamente crescente, todos os seus termos ter˜ao de ser estritamente inferiores ao limite, ou seja vn < 3, ∀n ∈ N. Mas, como ε > 0 pode ser escolhido arbitrariamente, pode-se tomar ε < 1, e ent˜ao, a partir de certa ordem p, tem-se 2 < 3 − ε < vn < 3, o que significa que vn ∈]2, 3[⊂ Ω. Mas isto contradiz a hip´otese inicial de vn ∈ R \ Ω. Esta contradi¸c˜ao prova que a afirma¸c˜ao do enunciado ´e verdadeira. 3.a) Importa come¸car por distinguir trˆes casos de α. Se α = 0 ent˜ao k α = k 0 = 1, ∀k ∈ N, 1 →0 e portanto un = 1 − 1 = 0, ∀n ∈ N, pelo que lim un = 0. Se α < 0 ent˜ao k α = k|α| quando k → ∞; portanto, tamb´em neste caso tem-se lim un = 0−0 = 0. Finalmente, se α > 0 h´a ainda um caso em que o resultado ´e imediato: se α = 1 tem-se vn = (n + 1) − 4

n = 1 → 1. Resta-nos estudar o caso de α positivo e diferente de 1: Se 0 < α < 1 tem α se (n + 1)α − nα = nα 1 + n1 − 1 < nα 1 + n1 − 1 = nα−1 → 0. Analogamente, α se α > 1 tem-se (n + 1)α − nα = nα 1 + n1 − 1 > nα 1 + n1 − 1 = nα−1 → +∞.  a m → ea , conclui-se que 3.b) Sabendo n´os, pelo Teorema 1.3.22, que 1 + m 

n−1 n+1

3n

= = = →

3n (n + 1) − 2 n+1 3n+3−3  −2 1+ n+1 " n+1 #3  −3 2 −2 1− 1+ n+1 n+1  3 e−2 1−3 = e−6 

4.a) Se soubermos que as sucess˜oes xn e yn s˜ao ambas convergentes, digamos xn → L e yn → ℓ, ent˜ao ´e f´acil concluirmos que se tem de ter L = ℓ. De facto, tendo em conta que xn+1 ´e uma subsucess˜ao de xn e que yn+1 ´e uma subsucess˜ao de yn , conclui-se, √ n aplicando limites a ambos os termos das igualdades xn+1 = xn +y e yn+1 = xn yn , 2 √ que se tem L = L+ℓ e ℓ = Lℓ. Basta-nos a primeira destas igualdades para concluir 2 ´ claro que esta dedu¸c˜ao ´e feita sob a hip´otese das sucess˜oes serem que L = ℓ. E convergentes. Vejamos agora que assim ´e: Atendendo ao que se sabe sobre os primeiros termos, ´e razo´avel tentar ver primeiro se se tem 0 < yn < xn , ∀n ∈ N. Argumentando por indu¸c˜ao tem-se que a desigualdade ´e v´alida para n = 1 (´e dadop no enunciado) e, √ supondo que ´e v´alida para n, tem-se, para n+1, 0 < yn+1 = xn yn < x2n = |xn | = xn ; n n por outro lado, como tamb´em xn+1 = xn +y > xn +x = xn , conclui-se que, de facto, 2 2 yn+1 < xn+1 . Note-se que a desigualdade yn < xn , ∀n ∈ N, que acab´amos de provar, n˜ao nos permite (ainda) concluir nem que as sucess˜oes s˜ao limitadas nem que s˜ao mon´otonas. Mas ambas estas propriedades s˜ao, agora, mais f´aceis de obter. Utilizando, n na igualdade xn+1 = xn +y , a desigualdade que acab´amos de obter, conclui-se que 2 xn +yn xn +xn xn+1 = 2 < 2 = xn e, portanto, xn ´e estritamente decrescente. Analogamente, √ √ √ da igualdade yn+1 = xn yn obt´em-se yn+1 = xn yn > yn yn = |yn | = yn e, portanto, yn ´e estritamente crescente. Observe-se que isto prova tamb´em que todos os termos das duas sucess˜oes ent˜ao contidos em ]0, x1 ] : 0 < y1 < yn < xn < x1 , ∀n ∈ N. Isto, claro est´a, prova que ambas as sucess˜oes s˜ao limitadas, o que, conjuntamente com a sua monotonia, provada acima, permite-nos concluir que ambas s˜ao convergentes (para limites que, em princ´ıpio, n˜ao teriam de ser iguais, mas, pelo que prov´amos no in´ıcio desta al´ınea, j´a conclu´ımos que s˜ao mesmo iguais). 4.b) Observe-se que, sendo wn convergente, ´e, necessariamente limitada. Portanto, ambas as sucess˜oes vn e wn s˜ao limitadas, ou seja, existem constantes reais positivas K e L tais que, para quaisquer n ∈ N, tem-se −K < vn < K e −L < wn < L. A rela¸c˜ao entre un , vn e wn dada no enunciado permite-nos escrever ∀n ∈ N, vn − wn < un < vn + wn e, portanto, ∀n ∈ N, −K − L < vn − wn < un < vn + wn < K + L, 5

ou seja, un ´e uma sucess˜ao limitada. Tendo acabado de provar que a sucess˜ao un ´e limitada e, sendo dado no enunciado que ela ´e uma sucess˜ao mon´otona, concluimos que ´e convergente. Seja ℓ o seu limite, ℓ = lim un . Pretendemos concluir que a sucess˜ao vn ´e tamb´em convergente e que o seu limite ´e o mesmo valor ℓ. Utilizando a defini¸c˜ao de limite de uma sucess˜ao, pretendemos estimar |vn − ℓ| e mostrar que esta diferen¸ca pode ser t˜ao pequena quanto se queira, desde que se tome n suficientemente grande. Repare-se que a u ´ nica informa¸c˜ao que temos sobre este tipo de diferen¸cas ´e a que resulta da condi¸c˜ao dada no enunciado, pelo que ´e natural tentar transformar a express˜ao |vn − ℓ| em algo que envolva |vn − un |. O modo mais ´obvio de fazer isto ´e adicionar e subtrair un e utilizar a desigualdade triangular: |vn − ℓ| = |vn − un + un − ℓ| = |(vn − un ) + (un − ℓ)| ≤ |vn − un | + |un − ℓ| < wn + |un − ℓ|. Agora note-se que, da informa¸c˜ao, dada no enunciado, de que wn → 0, concluimos que, δ ∀δ > 0, ∃p1 ∈ N : ∀n > p1 , wn < ; 2 do mesmo modo, pelo facto de ℓ ser o limite de un , podemos escrever δ ∀δ > 0, ∃p2 ∈ N : ∀n > p2 , |un − ℓ| < . 2 Consequentemente, tomando p = max{p1 , p2 } conclu´ımos que ´e verdadeira a afirma¸c˜ao ∀δ > 0, ∃p ∈ N : ∀n > p, |vn − ℓ| < wn + |un − ℓ| <

δ δ + = δ, 2 2

o que prova que vn → ℓ, como pretendiamos. 5. Para a primeira s´erie, comecemos por observar que o seu termo geral pode ser escrito como a diferen¸ca de dois termos de uma outra sucess˜ao conveniente e que, portanto, se 1 1 1 trata de uma s´erie de Mengoli. De facto, podemos escrever (n−4)(n−2) = 21 n−4 − n−2 e, portanto, para a sucess˜ao das somas parciais da s´erie, tem-se1 ! ! N N −4 N N −2 X X 1 X 1 1 1 1 X 1 = = − − SN = 2 n=5 n − 4 n=5 n − 2 2 n−4=1 n − 4 n−2=3 n − 2 !   N −4 N −2 1 X1 X1 1 1 1 1 1 = = = − + − − 2 j=1 j j 2 1 2 N −3 N −2 j=3   3 1 3 1 1 = −−−→ ∈ R, − + 4 2 N − 3 N − 2 N →∞ 4 e portanto a s´erie ´e convergente e a sua soma ´e 34 . Para estudarmos a segunda s´erie comecemos por observar que, se β = 1 tem-se 2 −1 n2 −1 n2 −1 an = (n2n+n−1) β = n2 +n−1 → 1 6= 0, e quando β < 1 tem-se an = (n2 +n−1)β = 1

Alguns dos passos da dedu¸ca˜o poderiam estar ausentes, visto tratarem-se apenas de passos elementares de manipula¸ca˜o de somat´orios. S˜ ao apresentados apenas para que n˜ ao surjam quaisquer d´ uvidas sobre as manipula¸co˜es envolvidas.

6

1−n−2

(n2(1−β

−1 )

+n1−2β −1 −n−2β −1 )

β



1 0

= +∞ = 6 0. Portanto, em qualquer dos casos, o termo

geral da sucess˜ao n˜ao tende para zero e, portanto, a s´erie ´e divergente. Investiguemos agora o caso β > 1. Pelos c´alculos que j´a fizemos podemos concluir que neste caso an → 0, o que n˜ao nos permite concluir nada quanto `a convergˆencia da s´erie. Observe-se, no entanto, que quando β > 1, o termo dominante do denominador de an ´e n2β e portanto ´e natural esperar que o comportamento da nossa sucess˜ao seja semelhante ao da sucess˜ao an´aloga cujos numerador e denominador contˆem apenas os 2 −1 n2 1 termos dominantes, ou seja (n2n+n−1) β ∼ n2β = n2(β−1) . Isto sugere que se considere a 1 sucess˜ao bn = n2(β−1) e apliquemos o corol´ario do P crit´1erio de compara¸c˜ao (cf. Sarrico, p´g. 74). Note-se que as naturezas das s´eries n n2(β−1) s˜ao bem conhecidas: a s´erie converge se 2(β − 1) > 1 e divergente se 2(β − 1) 6 1. Como se tem an = bn =

n2 −1 n2(β−1) n2 − 1 (n2 +n−1)β = 1 (n2 + n − 1)β 1 n2(β−1) 2β 2(β−1) −2

=

n −n 1−n → 1 ∈]0, +∞[ = 2 β (n + n − 1) (1 + n−1 − n−2 )β

a aplica¸c˜ao do corol´ario Pdo crit´erio de compara¸c˜ao permite concluir que a s´erie dada no enunciado e a s´erie n bn s˜ao da mesma natureza. Portanto, conclui-se que a s´erie dada diverge se β 6 23 e converge se β > 32 .

Por fim, para a u ´ ltima s´erie, comece-se por observar que cos(πn) = (−1)n e, como log 1 = 0, o primeiro termo n˜ao nulo da s´erie ´e o termo n = 2. Observe-se tamb´em que, a partir de n = 3, inclusive, tem-se logn n > 0. Agora, ´e f´acil de concluir que a s´erie n˜ao ´e absolutamente convergente visto que o termo geral da s´erie dos m´odulos log n | = | logn n| > n1 e como a s´erie cujo termo geral ´e n1 ´e divergente, o satisfaz | cos(πn) n log n | ´e crit´erio de compara¸c˜ao permite concluir que a s´erie cujo termo geral ´e | cos(πn) P cos(πn) log nn tamb´em divergente. Para vermos se a s´erie dada originalmente, n , ´e, ou n n˜ao, simplesmente convergente, ´e agora natural aplicar o crit´erio de Leibnitz (Sarrico, p´ag. 73). Como se sabe que logn n → 0, resta-nos concluir que a sucess˜ao logn n ´e mon´otona decrescente para concluirmos que a s´erie dada ´e (simplesmente) convergente. Para tal, observe-se que n log(n + 1) − (n + 1) log n log(n + 1) log n − = n+1 n n(n + 1) n (log(n + 1) − log n) − log n = n(n + 1)  1 n log 1 + n − log n = n(n + 1) 1 − log n < 0, < n(n + 1) n onde a primeira desigualdade vem do facto de que 1 + n1 ´e uma sucess˜ao mon´otona crescente e convergente para e (Sarrico, pp. 40 e 41) e de que a fun¸c˜ao logaritmo ´e estritamente crescente, e a segunda desigualdade vem de que log n > 1 se n > e > 2. Isto prova o que se pretendia. P 6. Sabendo an ´e uma sucess˜ao positiva e n an ´e uma s´erie convergente, concluimos que, P para qualquer N ∈ N, a sucess˜ao das somas parciais de n an , que designaremos 7

por SN , satisfaz SN < S, ∀N ∈ N, onde S ´e a soma da s´erie. Ent˜ao, atendendo n a isto, tem-se tamb´em bn > 0 e bn = a1 +···+a = Snn < Sn 6 S. Consequentemente, n |an bn | = an bnP < San e, pelo crit´erio de compara¸ c˜ao (Sarrico, p´ag. 71) conclui-se que, P como a s´erie n an ´e convergente, a s´erie n an bn tamb´em ´e convergente.

Para estudar a segunda s´erie basta retomar a observa¸c˜ao feita acima de Pque a soma que surge no numerador de bn ´e exactamente a soma parcial Sn da s´erie n an , a qual sabemos que ´e convergente para S. Portanto, para n ≫ 1 ´e natural esperar que bn =

Tomemos esta sucess˜ao p´ag. 74): como

S n

S Sn ∼ . n n

e apliquemos o corol´ario do crit´erio de compara¸c˜ao (Sarrico, bn S n

=

Sn n S n

=

Sn → 1 ∈]0, +∞[, S

conclu´ da mesma natureza e, portanto, como a s´erie P 1ımos que as s´eries s˜aoP S n n ´e divergente, a s´erie n bn ´e tamb´em divergente.

P

S n n

=

Finalmente, pode-se utilizar exactamente o mesmo racioc´ınio para estudar a u ´ ltima s´erie: como ´e natural esperar que  2 S2 Sn 2 ∼ 2 bn = n n tome-se agora a sucess˜ao

S2 n2

e comparˆe-mo-la com a sucess˜ao b2n : b2n S2 n2

=

2 Sn n2 S2 n2

=

Sn2 → 1 ∈]0, +∞[. S2

P 2 P 1 Como a s´erie n Sn2 = S 2 P e convergente, o corol´ario do crit´erio de compara¸c˜ao n n2 ´ permite concluir que a s´erie n b2n ´e tamb´em convergente.

8

Related Documents

2008 Al1 Efolioa Res
December 2019 9
2008 Eai - Af2
December 2019 9
2008 Eai - Efolio-a
December 2019 9