1730_81930_3914con

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Incorporação da sustentabilidade ao modelo GEiDa Phd. Ana Paula Perfetto Demarchi Universidade Estadual de Londrina (UEL) [email protected]. Cleuza B.R Fornasier Universidade Estadual de Londrina (UEL) [email protected] Carolise Vilela Universidade Estadual de Londrina (UEL) [email protected] Resumo: O GEiDa (Gestão Estratégica integradora de Design aprimorado) não prevê a sustentabilidade que foi necessária e requerida por empresas que trabalham com o LabConde (Laboratório de Conhecimento e Gestão Estratégica de Design e Conexões). Neste sentido, o artigo aborda o estudo sobre diferentes modelos de sustentabilidade por meio de pesquisas bibliográficas para posterior incorporação ao método GEiDa a opção desejada pelo grupo. O modelo escolhido contempla de forma abrangente o aspecto econômico, tornando-o desejado pelas empresas, porém, é necessária a aplicação para então comprovação da sua efetividade. Palavras-chave: integração; conhecimento; sustentabilidade; gestão; design; Resumen: El GEiDa (Gestión del Diseño mejorado estratégico integrado) no prevé la sostenibilidad era necesario y requerido por las empresas que trabajan con LabConde (Laboratorio de Conocimiento y Gestión Estratégica de Diseño y conexiones). En este sentido, el artículo se ocupa del estudio de los diferentes modelos de sostenibilidad a través de búsquedas en la literatura para su incorporación posterior en el método GEiDa la opción deseada por el grupo. El modelo elegido recorre de forma exhaustiva el aspecto económico, por lo que es deseado por las empresas, sin embargo, a continuación, se requiere la aplicación de la prueba de su eficacia. Palabras clave: integración; conocimiento; sostenibilidad; gestión; diseño; Abstract: GEiDa (Integrative Strategic Management of Improved Design) does not provide for the sustainability that was required and required by companies that work with LabConde (Laboratory of Knowledge and Strategic Management of Design and Connections). In this sense, the article approaches the study on different models of sustainability through bibliographic research for later incorporation to the GEiDa method, the option desired by the group. The chosen model comprehensively contemplates the economic aspect, making it desired by the companies, however, it is necessary the application for then proving its effectiveness. Keywords: integration; knowledge; sustainability; management; design;

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1.Introdução O modelo de Gestão Estratégica integradora de Design originou-se dos estudos de Demarchi (2011), que “definiu um modelo de gestão do conhecimento [...] que é a essência do processo de produção do conhecimento” (DEMARCHI, FORNASIER, MARTINS, 2014). Pela necessidade de aprimorar o método surgiu o GEiDa, que trata de adequações do modelo GeiD formado por duas fases: a produção e a integração do conhecimento a última fundamentada nos estudos de Fornasier (2011). O modelo GeiD foi completado a partir das adequações detectadas após sua aplicação prática, desde 2011, em diferentes empresas nacionais e estrangeiras. O novo modelo trata da junção das propostas de Produção do Conhecimento de Demarchi (2011) e de Integração do Conhecimento de Fornasier (2011), que são baseadas na Nova Gestão do Conhecimento, a qual defende que a integração do conhecimento é condição sine qua non da utilização do que a empresa estabeleceu para produção do conhecimento como conhecimento organizacional (CO). “Como a palavra “integradora” refere-se à integração realizada pelo designer entre a organização e o consumidor, alterou-se a sigla para GeiDa, para diferenciar da palavra Integração como processo de aprendizagem organizacional e intraorganizacionais” (DEMARCHI, FORNASIER, MARTINS, 2014). A Nova Gestão do Conhecimento ocorre pela integração e apreensão dos conhecimentos, e não só pela produção deles. Não se trata de um ciclo, e sim de algo sistêmico e complexo, pois após a integração de um conhecimento, nunca voltamos a pensar da mesma forma. Este está discutido em Demarchi (2011), Fornasier (2011) e Demarchi, Fornasier, Martins (2014). 2.Modelo GEiDa O GEiDa é divido em Design Estratégico, Operacional e Estratégico/tático, que abrange a Conversão/Produção do Conhecimento e a Integração do Conhecimento. Este modelo possui sete espaços (o oitavo ainda não foi delineado) que a eles se sobrepõem quatro ciclos de divergência e convergência. A Oportunidade: desencadeada pela empresa, quando sente a necessidade de mudança e busca no design a oportunidade de inovar. É definido um briefing pelas informações do repositório estratégico, ocorrendo uma redução do conhecimento. A Compreensão objetiva definir a base do projeto e suas fronteiras, além de identificar os perfis dos usuários e outros atores-chave que deverão ser abordados. Nesse espaço, o designer deve observar empaticamente as relações, vivenciar o processo de desenvolvimento de produto. Deve observar o uso do produto e ouvir as histórias dos membros da organização sobre a sua formação, com intuito de se colocar empaticamente no lugar dos membros. O pensamento divergente pode ser o caminho para a inovação, que primeiro, amplia o conhecimento sobre o universo a ser trabalhado, analisa os conhecimentos e informações levantadas, para depois sintetizar normalmente, orientado por técnicas como metáfora e/ou analogia. Uma vez impregnado desse conceito, por meio do pensamento convergente, o designer inicia o espaço de Síntese por relatos de histórias e do pensamento visual, sendo fundamentalmente um ato criativo, originando outra redução do conhecimento. O processo de design operacional, é o espaço da Criação, quando o designer utiliza todo seu conhecimento explícito com o conhecimento tácito, e as habilidades criativas e experimentais, converte o conceito em conhecimento objetivo. Aqui, inicia-se outro ciclo de divergência e convergência, que o designer amplia pelas técnicas criativas para depois 2

sintetizar e reduzir, utilizando a habilidade experimental e colaborativa a partir de diversos tipos de protótipos. O ciclo das Ações Estratégicas pelas habilidades de: visão de futuro, criatividade, e postura de assumir risco, ocorre quando o designer desenvolve estratégias num ciclo de divergência e convergência e encerra a Produção do Conhecimento na quarta redução do conhecimento. Inicia-se a segunda fase da Gestão do Conhecimento, a Integração do Conhecimento, que é o processo de aprendizagem da organização, quando ela absorve as estratégias formuladas para colocá-las em prática, assim ocorre o último ciclo de divergência e convergência. Após a internalização do novo conhecimento pelos sujeitos inicia-se a Interação do Conhecimento pelo processo colaborativo, a partir do compartilhamento dos mapas cognitivos construindo um novo mapa cognitivo situado (pensamento convergente), quando termina o processo de Gestão de Design e ocorre outro processo de redução. O modelo GEiDa utiliza da Produção e da Integração do Conhecimento no intuito de tornar o modelo mais eficaz, considera cinco tipos de conhecimento e as habilidades do design thinker necessários para minimizar a redução do conhecimento, a qual ocorre naturalmente quando se codifica um determinado conhecimento. Também define algumas técnicas a serem utilizadas em alguns espaços do processo, sendo necessário explorar a diversidade de técnicas para resultados mais consistentes. O modelo é baseado nas habilidades e atitudes dos design thinkers de colaboração, interação, pensamento visual e, observação empática; nos 4 E’s e 4 I’s (DEMARCHI; FORNASIER; MARTINS, 2013) que reforçam a nova visão da gestão de design pela vivência da utilização da gestão do conhecimento, para a mudança de estratégia para gestão de design de inovações e serviços e, posiciona a gestão de design no nível estratégico na organização, reforçando a posição do designer como agente integrador da organização, entre os indivíduos e o seu ambiente. Apesar de todas as atividades que o modelo realiza, não aplica o pensamento sustentável, o que se sentiu falta quando da utilização do modelo em uma empresa com foco sustentável. 2.1 Sustentabilidade A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações[...] Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, [...] para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. (WWF, 2015)

Segundo Ezio Manzini e Carlo Vezzoli “a sustentabilidade ambiental é um objetivo a ser atingido e não, como hoje muitas vezes é entendida, uma direção a ser seguida” (MANZINI; VEZZOLI, 2008, p.28). Para ser sustentável, cada proposta apresentada deve responder aos seguintes requisitos gerais:  Basear-se fundamentalmente em recursos renováveis;  Otimizar o emprego dos recursos não renováveis;  Não acumular lixo que o ecossistema não seja capaz de renaturalizar (fazer retornar às substâncias minerais originais e às suas concentrações originais);  Agir de modo com que cada indivíduo, e cada comunidade das sociedades “ricas”, permaneça nos limites de seu espaço ambiental e, que cada indivíduo e comunidade das 3

sociedades “pobres” possam efetivamente gozar do espaço ambiental ao qual potencialmente têm direito Neste contexto, o desenvolvimento sustentável atende as três dimensões das necessidades humanas: econômica, social e ambiental. De acordo com Furtado (2005) a dimensão econômica é a prosperidade e aquisição de bens materiais e financeiros, a dimensão social caracteriza-se pelo bem-estar e justiça social das pessoas (individualmente ou em comunidade) e a dimensão ambiental é “expressa pela conservação e qualidade dos estoques de recursos renováveis, extensão de vida útil dos não-renováveis e sustentação dos serviços naturais” (FURTADO, 2005). 3. Metodologia O LabConde já trabalha com modelos sustentáveis, desses foram escolhidos quatro que são os mais aplicados nas pesquisas realizadas pelas equipes. 3.1 Modelo I O primeiro modelo sustentável estudado foi Life Cycle Design (LCD) de Ezio Manzini e Carlo Vezzoli. Segundo eles, o produto deve ser projetado considerando o conceito de ciclo de vida em todas as suas fases, para produzir, distribuir, utilizar e descartar o produto. O conceito refere-se às trocas (input e output) entre o ambiente e o conjunto de atividades e dos processos que acompanham o nascimento, vida e a morte do produto. Ele é interpretado em relação aos fluxos de matéria, energia e emissão de poluentes resultados das atividades que o acompanham durante a vida. Os processos que esquematizam o ciclo de vida de um produto vêm normalmente reagrupados nas seguintes fases: pré-produção; produção; distribuição; uso; descarte. O LCD objetiva reduzir a carga ambiental agregada a todo o ciclo de vida do produto, pela análise sistêmica do produto, quando os inputs de materiais e de energia sejam reduzidos ao mínimo. Não é necessário operar em todas as fases, mas, pode-se projetar com o objetivo de minimizar o impacto ambiental, seja no caso de um sistema-produto inteiramente ou parcialmente controlado por quem produz. Uma vez definidas as estratégias (sustentáveis) de um novo produto, aquilo que for projetado deverá adotar uma abordagem que considere o ciclo de vida. O nível em que o LCD e estratégias relacionadas encontram sua aplicação mais peculiar é, portanto, nas fases que sucedem o projeto das estratégias de produto. Para ser considerado um bom produto, não é suficiente que ele satisfaça os requisitos ambientais, mas deve-se considerar os requisitos de prestação de serviço, tecnológicos, econômicos legislativos, culturais e estéticos. As estratégias apresentadas nesta perspectiva são:  Minimização dos recursos (todas as fases do ciclo de vida);  Escolha de recursos e processos de baixo impacto ambiental (todas as fases);  Otimização da vida dos produtos (fases de distribuição, uso e descarte);  Extensão da vida dos materiais (fase de descarte);  Facilidade de desmontagem (otimização e extensão da vida dos produtos). Para serem eficazes, essas estratégias devem ser aplicadas apenas depois da definição dos objetivos do projeto e dos requisitos derivados. 3.2 Modelo II

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O segundo modelo examinado foi a Metodologia de Ecodesign para o Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis. A metodologia de Elizabeth Regina Platcheck (2003, p. 70) “tem a finalidade de produzir mudanças relevantes de ordem ambiental, social e econômica onde os esforços sejam bem-sucedidos”, baseado não somente no mercado, mas orientado por uma tríplice visão que concilia crescimento econômico, qualidade ambiental e igualdade social. O modelo possui quatro fases: proposta, desenvolvimento, detalhamento e comunicação. A fase da proposta constitui na identificação do cliente, definição do problema com inserção das variáveis ambientais, reconhecimento da necessidade e caracterização do sistema. Tem como requisito a redução do impacto causado pela extração e restrição com descarte de produtos/resíduos no meio ambiente. A segunda fase, a de desenvolvimento pela análise de similares, e a fase analítica do processo de projetação, também chamada de O Estado da Arte, o nível mais alto de desenvolvimento. Tem como avaliação, as análises para observar como os problemas delineados na fase anterior são solucionados: Histórica: evolução cronológica do produto; Estrutural: com que componentes conta o produto?; Funcionamento: como funciona físico-tecnicamente o produto?; Ergonômica: quem é o usuário, o que o usuário pensa sobre o produto e de sua utilização, onde o produto é utilizado, quais atividades o usuário realiza e posturas que assume? Otimização entre produto e usuário quanto a limites e faixas aceitáveis de ruído, temperatura, iluminação, fadiga, peso; aspectos de postura, manejo, visibilidade, compatibilidade, adequação psicológica e na interface homem-máquina etc.; Morfológica: quais são as relações estético-formais existentes no produto?; Mercado: Qual a demanda do produto, assim como sua forma peculiar de distribuição; Técnica: quais materiais e processos foram utilizados para fabricação do produto? (PLATCHECK, 2003, p. 74) Nos processos produtivos dos atuais produtos similares, deve-se considerar não só os processos de fabricação, transformação, linha de montagem, aspectos administrativos e técnicos da manufatura, como também o consumo de água e energia; as origens da matéria prima; os tipos de resíduos gerados e o destino deles. (PLATCHECK, 2003, p. 74)

A próxima e terceira fase é a de detalhamento e projetação, quando o detalhamento técnico das partes e peças deve-se observar às variáveis de otimização da produção, como o que se pode reduzir (consumo de energia), reaproveitar (subprodutos) e consequentemente, minimizar os resíduos gerados. Na quarta e última fase, a de Comunicação acontece a compilação dos dados “onde são organizados relatórios e suportes visuais. É considerada uma fase distinta devido a complexidade e importância para futuros projeto”. (PLATCHECK, 2003, p. 78) 3.3 Modelo III O terceiro modelo é o MEPSS, que desenvolve sistemas produto-serviço (PSS) proposta por Halen, Vezzoli e Wimmer (2005) e também com sugestões de Vezzoli para sistemas sustentáveis. Objetiva “implantar novas oportunidades de negócio para empresas pelo desenvolvimento de novos produtos e serviços relacionados com os negócios da empresa, oferecendo qualidade para os consumidores e minimizando os impactos ambientais.” (BEUREN, p. 4, 2010). De acordo com Beuren (2010), as principais fases do MEPSS podem ser aplicadas completamente e sequencialmente ou parcialmente com apenas uma fase específica, que 5

compõem a metodologia são: Fase 1- Análise estratégica: mapeia o sistema original da empresa para criar novos negócios baseados no PSS; Fase 2- Explorando oportunidades: identifica rotas de inovação em PSS; Fase 3- Desenvolvimento do conceito do PSS: desenvolvimento da ideia de PSS, selecionada na fase anterior; Fase 4- Desenvolvimento do design PSS: baseia-se em detalhar o design de cada dimensão do PSS e a produção das especificações; Fase 5- Implementação: o projeto de PSS é colocado em prática, mas, requer administração e controle, pois é composto por processos com fluxos contínuos. 3.4 Modelo IV O quarto e último modelo foi o Design for Sustainability (D4S), elaborado pela United Nations Environment Programes Division of Technology, Industry and Economics – UNEP/ONU em parceria com Universidade de Delft, Holanda, é focada no desenvolvimento de produtos sustentáveis e inovadores. O conceito de Design para a Sustentabilidade exige que o processo de projeto e produto resultante tenham as preocupações ambientais, as sociais e econômicas. Essas preocupações são referidas como os três pilares da sustentabilidade as pessoas, o lucro e o planeta. Esta tem o propósito de melhorar a eficiência, qualidade de produto e as oportunidades no mercado (a nível local e de exportação), ao mesmo tempo em que melhora o rendimento ambiental. Foca o desenvolvimento e produção de produtos melhores para as pessoas e para a sociedade, com menos impacto sobre o meio ambiente, mas mais rentáveis para a indústria e comunidade. Segundo Sampaio (2009) o D4S consiste em três grandes fases: 1. A análise das necessidades busca coletar e analisar dados econômicos em nível macro (nacional), meso (setorial) e micro (empresa) que sejam relevantes para o projeto, além de mapear como acontece o processo de inovação local e quem o promove. Definindo um Plano de Ação para o projeto. 2. ReDesign abrange a formação da equipe de Design, avaliação dos interesses e ganhos para a empresa, escolha do produto e seus drivers de sustentabilidade, avalia o impacto, desenvolvimento e avaliação de conceitos e implementação. 3. O benchmarking estabelece comparações entre produtos pelos critérios ambientais, e envolve dez etapas que podem ser realizadas por meio de dez planilhas ou de uma planilha simplificada. A metodologia D4S apresenta pelo menos duas características particularmente interessantes: “considera de forma mais estruturada questões de sustentabilidade social (drivers), e propõe uma abordagem adequada a pequenas e médias empresas de países em desenvolvimento.” (SAMPAIO, p. 58, 2009) 4. Análise dos resultados Quanto aos fatores a serem analisados foi levada em consideração os conceitos de sustentabilidade de Manzini e Vezzoli (2008) e de Furtado (2005) para classificar qual modelo seria mais eficiente para a inclusão ao GEiDa. Para mensuração dos modelos, foi utilizada a escala de Likert no qual 1- totalmente em desacordo, 2- parcialmente em desacordo, 3- não está em desacordo e nem em acordo, 4- parcialmente em acordo e 5totalmente em acordo (BERTRAM, 2013). As notas foram dadas por todos os constituintes do LabConde e então, foi realizada uma média. De acordo com isso, foi pensado nos fatores social (bem-estar e justiça social das pessoas, individualmente ou em comunidade), ambiental (baseado em recursos renováveis e não renováveis otimizando-os e renaturalizando-os), econômico (prosperidade em novos 6

negócios ou produtos e serviços) e aprendizagem (facilidade de entendimento). Quanto ao fator social os modelos com as maiores notas foram os II e IV; apenas o III não ficou com a nota máxima no quesito ambiental; os modelos II, III e IV obtiveram nota 4 no fator econômico, sendo o modelo I com nota 3; já no quesito aprendizagem o modelo II foi o único que obteve a nota máxima. Na análise dos modelos nenhum demonstrou escassez nos fatores propostos, porém alguns se distinguiram mais que os outros. Por exemplo, em relação ao fator social o Modelo I não corresponde com tal êxito, pois o foco está fortalecido no produto e seu ciclo de vida. Na qualidade ambiental, tratando-se de um assunto que precisa de atenção imediata, todos correspondem bem, sendo o Modelo III o que menos corresponde, por ter seu foco no serviço e sistema, o que faz a tentativa de resolução aos problemas ambientais serem mais demoradas, mas não menos eficiente. Tendo em vista que o GEiDa é para ser aplicado em empresas, o fator econômico tem um peso maior que os outros, pois nenhuma empresa aplicará sustentabilidade sem continuar tendo lucro, o que desfavorece o Modelo I pois o objetivo desse modelo foca apenas em reduzir a carga ambiental agregada ao produto. Enquanto ao fator aprendizagem acredita-se que o Modelo II seja o mais detalhado e didático e, por isso, de mais fácil aplicação. 5. Conclusão Foi escolhido o Modelo II, a Metodologia de Ecodesign para o Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis, pois o modelo corresponde aos fatores escolhidos e também considera satisfatoriamente o aspecto econômico. Platcheck mesmo expõe em sua pesquisa que Com a implantação desta nova metodologia, as empresas serão beneficiadas não só por incentivos fiscais decorrentes da redução do impacto ambiental nos processos de extração de matéria prima e de fabricação como também pela redução de matérias primas e componentes e pela diminuição da diversidade de fornecedores o que minimiza os custos de fabricação do produto afetando diretamente o seu preço de venda. (PLATCHECK, p. 17, 2003)

Essa metodologia seria aprendida pelo repositório operacional, no espaço de síntese para então ocorrência da redução de conhecimento. Seria posicionada entre a explicitação e a experimentação do GEiDa para então redução de conhecimento, que é onde ocorrem as delimitações, especificações e formulações de conceitos para seguir para a criação. Junto com todas as formulações de conceitos para o início das criações, a Síntese englobaria os conceitos sustentáveis da Metodologia de Ecodesign para Produtos Sustentáveis podendo haver resultados de serviços, produtos e sistemas sustentáveis sendo passível a aplicação em qualquer empresa. Optou-se por escolher apenas um dos modelos de sustentabilidade e não mesclá-los, porque este será replicado com alunos do LabConde e depois ocorrerá a aplicação em empresas e admitindo que um modelo só (“puro”) é de mais fácil compreensão, e quanto mais fácil for o entendimento tanto pelo empresa quanto pelos alunos, mais fácil de ser bem aplicado. Nesse sentido, foi escolhido o Modelo II, o qual tem a didática melhor que os outros modelos estudados. Assim como o modelo GEiDa está sendo aplicado, verificado e modificado constantemente é de suma importância ressaltar a necessidade de aplicação e de 7

verificação do GEiDa com a metodologia de Platcheck em empresas, para então comprovação se está sendo adequado ou não e, caso não for, estudar o porquê e como melhorar. Agradecimentos À Universidade Estadual de Londrina, por meio do Labconde e da professora orientadora Cleuza Bittencourt Ribas Fornasier pelo auxílio científico e à CNPq que oferece apoio financeiro a esta pesquisa. Referências BEUREN, Fernanda Hansch et al. Uma proposta de modelagem e gestão de processos de negócio de sistemas produto serviço. XXX Encontro Nacional de Engenharia de Produção, São Carlos, 2010. BERTRAM, Dane. Likert scales. In: Retrieved November, v. 2, p. 2013, 2007. DEMARCHI, Ana Paula. Gestão estratégica de design com a abordagem de design thinking: proposta de um sistema de produção do conhecimento. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de pós-graduação stricto sensu em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Florianópolis, 2011. DEMARCHI, Ana Paula; FORNASIER, Cleuza; MARTINS, Rosane. Gestão Estratégica Integradora de Design aprimorado: um modelo baseado na nova gestão do 12 conhecimento e no design thinking. In: Anais do 5th International Forum of Design as a Process - Advanced Design Cultures. Guadalajara (MX), 2014. FURTADO, João Salvador. Sustentabilidade empresarial: guia de práticas econômicas, ambientais e socais. Manaus: NEAMA/CRA, 2005. MANZINI, Ezio; VEZZOLI, Carlo. O desenvolvimento de produtos sustentáveis. São Paulo: Edusp, 2008. PAULA, Ronise de. Mapas mentais: uma proposta de metodologia de design para a sustentabilidade. Bauru: Universidade Estadual Paulista,, 2010. PLATCHECK, Elizabeth Regina. Metodologia de ecodesign para o desenvolvimento de produtos sustentáveis. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003. PORTAL DESIGN FOR SUSTENTABILITY. Disponível na internet por http em: http://www.d4s-sbs.org/ . Acesso em jul. de 2015 SAMPAIO, Claudio Pereira de. Diretrizes para o design de embalagens em papelão ondulado movimentadas entre empresas com base em sistemas produto-serviço. Tese de mestrado, UFPR, 2008. VAN HALEN, C.; VEZZOLI, C.; WIMMER, R. MEPSS Webtool. 2005. Disponível na internet por http em: http://www.mepss.nl/ Acesso em jul. 2015. WWF (World Wildlife Fund). Disponível na internet por http em: www.wwf.org.br. Acesso em ago. 2015.

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